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História Rolwse Academy of Magic ( INTERATIVA) - A perdição de Letho - Parte 6


Escrita por: Temomen_Orim

Notas do Autor


Sempre demorando muito... Enfim, mais um. Não posso dizer que estive motivado. Agora o que eu realmente mais quero é terminar essa historia. Basicamente a parte difícil passou, eu espero que os próximos capítulos venham com mais naturalidade, porque eu definitivamente queria escrever bem melhor do que estou escrevendo agora... :/

Capítulo 153 - A perdição de Letho - Parte 6


Olá meus queridos... Podemos apenas terminar isso? Parte seis... Sinceramente...

 

 

Nassau; Terraria; Algum lugar da cidade;

 

— Eu sabia que você apareceria...

— Blake encarou Harvey e balançou a cabeça de modo negativo, bem lentamente — Não diga que eu não te avisei...

— Não vim por você — Disse Harvey firme. Ainda quem por dentro estivesse pronto para avançar nela apenas por instinto — É apenas uma coincidência...

A grande torre estava próxima. Tanto Harvey quanto Kayla estavam começando a desconfiar por terem conseguido avançar tanto sem serem notados. Kayla em especial estava atenta a Harvey. Não queria que ele se perdesse novamente em seus sentimentos de vingança, por mais que ela mesma pudesse compreender os motivos dele.

Blake apenas riu.

— Harvey, você está bem? — Kayla perguntou notando a mudança de estado dele.

— Sim... — Ele respondeu secamente. Fechando o punho logo em seguida.

— Não a deixe tomar o controle da situação...

— Kayla... — Voltou-se para ela a olhando nos olhos — Eu ficarei bem. Confio em você — Sorriu.

Kayla pode apenas dar um leve sorriso de volta, pois sentia o quão mais calmo Harvey tornou-se de um momento para outro.

— Que nojo... — Com uma expressão de incomodo no rosto, Blake apontou para ambos — É uma pena, mas irão morrer aqui.

— Eu tenho certeza que todos os seus amiguinhos falam algo do tipo, mas até agora não ganharam nada.

Harvey avançou logo que terminou de falar. Blake preparou-se para lutar, contudo estava visivelmente calma e confiante.

— Não ganhamos nada? — Ela riu — Olhe a sua volta. Me diga quem está ganhando.

Blake esperou até que Harvey se aproximasse então atacou. Ele foi capaz de desviar das chamas negras que saltaram para alcança-lo. Usou um braço feito de agua para empurra-lo de volta e investir em um novo ataque.

— Você não pode me derrotar com esse estilo de luta — Blake o provocou. Desviou do golpe no ultimo instante e revidou com suas chamas — Você o aprendeu quando estava do nosso lado, então eu o conheço.

Harvey defendeu o ataque dela posicionando mais dois braços de agua que logo foram transformados em gelo para a defesa. Entretanto as chamas de Blake facilmente ultrapassaram a defesa de gelo. Concentrada em seu ataque vitorioso, Blake não percebeu as chamas que se aproximaram dela, somente quando não havia mais possibilidades de esquiva ela as notou e então foi atingida por elas. Kayla encarava a explosão que seu ataque causou. Teve de ser fria para fazer isso em vez de simplesmente correr para tentar ajudar Harvey, como seus sentimentos ditavam. Sua visão estava focada no exato lugar onde a fumaça e poeira da explosão aos poucos se dispersava.

— Harvey! — Ela chamou sem desviar o olhar, mas sua voz estava mais do que evidenciando sua preocupação — Você está bem?!

— Já estive melhor — Harvey respondeu enquanto praguejava de dor e se levantava.

— Devo dizer que respeito sua atitude — Disse Blake. Sua voz vinha de muitas direções diferentes — Mas lhe falta força.

Ao redor de Harvey e Kayla estavam cinco Blake, cada uma com uma expressão ligeiramente diferente da outra. Isso fez com que Harvey notasse que não se tratavam apenas de uma imagem refletida. Blake era do signo do fogo, o que a habilitava a usar o elemento da luz, que pode criar reflexos de algo e confundir os oponentes como uma espécie de ilusão, mas nesse caso isso ia além

— Então esse é o seu semblante... — Harvey sorriu.

— Não finja que sabe de algo — Responderam todas as Blake ao mesmo tempo — E dai que você notou que se trata de um semblante? Você não sabe como funciona então ainda está com informação nenhuma sobre mim.

— Vamos ver se isso vai continuar — Harvey a provocou e então olhou para Kayla — Conto com você.

— Não precisa dizer — Kayla deu uma piscadinha para ele.

 

 

Proximo a torre Gindra, no lado oposto de onde Harvey e Kayla se encontram;

 

Desacordado e quase suspenso no ar pelo pescoço, mas Kame era muito pequena para de fato erguer Argo a ponto de fazer com que seus pés não tocassem o chão. De todo modo era uma cena assustadora. Kame não era uma garotinha qualquer, sua força ultrapassava todos os limites do que Natsy podia considerar normal para um criança ou até mesmo um adulto. Sue também tinha caído, estava no chão mais ao longe e não parecia demonstrar sinal de acordar tão cedo.

— O que esse garoto é para você? — Perguntou Kame.

— Deixe-o ir... — Natsy pediu, quase que implorando. Estava assustada o suficiente para sua personalidade ser reduzida a uma simples garota medrosa.

— É seu irmão? — Perguntou mais uma vez e depois olhou para Sue — Aquela garota parece gosta dele... Hum... Não, não acho que vocês sejam irmão, vocês não são nada parecidos.

— Ele é... É meu namorado... Agora, deixe-o ir...

— Namorado? — Kame ergueu uma sobrancelha — Entendo... Então você o ama. Pretende ter uma família com ele.

— Eu...

— Eu detesto esse conceito — Ela disse de um modo assustador — Pessoas pela qual você é ligada através do sangue, isso não significa nada. Apenas... Aumenta a dor de quando essas pessoas te desapontam.

— Algo aconteceu com você, não é?

— Você não entenderia...

— Talvez não... Mas eu perdi minha mãe. Isso me fez ficar tão triste que eu fiquei doente. Durante alguns anos eu tive que esconder isso... Meu pai... Ele sempre tentou me ajudar, fazendo de tudo por mim...

— Você teve alguém! Como pode dizer essas coisas?! Acha que entende minha dor?! Minha própria mãe traiu meu amor! Ela nunca amou meu pai! Ela nunca amou ninguém! Nem minhas irmãs! Nem ninguém!

— Só porque essas coisas aconteceram com você não significa que tudo esteja perdido... Família é muito mais do que sangue...

— Tem razão, por isso... Mestre Attano é minha família agora!

— Não foi isso que eu quis dizer! — Natsy ergueu-se, recuperando sua confiança pouco a pouco — A família de sangue é algo, mas nós encontramos amor em muitos outros lugares. Um lugar nunca substitui o outro. Por isso mesmo que eu me sinta bem próxima a Argo, Cecil, Alina e até mesmo a Sue, nada disso significa que tudo o que meu pai tentou fazer por mim seja um nada. Acontece que nenhuma dessas pessoas está me usando! Não consegue ver a diferença?! Meus amigos estão lutando por mim, enquanto isso seu Mestre está fazendo você lutar por ele! Isso não é família!

— CALADA!!! — Kame gritou e arremessou o corpo de Argo contra Natsy.

Natsy agarrou Argo, sendo jogada para trás com impacto. Então focou a visão em Kame.

— Myrcella! — Natsy chamou — Ataque! Myrcella.

Myrcella — Sereia-Vadia como Natsy chamava antigamente — surgiu e logo avançou sobre Kame com seu tridente. Porem mesmo com o ataque da elemental, que era bem grande, Kame não recuou. Na verdade ela respondeu agarrando a arma e a girando, fazendo com que Myrcella fosse derrubada no chão. Em seguida a garotinha partiu para atacar a elemental, mas em uma rápida reviravolta Myrcella conseguiu golpear Kame e joga-la para longe.

— Você está bem, Myrcella? — Perguntou Natsy enquanto levantava-se de sua própria queda e apoiava Argo em algum lugar onde ele pudesse descansar.

— Deusa da chuva... O que era aquela criança assustadora? — A sereia perguntou confusa.

— Uma inimiga. Precisamos vencê-la... — Ela olhou para Argo e então para Sue. Sua mente foi exatamente para outro episódio onde uma situação parecida aconteceu e Natsy ficará sozinha contra um inimigo poderoso — Dessa vez ninguém vai aparecer para nos ajudar então... Não podemos falhar!

— Só pra constar... Na ultima vez que você me invocou em batalha eu venci. Seja lá o que você esteja em mente, não fui culpa minha. Na verdade, eu jamais falhei com em batalha — Disse orgulhosa.

— Preciso lhe lembrar de que pedermos para Arya no torneio mágico?

— Aquilo... — Myrcella riu sem jeito — Essa vez não conta...

— Uma elemental... — Kame voltou ao campo de visão de Natsy e havia um brilho estranho em seus olhos — Myrcella Syonnes, da raça Sirenne...

— Ei! Como essa criança sabe meu nome? — Myrcella assustou-se.

— De todos os movimentos possíveis para essa luta você escolheu o pior — Disse Kame.

O mesmo brilho que estava nos olhos dela surgiu um pouco mais a sua frente. Ele foi crescendo e tomando forma. Em um pouco tempo havia outra Myrcella em campo.

— O que é isso? — Perguntou Natsy assustada — Você...

— Eu posso copiar elementais e invoca-los quando eu quiser. Obrigada pela minha nova amiga.

— Isso explica o outro elemental que você invocou...

— Magos corporais não podem invocar elementais... Na verdade meu semblante era fraco... Meu elementais são apenas copias e não podem usar magias, apenas força física. Minhas irmãs eram boas com elementais, mas eu ficava sozinha então... Eu queria ser capaz de invocar elementais também...

Myrcella não esperou Kame terminar sua fala e então atacou. Porém a falsa Myrcella bloqueou o golpe da verdadeira e contra-atacou a derrubando.

— Eu disse que meus elementais eram fracos por poderem usar apenas a força física, mas... — Kame aproximou de Myrcella — Eu posso dar minha força para eles. Por isso depois que eu conheci o meu mestre minhas fraquezas sumiram.

— Deusa da chuva... — Myrcella voltou-se para Natsy — Chame-o...

— Chame-o... — Natsy repetiu um tanto quanto confusa, mas logo entendeu o que Myrcella quis dizer — Impossível! Não há garantias de que ele vá lutar! Além disso é um grande gasto de mana manter ele e você ao mesmo tempo.

— Mana? — Myrcella sorriu — Olhe para cima... Natsy o fez e viu uma fina camada de chuva que caia um pouco acima e lentamente a alcançava.

Então Natsy sorriu, recuperou toda a confiança que tinha em si mesma. Em um único ato ela invocou seu elemental mais poderoso — Ao menos em teoria —, a grande sombra que apenas observava, e ao mesmo tempo atacou Kame diretamente com um forte jato de agua. Kame não tentou desviar, Natsy não tinha conseguido ser efetiva contra ela antes então não tinha o que temer. Mas dessa vez o ataque conseguiu empurrar Kame para trás e joga-la alguns metros para longe.

— Não me subestime! — Disse Natsy — Vou lhe mostrar porque a Myrcella me chama de Deusa da chuva!

Myrcella conseguiu levantar-se e começou a atacar junto com as magias de Natsy. As magias estavam muito mais fortes e precisas, Natsy atacava sem se importar com a mana gasta. Seus ataques se tornaram bem devastadores, rotacionando agua a ponto dela ganhar uma incrível força capaz de atingir Kame. A luta passou a fluir para Natsy e Myrcella, mas Kame conseguiu dar uma reviravolta atacando em conjunto com sua elemental falsa, ambas focando Myrcella e conseguindo derrubar a sereia de modo a deixar o tridente em seu pescoço.

— Já chega... — Disse Kame, perdendo um pouco daquela voz de criança que ela tinha.

— Myrcella... Espere! Não a mate!

— Você fica mais forte na chuva... Pela forma como está atacando e pelo o que falou antes imagino que não precise gastar mana. É um semblante muito forte, mas precisa de uma condição muito especifica. Entretanto, é hora de parar de brincar. Desista e eu não matarei essa...

No mesmo momento um poderoso raio atingiu Kame e sua falsa elemental de uma só vez. Havia um forte poder no ar, uma presença intimidadora mas que para Natsy soava como segurança.

— Estás bem minha filha? — Uma voz rouca perguntou atrás de Natsy.

— E-Eu...

Natsy estava pronta para responder, mas logo Myrcella tomou sua frente.

— Sim. Agradeço por sua preocupação meu Imperador — Disse Myrcella se curvando.

Então Natsy voltou-se para trás e viu a grande figura atrás de si. Uma longa barba com adornos dourados que faziam tranças sobrepostas. A poderosa cauda tocava o chão com firmeza assim como as mãos fortes empunham o grande tridente. Havia uma ombreira em seu ombro direto, dela pendia uma fina capa de um tecido azul quase transparente, que ao mesmo tempo transmitia a mesma sensação que os olhos azuis e brilhosos do tritão passavam.

— Você é... — Natsy começou a falar.

— Estive observando você Deusa da chuva. Suas ações não são realmente dignas — O tritão disse com firmeza — Respondi seu chamado unicamente por causa de Myrcella. Que isso fique claro.

— S-Sim... — Ela respondeu um pouco nervosa. Havia algo na presença de seu novo elemental que a fazia sentir-se pequena.

— Não permitirei que minhas filhas sejam mortas por seres da superfície em batalhas da superfície.

— Filhas? — Natsy exclamou lançando um olhar confuso para Myrcella.

— É um modo de falar... — A sereia cochichou de volta.

Sem utilizar de mais nenhuma palavra o tritão ergueu seu tridente e raios saltaram da arma. Eles voaram pelo ar e atingiram a falsa Myrcella, criando uma espécie de corrente entre a arma e a falsa elemental. Com um forte puxão o Senhor dos oceanos trouxe sua oponente para perto de si e a golpeou com sua arma na barriga, a erguendo no ar enquanto rajadas de relâmpagos eram disparadas para todos os lados, resultando assim na destruição da elemental. Após acabar com a Myrcella farsante o Imperador dirigiu sua atenção para Kame e avançou sobre a garota. Eles começaram uma batalha onde Kame mesmo ferida demonstrava ser mais do que forte. Ela conseguia desviar dos ataques e até contra-atacar as vezes. Infelizmente para ela o tridente emitia raios constantemente que saltavam e a atingiam. No inicio ela foi capaz de aguentar alguns como se não fossem nada, mas depois de um tempo ela começou a ficar cansada.

— Estas acabada — Disse o Imperador preparando-se para seu ataque final. Porém no exato momento em que ele ia desferir o golpe foi atingido por uma copia sua.

— Foi difícil... — Kame sorriu — Elementais do seu nível são mais difíceis de copiar, mas eu consegui.

— Ousas criar uma copia minha! Insolente!

— Ninguém... Ninguém vai impedir os sonhos do meu mestre de se tornarem realidade... Eu... Mesmo que eu tenha que morrer, eu farei isso por ele.

O imperador foi envolto por uma armadura de roxa, até mesmo seu tridente ganhou uma proteção igual.

— Isso é... — Antes de completar a frase Natsy virou e logo encontrou Sue — Sue...

— Se importa de eu ajudar? — Sue sorriu — Espero que você não seja como o Argo...

— Não — Natsy não conteve um pequeno sorriso — Agradeço a sua ajuda... — Ela foi até Sue e a apoiou em seu ombro — Apesar de você estar precisando de ajuda para ficar de pé.

— Eu não preciso ficar de pé para usar meu semblante...

— Só não se esforce demais, ok?

— Não vou deixar você carregar tudo em suas costas... É pra isso que as amigas servem...

Natsy sentiu algo dentro de si. Um sentimento de alegria com as palavras de Sue. Era estranho definir, mas até então Sue nunca tinha a chamado de amiga, nem Natsy nunca se sentiu exatamente próxima a ela.

— Isso — Ela concordou — Amigas.

Com ajuda da armadura de Sue o Imperador conseguiu vencer sua versão falsa após uma rápida batalha. Apenas Kame ficou ali, completamente exausta pela utilização de seu semblante a um nível tão alto.

— Não terei piedade com os seres da superfície — Disse o Imperador apontando para Kame.

— Não preciso disso... — A garotinha respondeu baixando o olhar — Nunca recebi nada disso... Eu tentei defender o que achava certo.

— Espera! — Natsy interviu ficando entre Kame e o Imperador — Não tem porque mata-la!

— Não confunda piedade com fraqueza — Alertou o Imperador — Deusa da chuva. Poupar um inimigo é fraqueza.

— Eu sei o que estou fazendo...

Nesse breve momento Kame tentou atacar. Mas a agua da chuva ao redor dela formou uma prisão em forma de bolha e a prendeu.

— Vai poupar um inimigo que a ataca pelas costas? — O imperador perguntou estreitando o olhar para Natsy.

— Agradeço imensamente por sua ajuda. Mesmo que o tenha feito por Myrcella. Acontece que essa criança não é o inimigo, ela apenas foi levada para o lado errado... Talvez a antiga eu concordasse com você... A antiga eu também não aceitaria Sue e também não chamaria a Myrcella por o seu nome verdadeiro... Mas... — Ela olhou para Argo — Eu tive pessoas que me ensinaram coisas importantes.

— Faça como desejar Deusa da chuva — Ele disse virando-se — Mas... Eu não vim apenas pela Myrcella.

Dito isso ele desapareceu como se transforma-se em agua e caísse no chão acompanhando a chuva. Myrcella fez o mesmo logo após desperdice com um singelo “tchau” com a mão.

— O que você quer de mim? — Kame perguntou. Estava completamente diferente de quando iniciou o combate. Agora ela parecia apenas uma criança perdida.

— Eu vou te mostrar o que eu aprendi com as pessoas que eu amo — Disse Natsy desfazendo a prisão que continha Kame e estendendo a mão para ela ao mesmo tempo que dava o seu melhor sorriso — Eu não sou sua inimiga.

 

 

Auditório da torre de Gindra;

 

Lys mal conseguia se manter de pé. Todos os seus ataques eram inúteis contra o escudo do inimigo. Não havia qualquer coisa que sequer indicasse uma provável vitória pra ela.

— Está cansada? — O inimigo perguntou em tom de provocação — Que pena...

Lys não se deixava levar por provocações, mas realmente estava começando a ficar irritada. A pior parte era que ela não conseguia ver o inimigo. Ela sabia onde ele estava, mas não podia realmente vê-lo, pelo menos enquanto a barreira dele se mantinha de pé.

— Vocês realmente fizeram um plano ruim... Não sei bem onde o Mestre Attano se encontra, mas posso sentir que ele está vivo. Os magos de Letho realmente são fracos. Uma vergonha para o local que é conhecido como o “Continente da Magia”. Ainda mais vergonha para a Rolwse, que diz treinar os melhores. Vejo agora que é mentira. Bem, eu queria testar meus novos poderes contra um mago de fogo, outros signos pra mim não são divertidos.

“Desde o inicio ele fala sobre isso... Magos com o signo do fogo...” Pensou Lys “Se ele queria testar os poderes dele então talvez ele seja fraco contra o fogo... Um auto-desafio...”. Uma nova ideia brilhou em sua mente e então Lys reuniu forças para se levantar. “Não faz parte do meu signo, nem dos elementos que eu posso controlar... Ainda sim... Tenho quase certeza que pode funcionar, eu sei que pode. Celin sempre me disse que não basta eu afirmar que estou tentando. Eu devo conseguir!”.

— Vou por um fim a isso agora! — Ela disse lançando uma mão contra a outra, as juntando a frente de seu corpo.

— Serio? — Seu oponente riu — O que vai ser agora? Madeira? Areia? Poeira? Qual elemento inútil você vai usar?

O chão se partiu em uma onda de pedras que avançou contra a esfera que a visão de Lys não alcançava.

— Ora... Apenas pedras novamente? Não vai passar por minha barreira...

— Você quer calor? Então... Venha! Elemento da Lava!

As pedras que avançavam se aqueceram e logo tomaram a forma do liquido vulcânico. O escudo que protegia o oponente de Lys até então foi destruído e ela pode enxerga-lo de uma vez. Ela não perdeu tempo e criou raízes que o prenderam, tão rápido que o mesmo não teve tempo de reação. As plantas o estrangularam até que ele perdeu a consciência.

— Funcionou... — Lys sorriu enquanto se permitiu cair sentada e exausta — Eu sabia... Arya não vai acreditar quando eu contar a ela...

 

 

Bem próximo de onde Harvey e Kayla estavam;

 

— Qual o problema? — Perguntou Lucas — Vocês dois parecem estranhos...

— Não tem problema nenhum — Retrucou Miraney focando sua visão em algum ponto aleatório — Foi uma batalha mais difícil do que eu pensei...

— Obrigado — Agradeceu Ethan.

Ainda que estivesse usando um tom de arrogância a frase simplesmente chamou a atenção de Miraney.

— O que você disse?

— Eu disse obrigado... Odeio admitir, mas eu passei perto de morrer lá atrás... Você me salvou. Droga... Nem pareço eu mesmo...

— Eu também... — Miraney fez “humpf” orgulhoso, tentando manter-se firme — Eu agradeço, em certo momento você me salvou também. Mas não pense que eu passei a gostar mais de você por causa disso! Só te aturo por causa da Gabriela.

— Claro...

Lucas riu enquanto observava os dois. Logo que voltou-se para o caminho que estava seguindo, a torre se aproxima e próximo dali ele avistou Harvey e Kayla. Harvey apoiava Kayla sobre seu colo, enquanto ele estava sentado e parecia estar perdido em pensamentos. Lucas avisou aos outros e logo mudou de direção indo até os dois alunos.

— O que aconteceu com a Kayla? — Lucas perguntou ao se aproximar.

— Eu estou bem — Kayla levantou a mão para sinalizar que estava viva — Só exausta...

— Quem é aquela? — Ethan percebeu Blake caída no chão, morta. Então perguntar sobre foi inevitável.

— Uma parte do meu passado... — Harvey respondeu ainda pensativo.

— Acho que chegamos atrasados — Lucas praguejou olhando para o topo da torre — Nesse momento só sinto o poder mágico de Mestre Kenpachi e outro inimigo... Não, tem mais dois...

 

 

Topo da torre;

 

“Droga... Estou velho demais para lutar desse jeito... Essa maldita até me obrigou a usar minha magia de gelo, não esperava por essa... Agora não tenho como fugir” Kenpachi ofegava, sentia um forte pontada de dor em seu ombro esquerdo e no lado direito de seu tórax.

— Você salvou os membros do conselho... Mas agora não pode se salvar — A inimiga disse, uma mistura de raiva e satisfação em seu olhar — Admito que você é bem mais forte do que eu esperava, mas está velho.

— Você não é exatamente jovem, minha senhora...

— Ora, insolente até o final.

Uma usuária de magia de fogo, tão poderosa que era capaz de anular completamente os ataques de Kenpachi literalmente evaporando a agua antes que ela pudesse se formar. Entretanto ela não esperava que ele pudesse usar as pequenas partículas de vapor para teleportar os membros do conselho para longe. Infelizmente para ele quando o próprio tentou fugir ela atacou com um golpe tão poderoso que iria atingi-lo antes que ele pudesse escapar. Para parar esse golpe Kenpachi teve que utilizar do gelo, pois apenas agua não conseguiria protege-lo. Sendo assim a condição de seu semblante foi ativada e Kenpachi já não podia mais teleportar-se para longe.

— Algum desejo final antes de eu te matar?

— me matar? — Kenpachi sorriu — Apenas tente...

As chamas saltaram sobre Kenpachi, mas ele apenas lentamente levantou-se como se nada estivesse acontecendo e continuou com um sorriso no rosto.

— O que está acontecendo?!

— Acontece que você está morta — Disse Nash, surgindo bem atrás da maga.

— Nash... Seu trai...

Antes que ela pudesse terminar a frase simplesmente caiu no chão. Seu corpo simplesmente pareceu secar e derramar sangue.

— Tínhamos conversado sobre essa magia — Kenpachi repreendeu Nash o encarando.

— Eu não podia arriscar se tratando dela. De qualquer maneira, nós te salvamos, deveria ao menos agradecer...

— Você está bem Mestre Kenpachi? — Perguntou Nyu se aproximando dele.

— Sim. Eu agradeço pela ajuda. Assim que percebi que os dois estavam vindo eu fiquei mais tranquilo. Só não entenda errado Nash, mas eu podia ter terminado isso a qualquer momento. Eu só não queria ter de derrubar essa torre.

— Estou aqui! — Anunciou Marco entrando na sala. Estava ofegante e completamente coberto de sangue — O que? Já acabou?

— M-Mestre?!! O que aconteceu? O Senhor está bem? — Nyu espantou-se ao ver Marco da maneira como ele estava.

— Oh, não se preocupe. Não é meu sangue...

— Está tudo acabado por aqui Marco — Disse Kenpachi — Mas eu fui obrigado a usar o elemento do gelo. Tenho que esperar até o fim do dia para poder usar meu teleporte novamente. Isso significa que vamos ficar algumas horas aqui.

— Merda... Mas você tem razão, ainda sim é mais rápido do que qualquer outro meio... Mas e a Merlin? Você acha que ela está bem?

— Para alguém do nível dela? — Nash pareceu um pouco confuso — Sentiríamos seu poder mágico de qualquer lugar de Letho, ainda mais em uma luta contra Attano.

— Não sentir o poder mágico da Merlin não significa nada. Ela pode usar uma barreira para impedir isso.

— Uma barreira em uma luta de proporções gigantesca? Impossível.

— Acha que é impossível? — Kenpachi o encarou — Eu mesmo ergui uma em volta de toda essa cidade. Delsin deve ter feito o mesmo em Lutheria. Dentre nós três, Merlin sempre foi a melhor com feitiços, por isso ela pode criar e manter barreiras muito maiores.

— Mas pra quê? Por que ela iria querer lutar sozinha?

— Porque é assim que a Merlin é...



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