— Matthew, coloque seu uniforme e me encontre na sala do delegado. — O moço que me acompanhava disse. Ele me entregou uma trouxa de roupa de policial e então fui até o banheiro. Percebi que estava sozinha e então peguei meu telefone e fiz o meu máximo para acertar os números certos e ligar para Matthew.
— Alô? — Matthew disse quando atendeu.
— Alô é o caramba, Espinosa. Porque não me disse que você é policial? — Perguntei, tremendo.
— Ahm, eu esqueci. — Matthew disse. — Desculpa?
— Matthew, seu idiota. — Respondi. — Eu quero te matar.
— Olha, você também nao me disse que era dona de uma sex shop. — Matthew disse. — Do nada, uma tal de Lis me ligou e me perguntou porque eu ainda não havia chegado na loja.
— Matthew, em uma sex shop você não arrisca sua vida! — Respondi brava.
— Eu até fiquei assustado, porque o malicioso era eu e não você. — Matthew disse rindo.
— Matthew,foco. — Pedi.
— Ok, desculpa. — Matthew disse. — O que você quer que eu faça?
— Me tire daqui! — Respondi reprimindo um grito de raiva.
— Tá, tá, para de dar chilique. — Matthew respondeu e meu sangue ferveu. — Vou pensar em algo.
— Pense em algo bem rápido, pelo amor de Deus. — Respondi.
— Ok. — Matthew disse e desligou.
Vesti a roupa que o policial havia me dado e me encarei no espelho. Céus, eu havia ficado gostosa. Não, Matthew havia ficado gostoso. Não, na verdade, o corpo masculino de Matthew havia fixado gostoso. Droga, a confusão de corpos havia voltado novamente.
(...)
Estava no carro com o meu tal parceiro, quando uma mulher falou algo no rádio e ele acelerou com tanta pressa que senti meu coração querer pular pra fora e ir habitar outro corpo, ele já estava cansando das emoções desse.
— Porque não carregou sua arma? — O homem gritou.
— Carregar? Carregar a arma pra quê? — Perguntei assustada.
— Para de dar uma de frango e carrega sua arma, estamos atrás de um fugitivo. — O homem disse. O carro parou bruscamente e ele saiu do mesmo. — Porra, Matthew, peço menos finja que tem uma baça na arma, então. — O homem continuou e eu saí do carro, o seguindo.
— Parado, polícia de Los Angeles! — O homem gritou apontando a arma para um cara que carregava muitas bolsas. Apontei minha arma na direção do homem também. — Mãos para o alto. — Meu parceiro gritou e o homem disparou a correr. Ele atirou no homem, mas logo o perdeu de vista. — Se mexe, porra. — Meu parceiro gritou. — Vai a pé, eu persigo ele de carro. — Ele disse adentrando o automóvel.
Disparei a correr na direção que o cara havia corrido e meu coração batia acelerado.
— Meu Deus, meu Deus! — Exclamei assustada ao adentrar um beco vazio. — Polícia de Los Angeles, renda-se. — Gaguejei assustada.
Vi o homem correr para outro beco e o segui, pude ouvir a sirene da polícia de longe. Devia ser o meu parceiro. Minhas pernas bambearam ao lembrar que minha arma estava descarregada. Era apenas eu, contra um bandido armado.
Continuei a segui-lo pelos becos até uma casa no fundo de um terreno.
Meu corpo foi empurrado para frente e devido ao susto, eu cai no chão. Me virei para cima e um homem pulou por cima de mim. Era o bandido que eu estava perseguindo. Rolei para o lado e tentei me levantar, mas ele me puxou para o chão, novamente.
A adrenalina corria velozmente por minhas veias. Desesperada, dei um soco em seu rosto tão que forte que minha mão latejou, o homem ficou desnorteado por alguns instantes e então eu me aproveitei para me levantar.
Procurei algo que pudesse serve para mim bater nele e então senti algo acertar minha cabeça. Cambaleei para o lado e caí no chão novamente. Me virei para cima novamente e pude ver o cara apontando a minha própria arma em minha direção.
— Suas últimas palavras? — Ele perguntou sorridente enquanto eu tentava regular minha respiração.
— A arma não está carregada. — Respondi e chutei suas pernas. O homem desabou no chão e eu me levantei, ele parecia ter quicado no chão e voltado de tão rápido que ele levantou. O homem deferiu um soco em meu rosto e eu recuei.
Eu não sabia lutar e ainda estava apavorada. Eu estava em desvantagem. O homem avançou para cima de mim e eu senti uma pontada em meu estômago. Senti algo pontudo invadir meu corpo e imediatamente gritei de dor. Completamente desnorteada eu caí no chão, ouvi barulho de tiros e o homem que me atacava disparou a correr. Meu parceiro apareceu.
— Eu solicitei ajuda, eu preciso ir atrás do cara. A ajuda está a caminho. — Ele disse. — hipótese nenhuma, remova a faca. — Ele disse e saiu correndo.
Senti o mundo girar a minha volta. Alguns segundos se passaram e barulhos de passos me incomodaram, pensei ser a ajuda, mas para minha surpresa, Matthew entrou no meu campo de visão.
— Amanda, meu Deus! — Matthew exclamou e eu gemi de dor.
— Matthew, eu não sirvo pra isso. — Respondi. — Da primeira vez, eu só tinha que fingir ser um idiota, viciado em sexo, mas ser policial? — Inquiri. — Eu não consigo, não consigo Matthew.
— Amanda, acalma-se. — Matthew pediu ao ver minha respiração começando a ficar falha.
— Eu não consigo respirar direito. — Respondi tentando me levantar e gemi em dor.
— Se acalma, tudo vai ficar bem. — Matthew disse e eu o encarei assustada.
— Como você chegou aqui? — Perguntei. — E para de falar pra mim ficar calma, estou quase te dando um soco.
— Segui o rastro de confusão. — Matthew respondei e sorriu. Ao longe pude ouvir as sirenes da ambulância.
— Eu estou com medo. — Respondi fraco. — Fica comigo!
— Sempre! — Matthew disse sorrindo e me beijou. — Não se preocupe, nós iremos resolver isso como sempre resolvemos.
— Sério? Como? — Perguntei.
— Juntos. — Matthew respondeu sorrindo.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.