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História Rollercoaster - Show it to her, show the truth


Escrita por: kendoll

Notas do Autor


Ola meu amores, boa leitura!

Capítulo 16 - Show it to her, show the truth


POV JASON/JUSTIN

Os dez dias que se passaram foram como tortura para mim.

Depois de Collins tinha acordado e me perguntará quem eu era, eu simplesmente tive um choque, na verdade foi mais para uma série de socos no rosto ou um ataque de epilepsia. Eu simplesmente não queria e não conseguia acreditar que a garota que eu amava não se lembrava de mim. Não foi fácil eu aceitar tudo aquilo, eu tive um pequeno surto e estraguei a “primeira impressão” que ela teria sobre mim.

— Ela perdeu a memória a pancada na cabeça foi muito forte, — o médico me explicará — eu boto fé que seja temporário e você pude ajudar ela a se lembrar com algumas fotos, vídeos ou levando ela a alguns lugares que ela conhecia, estimulando o cérebro dela a resgatar as antigas memórias.

Mas para mim aquilo já parecia ser o fim.

Depois daquilo eu a observei enquanto conversava com Ethan, ele a acalmava de um modo que me incomodava, ele não a ameaçava de forma alguma, ele era tão paciente… Tudo que eu não era.

No terceiro dia eu consegui visita-la sem a companhia de Ethan ou do médico, levei algumas fotos e vídeos secretos nossos que gravamos a um longo tempo atrás, quando eu era apenas o seu melhor amigo.

— Você costumava me chamar de Stin, lembra? — olhei-a, ainda com os olhos presos no vídeo.

Ela balançou a cabeça envergonhada.

— Me desculpe, mas eu não me lembro.

Todas as tentativas que eu usava eram extremamente falhas, ela não se lembrava de nada, eu lhe mostrava todas as fotos que colecionamos secretamente, os vídeos idiotas que nós amávamos fazer, fotos nossas durante o ano letivo e nada estimulava seu maldito cérebro a resgatar as antigas memórias. Durante uma hora do quarto dia eu me estressei e joguei as coisas ao chão, eu me sentia tão angustiado e frustrado que aquilo parecia criar raízes em mim, Collins se assustou de iniciou, mas depois caminhou até onde as coisas tinham caindo — arrancando os aparelhos de seus braços e pulsos — e os recolheu com cuidado com o rosto emburrado.

— Se são lembranças importantes para mim não quero que as trate assim.

Aos poucos eu via que quanto mais eu demonstrava mais meu lado agressivo, mais ela se esforçava para lembrar e eu reconhecia a minha Collins.

Ethan não parou de visita-la nenhum dia sequer, ele sempre vinha todo bom moço e os dois passavam horas e mais horas conversando, eu não sabia que diabos os dois tanto conversavam e nem sabia como tinham assunto, mas de fato tinham.

Quando o décimo dia chegou eu estava esgotado emocionalmente.

Não sabia se Collins voltaria a se lembrar de tudo ou não, e se ela não me amasse nunca mais? E se ela desistisse de tentar? O que eu faria sem Collins? Eu não queria existir sem estar ao lado dela, sem o amor dela e eu realmente não existia por que tudo aquilo que ela sentia por mim, todo amor que cultivamos um pelo outro agora tinha sido apagado de sua memória.

Dez longos dias depois Collins recebeu sua alta ainda sem se lembrar de nada, e Ethan — contra sua vontade — a trouxe até mim.

Ela sentou-se no sofá, analisando tudo detalhadamente.

— Lembra-se de algo?

Ela negou com a cabeça.

— Por que quer tanto que eu me lembre de você? Nós somos apenas melhores amigos, podemos recomeçar isso.

— Não somos só melhores amigos, somos namorados.

Collins cerrou os olhos em minha direção.

— Achei que Ethan fosse meu namorado. — meu sangue gelou.

— Por quê? — perguntei, tentando não transmitir a irritação.

— Ele me faz rir, sempre esta comigo e sempre parece contente, ele parece gostar de mim de outro jeito. Você este sempre tenso e me faz ficar nervosa, você me pressiona — disse com naturalidade.

— Ele esta tentando conquistar você e eu estou tentando fazer com que você se lembre do seu amor por mim. — rosnei impaciente.

Então talvez você deva fazer com que eu te ame novamente ou pelo menos me faça lembrar o porquê de eu te amar, porque eu simplesmente não consigo entender o que eu amei em você.

Aquilo fora um baque pra mim, uma surra, um tiro na perna doeria menos.

Ela estava certa eu estava fazendo tudo errado e eu estava certo, Ethan estava tentando conquista-la, como eu não desconfiei disso antes eu devia tê-lo matado quando tive a grande oportunidade.

Algumas horas se passaram enquanto eu estava só em casa pensando em algo para fazer para tentar ajudar a mim e a Collins, eu precisava mostrar a ela tudo o que ela precisava ver. Um barulho na sala fez com que eu me alertasse e levantasse rapidamente do sofá, Jeremy entrou e sentou-se na poltrona em minha frente com naturalidade.

— Como vai filho?

— Como vai filho? — repeti irritado — Você tem coragem de vir aqui naturalmente como se nada tivesse acontecido? Com essa cara de pão adormecido? E ainda me pergunta como eu vou? Eu vou indo trilhando o caminho do inferno, o caminho que você me fez seguir! — rosnei alto.

Ele riu num tom mais baixo. — Não faça drama, o que houve?

— Não banque o esquizofrênico, velho.

— Não deveria estar tão bravo — apertou a mão sobre o braço do sofá — eu nem a matei.

— Mas quase a matou! — gritei — Você a fez bater o carro e perder a memória!

— Ela esta viva, não está?

— Do que adianta ela estar viva e não se lembrar de mim? Do que adianta ela viver longe de mim? Sem saber quem eu sou? Ela não me reconhece, ela não se lembra de nada nem de ninguém, nem do nosso amor…

— Você é tolo demais garoto. — ele revirou os olhos — Ela te ama por quem você é, sabendo o que você é e o que você faz, não é? Mostre isso a ela, mostre a verdade.

O encarei por alguns segundos.

— O que você quer com isso Jeremy? — cerrei os olhos em sua direção.

— O que você vai ganhar com isso? Por que está tão fissurado em nos mostrar essa “verdade”?

Ele riu um pouco descontraído. — Há uma verdade por trás de tudo filho uma verdade que você nem imagina qual seja, eu não estou fazendo nada para machucar ninguém estou apenas expondo coisas que já deveriam ter sido reveladas.

— Que coisas são essas?

— Você vai saber na hora certa.

— Machucar Collins faz parte de tudo isso?

— Minha intensão nunca foi machuca-la, foi ela quem escolheu desse jeito.  — disse levantando-se.

— Do que você esta falando?

Stratford, Ontário.
Dois dias antes do acidente, Booth’s.

Collins folheava cada página com muito cuidado como se a revista fosse seu bem mais precioso, a garota esperava por seu amigo Ethan enquanto lia a revista que fora posta para entretê-la em cima da mesa. Um barulho na poltrona da frente soou rápido e então a garota levantou o olhar contente e lançou uma feição brava para o homem que sentará em sua frente, ela estava com medo, mas nada a impedia de ser dura com ele, mesmo sabendo do que ele era capaz.

— O que uma moça popular como você faz aqui sozinha? — a voz de Jeremy soou serena.

— O que você quer aqui?

— Vim conversar

— Não temo nada para conversar — forçou.

— Ah, temos! — ele a corrigiu — Temos um assunto importante para tratar, um assunto familiar.

A garota se interessou e endireitou-se na poltrona.

— Assunto familiar com você?

— Eu tenho algo para você Collins algo muito pessoal, uma informação que eu gostaria de compartilhar com você. Sobre o seu nascimento e seus pais.

— O que você tem haver com isso?

— Muito mais do que você imagina, mas é algo muito forte e talvez você não suporte.

— Me diga.

— Tudo bem, depois não diga que eu não avisei… — ele a alertou.

 

POV COLLINS

— Oi! O meu nome é Allison, mas se você me chamar de Allison eu vou te bater então você me chama só de Allie, tudo bem? — ela dizia cada palavra pausadamente e gritando como se eu tivesse algum problema de audição.

— Não preciso gritar — disse calma — eu não estou surda, eu entendi Allie.

— Ótimo. Você não se lembra de nada? Nadinha mesmo?

— Não, — murmurei frustrada — às vezes eu tenho alguns flashes, mas não é nada nítido, nada que eu consiga identificar muito menos lembrar.

Estávamos sentadas na beira da piscina aproveitando o tempo livre que me deram, eu geralmente não tinha muito descanso e nunca conseguia ficar sozinha, era como se eu fosse um bebê que precisava de cuidados 24hrs por dia, sem contar que alguém sempre me pressionava a lembrar de algo e isso era frustrante.

Minha família estava sendo bem atenciosa comigo, mas às vezes era como se estivessem interpretando algum papel como o papel de família feliz. Minha irmã estava sempre ocupada, mas sempre parecia verdadeira e carinhosa no curto tempo que passava comigo. Ethan era a pessoa que mais ficava ao meu lado e sentia prazer de fazer isso, ele gostava de me lembrar de algumas coisas como o jeito de que eu gostava do meu café e o que eu costumava fazer durante o dia, algumas vezes ele me dizia coisas que eu gostava e odiava e relembrava como tínhamos nos conhecido, eram os melhores tempos do meu dia até que o garoto do hospital Justin, entrava em meus pensamentos.

Eu não me lembrava dele, mas conseguia me lembrar dos sentimentos que nutria por ele, era algo fora do comum algo que eu não conseguia entender, é como se eu sentisse necessidade de estar ao lado dele, como se aquilo fosse a única coisa que conseguiria me fazer bem, mas quando eu voltava a realidade onde eu via como ele era aquilo não me agradava. Justin era agressivo e sem paciência, ele me queria para ele e lutava para que eu quisesse o mesmo, ele pensava mais nele no que eu estava passando.

O barulho da porta da sala se abrindo me fez cair de meus devaneios e involuntariamente eu sorria para o garoto parado em minha porta.

— O que você esta fazendo aqui? — foi à primeira coisa que Ethan disse.

— Escute aqui eu sei muito bem o que você esta tramando, — Justin disse ao apontar o dedo na cara de Ethan — viu sua gazela loira? Mas você não vai conseguir. — ele arrumou a jaqueta preta e depois de encará-lo, lançou um doce olhar em minha direção. — Vamos sair Collins?

— Collins não...

— Vamos! — pulei do sofá e caminhei até Justin que sorria como uma criança.

Deixamos Ethan parado em frente à porta e o garoto ao meu lado pisou fundo no acelerador do carro. Ele parecia bem mais feliz e contente do que da ultima vez que nos vimos, eu queria dar a ele uma nova chance e pelo que meus sentidos me diziam eu sabia que ele iria me agradar e me surpreender.

Justin e eu não dissemos nada durante todo o trajeto, enquanto eu olhava curiosa a paisagem que ficava para trás enquanto ele acelerava o motor eu podia sentir seus olhos curiosos me fitando por alguns breves segundos com um sorriso satisfeito no rosto.

O carro parou em uma simpática pracinha, o sol que iluminava todo o local deixava todos contentes por lá, várias famílias estavam lá brincando com seus animais ou seus filhos, todos se divertiam com o dia de sol. Caminhamos até um banco embaixo da sombra de uma grande árvore, Justin soltou um suspiro contente enquanto levava seu braço até meu ombro, ele acariciou o mesmo.

— Preciso te contar uma coisa, mas eu estou com medo — ele disse sem me olhar.

— Medo de que?

— De que você não aceite isso muito bem, na verdade antes você já não aceitava.

Mas eu te amava do mesmo jeito, não amava?

Isso o fez olhar para mim e me encarar por alguns segundos.

Ele me explicou com calma algumas coisas que aconteceram a exatos um ano atrás, que ele tinha levado a uma cabana e torturado por alguns de meus colegas e que ele pensava que eu tinha participado disso também. Contou-me que fugiu da cidade e voltou esse ano preparado para se vingar e já assassinou algumas de suas vítimas e dentre as que ainda estão vivas minha irmã é uma delas.

Quando terminou não me olhou nem disse nada, apenas esperou de mim alguma reação.

“— Allison, onde ele esta? Onde ele está!

— Ele esta morto Cols, ele esta morto”

“— Eu prometo que eles vão pagar por isso, Stin, eu prometo.”

— Stin... — sussurrei ainda confusa com os flashes de lembranças que vinham como um jato forte em minha direção.

— Anjo? O que houve?

— Anjo...

“— Eu só quero saber seu nome, Anjo.

— Eu não sou um Anjo.

— Pois parece um.”

“— Vou te compensar, Anjo.

— Me compense fazendo seu trabalho da próxima vez, e ah não me chame mais de Anjo.

— Por que não gosta que eu te chame de Anjo?

— Simplesmente por que Anjos são puros e eu não sou.

— Esta dizendo que você é uma pecadora?

— Todos somos.”

As lembranças passaram rápidas, mas foram suficientes para que eu juntasse-as dentro de mim e em questão de segundos elas já estavam de volta como se tivessem sido repostas. Desde os pequenos diálogos até a sensação que eu tive a ver Justin entrando na sala como Jason ou com a sensação que eu tinha quando ele me chamava de Anjo, eu tinha sentindo tudo isto novamente, aquilo era turbulento demais e também muito intenso, mas eu me senti feliz por ter conseguido me lembrar de algo.

— Eu me lembrei, — murmurei — me lembrei de você me chamando de Anjo, lembrei-me de algumas sensações que tive, foi um pouco confuso, mas acho que isso é um bom começo, não é?

— Isso é... Ótimo é perfeito! — disse entusiasmado.

— É fascinante os sentimentos se intensificam mais quando eu me lembro de tudo, quando eu sinto tudo de novo.

— Você consegue se lembrar de mais alguma coisa?

Balancei a cabeça.

— Por agora não, mas você pode me ajudar com isso, você leva jeito.

Ele sorriu em minha direção entendendo meu convite.

As horas com Justin se passaram mais rápidas do que eu esperava, ele me relembrava todas as coisas que costumávamos fazer a um ano atrás e eu aos poucos reconhecia minha personalidade em cada ação minha que ele descrevia. O fato de Justin buscar vingança não era algo que me incomodava por que no fundo eu conseguia ver o bom coração que batia nele, ele não queria necessariamente fazer mal a ninguém ele só queria retribuir a dor que lhe fizeram passar, não era algo em vão de qualquer modo parte de mim ainda achava que meu pensamento sobre isso era um pouco errado.

Com as horas passando, Justin me levou até minha casa me dando de presente um CD com algumas musicas que eu gostava de ouvir, aquilo me fez sorrir de orelha a orelha, o convidei para entrar em casa e ele hesitou um pouco no começo mas eu consegui o convencer.

— Collins o que este garoto esta fazendo com você? — disse meu pai, referindo-se a Justin. — Ethan como você pôde desobedecer minha ordem?

 — Achei que não fosse fazer mal, ele não vai fazer nenhum mal para ela Sr. Fox.

— Você não é pago para achar e sim para fazer o que eu mando!

— Eu quis sair com ele e Ethan não iria me impedir. — me interferi — Qual é o problema em sair com ele?

— O problema é que esse garoto é um marginal, saia daqui!

— Ele não vai sair — segurei seu braço com certa força.

Encaramos-nos por alguns segundos e eu podia sentir o clima pesando na sala enquanto minha mãe olhava para nós dois, meu pai suspirou fundo dizendo:

— Filha, não me desobedeça ele precisa ir embora.

— Ele não vai embora. — reforcei.

Minha mãe o olhou parecendo pedir algo a ele, ele olhou para Ethan e em seguida fitou minha mão segurando o braço de Justin.

— Tudo bem, ele pode ficar. — sentou-se ao lado de minha mãe.

Sorri para ele e o levei até o sofá enquanto os olhos atentos de Ethan queimavam sobre nós, dava claramente para perceber que ele estava mais insatisfeito do que o meu pai e minha mãe.

Quando a campainha tocou todos nós no alertamos, eu corri para abrir a porta e peguei o envelope vermelho que estava em minha frente jogado no tapete, fora isso não havia mais nada nem ninguém ali, fechei a porta e voltei até a sala.

— Carta de algum admirador secreto? — ironizou minha mãe, balancei a cabeça.

— Não, mas é para mim. — disse abrindo o envelope.

O envelope era bem delicado e fino selado com um simbolo dourado que eu desconhecia, quando o abri enxerguei algumas letras pequenas que logo de primeira me diziam para ler o que seguia em voz alta.

— Acho que é para vocês também, esta dizendo para eu ler em voz alta.

— Então leia.

— Querida Collins — comecei — como tínhamos combinado aqui esta meu presente para você sei que esta atrasado, mas nunca é tarde demais para presentes, não é? Você acabou de perder a memória e esta prestes a recomeçar uma nova vida e nada melhor do que começar com a verdade então já que estão todos reunidos que tal seus pais começarem contando o porquê de terem roubado você da maternidade? Com amor, Jeremy.


Notas Finais


Gostaram???? Amaram???? Odiara???? Amei todos os comentários no capítulo anterior e não imaginava essa reação tão "OW" sobre a Collins, mas não se preocupem não vai ter todo aquele drama que a Collins fez em relação ao Jason, creio que ela será uma garota BEM diferente agora, apostem nisso também. Comentem ai o que vocês acharam desse cap, eu particularmente adorei. Até a próxima!


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