História Roles Reversed - Hello, love.

— Vamos, temos que nos esconder.  Os meninos não vão para de me procurar, vão chamar minha mãe se possível. O pior ainda está por vir.

— Credo, menino. Vira essa boca pra lá

— Só estou dizendo a verdade. — Ele disse dando de ombros.

— Eu estou exausta. — Disse me jogando em minha cama.

— Não fale palavras femininas no meu corpo, fica parecendo que eu sou gay. — Matthew disse fazendo careta

— Eu não vou falar como homem apenas para te agradar. — Resmunguei.

— Ir pro inferno você não quer, né? — Matthew perguntou. — Puta que pariu, Amanda. — Matthew exclamou e eu pulei assustada na cama.

— Céus, o que foi menino? — Perguntei me sentando na cama.

— Você não está naquele período não, né? — Ele perguntou assustado.

— Período? Que período? — Perguntei confusa.

— Aquele período feminino. — Matthew disse perdendo a paciência.

— Período feminino? Que? Que que você tá falando menino? — Perguntei.

— MENSTRUAÇÃO, AMANDA. — Matthew gritou.

— Para de gritar, seu retardado. — Disse o tacando uma almofada.

— Você está ou não? — Ele perguntou.

— Não, Matthew. — Disse revirando os olhos.

— Amém. — Ele respondeu abraçando um ursinho. — Vou tomar um banho.

— Não vai não. — Ditei.

— Claro que eu vou. — Ele disse.

— Você não vai ver meu corpo, de jeito nenhum. — Ditei nervosa.

— Eu quero tomar banho. — Matthew reclamou.

— Não me importo. — Respondi.

— Seu medo é que eu veja seu corpo? — Matthew perguntou.

— Sim. — Respondi. — Não, na verdade é mais como uma questão de respeito.

— Que? — Ele perguntou confuso. — Esquece. — Disse dando de ombros. — Tive uma ideia.

Matthew foi para o meio do quarto e tirou a blusa rapidamente, nem tive tempo de protestar, em seguida ele tirou a calça e ficou apenas de calcinha e sutiã na minha frente. Ok, isso ficou esquisito.

— O que você está fazendo? — Perguntei enfurecida.

— Pronto, já vi seu corpo. — Matthew disse sorrindo. — Posso ir tomar meu banho. — Ele disse adentrando o banheiro. 

Corri em direção a porta para tentar alcança-lo, mas assim que encostei na maçaneta, Matthew trancou a porta.

— Matthew, seu idiota. — Gritei ao ouvir o chuveiro sendo ligado.

— Gostei dos seus peitos. — Ele respondeu alegre.

— Cala a boca. — Disse dando um chute na porta.

Deitei- em minha cama, e esperei por Matthew. Meus olhos pesaram, e eu abracei meu ursinho. Em alguns minutos, senti um corpo me abraçando. Tive preguiça de olhar quem era, mas sabia que era Matthew.  O tempo estava fechado, e ameaçava chover a qualquer instante. O clima frio contribuiu para que eu me aconchegasse mais na cama, e Matthew me abraçasse.

— Boa noite. — Ele sussurrou e beijou minha bochecha.

Me permiti sorrir, e em pouco tempo adormeci.

(...)

Acordei com algo me incomodando.  Me remexi inquieta, e logo notei o volume em minhas calças. Saltei assustada, e Matthew caiu da cama com o susto.

— Puta que pariu, Amanda. — Matthew disse se levantando confuso. — Que que foi?

— Que isso? — Disse apontando pro negócio duro e ereto.  Matthew encarou e começou a rir tão alto que tive vontade soca-lo. — Matthew, caramba. — Choraminguei.

— Você está de pau duro, Amanda. — Matthew disse rolando no chão de tanto rir.

— Matthew me ajuda, tira isso de mim. — Disse já chorando.

— Ok. — Ele disse se controlando pra não cair de novo, ele estava completamente vermelho. — Vai no banheiro tomar um banho. Banho frio.

— Eca, Matthew. — Reclamei. — Eu não quero ver seu corpo.

— A não ser que você queira bater uma, você tem que ir para o banheiro. — Matthew respondeu.

 — Bater uma? — Perguntei confusa.

— É Amanda, bater uma. É tipo se....

— Não muito obrigada, já sei o que é. Prefiro o banho. — Disse rápido gesticulando com as mãos.

— Ok. — Ele disse. — Vai pro banho.

Me dirigi ao banheiro andando que nem um pinguim. Aquele negócio incomodava. Fechei meus olhos e tirei a roupa rapidamente, mesmo sem ver o treco de Matthew, eu sabia que era grande. Sim, eu vou falar treco.

Liguei o chuveiro na água fria, e me coloquei debaixo do chuveiro. Perdi a noção de quanto tempo havia ficado ali, mas não abri os olhos durante todo o banho. O meu único pensamento era acabar logo com aquilo e sair dali.

Terminei o banho e me sequei, Matthew havia pulado a sacada e pegado uma outra muda de roupa para mim. Segundo ele, não havia ninguém na casa.

Me vesti com dificuldade devido à eu não querer abrir os olhos. Assim que eu abri os olhos desejei não ter aberto, eles arderam com a claridade.

— Fiz pipoca. — Matthew disse aparecendo no quarto. — Porque você tá piscando que nem uma retardada?

— Meus olhos doem. — Respondi.

— Ninguém mandou ficar de frescura com meu pau. — Matthew respondeu.

— Matthew, pelo amor de Deus, cala a boca. — Respondi.

— Porque toda vez que eu falo algo relacionado a pau ou sexo, você se irrita? — Matthew perguntou. — Você é lésbica?

— Claro que não, seu tonto. — Respondi.

— Então você admite que gosta de rola? — Ele perguntou rindo.

— Só cala. — Disse brava, e fui para a cozinha.

— Não pega na minha pipoca. — Ele gritou.

— A casa é minha. — Respondi assim que ele chegou ao meu lado.

— Tecnicamente, é minha. — Ele respondeu.

— Você está muito ousado, não acha? — Perguntei.

— Nem um pouco. — Ele disse enchendo a boca de pipoca.

— Idiota. — Disse irritada.

O barulho seguinte fez meu coração saltar, o som do carro de minha mãe chegando fez com que eu encarasse Matthew. Ela não gostaria de ver Matthew aqui, quer dizer, eu aqui, quer dizer, o corpo de Matthew aqui. Sai correndo para o quarto, e puxei Matthew junto.

— O que vamos fazer? — Perguntei.

— Vai pra minha casa, eu dou um jeito de enrolar sua mãe e a gente se encontra de madrugada. — Matthew disse me empurrando para a sacada.

— Que? — Perguntei confusa.

— Só vai. — Ele disse e eu saltei para a sacada dele. — Se esconda.

Entrei no quarto de Matthew completamente confusa, o ambiente estava completamente escuro, e acabei tropeçando na cama, e caindo de cara no travesseiro. Decidi ficar por lá mesmo.

Quando estava pegando no sono, senti um corpo subir por cima do meu, imaginei ser Matthew, então não me movimentei. Senti um beijo em meu pescoço e saltei assustada. Meu coração faltou saltar pela boca ao eu perceber de quem se tratava.

— Oi, amor. — Stassie disse.