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História Roleta Russa - Tentação


Escrita por: Puritanaa e lainnie

Notas do Autor


QUEM É VIVO SEMPRE APARECE, NÃO É MESMO?
Vei, eu tenho tantas coisas a falar aksdjad
Mas um resumão básico: a trouxa aqui ta se ferrando em matemática e química, ela ta tentando não ir para recuperação, ta falhando miseravelmente, ta ouvindo sermão direto, ta ficando sem animação para escrever e ta enrolando. Aí começou a brotar uns trabalhos dos infernos, tinha também o último ano de um super projeto meu na escola e pá, aí mesmo tendo todo o plot do capítulo eu simplesmente não conseguia escrever porque tudo parecia uma merda. Aí demorou, demorou e demorou. Pelo menos o capítulo atual é grandão sakdkasda
Espero que gostem, sério.
Ah, o capítulo não tem capinha porque a @Puritanaa ta sem PC e eu não me dou bem com o photoshop, sério. Então, né, já sabem.

Obrigada pelos favoritos, até as notas finais, eu acho. ♥

Capítulo 4 - Tentação


KYUNGSOO repetia a mesma coisa pela décima vez e mesmo assim Baekhyun ignorava ele. Kris já havia desistido, havia ido buscar algo para beber, já que o seu amigo havia o feito atingir níveis altos de estresse na qual ele não deveria ficar em pleno sábado de manhã.

— Byun Baekhyun, você vai continuar a me ignorar? – Um biquinho se formou nos lábios do Byun, enquanto ele virava o rosto para encarar a expressão séria do Do a sua frente. — Você é um idiota, desisto de você.

Ao perceber que havia conseguido irritar o menor, ele ergue as sobrancelhas surpreso e arfa, e sem perceber ele põe um pé para fora da cama como se fosse se levantar, contudo a única coisa que faz é tentar chamar o amigo de volta, que o ignora e saí do quarto.

Chateado ele se senta novamente na cama, e cruza os braços, encarando a porta – essa que se encontrava fechada novamente – esperando que um dos seus amigos voltasse logo. Ao perceber que muito provavelmente nenhum deles voltaria tão cedo (para sua infelicidade) ele se deita, ainda de braços cruzados e encara o teto, irritado.

Certo, ele sabia que não deveria ter ido atrás dela, mas já era a quinta (ou era a sexta?) vez que ela mentia para ele e tudo bem, Baekhyun precisava saber o que Taeyeon andava fazendo para negar sair toda sexta, sábado ou domingo – que em sua opinião eram os melhores dias para se ter um encontro.

Acabou que sua curiosidade falou um pouco mais alto e ele resolveu segui-la depois da faculdade. Não que aquilo tivesse disso a melhor a escolha, ele sabia disso; mas simplesmente a curiosidade e, de certo modo, chateação, falaram mais alto e acabou por acontecer isso.

Naquele dia, pela primeira vez na vida, ele percebeu como ele era um ótimo stalker já que não havia sido visto. A rotina de sua namorada havia sido normal, havia ido para seu apartamento simples e ficou lá até as 18h quando saiu e seguiu para uma boate.

Se antes pensava que Taeyeon traia ele, agora ele tinha certeza. O pior é que ele havia perdido ela de vista assim que entraram na boate – na verdade, depois que ele batalhou muito para entrar, afinal, ele não tinha ingresso e pelo o que ele descobriu aquele local era novo e aquilo era uma inauguração, ou seja, ele só conseguiu entrar pelos fundos; uma vez que ele havia sido barrado pela entrada umas cinco vezes.

Ao conseguir entrar depois de perder metade do dinheiro que tinha, ele não havia achado mas Taeyeon. Aquilo havia deixando-o tão irritado que pensou seriamente em ir embora, mas como já havia gastado seu dinheiro para estar ali, simplesmente usufruiu do que podia.

Surpreendentemente ele não bebeu. Não queria beber na verdade, e se bebeu, foi mais para o final da festa e ele definitivamente não ficou bêbado, só que ele não sabia explicar como ela bolsa cheia de dinheiro havia parado com ele.

— Caralho, Baekhyun, você só faz merda, não é possível. – Praguejou novamente Kyunsoo, respirando fundo para tentar se acalmar. — Como é que você não – disse dando ênfase — se lembra de como uma sacola desse tamanho – mostrou a sacola de viagem verde escura, erguendo-a na cara do rapaz de cabelos acastanhados — veio parar em suas mãos?

Completou, erguendo as sobrancelhas e abrindo os olhos, encarando fixamente o rapaz que ainda estava na cama, porém agora sentando, enquanto mordia o lábio inferior nervoso. O olhar de Kris em si também não estava ajudando-o em nada a ficar mais calmo.

— Eu já disse que não sei, Kyung! Não me lembro, não me lembro, não me lembro! – Repetiu diversas vezes, na verdade querendo mais que ele acreditasse em suas próprias palavras e não o oposto. — Nem sabia que isso estava aqui!

Ouve alguns instantes de silêncio, Kris e Kyungsoo se entreolharam, o mais alto do local pegou a mochila das mãos do outro e jogou na cama; a bolsa que estava aberta apenas se esparramou pela cama, permitindo que alguns bolos de dinheiro caíssem sobre a cama.

O mais novo permitiu-se suspirar, fechar os olhos e massagear as têmporas, enquanto Baekhyun se encolhia, encostando-se na parede, pondo seu rosto entre seus joelhos, nervoso. O pior é que independentemente do que falasse para os seus amigos, soaria ridículo, afinal, como é que você não se recorda de como uma bolsa com dinheiro veio parar na sua casa?

A cama se abaixou e o som das molas daquela cama velha apenas comprovou que alguém havia se sentado ali. Levantou minimamente o rosto e viu que era Yufan que estava lá, o encarando, sério.

— Baekkie. – A voz grave de seu amigo o fez se arrepiar e novamente ele escondeu o rosto entre os joelhos. — Não vai adiantar nada ficar com remorso. Apenas vamos logo na boate entregar o dinheiro, tá?

Kris comentou e ele apenas concordou, não estava em situação de entrar em pânico ou ficar assustado. Levantando bruscamente, ele se dirigiu a porta, sentindo o olhar de seus amigos em si, porém, não se virou para encarar ninguém; desceu as escadas e estava na porta principal quando ouviu outros passos na escada, deduziu que já estavam ali e sua hipótese foi confirmada ao ouvir a voz de Kyungsoo.

— Vamos logo. – Sorriu, porém, seu sorriso logo morreu ao ver a sacola de dinheiro fechada nos ombros de Kris, depois de visualizar isso, engoliu em seco e respirou fundo, indo em direção ao carro do mais velho dali.

 

 

A boate se encontrava fechada assim como esperado. Haviam estacionado o carro do outro lado da rua, a tempo de ver um rapaz com uma menina em suas costas, adormecida. Baekhyun encarou a menina, reconhecendo-a de algum lugar.

— Ela não é...? – Porém logo sua fala foi interrompida pela voz baixa do Do.

— Alguém sabe como podemos entrar? – Confuso, Wufan encara o mais baixo.

— Quê? Mas a gente não pode simplesmente entregar para um segurança e ir embora? – Kyunsoo arqueia as sobrancelhas e abre a boca para retrucar, contudo logo a fecha novamente, soltando um muxoxo e murmurando um “vamos logo” desgostoso.

Kris acaba por rir do mal humor do seu amigo; ajeita a mochila com o dinheiro, que, em sua opinião, estava pesada e logo trata de atravessar a rua, acompanhando o outro. Baekhyun vai juntamente com ele e logo ambos se encontravam no outro lado da rua, na portaria da boate.

Encaram em volta, sem saber o que fazer, contudo, logo ele pega a mochila nos braços do outro e se direciona para os fundos, indo para o mesmo local na qual havia entrado na noite anterior.

Ao chegar lá, viu algumas pessoas saindo e vindo, trazendo lixo. Alguns funcionários o encaravam, já outros simplesmente o ignoravam e ele agradecia mentalmente por isso. Olhou para o beco que dava para a entrada principal e não viu nenhum de seus amigos; assim que um rapaz saiu indo pôr o lixo, ele se aproximou, pôs o pé para impedir que a porta se fechasse e entrou discretamente, passando por algumas pessoas confusas.

Chegando na área principal da boate, passou os olhos pelo local, percebendo a diferença da mesma. Mordeu o lábio inferior e se aproximou da parte das bebidas, pondo a mochila lá.

Viu duas pessoas se aproximarem de si e acabou por se encolher, nervoso. Era uma mulher e um homem; ambos aparentavam cansaço, apesar de que suas posturas altivas não demonstravam isso.

A mulher possuía um rosto oval, seus cabelos são castanhos escuros, já suas bochechas são grandes e vermelhas, a mulher possui grandes olheiras, talvez pela falta de sono, e seus lábios finos e vermelhos formavam um sorriso travesso enquanto vinha em sua direção.

Enquanto o rapaz possuía uma grande pinta de galã televisivo; era alto (bem mais que ele), seus cabelos louros estavam bagunçados e assim como a mulher que acompanhava, possuía grandes olheiras.

Baekhyun deduziu que ele deveria ser o tipo de cara que caso namorasse, a namorada iria sair espalhando para Deus e para o mundo “ele é meu namorado”. Deve ser do tipo popular.

Contudo, andou para trás, se batendo no balcão do bar, com sua mão em cima do mesmo, segurando de modo nervoso a bolsa de dinheiro.

— Hey, você! – A voz feminina soou e ele encarou a jovem, agora ela estava frente a frente com ele. — Uns funcionários disseram que um carinha suspeito entrou aqui com uma bolsa verde musgo, – ela deu uma pausa — beeem familiar, sabe? – A menina deu um sorriso. — E a sua bolsa e sua aparência são exatamente como foram descritas.

Por um momento resistiu a vontade de revirar os olhos com o cinismo visível da mulher. Na verdade, sua vontade era de revirar os olhos e bufar, mas estava tão assustado – apesar de tudo, aqueles dois possuíam uma aura terrivelmente pesada em volta deles – que simplesmente resistiu a essa vontade.

Deu um sorriso forçado, sem saber exatamente o que falar.

— A-a, bolsa. – Começou gaguejando e se repreende por isso. — Estava comigo e eu não sei como, juro! Não mexi em nada nela, tipo, está tudo aí! Quando eu percebi que não era minha eu já vim direto aqui para entregar! Pode verificar, se quiser. – Tentou soar mais calmo do que realmente estava e quando percebeu que havia conseguido, de certo modo, transmitir isso, sorriu internamente.

Os dois se entreolharam, a moça deu uma risada sacana e o rapaz suspirou.

Se aproximando calmamente, a jovem se encostou em Baekhyun, prensando seu corpo no dele, ficou na ponta dos pés e aproximou seus lábios do ouvido do rapaz, sussurrando.

— Acredito em você, amor. – Ouvir aquilo fez todos os pelos do seu corpo se arrepiarem de uma maneira brusca. — Mas, infelizmente – disse fazendo manha — não poderei deixar você sair daqui.

Ela se afastou; encarando-a confusa, não soube o que fazer ou responder em relação a afirmação dela. Mordeu o lábio inferior e segurou com mais força a bolsa.

— Acho que eu me recordo de você, docinho. – Ela deu uma pequena risada. — Você estava até relativamente sóbrio e é isso que me preocupa. – Um bico em seus lábios a deixava com uma aparência bem mais infantil do que era realmente pertencente a ela. — Você viu o que não deveria ver, se lembra da Sua? – Ao pronunciar o nome da menina, a jovem de cabelos castanhos riu; seu dedo se encontrava exatamente na região pré-esternal, enquanto empurrava-o para trás.

Seu sorriso murchou e ela se virou, irritadiça, começando a falar com o cara com pinta de galã.

— Eu não gosto dele, Jun! Ele se lembra, eu sei. – Mesmo de costas, foi possível perceber que ela havia cruzado os braços. — Se ele realmente se lembrar, então... – ela choramingou. — Suga vai me matar...

Alguns instantes de silêncio o fizeram refletir; apesar de ter bebido pouco, assim como dissera para seus amigos, ele havia bebido, contudo, não o suficiente para esquecer das coisas. Apesar de realmente não se lembrar como aquela bolsa havia parado com ele, Baekhyun se recordava de certas coisas, principalmente de Sua.

Ouvir o nome da menina havia feito-o se arrepiar, aquela menina na boate havia sido, de certa forma, sua companhia por algumas horas, até ela desaparecer. Se lembrava que em certo ponto da noite, depois da confusão da menina que havia derrubado copos e garrafas gritando o nome de Sua, havia visto a garota desacordada sendo levada por alguém.

Engoliu em seco. A menina ainda conversava com Jun – havia deduzido ser esse seu nome, após ouvi-la falar com ele – e parecia chateada e de certa forma, pensativa. Se ele fosse fazer algo, tinha que ser agora.

Sem pensar muito, ele segurou firme a bolsa e em um impulso só, puxou ela, assim que Jun, viu que ele iria fazer algo, tentou chamar a atenção de sua companheira, falhando.

— Joy! – Assim que ela iria se virar para verificar o que ia acontecer, recebeu a bolsa pesada em seu rosto, fazendo-a cambalear atordoada para trás, caindo com tudo em cima do louro que, surpreso, acabou por cair com ambos no chão.

Baekhyun viu sua chance ali, então, sem mais nem menos, saiu correndo por onde havia entrado; era o único lugar que sabia que estava aberto e não iria arriscar ir pela porta principal sendo que no fim poderia estar trancada.

Passou por diversas pessoas que, surpresa arfavam, outras gritavam pelo susto repentino, contudo, sem se importar com o fato de estar derrubando algumas pessoas, saiu pela mesma porta dos fundos.

Correu em direção à rua e sem pestanejar, acelerou sua corrida, planejando virar na esquina mais próxima, onde sabia ele que iria ter diversas lojas e mercados, talvez, abertos.

Ouviu um som de tiro; nervoso, se abaixou e virou rapidamente o rosto. Joy estava com a mão na cabeça, com um dos olhos fechados, como se isso fosse tirar a dor de cabeça que sentia.

Ela arfava; estava nervosa e muito irritada. E foi assim que Byun Baekhyun percebeu que, se não corresse o máximo que podia, iria morrer.

Jun vinha logo atrás dela e estava entrando em um carro; soltou um “Puta que pariu” e tentou acelerar mais.

Ao virar a esquina, sua dedução estava certa; algumas lojas estavam se abrindo, outras, já estavam abertas a algum tempo e o transito de carros naquela rua já estava maior, o que de certa forma facilitou e muito a fuga.

Virou a cabeça para trás e encontrou o carro prata virando a esquina, seu coração bateu mais forte, choramingando, começou a correr mais rápido, já não sentia suas pernas e a dor de facão já era muito bem perceptível.

Acabou por entrar em uma outra rua e continuou correndo; durante a corrida, avistou uma loja de conveniência, no pânico, simplesmente abriu com tudo a porta, quase caindo, contudo, logo se recompôs e encarou a menina que estava no caixa, ela tinha umas bochechas fofinhas e seu cabelo era vermelho, olhava assustada Baekhyun.

Havia percebido que estava quase chorando de pânico quando sentiu seus olhos úmidos, sua garganta estava seca, mas conseguiu arranjar forças para implorar a jovem a sua frente.

— Por favor, me ajuda. – Ela parecia meio perdida, piscou algumas vezes atordoada, mas logo sua expressão ficou mais séria e ela se levantou, indo em sua direção; estava encostado em uma das prateleiras, tentando puxar o ar que parecia insistir não vir para os seus pulmões, olhou para a garota que estava se aproximando, logo pega sua mão e o arrasta para trás do caixa, fazendo ele se abaixar, ficando de baixo do balcão.

— Fique quieto. – Nem foi preciso ela dizer outra coisa, ele ficou em silêncio.

Ela se sentou na cadeira de rodinhas e se voltou a ler uma revista qualquer que se encontrava lendo antes dele invadir o local; o som da porta se abrindo foi ouvido e o som de passos também.

Baekhyun agarrou a bolsa – que percebera tarde demais ter levado junto na hora do pânico – e enterrou sua cabeça ali.

— Você viu um rapaz correndo por aqui? – A voz de Joy era reconhecível. Sua voz estava calma e normal, como se não estivesse perseguindo ninguém. Acabou por se encolher mais.

— Não. – A voz baixa da menina negou, fechando a revista e encarando a mulher a sua frente. Um suspirou foi ouvido.

— Okay. – Os passos foram ouvidos, quando ia se levantar, a mão discreta dela a impediu e ele voltou novamente. — Aqui. – Algo foi jogado sobre o balcão e o som de “pip” da máquina registrando o objeto foi ouvido.

— Aqui está, obrigada por comprar conosco, volte sempre. – Um “tsc” foi ouvido e novamente passos, o som da porta abrindo e fechando e logo um silêncio. — Ela está no carro junto com o homem. Não se levante. – Ela encarou Baekhyun — A proposito me chamo Jihyo.

Disse por fim, dando um pequeno sorriso, sorriso esse que foi retribuído. Ele se agarrou mais a bolsa.

— Obrigado por me ajudar. – Sua fala saiu abafada, já que seu rosto se encontrava enterrado na bolsa por conta do nervosismo. A risada da jovem foi ouvida e logo o som da cadeira de rodas se mexendo também pode ser ouvido, ele tirou seu rosto da bolsa e encarou a menina.

— Por nada. – Se virou e abriu a porta dos funcionários que se encontrava atrás deles. Jihyo entrou lá e começou a mexer em algo, enquanto ele tentava raciocinar. Pegou seu celular e viu que havia cinco chamadas perdidas de Kyungsoo e duas de Kris.

Soltou um suspiro, não podia atender agora, caso contrário acabaria por mete-los em mais problemas.

— Eles ainda estão lá fora? – A cabeça ruiva da menina apareceu e ao observar, ela balançou concordando e dando um sorriso triste para ele. — Puta merda... – Sussurrou, desgostoso.

Não havia jeito de sair dali com aqueles dois ali, simplesmente iria acabar morrendo por conta da droga de uma bolsa. Ele simplesmente não queria morrer, ainda tinha muita coisa para viver e sentir, sem falar que se ele morresse ali e agora seus amigos (únicos, diga-se de passagem) iriam acabar se sentindo culpados e ele não suportaria que ficassem assim.

Sem que percebesse, estava chorando e ele odiava chorar, odiava de certa forma, demonstrar fraqueza. Não havia percebido quando Jihyo parou em sua frente e se abaixou, começando a afagar seus cabelos castanhos.

— Não sei o que você fez, mas parece arrependido, hm? – Disse com um pequeno sorriso. — Uma vez eu fiz besteira e me arrependi depois, se você quiser, posso tentar te ajudar. – Ao ouvir aquilo, ergueu a cabeça, visualizando o rosto bonito dela. Juntou suas sobrancelhas confuso e crispou os lábios, duvidoso.

— Por quê? – Ela riu, se sentando no chão, encarando-o.

— Porque todos merecem uma segunda chance. – Sem deixar ele falar mais nada, pegou seu celular e discou um número, sendo rapidamente atendida. — Hey, Mina, tudo bem com você? – Uns “hm” foram proferidos. — Me faça um favor... eu sei, eu sei, é o último, certo? É para ajudar uma pessoa. Vá naquele carro prata do outro lado da rua e diga que você viu um rapaz correndo com uma bolsa verde, sei lá, inventa algo aí, você não é ótima nisso? – Ela riu. — Desculpa, é a última vez que eu te peço algo. Certo, obrigada, até daqui a pouco.

Desligando o celular, Jihyo se sentou com as pernas estilo índio e apoiou suas mãos em seus joelhos, com um enorme sorriso no rosto. — Daqui a pouco eles irão sair e você vai poder ir embora.

Sem pensar muito, ele a abraçou, porém, ao perceber a ação brusca se afastou, envergonhado.

— Obrigado, sério. – Ela balançou a cabeça, negando.

— Não tem de quê. – Rapidamente se levantou a tempo de ver sua amiga conversando com o rapaz que, rapidamente deu partida no carro, a deixando em pé, vendo o carro embora. Assim que ele saiu do campo de visão da jovem, ela atravessou a rua, vindo em direção ao mercado.

Ao entrar, ela bufou encarando a amiga. — Quem é que você salvou? – Jihyo apontou para o rapaz encolhido debaixo do balcão. — Levante-se, cara! – Ordenou Mina com uma certa irritação em sua voz.

Sem pensar muito, Baekhyun se levantou, vendo uma menina de cabelos castanhos com bochechas grandes igual a ruiva do seu lado. Ela mantinha suas sobrancelhas franzidas, enquanto parecia analisar o rapaz.

— Qual seu nome? – Se encolheu perante a voz da outra, ao olhar para Jihyo, a viu mandar um olhar incrédulo para a amiga.

— Mina! – Ela foi ignorada.

— Baekhyun. – Respondeu, rapidamente.

— Oh, ele fala. – Sorriu, irônica. — Agora que a Ji, salvou você, agradeça ela e vai embora, certo? – Jihyo bufou, chateada. Pôs sua mão o ombro do rapaz, que a encarou, ela sussurrou um “Ignore ela” e acabou por rir. — Olha aqui, vocês dois... – Começou, mas logo suspirou. — Certo, desculpe, é que estou um pouco chateada esses dias, mas a barra já está limpa, okay?

Balançou a cabeça, concordando.

— Sua amiga está certa, eu preciso ir. – Disse, dando um sorriso. — Obrigado de verdade, Jihyo, sério. – Se curvou, agradecendo formalmente. A menina corou.

— Não precisa disso tudo, Baekhyun! – Comentou, balançando as mãos, nervosa. — Eu fico feliz em poder te ajudar, sério.

Ele riu.

— Você é estranha. – Ela deu de ombros.

— Já me disseram isso várias vezes.

— Eu digo isso toda hora. – Comentou Mina, dando de ombros, indo em direção ao balcão, se sentando lá. — Ela é realmente estranha, Baekhyun. Você não tem noção. – Ele riu.

— Experimentei isso hoje. Novamente, obrigado a vocês duas! – Disse rapidamente, indo em direção a saída; abriu as portas da loja e deu um pequeno “thau” acenando, aceno que foi retribuído por ambas.

Começou a andar na direção oposta daquela na qual o carro foi e começou a ir para a boate. Durante o percurso, sentiu-se observado. Olhou para trás e viu um carro escuro, levemente familiar, um pouco mais atrás, a velocidade dele era mais baixa do que a recomendada naquela rua.

Ficou tenso. Será que eram eles novamente? Acabou por começar a andar mais rápido, porém, sem correr. O carro aumentou a velocidade e, sem que percebesse, já estava em pânico novamente.

— Baekkie! – A voz estupidamente familiar o fez parar de correr, se virando e encontrando um rosto extremamente preocupado da Taeyeon. — Baekkie! – Então ele parou bruscamente de correr e o carro parou ao seu lado. — Entre!

Sem pensar duas vezes, ele foi em direção a porta da carona e entrou lá, jogando a bolsa em seus pés. Ambos se encararam e apesar de Baekhyun sentir uma puta vontade de beijar a sua namorada, ele se segurou. Ele ainda não havia se esquecido do que havia ocorrido, na verdade, se ele estava ali, quase morrendo, a culpa era sua.

“A culpa era sua” entre aspas, afinal, ele havia sido o idiota a ir atrás dela, apenas estava sofrendo as consequências de suas ações, contudo, se recusa a aceitar de fato isso.

Então quando o carro deu ele não a encarou.

— Kyung e Kris estão preocupados com você. Eles me ligaram em pânico, sabia? Eles me explicaram também o que aconteceu. Além de chateada com você, eu fiquei preocupada. Você é um idiota, Byun Baekhyun. – Assustado, encarou sua namorada que estava nervosa. Sabia disso pela sua expressão e apenas pelo simples fato de estar segurando o volante com mais força do que deveria.

Um silêncio ficou entre eles, porque, apesar de tudo, havia ficado envergonhado. Sabia que estava errado, mas não sabia como pedir desculpas ou como iniciar uma conversa sem irritar mais ainda Taeyeon. Então, simplesmente preferiu ficar quieto, pois assim tinha certeza que nada poderia dar mais errado.

Começou a ficar confuso ao perceber que ela ia em uma direção totalmente desconhecida por si, ao invés de ir para seu apartamento ou o dos seus amigos. E tudo piorou quando viu que ela havia entrado em um mercado e estava estacionando na área mais vazia.

Ao desligar o carro, a mais velha o encara, seria. Ela umedece os lábios e suspira.

— Você confia em mim? – Ele desvia o olhar, sentido seu rosto ficar quente. Não queria ter essa conversa agora. — Baekhyun. – Ela pega em seu rosto, o fazendo encara-la, a expressão dela era séria. — Você confia em mim, Baekkie?

Seu apelido havia sido dito com tanto pesar que, sem percebesse, arquejou. Em um sussurro, ele diz “sim”, ela nega com a cabeça. — Diga com confiança, Byun Baekhyun. Você confia em mim?

Finalmente ele levanta os seus olhos, encarando os olhos castanhos escuros, quase pretos, dela. Por ela, Baekhyun faria qualquer coisa.

— Sim, Tae, eu confio em você. – Havia dito como ela queria ouvir e isso a fez sorrir. — Me perdoe por ter sido um idiota, mas é que... você sempre recusava, sabe? Eu fiquei receoso, mas eu prometo, eu vou sempre confiar em você.

Taeyeon leva sua mão ao rosto do rapaz, fazendo carinho ali, se aproxima do mesmo e lhe dá um selinho. — Obrigada.

Ao se afastar, não conseguiu resistir; juntou novamente os lábios, dessa vez com maior voracidade. Sentia saudades dela e como estavam sozinhos, não faria mal ter um pouco de sua amada para si, afinal, ele não a teria por um bom tempo assim que chegasse em casa, sabia que ainda teria que ouvir mais sermões de seus amigos.

Então simplesmente aproveitou o momento; aprofundou o beijo, pedindo passagem com a língua. Suas bocas simplesmente iam de acordo com o ritmo, não havia pressa, mas também não era algo completamente calmo. Apenas aproveitavam o momento.

O clima começou a esquentar quando ela tirou o cinto de segurança e sentou no colo do namorado. Suas mãos estavam em volta de seus ombros, ela mordia o lábio inferior de forma provocativa.

Baekhyun arfou ao sentir Taeyeon rebolar sobre seu membro, antes que pudesse falar algo, ela juntou novamente seus lábios, começando um beijo dessa vez mais quente.

Sem esperar muito, separou o beijo, fazendo-a olhar confusa para si, contudo, não permitiu que ela falasse algo, começando a beijar seu pescoço, fazendo uma trilha de beijos. Às vezes acabava por sugar a pele, sabendo que ali ficaria uma marca roxa que seria difícil de esconder no dia seguinte.

Taeyeon arfava a cada beijo distribuído em uma de suas regiões mais sensíveis do corpo; sem pensar muito, ele acabou por começar a retirar a blusa dela, ao perceber o que o rapaz pretendia fazer, ajudou ele, tirando sua blusa de manga comprida azul.

Parou por alguns segundos observando a pele alva e branca da namorada; ela usava um sutiã rosa cor de bebê simples. Ao perceber que estava sendo observada, corou, pondo a mão sobre o corpo.

— Você é uma tentação, Taeyeon.

Baekhyun deu-lhe um beijo entre os seios e sorriu, novamente puxando a puxando para um beijo, dessa vez mais calmo.

Durante o beijo, começou a retirar o sutiã, porém, antes de poder concluir o ato, um som de alguém batendo na janela foi ouvido e, no susto, acabou que Taeyeon se jogou para o banco de trás, assustada, já ele simplesmente deu impulso para ela se esconder. Olhou a janela, vendo um segurança com um rosto não tão feliz assim, abriu a janela, encabulado.

— Olá? – Começou a falar, inseguro.

— Olá. Só gostaria de avisar que aqui não é motel, certo? Tenha um bom dia. – Por fim, se virou, saindo, contudo, antes de sumir de vista, se virou novamente encarando o rapaz. — Se eu os pegar quase transando novamente por aqui, chamarei a polícia. – E por fim saiu, deixando tanto Taeyeon quanto Baekhyun encabulados e extremamente nervosos com a situação.

— Tae, ta tudo bem? – Perguntou, se virando para os bancos traseiros, visualizando a sua namorada escondida e muito vermelha. Ela balançou a cabeça, concordando e pediu, bem baixinho, sua blusa, que logo foi entregada.

Após se vestir, voltou para o banco do motorista e começou a encarar fixamente a sua frente, sem querer olhar para o rosto do mais novo.

Baekhyun pegou nos cabelos louros claros, quase brancos, de sua namorada e fez carinho, fazendo-a encara-lo. — Vamos? – Ela balançou a cabeça concordando, ligando o carro, dessa vez indo em direção a sua casa.

— Vou te levar para sua casa, Baekkie. Ligue para o Kyung e Kris avisando que você está vivo e que estou te levando para lá. – A única coisa que ele fez foi concordar, baixinho.

Aparentemente o dia ainda seria bem longo.


Notas Finais


q cap grandaum, deus é mais
Nem eu sabia que escrevia tanto assim hsaudhasua
Espero que gostem, obrigada pelos comentários, eles sempre me deixam felizes, independentemente do tamanho ♥

Beijos e prometo que o próximo capítulo não vai demorar. Até! ♥


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