História Roles Reversed - I should accept or not?

— Oi, amor. — Ouvi a voz de Stassie.

Dei um salto na cama, assustada. No escuro pude a silhueta do seu corpo sobre o meu. Stassie subiu mais sobre mim e tentou me beijar, eu desviei.

— Stassie...Hmm... Oi. — Gaguejei.

— Eu senti sua falta, amor. — Ela disse se aproximando mais e beijando meu pescoço. Meu corpo estremeceu. — Você sumiu o dia todo.

— Eu andei ocupada. — Disse desconversando. — Quer dizer, ocupado.

— Mas agora você vai me dar atenção, não é? — Ela perguntou beijando meu pescoço. Céus, eu poderia estar no corpo de Matthew, mas continuava a ser um ser humano. Por estar no corpo dele, acredito que eu sentia o que um homem sentia, pois, o meu corpo estava quente e não era de calor.

Quando abri minha boca para responder Stassie, ela me beijou. Eu estava fazendo o máximo para não estragar o relacionamento de Matthew e Stassie, mas ela não ajudava. Mesmo sem querer, eu decidi corresponder o beijo. Era só eu imaginar que estava beijando o Zac Efron ou o Dylan O’Brien.  Me senti estranha por estar beijando Stassie, eu era uma menina, mas estava presa no corpo de um menino. Isso me faria lésbica? Não que eu tenha nada contra, mas eu não sentia atração por mulheres.

Stassie desceu seus lábios por meu pescoço até o meu peitoral. Ela tirou minha blusa sem que eu nem percebesse. Seus beijos desceram mais até minha barriga. Eu estava tão fora de mim, que até considerei transar com Stassie, mas então ela começou a se aproximar daquele local e meu corpo entrou em pânico. Stassie já tinha enfiado suas mãos dentro da minha calça, preparada para a tirar, quando eu me afastei.

Pude ouvir ela rir, e dar um beijo por cima da calça, bem aonde o treco estava localizado. Sim, o treco. Stassie já estava com suas dentro da minha calça quando eu pulei assustada.

— Stassie, eu...Hmm.... Estou me sentindo mal. — Disse me afastando. Stassie abriu o zíper da minha calça enquanto me encarava sorridente. — Fique longe do treco.

— Do treco? — Ela perguntou rindo.

— Sim, do treco. — Respondi. — Eu.... Não quero fazer isso, eu...

— Você não quer que eu faça um boquete em você? — Stassie perguntou sorridente e começou a engatinhar sobre a cama, na minha direção.

— Não, Stassie. Eu não estou a fim. — Respondi gaguejando. — Para com isso.

— Você está muito estranho. — Stassie disse e suspirou derrotada. — Ok, vamos dormir. — Ela disse e se deitou ao meu lado.

Me assustei do quão rápido Stassie adormeceu. Me remexi na cama inquieta e me sentei. Não demorou muito para que eu notasse um movimento na minha janela. Matthew surgiu na sacada e adentrou o quarto. Ele me encarou e começou a rir que nem um idiota.

— Ela tentou te chupar? — Matthew perguntou tentando controlar o riso.

— Cala a boca. — Rosnei.

— Porque você não deixou ela te chupar? — Matthew perguntou sorrindo. — É muito bom, garota.

— Você ficou louco? — Sussurrei brava. — Eu mal consigo encarar esse seu treco, imagina então deixar que a Stassie chupasse.

— Porque chama o pênis de treco? — Matthew perguntou.

— Porque eu quero chamar ele de treco, ora bolas. — Disse reprimindo um grito e Stassie se remexeu ao meu lado.

— Ela dorme que nem uma pedra. — Matthew disse. — Relaxa.

— Falar é fácil.  — Respondi. — Não é você que está do lado dela.

— Amanhã quando ela acordar, pede pra ela te chupar. — Matthew disse rindo.

— Ficou louco? — Rosnei.

— É bom, Amanda. — Matthew respondeu. — Aproveita que você está com meu pinto, menina.

— Matthew, pelo amor de Deus, cala a boca. — Respondi.

— Como é ser chupada? Sabe, tendo uma vagina? — Matthew perguntou.

— Eu não sei, eu sou virgem, seu idiota. — Respondi.

— Estou pensando em fazer você perder esse cabaço. — Matthew respondeu pensativo.

— Você não seria louco a esse ponto. — Respondi.

— Não duvide mim, Dolabella. — Matthew disse. — Eu tenho muitos contatos, posso muito bem arranjar alguém pra transar comigo. Quer dizer, pra transar com você. Espera isso ficou esquisito. — Matthew falou. — Pra transar com esse corpo feminino aqui. — Disse apontando para si próprio.

— Você não vai fazer isso. — Respondi.

— Porque? Você quer que seja especial? — Matthew perguntou.

— Talvez. — Respondi.

— Você só pode estar de brincadeira? — Matthew perguntou.

— Qual o problema? — Perguntei.

— Não me diga que você é uma daquelas garotas que sonha com o príncipe encantado, com a transa perfeita e todas essas baboseiras? — Matthew perguntou.

— Não, claro que não. — Respondi. — Mas eu quero ter a minha primeira vez. Não quero que você tenha ela por mim.

— Vai ser difícil. — Matthew disse. — Eu sou viciado em transar. Amo uma transa mais que tudo nesse mundo.

— Não me importo, não transe com ninguém no meu corpo. — Ditei.

— Por favor, Amanda. — Matthew choramingou. — Porque você não transa comigo?

— Você está de brincadeira, não é? — Perguntei.

— Não. — Matthew disse.

— Seria muito estranho. — Respondi. — Sem contar que eu não sei usar esse negócio aqui embaixo. — Respondi.

— Eu te ensino. — Ele respondeu.

— Matthew, nós temos que nos concentrar em voltar ao normal, não em transar. — Respondi mudando de assunto.

— Amanda, nós não fazemos a mínima ideia de como voltar ao normal, será que enquanto não descobrimos o que aconteceu, não podemos nos divertir um pouco? — Matthew perguntou.

— Não acho que seja uma boa ideia. — Respondi.

— Porque não seria? — Matthew perguntou. — Nos experimentaríamos novas coisas. Novas sensações, mas procuraremos respostas ao mesmo tempo.

— Matthew, isso é coisa de louco. — Respondi. — E se algo der errado? E se você me fizer passar vergonha? E se você agi errado? — Perguntei. — Se eu cometer um erro que pode mudar algo em sua vida, tipo Stassie ou seus amigos?

— É só nos ficarmos próximos um ao outro. — Respondeu.

— Não sei, Matthew. — Respondi.

— Vamos fazer assim, amanhã é sábado. Sua mãe ira sair, Stassie vai sair com as amigas. Vamos combinar de nos encontrarmos na casa da árvore.

— Na casa da árvore? — Perguntei. — Para o que exatamente?

— Para beijarmos, transamos, sei lá. — Matthew disse. — Podemos pesquisar sobre o que aconteceu conosco, sabe essas coisas.

— Matthew, eu irei. — Respondi. — Mas não estou muito à vontade com a parte que eu fico por cima de você e coisas começarem a entrar e sair. Um gemido pra lá outro pra cá. Não sei não, viu.

— Se você se sentir desconfortável nós paramos. — Ele respondeu.

— Ok, boa noite. — Disse me ajeitando na cama.

— Ok, boa noite. — Ele respondeu sorrindo. Observei Matthew pular para de uma sacada para outra e entrar no quarto. Respirei fundo e encarei o teto.

Céus, eu deveria ou não aceitar aquela maluca proposta?