História Roles Reversed - The End.

— Acorda, dorminhoca! — Ouvi a voz masculina de Matthew e meu coração disparou. Me virei para ele e abri meus olhos, com rapidez.

— Fu- Funcionou? — Gaguejei.

— Bom, supondo que estou no meu corpo esbelto, maravilhoso, sexy e... Eu já falei maravilhoso? — Perguntou, sorrindo. — Funcionou, sim.

Sem me importar de estar pelada, eu me levantei e examinei meu corpo. Meus seios estavam ali,minha parte íntima, meus longos cabelos. Céus, meu corpo!

— Meu Deus, Meu Deus! — Exclamei, dando pulinhos.

— Eu já sai e comprei o café da manhã! — Matthew disse sorrindo, e eu me sentei ao seu lado, para tomarmos café. O sol entrava pela janela quadrada da casa da árvore e banhava meu corpo com vitamina D. — Você vai ficar pelada? — Matthew perguntou, enquanto eu comia uma fatia de bolo.

— Sim! — Respondi, sorrindo, e bebi do suco de laranja.

— Você é muito gostosa, sabia? — Matthew perguntou e eu sorri.

— Sabia! — Respondi, sorrindo.

— Senta aqui! — Ele disse e apalpou seu colo. Peguei mais uma fatia de bolo e o obedeci.

Me sentei sobre o seu colo, e pude sentir seu membro roçar na minha intimidade. Meu corpo vibrou.

— Chega de transas esquisitas! — Suspirei, sorrindo.

Aproximei meus lábios dos de Matthew, e lhe dei um selinho demorado. Iniciamos um beijo lento. Pude sentir um sorriso nascer em ambos os lábios em meio aos beijos. Ele apertou mais minha cintura, aproximando nossos corpos enquanto eu entrelaçava meus braços em sua nuca. Não me importava com nada, apenas em seguir o ritmo frenético da língua dele na minha boca, enquanto nos beijávamos.

Matthew ia abaixando sua mão até chegar a lateral do meu quadril, e logo indo com a mão na direção da minha bunda, sem delongas ele me deu um leve aperto, eu me afastei dele não contendo o riso, e quando olhei ele também sorria, mas não porque achava graça, e sim um sorriso de vitória.

— Temos que transar muito, agora que voltamos aos nossos corpos. — Matthew disse, sorrindo. — Tipo,  muito mesmo!

— Concordo! — Respondi, sorrindo e o beijei.

— Vamos brindar? — Matthew perguntou, me estendendo uma taça. A peguei.

— A nós? — Perguntei.

— A nós! — Ele disse sorrindo e bebemos, juntos, do vinho. Senti um volume redondo na minha boca, e cuspi o líquido todo na cara de Matthew. Ele gritou, assustado.

Peguei o objeto redondo de dentro da minha boca.

— O que diabos é...

— Porra, Amanda! — Matthew reclamou e pegou uma toalha para limpar seu rosto.
Perdi a fala quando vi o anel dourado. Meus olhos encontraram os de Matthew, e logo em seguida, o anel novamente. Eu estava em choque!

— Matthew, você... Isso é um? É um anel? — Perguntei, tremendo.

— Porra, é! — Matthew disse, bravo.

— Não fala palavrão, caralho! — Reclamei.

— Você falou palavrão! — Matthew disse, assustado, e sorriu largamente. — Meu prodígio! — Ele disse segurando meu rosto. — Amanda Dolabella, você aceita se casar comigo? — Matthew perguntou, sorrindo.

Meu coração acelerou, minhas mãos tremiam. Tentei abrir a boca para dizer alguma coisa, mas perdi a fala por um instante.

— Me- Me desculpa, Matthew! — Gaguejei.

— Não, peço que você que me desculpe, eu sou um idiota, não podia apressar as coisas assim e...

— Não, não, me desculpa por ter cuspido o vinho na sua cara! — Respondi, tremendo. Matthew sorriu. — Eu... Eu aceito! — Falei, sorrindo. — Eu aceito me casar com você, Matthew Lee Espinosa! — Falei, alargando ainda mais o sorriso no meu rosto.

— Garota, você quase me matou do coração! — Matthew disse e me jogou no chão, logo subindo por cima de mim. — Vamos comemorar! — Ele disse e me beijou.

— Não, não, nada de comemoração, preciso levar América na escola, ela vai acordar daqui a pouco! — Respondi, me desvencilhando dele.

— Por favor! — Matthew pediu, enquanto eu colocava minha roupa.

— Não! — Respondi.

— Por favorzinho! — Matthew, insistiu e se levantou. Ele caminhou até mim, e beijou meu pescoço. Eu sorri, me virei e lhe dei um selinho.

— Não, de jeito nenhum! — Respondi. Terminei de vestir minha roupa, e desci as escadas.

— Pelo menos vamos transar a noite! — Matthew gritou da janela da casa da árvore. Eu sorri, e assenti. — A noite toda! — Disse sorrindo.

(...)

Já havia levado América para a escola, e Matthew havia ido trabalhar. Me assustei quando ouvi o a campainha tocar. Passei na frente do espelho, e arrumei alguns fios rebeldes. Fui até a porta e a abri.

— Oi. — Shawn disse.

— O que faz aqui? — Rosnei.

— Você disse que falaria comigo! — Shawn disse. — Vim aqui ontem, mas você não estava, então eu vim hoje. — Shawn, disse. — Por favor, me deixa falar com você, Amanda.

— Não temos nada para conversar! — Ditei.

— Eu não quero perder a América! — Shawn, falou.

— Você sabe muito bem que ela nunca foi sua filha! — Respondi.

— Sim, Amanda, eu sei muito bem disso. — Shawn disse, triste. — Mas isso não muda a minha relação com ela, ela é minha pequenina. Eu a amo mais do que tudo nesse mundo! — Shawn, falou e pude ver que ele estava realmente falando a verdade.

— Entra! — Falei e lhe dei passagem para entrar. Shawn ficou um pouco surpreso, e me encarou. — Já entrou? — Insisti.

— Desculpa, desculpa! — Ele disse adentrando a casa, e eu fechei a porta.

— Você já pode começar a falar! — Falei.

— Ok! — Shawn disse e esfregou as mãos. — Primeiramente, eu quero me desculpar com você! — Ele disse. — O que fiz foi errado, foi erradíssimo, e eu me sinto um lixo por causa disso. Tanto a traição, quanto eu quase te bater. — Shawn disse e suspirou. — Não espero que você me perdoe, Amanda, só quero ter uma relação com você que me permita ver América.

— Bom, você vai te-la, pode sair agora? — Perguntei.

— Eu amei você, amei muito! — Shawn disse. — Mas eu me apaixonei por outra pessoa, assim como você sempre foi e sempre será apaixonada por outra.

— Do que você está falando? — Perguntei.

— Matthew! — Shawn respondeu. — Eu sei que vocês estão juntos!

— Como você sabe disso? — Perguntei.

— Bom, seria o que eu faria se o amor da minha vida voltasse do passado, e eu pudesse ficar com ela! — Shawn respondeu.

— Foi por isso que você me traiu? — Perguntei. — O amor da sua vida voltou?

— Em parte, sim! — Shawn respondeu. — Mas eu me sentia um intruso na sua vida, Amanda, alguém que só foi posto naquele lugar para ocupar temporariamente, e depois ser descartado! Eu sentia que merecia mais, que merecia alguém que me amasse de todo o coração.

— Eu amei você! — Respondi.

— Você amou e ama o Matthew! — Shawn respondeu. — Eu queria alguém que me visse como primeira opção, alguém que me amasse verdadeiramente. E eu a encontrei, e ela me faz imensamente feliz.

— Bom pra você! — Respondi.

— Matthew te faz feliz, não faz? — Shawn perguntou. Eu assenti. — Você se sente amada perto dele e só quer ficar perto dele. Estou certo?

— Nem sempre, as vezes quero estrangula-lo! — Respondi, e fiz careta. Shawn riu. — Mas... Sim, ele me faz feliz e eu o amo!

— Então você me entende! — Shawn respondeu.

— Acho que sim! — Respondi, e mordi meus lábios.

— Fiz isso por amor! — Shawn disse. — É algum pecado por acaso?

— Eu também não ajudei muito, peço desculpas! — Falei.

— Céus, você não tem que se desculpar por nada, Amanda, os anos que passei junto a você, foram os melhores de toda a minha vida! — Shawn disse.

— Também foram os meus melhores anos! — Respondi, e suspirei. — Acho que nós apenas não fomos feito um para o outro. — Falei. — E apesar de algumas coisas que aconteceram, cada um está com a pessoa que realmente ama. Não posso culpar você, e nem você a mim!

— Concordo! — Ele disse, sorrindo.

— Bom, acho que estamos entendidos! — Falei, e respirei fundo. Shawn caminhou até a mim, e me abraçou com força.

— Obrigada, obrigada por tudo! — Shawn disse.

— Eu que agradeço, Shawn! — Falei, sorrindo.

— Posso ver a América amanhã? — Shawn perguntou, sorrindo mais que o normal.

— Claro, ela vai adorar te ver! — Falei, sorrindo e Shawn se despediu de mim.

Apesar de as nossas pazes terem sido bem rápidas, eu me sentia bem. Ele amava alguém, eu amava alguém. Eu errei. Ele errou. E nós nos perdoamos. Não vejo motivo para mais intriga. Meu coração se encontrava calmo no momento, porque eu já havia dado o primeiro passo para um recomeço.

Sete meses depois.

— Olha, filha! — Falei animada ao ver as pessoas que haviam comprado a casa de Matthew. — Temos vizinhos novos! — Falei, sorrindo e um garotinho moreno, dos olhos claros, desceu do carro. Ele parecia ter a mesma idade de América.

— Vamos cumprimenta-los! — Matthew falou sorrindo, e eu senti uma pontada na minha barriga.

— Ele está chutando! — Falei, sorrindo e massajei minha barriga. Matthew se agachou e beijou minha barriga.

— Espere mais um pouco, garotão, daqui a pouco você sai desse buraco! — Matthew disse falando com minha barriga.

— Nossa, como você define bem a minha barriga! — Falei, irônica. Matthew sorriu, e pegou América em seu colo para cumprimentar os vizinhos.

Antes de ir ao encontro deles, eu encarei a foto do meu casamento e de Matthew, por mais esquisito que seja, Shawn e a namorada dele foram os padrinhos. Laryssa e Nash também. Victoria havia ganhado bebê bem quando estava acontecendo o casamento, Nate faltou ficar louco. Foi engraçado!

Fui até o quintal, e vi as crianças se cumprimentando.

— Fale com a menina, Alex, não seja mal-educado! — A mãe do garoto, disse.

— Oi, sou o Alex! — O menino, disse tímido.

— Oi, sou a América! — Ela disse sorrindo. Alex correu para detrás da mãe e todos rimos. América me encarou sorridente.

— Porque eu tenho uma impressão familiar sobre isso? — Matthew perguntou, e me encarou.

— Ele é você, purinho! — Falei, sorrindo.

— Ela é você, purinha! — Matthew respondeu, e eu sorri.

Por mais que Matthew não tivesse dito nada, eu segui sua linha de raciocínio e sorri. Pelo jeito a historia iria se repetir, pode ser amanhã, ano que vem, ou a daqui a dez anos, mas mais uma vez a história iria se repercutir, e virar a vida da nossa pequena, América, de cabeça para baixo, pois por mais uma vez os papéis seriam invertidos, e por mais desafios que vida lhe desse, ela venceria e encontraria o amor no final, assim como seus pais.