História Roleta Russa - Capítulo Único

Jimin não estava nada bem. 

Ele costumava ser esse menino alegre, espontâneo. Distribuindo sorrisos e fazendo palhaçadas quando os outros estavam para baixo. Realmente, um psicológico invejável. Bem, esse menino já não existia mais.

Estava simplesmente exausto. Exausto de tudo. Exausto de não conseguir atingir seus objetivos, de não conseguir nenhum progresso em suas aulas de canto, de errar passos. Das entrevistas e das mesmas perguntas. 

"Jungkook-Oppa, por que você esnoba Jimin-Oppa assim?" 

"Jungkook-Oppa, dê a Jimin-ssi algum amor!"

"Coitado do Jimin-Oppa, tsc, sempre correndo atrás do maknae de ouro..."

Tudo bem. Ele ouvia isso há três anos, não o afetava mais da mesma maneira. Jimin achava que aguentava bem, para ser honesto consigo mesmo. Já não precisava recuperar seu ego logo após isso, não sentia mais as pontadas no coração. Ele acreditava fielmente que, Jungkook não o esnobava, que era apenas tímido demais como diziam. Também diziam, que ele era diferente com Jimin por trás das câmeras. Porém, não era coisa nenhuma. 

A verdade, era que Jimin estava com sua auto-estima e amor próprio jogados no lixo. Havia acabado de pintar seu cabelo de preto novamente, o que não queria fazer. Jungkook começara a lhe dar tanta atenção quando seu cabelo estava colorido, parecia até algum tipo de mágica, Jimin gostava. O outro chegou até mesmo a dizer que havia gostado da coloração de seu cabelo. E fora nessa época, que eles se beijaram a primeira vez.

Durante anos de rejeição, apenas alguns olhares tortos do outro para si, Jimin havia finalmente beijado Jungkook. Não poderia estar mais feliz. 

É claro que durou pouco, até ele pintar de preto novamente e Jungkook simplesmente se afastar subitamente de si. Na mente do mais baixo, não poderia ter ficado mais óbvio que o maknae havia se aproximado por interesse. Havia o usado por algumas noites, até mesmo dormido com ele e flertado de volta. Nada passava de uma mentira.

Não conhecia a personalidade de Jungkook. O máximo que sabia era que, quando a conversa estivesse fluindo e Jimin começasse a se sentir confortável na presença do outro o suficiente para brincar, o maknae se afastaria na hora. Nunca entendeu o motivo do ódio gratuito, das piadas de duplo sentido e logo em seguida das cortadas que recebia quando tentava correspondê-las. 

Jimin não era burro, muito menos "trouxa" como os meninos de seu grupo o rotulavam a maioria das vezes. Simplesmente não conseguia controlar seu coração que palpitava cada vez que o olhar do outro virava para si. Não que nunca tivesse o ignorado, óbvio que já tinha, ele não se odiava tanto ao ponto de se deixar ser pisado com tanta intensidade assim. 

Pisado. Que irônico, pois é exatamente como se sente, uma semana depois de Jungkook ter dormido consigo e simplesmente o dispensado depois.  Uma simples junção de palavras que formaram uma frase tão fatal. "Não acho que deveríamos fazer isso mais. Estamos procurando coisas diferentes." 

Deus sabe que a entonação seca e sem emoção de Jungkook doeu mais do que o próprio ato. O mesmo havia saído logo após de ter o beijado apaixonadamente pelo corpo inteiro. Depois de se satisfazer, simplesmente deixou Jimin lá, com o coração na mão, totalmente nu, exposto e fragilizado. 

Nada poderia explicar a forma quê Jimin estava se sentindo.

Nesse exato momento, estavam todos na sala de prática, sentados em um círculo com uma V Live ligada. Jimin ao menos se importava de encarar o nada fixamente e ficar perdido em pensamentos, sabia que se falasse qualquer coisa, iriam o interromper, ou dizer que estava sendo burro. Preferia ficar em silêncio, principalmente no estado emocional frágil que estava. Já havia errado uma nota quando pediram para que ele cantasse um trecho da música nova, desafinando ao vivo. Não queria correr o risco de ser mal educado e passar uma má imagem aos seus fãs. Já estava frustrado o suficiente consigo mesmo. 

— Jimin-ah está tão quieto hoje. — Hoseok se pronuncia, tirando o boné branco que Jimin havia começado a usar para esconder seu cabelo. — Vocês não acham?

Seokjin assente com a cabeça assim como o resto dos garotos, que observaram quando Jimin comprimiu um lábio no outro e arrumou sua franja, notavelmente desconfortável. 

— Ya! Tive uma ideia, por que você não nos mostra um pouco de aegyo? — exclama novamente sorrindo e olhando para a câmera. — Jimin-ssi é da aegyo line!

O Park podia simplesmente morrer ao ouvir aquelas palavras. Não estava com a mínima vontade nem de se pronunciar, quanto mais de fazer um aegyo fingido para que o resto pudesse ficar rindo e comentando. Ele queria dizer não. Ele queria muito dizer não. Depois de segundos em silêncio, o clima começou a ficar constrangedor. Jimin decidiu que simplesmente faria logo, e erguei ambos os braços acima de sua cabeça, formando um coração. 

— Essa foi fraca! — Namjoon afirma dando risada. Ninguém além de Hoseok parecia perceber a má condição de Jimin.

Jimin continuou alheio até o fim da transmissão. Desconfortável o suficiente para puxar seu capuz do moletom branco e colocar sobre a cabeça. Simplesmente se conteve em ficar brincando com os próprios anéis até aquela tortura acabar. Assim que terminaram, iriam almoçar em um restaurante, como sempre. Ele teria que aguentar mais um pouco. 

Mal ele sabia que a tortura mesmo, começaria no restaurante. 

— Jiminnie, por que não come um pouco? — Taehyung, que estava sentado ao seu lado, colocou uma mão nas costas do mais baixo, por cima do moletom, acariciando levemente enquanto sussurrava. — Você já está sem comer, a base de balas e água faz dois dias. 

Infelizmente, o sussurro foi alto o suficiente para que Jungkook, que estava á frente de ambos, ouvisse. O moreno levantou disfarçadamente seus olhos até Jimin e Taehyung, checando a situação rapidamente antes de levar á boca um grande pedaço de peixe, e desviar o olhar novamente. Entretanto, seus ouvidos continuavam atentos á conversa.

— Eu 'tô bem. — a voz de Jimin saiu quebrada pela voz quase não utilizada naquela semana. Ele se obrigou a dar um sorriso amarelo. 

Park entendia a preocupação de seu amigo, mas naquela hora sinceramente ele não ligava para isso. Estava cansado emocionalmente o suficiente para deixar-se deitar sua cabeça sobre os braços em cima da mesa, respirando fundo. Todos conversavam altos, rindo, enquanto ele estava com os olhos fechados, respirando o ar viciado daquele pequeno espaço entre seus braços. Ele sentia ondas de calor correndo por todo seu corpo, provavelmente pelo clima quente dentro do restaurante e o vapor abafado da comida. Não estava frio o suficiente para usar moletom nem mesmo ao ar livre, mas ele não ligava para isso também.

Jimin não tinha derrubado uma lágrima, em meses. Talvez houvesse se fechado tanto, com tantas barreiras protetoras ao redor de si, que nem ao menos chorar conseguia mais. Continuava com aquele sentimento reprimido, amassado dentro de seu coração, quase pulando de sua garganta. Naquele momento só queria desistir de tudo, ir para um lugar quieto.

E foi exatamente o que fez. Sem dar explicações á ninguém, simplesmente se levantou da cadeira um pouco zonzo pelo calor que sentia misto ao fato de não ter comido, e caminhou até a grande sacada do restaurante. Estava vazio, o que era bom. Ele se apoiou na grade branca, olhando o jardim que o estabelecimento tinha, e a noite iluminada junto da lua cheia. O barulho dos grilos abafava a conversa alta de dentro do local, o fazendo sentir menos estressado. 

Podia sentir suas pernas tremendo levemente, mas isso era de mínima importância. Só queria esvaziar sua mente, não queria sentir nada naquele momento. É óbvio que a imagem de Jungkook viria á sua mente. Sempre vinha quando tentava relaxar. 

— Você realmente não dá a mínima pra sua saúde. 

Ah. 

Lá vinha o motivo de seus tormentos frequentes. Não, não, não... Ele não conseguiria ser forte e aguentar mais alfinetadas naquela hora. Deus o ajudasse.

— É o mínimo que você poderia fazer, sua voz ficaria melhor e você ficaria mais disposto.

Claro. Como se Jimin já não soubesse que sua voz estava terrível e que ele estava aparentando exausto. Apertou suas mãos ainda mais na grade, apesar de estar sem força para fazê-lo realmente.

— Esse seu comportamento exagerado não tem nada a ver com o que aconteceu, não é? 

Jimin sentia-se tremer mais do que antes. 

— Porque, se for, é muito drama. Não tem motivo para isso, Jimin-Hyung. Foi algo e passou, não achei que você levasse tão a sério assim...

Agora as ondas de calor iam de sua nuca até os dedos dos pés, sentia suas pálpebras piscarem de forma pesada. Jungkook não parava de falar, as palavras se embaralhavam na mente de Jimin. O desafino na Live, o jeito como Jungkook deu as costas para si ainda colocando sua camiseta há uma semana atrás, de mexer no cabelo de Jungkook e o mesmo se afastar bruscamente na mesma hora, como Namjoon dava risada de seu aegyo forçado. Estava tudo uma grande, grande, bagunça.

— Jungkook... — ele tentou advertir em uma voz falhada, sua garganta ficando seca e ombros perdendo força. Podia sentir a presença do corpo do maknae se aproximando. 

— Porque se soubesse que ficaria assim, eu ao menos teria começado aquilo tudo entre nós. 

Foi nesse momento que Jimin revirou os olhos, a visão turva, suas pernas perderam o controle e a respiração travou, as mãos até então brancas pela força que apertava a grade, agora já soltas estavam vermelhas. Bruscamente, de sua vista borrada e vultos confusos, se tornou inteiramente preta. A última coisa de quê lembrava vagamente, era de Jungkook afobado correndo em sua direção.

Jungkook se sentia muito, muito culpado. 

Já faziam dois dias desde que Jimin havia tido um surto nervoso e totalmente apagado. Desde então, nenhum dos outros cinco meninos havia permitido que o maknae chegasse perto de Jimin. Ele estava extremamente estressado. Com as mãos entrelaçadas na própria nuca e bufando alto enquanto andava em círculos pela sala, Jungkook pensava em como era idiota.

Não era como se Jimin não significasse nada para ele, pelos céus, não. Apenas achou que talvez, Jimin estivesse cansado de si, que não merecia ser usado da forma que estava sendo, para satisfazer os prazeres carnais de Jungkook. Ele gostava do Park, achava ele uma pessoa engraçada, carismática, extremamente bonita e isso desde sempre, em todas as circunstâncias. Nunca tinha sido sua intenção magoar seu hyung dessa forma. Estava acostumado á fugir de seus toques em público para manter as aparências, era uma mania, não fazia por mal. Apesar disso, nunca ousou imaginar que o Park podia de fato ser apaixonado por si, nem cogitou a ideia de gostar dele de uma forma mais amorosa. Simplesmente era sexo, não havia muito por quê de complicação.

Exceto que, agora ele sabia que havia. 

— Eu sou muito burro. — rosnou para si mesmo, passando as mãos e bagunçando os cabelos totalmente exasperado. 

Jimin agora, havia saído para o rio Han, estava de noite e como havia tido problemas sérios a empresa decidiu que talvez fosse melhor se liberassem Jimin para que ele fizesse o que queria durante alguns dias. Sem práticas intensas. As pernas de Jungkook estavam coçando para que ele fosse atrás do mais baixo, mesmo que não fosse o ideal fazer isso.

Era inútil negar que sentia algo por Jimin agora devido as circunstâncias da situação que o fizeram enxergar isso. Não sabia o que sentia ainda, mas era forte, e o dizia continuadamente para que ele fosse conversar com o outro. Estava sendo difícil se manter dentro do apartamento, vendo todos fazerem suas próprias coisas e não ter seu Hyung ali, dançando perto de si ou rindo de suas piadas. 

Antes que pudesse se arrepender de algo, pegou seu casaco e o vestiu por cima da blusa branca de botões, saindo do apartamento e descendo as escadas com pressa, antes que qualquer um pudesse tentar o impedir. Ele precisava acertar as coisas. Jimin além de amigo, já fora seu amante e sempre fora também seu irmão, afinal. Mesmo com isso, sentia seu coração bater acelerado á cada grande passo que dava em direção ao local desejado. 

Avistou o grande rio, as luzes batendo na água e a grande ponte com carros passando. Ao contrário do que pensava, foi extremamente fácil de localizar Jimin. Teve receio de se aproximar, mas respirou uma grande lufada de ar tomando coragem e começando a andar. 

Um garoto com os cabelos pretos e camiseta listrada, sentado atrás de uma árvore encarando o rio. Não poderia ter sido mais fácil de achá-lo. Jimin estava com as mangas arregaçadas e as pernas cruzadas em posição de índio. A cabeça encostada no tronco e os olhos fechados, parecia extremamente concentrado, Jungkook quase sentiu-se culpado por incomodá-lo. Quase voltou atrás.

— Eu estou te ouvindo respirar.  — Jimin diz, ainda de olhos fechados.

Jungkook prendeu a respiração no mesmo segundo, coçando a nuca. Sem jeito, simplesmente sentou-se ao lado de Jimin encarando o reflexo das luzes no rio á sua frente. Nenhum dos dois se pronunciou durante um bom tempo, apenas ficaram em silêncio. Jimin estava simplesmente com a mente vazia, encarando a água sem com os olhos sem vida, e Jungkook estava afobado, movendo as íris de forma rápida.

— Eu não quis dizer aquilo. 

Jungkook foi o primeiro á dizer algo, quebrando o silêncio. Jimin soltou uma risada baixa, que estava longe de ser humorada.

— Sim, você quis. — cortou-o. Jimin estava apenas tentando proteger o resto de amor por si mesmo que ainda tinha.

O mais novo coçou os olhos com força, suspirando alto. Ele encarava Jimin, mas o outro não o encarava.

— Eu não fazia ideia. — tentou justificar. — Nunca pensei em você mais do que aquilo, eu não desconfiava.

Jimin sentiu pela primeira vez seu coração doer fortemente, e a lágrima contida em meses desceu pelo seu rosto com a expressão fria. Ele ao menos se mexeu. Era isso, Jungkook realmente nunca havia sentido nada por si.

— Muito obrigada por jogar isso na minha cara mais uma vez, Jungkook-ssi. Você já pode ir agora.

O moreno alto negou desesperadamente com a cabeça, não podia fazer Jimin chorar em seu pedido de desculpas. Ele não conseguia se expressar com palavras, estava ficando sem opções. 

— Não, Não... Você entendeu errado. — argumentou, os olhos pequenos agora arregalados. Jungkook sentia uma ardência em seu peito que nunca havia sentido antes. 

O rosto de Jimin lentamente ficava vermelho, suas bochechas e nariz corados devido ao esforço para segurar as lágrimas que insistiam em se formar em seus olhos. Talvez ele estivesse exagerando, mas era assim que se sentia e não poderia fazer nada. Ele levantou as pernas, deixado-as rente ao próprio peito descansando a cabeça nas mesmas.

— Por favor, se era só isso vai embora..  — o timbre de Jimin mal saiu de sua garganta, morrendo no meio da frase. 

Jungkook não aguentava mais olhar pro rosto choroso do mais baixo. Precisava fazer algo.

— Não era só isso! — exclama incrédulo. — Eu me arrependo, Jimin. Eu não deveria ter saído daquela forma naquele dia. Eu deveria ter conversado com você e não criado conclusões sobre o que você sentia. Eu só... Eu...

O moreno passou as mãos pelo rosto, tentando encontrar clareza em suas palavras. Sua cabeça estava uma confusão com todas as novas informações, e seu coração batia rápido.

— Só sente. — ele pega nos pulsos de Jimin, trazendo suas pequenas mãos até o próprio peitoral, para que ele sentisse o quão rápido seu coração estava batendo e o quão afoito estava se sentindo. — Eu não sei o que isso significa. Mas... Eu posso descobrir, Jiminnie. Eu não posso te dar certeza de nada agora, tirando o fato de que eu estou muito arrependido, e que quero muito te beijar agora por alguma razão. — Jimin sentiu-se ruborizar, os dedos curvando levemente sobre a camiseta de Jungkook. — Então por favor, me deixa tentar descobrir o que é isso... Com você. 

Jimin tinha a boca entreaberta, os olhos com grandes bolsas pelas noite mal dormidas. Não sabia o que dizer, não tinha o perdoado inteiramente ainda, e sabia que Jungkook tinha consciência disso. Tudo o que foi capaz de fazer, foi deslizar as mãos até o pescoço do outro, aproximando-se lentamente de seu rosto. Podia sentir a respiração trêmula do mais alto contra a sua boca, gostava de sentir como era ter poder sobre ele pela primeira vez. 

— Se você não se afastar, eu vou te beijar agora. — Jungkook avisa, olhando fundo em seus olhos.

— Me beija, então. 

Mesmo com o clima tenso entre eles estando somente parcialmente resolvidos, Jungkook colou seus lábios aos de Jimin, selando-os lentamente em um beijo simples e demorado, somente para sentir a boca quente do outro com precisão sobre a sua. Jimin pressionou-se ainda mais no moreno, aprofundando o beijo em um ato lento e calmo. Jimin movia sua boca sentindo o gosto do outro se misturando com o seu próprio, e pela primeira vez não se preocupava em arrepender-se logo depois. As mãos de Jungkook sobre a coxa do outro, seu dedão acariciando lentamente sobre a calça jeans. Antes de quebrar o beijo, Jungkook deslizou sua língua pelo lábio do outro, puxando seu lábio levemente e então o soltando, somente para vê-los vermelhinhos e inchados assim que abriu o olho. O cabelo preto levemente enrolado sobre os olhos e a sobrancelha franzida em uma leve confusão interna faziam o Park parecer ainda mais bonito do que já era. Para Jungkook, olhar para o mais baixo ali sob a lua os iluminando, parecia ser bom.

Se apaixonar por Park Jimin não parecia tão ruim assim. Só precisava acostumar-se com a ideia pra poder libertar o sentimento que já existia em si.

— Se você não der as costas agora, eu posso analisar seu pedido de desculpas. — Jimin propõe, com as mãos ainda enroscadas no cabelo do outro. 

— Eu não vou. Eu prometo. Me desculpe.

Jungkook achava que pedidos de perdão nunca seriam suficientes para o quão infantil e egoísta havia sido com Jimin. Olhando para o rosto dele agora, inteiro vermelho, com os olhos voltando a brilhar em expectativa, o mais alto teve certeza que nunca mais teria coragem de machucá-lo. 

—  A propósito. — Jungkook inicia, subindo suas mãos até o cabelo preto sedoso do mais velho. — Você fica lindo moreno.