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História Rollercoaster - Opposites


Escrita por: kendoll

Notas do Autor


E ai, pessoal!! Queria contar pra vocês que eu comecei hoje a Second Season da minha outra fanfic, Project Z! Eu to animada com ela por que tem muita coisa vindo por ai, não só com ela que eu estou animada, Rollercoaster também me deixa super animada! Eu vou tentar conciliar as horas bem pra conseguir postar as duas fanfics. Vocês ainda vão se surpreender bastante aqui, boa leitura!

Capítulo 4 - Opposites


POV COLLINS

— A filha da famosa socialite Aurora, Collins Fox, deu o que falar ontem na saída da boate College. Segundo fontes que estavam dentro do local, Collins saiu embriagada com a ajuda de seu ex-namorado e amiga, pois é, Collins esta mostrando sua rebeldia agora e esse parece ser só o começo. — minha mãe lia palavra por palavra com desgosto, ela abaixou a revista e a pôs em seu colo, me olhando furiosa — É isso que você queria Collins? Estragar com a reputação da sua família? 

Revirei os olhos.

Minha mãe tinha um jeito único para o drama e isso fazia com que nós não nos dessemos muito bem. 

— Mãe, não exagere.

— Não é exagero, Collins! Você é quem é exagerada, quantas vezes eu vou ter que repetir o quão feio é uma mulher bêbada? Pior, uma socialite bêbada? 

— Socialite, socialite, socialite, será que você pode esquecer disso só um momento? — perguntei irritada — Será que só por um momento você pode se dirigir a mim como sua filha e não a filha de uma socialite ou uma socialite?

— Olha como você fala comigo.

— Olha como VOCÊ fala comigo — retruquei — eu não sou como uma das suas amigas do cházinho, você não precisa me tratar como trata elas — empurrei a cadeira e joguei o guardanapo em cima da mesa, meu pai me parou no meio do caminho de saída. 

— Collins...

— A socialite esta atrasada, com licença. 

Joguei a mochila por cima dos ombros e sai batendo a porta.

A noite anterior ainda não tinha saído da minha cabeça e cada vez que eu lembrava dela eu tinha uma sensação ruim. Depois de ter tombado em Jason e caído em seus braços e mãos ensanguentados, eu pude sentir meu corpo inteiro tremer, eu nunca tinha me sentido assim antes, nunca o medo tinha me pegado de um jeito tão inesperado como naquela hora. Não era exatamente um medo, era como algo parecido, mas não tão forte, depois de me manter firme com minha palavra de não ter medo dele, ele apenas riu e me deixou encostada na parede. Enquanto ele se afastava eu ainda reparava e sua roupa manchada, quando seu rosto vinha em minha mente novamente, a imagem macabra de seu sorriso me causava ainda mais arrepios.

Estacionei o carro na primeira vaga bem perto ao portão e subi as escadas me preparando psicologicamente para as duas aulas de Física. Allie apareceu saltitante no corredor e me acompanhou até a sala.

— Você viu o que estão dizendo? — ela cochichou. 

— Não, o que?

— Hannah foi encontrada morta em um dos quartos do College e dizem que foi Jason que a matou, — as mãos sujam de sangue novamente atingiram minha mente — mas eu não acredito nisso, por que ele a mataria? 

— Talvez por diversão

— Fala sério — ela me cutucou — você acredita mesmo que ele fez isso? Não, sua opinião não conta por que você é maluca.

— Eu sou maluca? — perguntei rindo

— Claro, você já acha que ele é um psicopata serial killer.

— Talvez eu esteja certa

— Talvez você esteja precisando de um psicologo — ela rebateu, apoiando a mão em meu ombro.

Paramos as duas em frente a sala de aula, infelizmente nós não tínhamos muitos horários juntos, na quinta-feira isso só piorava nos deixando juntas só na quarta aula. Jason me fitava da cabeça aos pés enquanto tirava o capuz que cobria metade do seu rosto, Allie me olhou com um sorriso torto me dando um beijo na bochecha de despedida. 

Felizmente eu tinha uma outra opção, não a melhor delas, mas com certeza uma melhor que Jason. Apressei meus passos para sentar-me ao lado de Travis, Jason virou o rosto e fixou o olhar para a lousa enquanto o professor continuava a chamada.

— Sua mãe brigou muito com você? — ele perguntou me chamando atenção com uma leve empurrada no ombro.

— Não muito por que eu não fiquei lá pra ouvir, mas por ela o sermão continua quando eu chegar em casa.

— Sinto muito por não conseguir te tirar de lá mais rápido.

— Não sinta, — dei os ombros — não é culpa sua.

Travis estava diferente, será que eu poderia agradecer a Jason? Talvez Jason o tenha acertado um soco tão forte que fez com que Travis voltasse a realidade, voltasse a ser o que a sociedade gostava de chamar de "pessoa".

— E esse é o diagrama que descreve o mecanismo básico da Lei de Coulomb. As cargas iguais se repelem e as cargas opostas se atraem — o professor explicava, enquanto nos mostrava uma ilustração de quatro bolinhas, três azuis e uma vermelha, as azuis eram positivas e a vermelha, negativa.

— Professor  — Jason levantou a mão, chamando atenção até dos que dormiam no fundo da sala.

— Sim, Jason — ele disse com incerteza.

— Essa lei, funciona com pessoas? Digo, as pessoas dizem que "os opostos se atraem" fazendo referência a uma pessoa diferente da outra, é constatado que isso pode acontecer?

Ótimo, entrávamos em uma questão imbecil.

— Ótima pergunta. Não, não é constatado, porém há muitas evidências que indicam que é verdade — ele sentou-se em cima da mesa e tirou os óculos — As pessoas geralmente costumam de atrair por pessoas diferentes delas, isso muitas vezes vem dependendo da pessoa. Por exemplo — ele pensou por um segundo e depois apontou em minha direção, meu coração gelou. — Suponhamos que a Senhorita Fox seja uma garota quieta, frágil, acostumada com o marasmo da vida silenciosa e calma.

— Isso não foge da realidade, Mrs. Clovitz 

Todos riram, ele continuou.

— E você, Jason, é um garoto bagunceiro, vida agitada e perigosa, acostumado com viver entre a vida e a morte. Um dia, seu caminho cruza com o da Srta. Fox, e ela sente algo dentro dela...

— TESÃO — alguém gritou no fundo da sala, novamente todos riram.

— Algo que a faz sentir-se bem e então seu coração e sua frequência cardíaca aumentam ainda mais — ele ignorou os comentários e continuou o assunto animado — e então acontece, a explosão, a atração. Pode ser que a Srta. Fox apenas sinta atração pelo perigo que exala do Sr. Mccann, mas também ela pode sentir outro tipo de atração, isso varia de pessoa a pessoa.

Os opostos podem se atrair, mas nem sempre se entendem — disse.

Jason junto a todos os olhares se voltaram a mim.

— Por que, Collins? — novamente a voz de desgosto saiu de Jason.

— Por que são opostos um do outro, a atração pode ser física, mas só. 

Jason sorriu para mim.

— Então no caso a Srta. Fox teria uma atração física por mim?

— Provavelmente.

— Ótimo — ele sorriu novamente e virou-se.

— Já que vocês tomaram partido dessa interessante questão, vamos então trabalhar nisso nesse semestre. Collins, você e Jason serão nossas duplas principais, os demais de vocês formem suas duplas.

O QUE?

Eu tinha mesmo acabado de ouvir isso? Eu estava sendo realmente obrigada a me juntar com Jason Mccann? Oh, não o que será que eu fiz para Deus para merecer isso? Quantas preces eu deixei de fazer para ter esse castigo? Qual era o problema de fazer com Travis? Ele também exala perigo! 

— Mrs. Clovitz! — caminhei até sua mesa — Eu prefiro fazer com o Travis.

— Travis já tem muita nova na minha matéria, Collins, é melhor que ele se junte com alguém que precise também.

— Eu também preciso de nota! Lembra-se? C no semestre passado...

— Cordélia ficou com F, não só no semestre passado como em todos. Ela vai precisar mais da ajuda dele. Você é boa na minha matéria, faz todos os deveres, pode ajudar Jason.

— Mrs. Clovitz...

Qual é o problema, Srta. Fox? Não consegue lidar com o perigo? — ele brincou, mas eu senti uma seriedade na pergunta.

Não, é claro que eu consigo.

Virei-me e caminhei irritada, sentando-me no mesmo lugar da aula passada quando Jason entrou na sala. Ele me virou o rosto para encarar minha face irritada.

— Bem-vinda de volta, Anjo.

 

POV JASON/JUSTIN

— Vamos manter uma distância grande um ao outro tudo bem, Sr. Exala Perigo?

— Eu estou aqui te recebendo de braços abertos e você nem me agradece? Cuidado, assim eu vou ficar magoado — disse fazendo beicinho.

— Contanto que você fique magoado longe de mim, vá em frente.

Nunca foi um plano usar essa aula para trazer Collins mais perto de mim, pelo contrário, eu deveria ter agradecido de joelhos por ela ter escolhido sentar com o desgraçado do meu inimigo. Ou não, ou eu deveria ter colocado uma bomba nos dois lugares e deixasse que eles morressem juntos. Eu não deveria estar fazendo isso, eu não deveria nem estar contente pelo Sr. Clovitz nos ter colocado juntos, eu não deveria, mas surpreendentemente eu estava.

— Tudo bem, — o professor levantou de sua mesa e caminhou para o centro da sala — eu quero que vocês façam um trabalho exatamente sobre esse assunto. Explorem sua dupla, então vocês vão montar duas colunas sobre seus parceiros: "Lado Bom" "Lado Ruim", acho que vocês já sabem onde marcar o bom e o ruim. A cada semana vocês vão destacar qual é o lado que mais se destacou em seus parceiros, quem tiver o maior ponto de bom, será como a carga positiva, e quem tiver mais pontos ruins, será a carga negativa. No final desse mês, vocês me apresentarão um relatório de como foi a experiência e sua conclusão sobre se os opostos se atraem ou não, quem sabe nesse trabalho vocês também não achem uma alma gêmea, não é?

Pude perceber Collins revirar os olhos pela vigésima vez. 

— Isso é impossível — ela bufou

— O que é impossível? — perguntei

— Você ser minha "alma gêmea" 

— Por que seria? 

— Por que você é diferente de mim.

Os opostos se atraem

Mas não se entendem.

Como eu e você. — respondi vitorioso.

Ela balançou a cabeça em negativa. — Poderíamos nos entender se você não fosse tão fechada para mim.

— Para você fazer comigo o que fez com a Hannah? Não, obrigada — ela disse surrando.

— O que eu supostamente fiz com a Hannah? — perguntei

— Você a matou — sussurrou.

— Por que você esta sussurrando?

— Por que alguém pode escutar, idiota.

E por que você se importa?

Silêncio.

Ela arrumou a postura e me encarou.

— Não quero que me vejam com um assassino.

Algo pareceu pesar dentro de mim.

Ela estava convicta de que eu tinha matado Hannah, também pudera, na noite passada eu não fui tão discreto como deveria ser, aquelas doses de bebida não me fizeram nada bem, eu deveria estar controlado para fazer o serviço e se eu estivesse sóbrio eu poderia ter acertado duas tacadas de uma vez só, mas eu falhei.

E mais uma vez era essa a reação que Collins causava em mim, ela me fazia ser fraco, falhar em meus objetivos, esquece-los por completo. 

O trabalho sobre os opostos seria muito interessante principalmente tendo Collins como minha parceira. Para ela eu era a carga negativa, o proibido, a pessoa na qual você tem que manter distância, mas para mim era ela quem era tudo aquilo, era eu que deveria ter medo dela, querer me afastar dela, querer manter uma longa e distancia segura dela, por que os efeitos que ela poderia causar em mim era um dos piores.

Não a incomodei mais, minha cota de paciência havia se esgotado e não estava querendo levar mais patadas dela, ela se manteve quieta e atenta durante toda a aula.

Quando o sinal bateu eu só consegui ver seu vulto voando correndo para fora da sala ao lado de ninguém mais que Travis Peppers, meu sangue ferveu em minhas veias, eles pareciam estar juntos novamente, Travis não largava dela. Que merda era aquela? Eu estava sentindo o ano passado de volta, tinha a terrível sensação de que voltaria a ver os dois idiotas de mãos dadas exalando um amor inútil pelos corredores do Santen's.

Espera, por que eu me importava? 

Eu não tinha que me importar, eu poderia ter qualquer garota ao meu lado, não precisava dela. 

Senti meu corpo ser levado para o lado, uma garota de cabelos escuros e olhos da mesma cor, quase caiu me levanto junto ao chão. 

— Opa, te peguei — sorri para ela e a levantei.

Ela era linda, uma garota linda normal, mas algo nela parecia ser diferente. Ela sorriu para mim, arrumando seu blusa e ajeitando seus materiais.

— Desculpa, eu estava naquele corredor e ali é um empurra-empurra danado!

— Tudo bem — dei os ombros — Jason — estendi minha mão.

— Cordélia — ela apertou minha mão, 

— Ah, você estava na aula de Física também, não estava?

— Sim! Foi ótima sua discussão na aula de hoje, a Lei de Coulomb é uma ótima discussão, é interessante.

— Pelo jeito você é bem estudiosa — comentei

— Faço o que posso, mas muitas vezes não é o bom o suficiente. Fiquei na matéria do Sr. Clovitz em todos os semestres, posso levar bomba por isso!

Quando me dei conta, estávamos caminhando até uma mesa no refeitório, como de costume todos nos encaravam e cochichavam, o assunto sobre a morte de Hannah ainda estava na boca de todos e a maioria deles apontavam para mim como assassino, eu tinha passado de novato estranho para novato assassino. Era uma boa categoria.

— Ew — Allie gemeu parando ao nosso lado — Cordélia.

— Bom vê-la também, Allison.

— Você esta pedindo para levar uma surra não é, Denali?

— Allie — Chaz colocou a mão sobre seu ombro e lhe lançou uma careta.

— Você desceu o nível agora, Jason, desceu para o departamento das vadias.

— Isso tudo é dor no cotovelo por que você nunca consegue entrar para as Cheerleaders, Allison?

— Se me chamar de Allison mais uma vez eu faço essa bandeja parar num lugar que o sol nunca bate.

— Já chega! — pedi — Chaz, leva a Allie daqui.

— Nunca vai conseguir ficar com a Collins desse jeito.

Allie saindo sendo empurrada por Chaz enquanto batia os pés como uma criança, eu gostava de ver duas mulheres brigando, mas só quando era por mim, aquela discussão não parecia ter nada a ver com isso. Meus olhos pararam em duas mesas adiante, onde Collins e Travis estavam sentados. Virei-me para encarar Cordélia.

— Vocês não se dão muito bem por que? — perguntei

— Não tenho nada contra Allie, mas ela tomou as dores pela amiga.

— Que amiga?

— Collins 

— O que houve entre vocês?

— Eu não sei, de uma hora para a outra nós começamos a nos desentender e isso começou dela, então ela começou a me odiar. — disse brincando com a comida. 

Eu podia sentir o olhar fulminante de Allie me atacar, ela nos encarava descaradamente e todos do refeitório estavam percebendo isso, nem os cutucões de Chaz foram capaz de para-la.

Após um bom tempo pude ver o olhar de Collins parar sobre nossa mesa, ela parecia tão indiferente como antes e isso de alguma forma me incomodou, ela virou-se para encarar Travis e balançou a cabeça em negativa. Novamente uma onda de irritação se abateu sobre mim, por que diabos eu tinha que ficar assim? Por que eu tinha que me incomodar? Que porra estava acontecendo comigo que me deixava assim?

— Cordélia, — levantei com uma ideia na cabeça — vamos.

Ela se levantou e segurou em meu braço.

Os olhares que nos encararam enquanto deixávamos o refeitório foram incontáveis, dentre eles o que eu mais esperava finalmente ver não estava nem ai para mim, Collins estava ocupada demais ocupando sua atenção para Travis, enquanto se grudava nos beiços dele.


Notas Finais


O que vocês acharam? Odiaram? Amaram? Adoraram? Me contem tudo, quero saber de cada detalhe. E ah, eu imagino a Cordélia como a Selena, espero que vocês odeiem ela igual eu, por que a Cordélia é uma vaca, mas vocês logo vão entender o por quê. Até a próxima!


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