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História Rollercoaster - The answer is revenge


Escrita por: kendoll

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 2 - The answer is revenge


POV JASON/JUSTIN

— Jason Mccann, correto? — ela disse passando o dedo pelas folhas em suas mãos.

— Correto.

— Aqui estão seus horários, — ela me entregou uma folha com uma extensa tabela — sua primeira aula é na sala 09, exatas.

Exatas, eu detestava exatas.

Antes de prosseguir para a sala 09, acenei para a recepcionista de seios fartos — eu a reconhecia apenas por isto, seus seios eram tão grandes que quase me deram boas vindas — que me desejará uma boa aula, eu pensei que teria boa aula, mas não, eu teria exatas. 

Passando por algumas salas, reconheci alguns antigos professores e alguns dos mesmos alunos repetentes, o Santen’s mudará muito desde a ultima vez que eu estive ali, mas algumas coisas podres continuavam por lá. Encarando fixamente os letreiros nas portas encostadas, foi fácil reconhecer a sala 09, a unica que fazia barulho dentre as outras que estavam em completo silêncio. Arrumei a mochila nas costas e entrei na sala.

Vários pares de olhares me encararam fixamente quando entrei, alguns assustados e outros apenas curiosos, 5 segundos depois todos continuavam com a bagunça, era fácil demais atrair atenção por ali. Avistei uma cadeira vazia e joguei minha mochila em cima da mesa.

— Posso me sentar aqui? — disse já me sentando.

Ela parecia irritada, me olhando como se eu tivesse a chamando de gorda, mas não me respondeu e voltou a olhar fixamente para a janela.

Ela era uma garota linda, sua boca era rosada e tinha um formato perfeito que merecia ser beijado por horas, seus cabelos lisos eram compridos e castanho escuro. Hora ou outra ela lambia os lábios silenciosamente, eu a observava curioso.

— A não ser que tenha algo no meu rosto, você precisa de um motivo plausível para olhar fixamente desse jeito para mim.

— Eu tenho olhos para olhar, um motivo mais que plausível

Mas por que olhar exatamente para mim?

— Gosto de uma bela paisagem.

Pela primeira vez pude vê-la melhor, seus olhos castanhos da mesma cor que seus cabelos pareciam bem calmos, mesmo depois dela tê-lo revirado. — Meu nome é Jason — sorri.

— Bom pra você

— Esta sangrando? — perguntei

— O que?

— Sangrando, pela vagina, aqueles dias sabe? Você esta neles?

— Não! — disse horrorizada.

— Então o que esta te irritando?

— Você.

— Eu só quero saber seu nome, Anjo.

— Eu não sou um Anjo — respondeu.

— Pois parece um.

Ela cruzou os braços e me encarou irritada.

Sua aparência bem que não me era estranha, os olhos grandes e os pés que batiam inquietantemente sobre o piso frio, os lábios rosados que imploravam para ser tocados. 

O professor entrou segundos depois com uma pilha de livros enormes em suas mãos, pedindo desculpas pelo atraso ele logo distribuiu os livros para cada grupo na sala e pediu que estudássemos para a prova do ultimo horário. O homem não era alto, cabelos negros de repartidos do meio, a barba por fazer o deixava com uma aparência estranha. Revisando exercícios de probabilidade, ele não deixava que ninguém dormisse em sua aula, sempre gritando e cuspindo, eu não sabia se ele se dava conta de que cuspia enquanto falava ou não fazia ideia.

A garota ao lado tirou o celular discretamente de debaixo de sua perna e digitou algumas palavras rapidamente, enquanto o Sr. Mills escrevia no quadro negro.

— É proibido celular na sala de aula — ela continuou digitando e guardou o celular novamente me ignorando — Ah, não vai me responder, não é? — ela cruzou os braços.

Isso começava a ficar divertido. — Você tem um cheiro bom, que perfume você usa?

— “Aroma contra idiotas”

— Hum — gemi — E esta funcionando?

— Pelo jeito não 

Ela pegou o lápis do lado do caderno e fez algumas pequenas anotações conforme o Sr. Mills falava algo, eu continuava me esquivando dos cuspes.

— Eu também estou usando perfume, se chama “Imã para gatinhas”

— Pelo jeito não esta funcionando

— Só funciona quando elas ficam irritadas, — ela virou me fazendo sua cara mais tediosa.

— Por favor, fique quieto, eu estou tentando estudar.

— Acho que você é uma das únicas aqui — virei-me reparando que ninguém a não ser ela, fazia anotações e focava sua atenção no que o professor dizia.

Haviam aproximadamente umas 25 pessoas na sala, a maioria delas eram garotos que atiravam bolinhas de papel uns nos outros e a outra minoria eram de garotas, algumas encolhidas em seus lugares e outras me encaravam e cochichavam uma com as outras, essas eu tinha certeza que não fariam nada nem nas próximas aulas. Voltei o olhar para frente e coloquei os braços sobre a mesa.

Para minha felicidade — e a infelicidade dela —  tive o prazer de acompanhar a garota da sala de exatas nas três primeiras aulas, e parece que naquele dia teríamos a companhia um do outro já que nossos horários eram compatíveis. Na hora do intervalo, mal pude acompanhar seus passos quando ela voou para fora da sala. Chaz e Allie me pararam no corredor e me guiaram até o refeitório. 

— Não se zangue com ela por isso, Jason. — Allie dizia, agarrada na cintura de Chaz — Não é um bom dia para ela hoje.

— O que aconteceu?

— Como se você se importasse — bufou Chaz

— Cale a boca, diga Allie.

Nos sentamos na mesa, mordi um pedaço da maça enquanto ela se ajeitava nos braços de Chaz. Ela colocou os braços em cima da mesa e curvou-se até mim.

— Não sei se o Chaz te contou, mas, hoje faz 1 ano que o melhor amigo dela morreu — ela sussurrou e depois sentou-se normalmente.

— Por que você sussurrou? — perguntei 

— Por que ninguém se lembra e se lembrarem vão perguntar a Cols, e se perguntarem para ela, ela vai ficar ainda mais irritada.

— Irritada? Ela não deveria ficar triste?

— Ela não é muito boa para expressar as coisas, ela fica irritada quando esta triste por que sente vontade de chorar, ela não gosta de chorar.

— Espera — fiz uma pausa — Cols?

— É, Collins.

Collins? — Shh, ela esta vindo.

Seus cabelos flutuavam no ar a cada passo que ela dava em direção a nossa mesa. Sua perna exposta mostrando o qual atraente elas eram, seus seios que subiam e desciam a cada passo, seu rosto perfeitamente angelical e olhares que desabariam um mundo. 

Quando ela sentou-se em minha frente e me encarou, eu finalmente pude reconhece-la.

 

POV COLLINS

Hoje definitivamente não estava sendo um bom dia.

Eu odiava ser rude com as pessoas, mas odiava mais ainda ter que relembrar de certas coisas. Hoje fazia um ano concreto de que Justin havia morrido e ninguém — simplesmente ninguém — tinha se lembrado disso, depois dele dar a escola vários títulos invejáveis, vários troféus e medalhas, depois dele fazer do Santen’s uma boa escola, ninguém se lembrou de sua morte. Eu não sabia o que era pior, meu sentimento de culpa que só piorava hoje ou isto.

— Você esta me deixando constrangida.

— O que?

— Pare de me olhar, está me deixando constrangida — disse mais uma vez, ele riu.

Eu nunca havia visto aquele garoto em toda minha vida, mas o jeito dele, os olhos e o formato do rosto, o jeito que ele dava risada e balançava a cabeça em seguida, isso me era familiarmente estranho. 

— Já disse que gosto de uma bela paisagem, Collins — ele disse meu nome com tanto desgosto que eu não pude deixar de me sentir mal.

— Por que fez isso?

— Isso o que? — arqueou uma de suas sobrancelhas.

Eu não sabia direito o que Jason queria comigo, mas o que que seja, ele não teria.

Os 30 minutos de intervalo passaram voando durante a discussão patética que Allie estava tendo com Chaz, eu não liguei muito e continuei revisando minha atenção entre a comida e as lições da aula de Educação Física, de vem em quando eu olhava para o casal e ria de alguma das coisas que Allie falava, outras vezes eu pegava Jason me encarando como se estivesse pronto para me atacar e ele disfarçava isso muito bem com um sorriso macabro no rosto. 

Jason não fazia o jeito malvado e também com certeza não fazia o estilo de garoto certinho, mas de acordo com o moletom preto, um vans de oncinha — pelo vans de oncinha eu o consideraria homossexual ao primeiro olhar, mas ele parecia realmente parecia gostar da fruta — e calça jeans, ele fazia mais um estilo "Bad Boy" com o "Bad" ao quadrado, ou melhor, ao triplo! Ele atraía muitos olhares, alguns olhares tortos com bônus especias de cochichos grupais e alguns — lê-se milhares — de suspiros de todas as garotas do Santen’s, mas ele parecia não se importar com nada, nem mesmo com o fato de estar ali.

Carregando um pacote pequeno de batatas-fritas em cima de trezentos quilos de livros, caminhei junto Allie e Jason até a quadra principal do Santen’s para uma aula de Educação Física, mais um motivo para eu deixar minha irritação de lado era por quê às quartas-feiras eu só tinha quatro horários.

O professor Walkers não era o professor que eu mais odiava na escola, mas também não era o professor que eu mais amava, seu único ponto positivo era não me forçar a fazer exercícios físicos e muito menos me forçar a entrar na equipe de líder de torcidas, aparentemente só por você ter um peso normal, pernas e braços longos e ser alta, você era nascida para fazer algum exercício físico ou ser líder de torcida. A equipe de líderes de torcida eram com certeza as pessoas mais detestáveis e desprezíveis de todo o Santen’s, elas eram como diabas vestidas com uma micro-saia e blusas curtas, encontrar Allie dentre todas elas realmente não foi fácil. Allie fazia parte das “Losers” — o nome que as garotas deram às meninas que tentavam fazer parte do time, mas não conseguiam —, mesmo sendo uma das mais bonitas de todo o Santen’s ela não conseguia passar e nenhuma de nós até hoje sabe o por quê, numa das tentativas dela eu a encontrei e quando me dei conta ela já estava grudada em mim como um chiclete de marca ruim em um tênis novo. 

— Entreguem os trabalhos e vamos começar os exercícios — ele gritou fazendo o apito soar sobre nossos ouvidos.

— Tinha algum trabalho? — Jason me cutucou

Eu assenti, caminhando em direção ao professor, senti uma mão me parar. Jason coçava a nuca com um sorriso descontraído.

— Eu não tive oportunidade de fazer, será que você pode colocar meu nome?

— Ta de brincadeira, não é? Eu fiquei o intervalo inteiro fazendo isso, você estava sentado na minha frente, podia ao menos se dar ao trabalho de perguntar o que eu estava fazendo.

— Me desculpe, eu estava distraído.

Eu só podia estar ficando louca. Me abaixei rapidamente pegando a caneta e escrevendo seu nome.

— Jason do que?

— Mccann.

Terminei e caminhei até o professor, estendendo a mão para que ele pegasse o trabalho. Ele analisou rapidamente e em seguida me lançou um olhar duvidoso, eu gelei.

— Não me lembro dele na minha aula.

Ótimo, eu estava sendo obrigada a mentir.

— Ele é meu vizinho, ele me ajudou antes mesmo de saber que ficaria aqui no Santen’s,— ele parecia não ter acreditado, obviamente não já que eu era péssima em mentiras — acredite em mim Sr. Walkers, eu não seria burra o suficiente de colocar o nome de um qualquer num trabalho que eu me matei para fazer.

Outra mentira, eu seria sim.

Ele pareceu acreditar na mentira e então guardou o trabalho, caminhei vitoriosa e voltei para o canto da quadra, me amaldiçoando mentalmente pelo que tinha feito enquanto uma enxurrada de alunos passou sobre mim correndo para dentro da quadra. Jason sentou-se largado ao meu lado, com os braços apoiados na ponta dos joelhos ele me olhou por cima dos ombros antes de começar a falar:

— Vou te compensar, Anjo.

— Me compense fazendo seu trabalho da próxima vez, e ah — levantei o indicador — não me chame mais de Anjo.

Por que não gosta que eu te chame de Anjo?

Simplesmente por que Anjos são puros e eu não sou.

Esta dizendo que você é uma pecadora? provocou.

Todos somos.

— Me diga uma coisa, qual o pior pecado que você cometeu?

— Por acaso eu estou na igreja no confessionário do Padre e não me dei conta disso? — tirei minha atenção dos livros que lia e o encarei, como se não fosse uma surpresa para  mim, ele riu mais uma vez e se ajeitou sentando-se do meu lado.

— Vamos fazer assim, você me confessa seu pecado e eu lhe confesso o meu.

Fiz-lhe uma cara de duvida.

— Me dê um motivo para que eu faça isso.

— Eu te deixo em paz.

— Promete? — estendi o dedo mindinho para ele — Promete de mindinho?

Ele arregalou os olhos um pouco confuso, mas logo estendeu seu mindinho e o entrelaçou ao meu, fazendo seus olhos se revirarem numa careta nada animadora.

— Sim, eu prometo de mindinho para você. Agora me conte.

Deixei os livros de lado e os alinhei em meu colo enquanto suspirei fundo.

Eu deixei com que as aparências tomassem conta de mim e não dei valor a quem sabia me dar valor, eu deixei com que quem me dava valor, escapasse por entre meus dedos e agora eu o perdi. Eu contribui em partes para que ele fosse embora, me arrependi tarde demais.

— Agora traduza.

—  Para um bom entendedor, meia palavra basta.— sorri vitoriosa, mesmo sabendo que não tinha como haver um vitorioso ali, aquele era meu melhor sorriso e eu gostava de o esbanjar — Sua vez.

Seus olhos se afastaram de meu rosto quando Travis entrou na quadra, ele o fitou sem nenhuma pausa ou vergonha até que ele passasse por nós dois, nos encarando com força.

Travis fazia parte de meu passado, não que para ele isso fosse bom, tivemos um longo relacionamento a um ano atrás, ele vinha de uma excelente família e como meus pais queriam um genro de uma boa linhagem, Travis era “certo” para mim, com exceção dele ser um maníaco bipolar e psicopata. Após a morte de Justin —  na qual ele teve culpa e nunca foi culpado sobre isso — eu tomei distância dele, uma longa distância e isso não o agradava nem um pouco. Levaram 6 meses até que Travis parasse de me mandar mensagens bipolares e me perseguir todos os dias a todos os lugares que eu ia, mas nada o impedia de se aproximar de mim na escola. 

Jason e Travis trocaram alguns olhares raivosos até que Travis desapareceu de nosso campo de visão e foi para trás do lugar que estávamos. O clima não foi dos mais prazerosos depois disso, tentei quebrar o gelo, o lembrando de que ele ainda tinha que me contar seu pecado —  por mais que eu não estivesse nem um pouco interessada, saber que ele pararia de me encher o saco já era um ótimo motivo.

— Vamos, é sua vez.

— Não sei se estou afim de contar — ele virou-se para olhar os cantos das paredes.

— Mas você prometeu de mindinho!

Sabe, eu não ligo muito pra dedos e promessas. — respondeu com indiferença.

— Ótimo, não compre promessas, vou anotar isso na lista do "Por que ignorar Jason Mccann"

— Infantil — ele disse — foi anotar isso na lista “Por que ignorar Collins Marie Fox”

Meus pensamentos pararam em um enorme ponto de interrogação que se formou em minha mente, um segundo de silêncio se estendeu por um minuto até que eu continuei:

— O que você disse?

— Surda, vou anotar isso também — ele falava com tanta ignorância que eu sentia meus punhos formigarem com vontade de socar seu rosto.

— Meu segundo nome, como você sabe meu segundo nome?

— Por que isso importa?

— Por que ninguém, ninguém mesmo sabe meu segundo nome. eles até tiraram da minha certidão de nascimento isso..

Só duas pessoas — e minha família — sabiam que eu tinha um segundo nome, que minha mãe ainda insistia usar quando estava brava comigo, e as pessoas eram Justin e Allie.

Jason deu os ombros, realmente não se importando.

O sinal bateu mais rápido do que eu imaginava e eu realmente agradeci por isso. Ignorando a presença de Jason, arrumei os livros em meus braços e apressei meus passos até a saída tumultuada da quadra. Allie me puxou na metade do corredor, seu rabo de cavalo balançava freneticamente de um lado para o outro.

— Cadê o Jason?

Dei os ombros. 

— De onde você conhece ele? — perguntei

— Eu não o conheço, ele é amigo de Chaz.

— De onde Chaz o conhece?

— Eu não sei! — ela respondeu rindo — Por que você quer saber? Esta interessada nele?

— Interessada? Em Jason Mccann? — ri para ela — Definitivamente não, ele cheira a encrenca e cigarro barato e eu não procuro por isso no momento.

 

POV JASON/JUSTIN

A conversa com Collins estava ficando bastante interessante, quando observei Travis passar pelo longo portão da quadra de esportes, eu não pude deixar de notar como o tempo havia o prejudicado, o que antes era o rosto de um jovem agora era transformado em um rosto de um viciado nato e eu não estava nem um pouco surpreso com isso.

Eu não esperava cruzar o caminho de Collins tão cedo, mas mais do que isso eu não esperava ter me atraído tanto por ela logo de cara. Eu dividia meus pensamentos entre Collins e Travis tentando achar um meio termo entre conversar normalmente com ela e bolar um plano rápido de como chegar em Travis. Assim que o vi entrando na quadra, meu sangue entrou em ebulição dentro de meu corpo, fazendo com que meu corpo todo tremesse de inquietação e vontade de vê-lo sangrar. Meu corpo pedia por isso, clamava por vingança, por sangue. Quando Collins finalmente foi embora eu permaneci sentando, esperando um sinal de Travis. O reconheci entrando no vestiário masculino sozinho e aproveitei a deixa que ele me deixara.

Os corredores eram largos e os armários estavam novos, nada ali estavam com um aspecto ruim, parecia ter sido reformado a pouco tempo. Senti alguma coisa formigar dentro de mim.

Me encostei em uma linha de armários e o encarei.

— E ai — ele balançou a cabeça em minha direção

— E ai, você é Travis Peppers, não é?

Ele assentiu.

— Me conhece de onde?

— Estudei aqui no ano passado.

— Aqui no Santen’s? Em que área você estava? Eu nunca te vi — ele vestiu a calça e ajeitou o cinto.

— Eu costumava ser discreto, é você quem sempre me achava.

— Já nos conhecemos? 

Eu assenti, me mantendo ereto e caminhando com as mãos no bolso até ele.

— Qual é seu nome? — ele perguntou

— Você costumava me chamar de nerdzinho, nerdota, quatro olhos e algumas coisas a mais, — eu estava perto dele, sentindo sua confusão e sua respiração silenciosa contra mim —, mas meu nome é Justin Bieber. 

Puxei o colarinho de sua camiseta recém colocada e deixei que seu rosto ficasse perto ao meu — E eu vim matar você.

Empurrei-o com toda força que pude até a parede, um estalo foi ouvido junto ao seu gemido, quando seu corpo bateu com força na parede, Travis caiu deslizando pela parede. Caminhei com os punhos cerrados em sua direção e tomando um grande impulso acertei dois murros fortes em seu rosto, ele cambaleou para trás e corajosamente acertou um soco em meu rosto. Ele era corajoso demais, mas veremos até que ponto. Soltei um riso baixo antes de acertar outro soco dessa vez em seu olho direito, o que o fez cambalear para os lados.

Puxei seus cabelos e o levei para o espelho em nossa frente.

— Esta lembrando disso? Quando você enfiou isso em mim? — puxei seu cabelo de novo, ele gemeu em silêncio.

Um barulho soou alto, o espelho soltou alguns pedaços depois do soco que atirei no mesmo. Peguei um dos pedaços e deixei próximo a Travis. — Vamos ver se você é homem o suficiente para aguentar isso.

Finquei o caco de vidro em seu corpo, abafando seu ensurdecedor grito de dor com a palma de minha mão. Aquilo parecia ser musica para meus ouvidos, mas eu ainda queria mais, ainda não estava satisfeito.

Alguns barulhos do lado de fora me chamaram atenção.

Eu não queria ser descoberto, mas também não queria parar por ali, depois de tudo que Travis e seu bando fizeram para mim, eu queria fazê-lo pagar derrubando gota por gota do sangue que ele tirou de mim, eu queria tirar dele a mesma coisa que ele quis tirar de mim, a vida. Eu precisava de mais tempo e aquilo não poderia ser simplesmente resolvido ali na escola, eu não podia desperdiçar minha preparação nele, ele não merecia tanto.

Empurrei-o para longe de mim e fechei o zíper de meu moletom, cobrindo as manchas de sangue.

— Eu não terminei aqui, Travis. Eu vou matar você lentamente, a cada dia você vai sentir dor e mais dor até implorar por misericórdia e quando você implorar, ai sim eu vou te matar. — caminhei até a porta e virei-me para olha-lo — E eu acho bom você não contar para ninguém que eu voltei, você não vai querer mexer com Jason Mccann.

Os corredores do vestiário pareciam ter se estendido enquanto eu tomava o rumo para ir embora. Algumas vozes familiares foram se tornando mais e mais fortes, até que o corpo de Collins apareceu.

Vingança — disse enquanto me aproximava dela.

O que?

— Você queria saber qual é o meu maior pecado — disse parando em frente dela — e a resposta é vingança. — sorri, segurei seu queixo e beijei sua bochecha — Foi bom vê-la novamente, Anjo.

Saí enquanto Collins fitava com os olhos arregalados, minha mão coberta de sangue.


Notas Finais


Espero que vocês tenham gostado dessa capítulo tanto quanto eu gostei, ignorem se tiver algum erro, to escrevendo na pressa. Comentem o que vocês acharam, quero saber a opinião de vocês. Até a próxima! <3


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