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História Rollercoaster - Can you keep a secret?


Escrita por: kendoll

Notas do Autor


Ultimo capítulo, obrigada a todas vocês sério eu espero muito que vocês gostem. Boa leitura!!

Capítulo 20 - Can you keep a secret?


POV COLLINS

Meus olhos estavam presos no teto do pequeno quarto enquanto eu imaginava Jason ao meu lado, aquilo tudo parecia mais um pesadelo do qual eu não conseguia nunca me livrar e só Deus sabia como eu odiava viver tudo aquilo de novo, talvez agora fosse pior por que eu sabia do que estava acontecendo e não podia cometer o mesmo erro. Não foi tão duro para Jeremy, Pattie e Ryan aceitarem o que eu tinha lhes contado, mas Pattie ficou em completo estado de choque e eu já esperava por isso.

— Esta tudo bem? — Ryan disse entre a fresta da porta.

Assenti. — Só acho que não vou conseguir dormir hoje.

— Acho que nenhum de nós vamos — disse se jogando ao meu lado na cama.

Suspiramos fundo. — Sabe antes eu não gostava muito da ideia de você e ele ficarem juntos, eu sempre fui contra isso e queria que ele pensasse como eu... Mas agora, estou feliz por ter você no time.  

Virei à cabeça para encara-lo.

— Estou feliz por estar no time.

Silêncio.

“Lugar que ele tanto ama” disse em meus pensamentos tentando recompor o que Travis tinha me dito há minutos atrás, talvez ele tivesse me dado uma pista, Travis não seria tão obvio de leva-lo a cabana novamente até por que aquele lugar já deveria estar caindo aos pedaços. Eu tinha que pensar em Jason como Justin, Travis sabia muito sobre ele, me amaldiçoei por todos os momentos que eu mesma contava coisas de Justin para Travis.

Argh.

Após Ryan sair fiquei mais uns minutos em silêncio observando atentamente todo o aposento. O brilho da lua era a única coisa que iluminava toda a cidade, a luz do abajur já estava fraca, mas resistente, as cortinas balançavam conforme o vento as tocava, olhando para fora da janela eu só conseguia imaginar como Jason estaria agora.

— Ele vai ficar bem. — Jeremy disse me fazendo pular de susto, maldito.

— Como você sabe? — falei, passando a mão por meu coração acelerado — Nem eu tenho toda essa certeza.

— Do que você tem tanto medo?

— De cometer algum erro, eu não posso errar agora, não agora...

— Ouça seu coração Collins. — ele se aproximou — Você é uma Bieber, tem meu sangue correndo por suas veias—.

— Infelizmente. — revirei os olhos, sua mão capturou meu queixo.

Você é como eu, temos os mesmos instintos Querida, Jason tentou te proteger disso de quem você realmente é, mas não tem mais como fugir agora. Ouça seus instintos Collins.

Meus olhos se prenderam ao seu e pela primeira vez eu não senti medo enquanto o encarava. Minha mente explorava rapidamente milhares de supostos lugares onde Jason estaria tudo começava a se juntar como peças de um quebra-cabeça, Justin era um Nerd, amava os estudos, qual lugar é melhor para um garoto estudioso do que a escola? Santen’s era a resposta.

Chegando as chaves do carro em meu bolso, corri enquanto descia as escadas deixando o corpo de Jeremy para trás, Ryan me parou confuso assim que viu minha pressa.

— O que houve?

— Eu acho que já sei onde Jason esta — disse.

Uma ponta de esperança acendeu no olhar de Pattie.

— Eu vou com você — disse pegando o casaco em cima do sofá.

Meus pelos se arrepiavam a cada vez que eu acelerava mais o motor, eu já não conseguia manter minha respiração normal naquela altura era algo impossível, o silencio de Ryan e sua inquietação no banco eram duas coisas que me deixavam ainda mais nervosa. Ainda pensava nas coisas que Jeremy tinha me dito, em alguns jornais que há tempos em tinha lido, manchetes sobre seus cruéis assassinatos algo mais cruel do que os que você vê em seriados criminais.

Antes de sairmos do carro, Ryan segurou meu braço.

— Acho que você vai precisar disso — disse me entregando o objeto pesado — é uma Desert Eagle, deve ter visto ela, é usada em muitos filmes. Sabe usa-la?

— Ta brincando? — disse olhando-o — Não ensinam socialite a usar armas.

Ele riu.

— Você é engraçada — balançou a cabeça — é só mirar e atirar.

Assenti.

Em silêncio o garoto tirou da maleta prateada que carregava uma metralhadora. Sim, uma metralhadora. Olhei-o de olhos arregalados e ele riu novamente,

— Calma, não é para você.

— Ufa.

Ryan apontou para o lado lateral da escola — Esta vendo aqueles dois caras ali? — assenti novamente — Vou mata-los em um segundo só.

Saímos do carro em total silêncio e Ryan me puxava para o lado dele enquanto caminhávamos agachados até um pouco mais perto dos dois garotos que conversavam tranquilamente.

— Com certeza são amigos de Travis e estão na lista — disse.

Com um dos olhos fechados Ryan posicionou-se um pouco longe de mim pedindo para que eu tampasse os ouvidos, assim que fiz o que ele pediu o garoto disparou quatro vezes na direção em que os garotos estavam e o barulho que a arma fez foi ensurdecedor.

— Esta bem? — perguntou

— Estou.

— Tudo bem agora vamos, — estendeu sua mão para mim — vamos salvar o McCann.

 

POV JASON/JUSTIN

Minha garganta estava pior que a porra de um poço seco no meio do deserto, mas mesmo assim eu ainda tinha forças para cuspir na cara de Travis toda vez que aquele desgraçado se metia na minha frente, seus socos eram coisas das quais eu já estava acostumado, depois do décimo primeiro meu rosto adormeceu por uma hora inteira e depois disso eu já não sentia muita dor apenas uma leve irritação.

Travis estava irritado e inquieto, seu corpo pairava pela pequena sala de um lado para o outro com os punhos cerrados e olhos longes da realidade.

— Pelo jeito seu Anjo não vem te salvar — sussurrou.

— Travis larga de ser um bixa! Por que não me mata logo e acaba com tudo isso?

— Não é pra ser tão simples assim.

Estrondos foram ouvidos, Travis soltou um riso seco enquanto olhava pra fora da porta.

A ideia de pensar em Collins em um lugar daqueles me deixava completamente impaciente, todo aquele mistério era desnecessário para mim, toda a dramatização era ridícula. A imagem do rosto de Collins ao me ver jogado na cabana coberto por sangue me fez estremecer, eu não queria que ela me visse assim, não queria que ela me visse morrer, mas seria uma bela visão vê-la sorrir minutos antes de finalmente fechar meus olhos para sempre.

Mais dois estrondos se aproximavam, meu coração estava prestes a rasgar minha camiseta com suas palpitações fortes. Travis correu para o corredor.  

Um corpo voou pela sala até a outra parede após bater na mesma e cair desengonçada no chão, foi fácil reconhecer o corpo de Collins naquelas condições tão frágeis, tirando a jaqueta de couro e a jogando para o lado ela caminhou para o corredor novamente com uma faca na mão. Tudo aquilo era muito agoniante, eu não podia fazer nada.

Mais um estrondo desta vez no corredor.

Travis finalmente apareceu de volta a sala com uma das mãos ocupadas, enquanto com a mão direita segurava uma arma na mão esquerda ele segurava os cabelos de Collins arrastando a pelos mesmos até onde eu estava, pelo corte profundo em seu rosto pude supor que Collins fizera aquilo. Travis jogou-a em minha frente e seu corpo caiu, ela não se mexeu.

Assim que suas mãos se mexeram Travis capturou seus cabelos de novo e levantou seu rosto fazendo seu rosto machucado ficar completamente visível.

— Aqui esta seu Anjo, Jason. — disse apontando a arma para sua cabeça. — Qual de vocês dois querem morrer primeiro?

— Solte-a agora — grunhi, meu coração se despedaçava a cada vez que eu olhava para seu rosto.

A corda que prendia minhas mãos parecia queimar minha pele a cada esforço desesperado que eu fazia para me livrar delas. Travis riu.

— Isto esta fora de cogitação, eu vou fazer com essa vadia o mesmo que eu fiz com você Justin, só que desta vez você vai assistir isso.

— Não, — Collins murmurou rindo — você mexeu com a garota errada.

Travis soltou um grito em seguida e suas mãos soltaram Collins e a arma que ele segurava, assim que a mesma caiu Collins agilizou-se para pega-la e num tiro incrivelmente certeiro ela mirou na boca de Travis e apertou o gatilho, Travis gemeu procurando ar enquanto algo parecia queimar em sua boca, recuou alguns passos ainda gemendo. Collins rastejou até minhas mãos e as soltou com facilidade. 

Travis soltou um grito em seguida e suas mãos soltaram Collins e a arma que ele segurava, assim que a mesma caiu Collins agilizou-se para pega-la e num tiro incrivelmente certeiro ela mirou na boca de Travis e apertou o gatilho, Travis gemeu procurando ar enquanto algo parecia queimar em sua boca, recuou alguns passos ainda gemendo. Collins rastejou até minhas mãos e as soltou com facilidade.

— Anjo — puxei a para um abraço, senti seu coração bater no mesmo ritmo acelerado que o meu, era bom senti-la perto de mim de novo.

— Eu consegui Jason, eu cheguei a tempo dessa vez — segurou meu rosto sorrindo.

— Você conseguiu meu amor, não é atoa que eu te chamo de Anjo viu? Você salvou minha vida.

Olhamos juntos para a mesma direção, Travis ainda respirava, maldito.

— Faça — disse firme, eu assenti.

Pegando a faca de sua mão, caminhei até suas costas e passei a mão por seu pescoço, posicionando a faca em uma boa posição, forcei-a firme até que ela estivesse por dentro do pescoço de Travis e assim a fiz até que sua cabeça saisse por completo fazendo com que assim seu corpo caisse ao chão e sua cabeça ficasse presa em minhas mãos. 

 

POV COLLINS

Todas as cinco cabeças estavam ali na porta de entrada do Santen's, Travis e seus quatro amigos foram mortos da mesma maneira e suas cabeças colocadas longe de seus corpos, era um bom jeito de dar fim ao que tinham começado a anos atrás e um bom jeito de começar as coisas, com todos sabendo que não deveriam mexer conosco, cada pecado tem seu preço.

Enquanto estavamos voltando para casa lembrei do CD que Ethan tinha insistido em me dar para ouvir e o coloquei para o tocar, as vozes que sairam me assustaram, era uma conversa.

— Pai, você não pode fazer isso ele é o melhor amigo da Cols! — Cordélia gritou.

— Já esta decidido e você não vai mudar nada e nem ouse contar para Collins.

Por que você esta fazendo isso? — choramingou — Por que você quer tanto matar aquele garoto? O que ele fez para você?

Uma breve pausa.

Ele é meu filho — disse com a voz firme, eu pude imagina-lo dizer de cabeça erguida para não demonstrar sua vergonha — um filho bastardo claro e é por isso que ele deve morrer, já tinha dito para aquela mulher se livrar da criança mas aquela vadia falhou no serviço.

A gravação acabou.

Jason me olhou enquanto eu tentava prestar atenção na estrada em minha frente, ambos tinhamos a mesma feição, aquilo fora como um choque para nós dois talvez um dos mais assustadores que eu já tivera. Era obvio que aquilo fazia sentido, meu pai era estupido como a minha mãe ele não aceitaria um escândalo desse, ninguém poderia saber da existência de um filho bastardo, imagine o que a imprensa diria? Isso mancharia seu nome e lhe tiraria a boa fama que ele sempre teve.

Era de se imaginar que ele varresse seus problemas para de baixo do tapete, mas pior que isso era ele mandar adolescentes fazer seu trabalho sujo.

Eu estava em completo choque.

Todos os anos que eu aguentei ao lado dessa família eu não recebi nada mais que mentiras e mais mentiras, tudo aquilo era sustentado pelas mentiras, desde as emoções até as próprias pessoas, o mundo é movido por mentiras o tempo todo a unica diferença é o tamanho delas e para que elas são usadas. No meu caso elas foram mentiras enormes usadas por pessoas de mentiras, pessoas que olham seu reflexo no espelho e só enxergam sua aparência entocada de produtos de beleza e nenhuma alma ali, sua alma é a coisa mais pura que você tem e a cada mentira que você conta ela vai se sumindo até não aparecer mais. Você suportaria viver de mentiras? 

Eu não.

 

24 de Janeiro de 2014 — Cemitério Central de Stratford.

As folhas das arvores secas caiam conforme o vento batia nelas, as pessoas que estavam no local permaneciam de cabeça baixa olhando os três túmulos no chão horrorizadas e confusas.

— Quem cometeria tal ato brutal e covarde? Queimar pessoas vivas não é uma coisa comum de se fazer, mesmo para assassinos de Stratford isso era cruel demais. — o polícial Keegan dizia olhando os túmulos. 

— Oh eu não sei — suspirei — mas eles pagarão por isso.

— Sim querida, eu descobrirei quem esta por trás disso.

— Obrigada — sorri desconfortável e o assisti caminhar para longe enquanto todos os idiotas faziam o mesmo.

— Encenou bem hoje, mas da próxima vez tente derramar mais lágrimas — Jason sussurrou em meu ouvido, soltei uma risada baixa.

— Vou trabalhar nisso — sorri

— Você acha que ele sabe de algo? — perguntou, abraçando-me.

Passei a mão por seu pescoço e prendi minhas duas mãos por ele.

— Com certeza sabe, o que vamos fazer?

— O que fazemos de melhor — abriu um longo sorriso e eu concordei com a ideia, selando meus lábios nos seus.

Tinha descobrido que Jeremy sempre esteve certo seu sangue passava por minhas veias e eu nunca poderia fugir do meu destino, mas o que eu seria? Igual a ele? Não, eu seria melhor e junto a Jason eu sabia que conseguiria ser. Com o tempo nós dois aprendemos uma grande lição: Relacionamentos não funcionam com mentiras e segredos nunca estão seguros e nós tinhamos muitos segredos agora. Assim que viram as cabeças na porta de entrada do Santen's naquele dia que se seguiu toda a cidade se chocou e nós deixamos a eles uma pequena surpresa, uma pista que os levava até minha casa onde encontraram meus pais e minha irmã mortos queimados vivos e quem faria isso? Eu, Quem desconfiaria de mim? Ninguém.

Ninguém nunca desconfia de um rosto bonito ou de um belo casal apaixonado, as pessoas acreditam nas aparências que criamos e essa preciosa lição eu devo agradecer a minha falecida mãe ela que me ensinará tudo isso. Sabíamos que nosso segredo nunca estaria a salvo pois alguém tinha nos visto aquela noite, não só aquela noite mas também em todas as outras noites, e o que faríamos com essas pessoas? Eu acho que você já sabe a reposta.

— Para onde vamos agora? — Jason perguntou me encarando com um sorriso perfeito em seus lábios rosados.

— Que tal Miami? Eu gostaria muito de ir a praia. — disse animada, ele concordou rindo.

Encostei minha cabeça em seu ombro

— Anjo

— Sim?

— Eu amo você.

— Eu sei, eu também amo você, para sempre. — sussurrei.

— Promete de mindinho? — eu ri.

Levantei meu mindinho e prendi-o com o seu.

— Prometo — sorrimos satisfeitos.

Eu matei Cordélia. Eu matei minha família. Eu matei Travis e seus amigos, só eu e você sabemos disso, você consegue manter esse segredo?

 

FIM

 


Notas Finais


Meus amores eu espero que vocês tenham gostado desse final sério mesmo. Obrigada a todas vocês que sempre estiveram me acompanhando, obrigada a vocês que me estão comigo desde Project Z e obrigada também as novas leitoras, as que comentaram ou as que não comentaram, obrigada!!! Vocês sempre me estimularam muito e eu continuo por vocês, obrigada mesmo! Quem quiser me acompanhar la em Madness de novo eu deixo o link aqui: http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-danielle-campbell-madness-1541421/ Até a próxima!!! (PS: Jollins/Cason casal bad ass do ano)


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