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História Rolwse Academy of Magic ( INTERATIVA) - Perdição de Letho - Final


Escrita por: Temomen_Orim

Notas do Autor


Algumas coisinhas que talvez vocês precisem saber e eu não tenha explicado direito. Na verdade, algumas duvidas que talvez vocês possam ter durante a leitura.

1. Existem tipos diferentes de magias, certo?

R:Sim. Podemos dividi-las em três categorias: Manipulação, Invocação e criação.

*Manipulação é apenas usar um elemento que já está disponível. Por exemplo: Manipular o fogo de um isqueiro.

*Invocação é o ato de criar o elemento a partir do nada (Apesar de que existe a teoria de que os elementos na verdade são invocados de um outro mundo). Por exemplo: Criar uma esfera de agua mesmo que não haja agua por perto.
As invocações são dividas em Permanentes e não-permanentes. É fácil de entender, uma magia de invocação não-permanente realiza um ataque de agua, por exemplo, e então a agua desaparece, já a permanente faz com que a agua continue ali. Magias permanentes consomem mais mana.

*Criação é usar a própria mana para moldar efeitos. Por exemplo, criar um escudo que bloqueia magias.
Criação se divide em feitiços e maldições (Exclusiva para magia negra). Feitiços criam efeitos como escudos, já maldições jogam efeitos negativos sobre os inimigos. Magias de criação são ligadas a mana em si e não ao signo.


2. O que é uma barreira?

R:Barreira faz parte das magias de criação, mais especificamente de feitiços. Barreiras impedem certos tipos de coisas. A mais comum é usada para impedir dano mágico, todo mago usa uma em volta de si mesmo quando entra em combate, e a força da mesma depende do quanto de mana o mago esta disposto a investir nela.

* Barreiras também podem ser criadas para impedir a sensação de poder mágico. Por exemplo: Um mago pode erguer uma barreira em volta de uma sala para impedir que qualquer pessoa que esteja fora dali sinta sua magia, nesse caso ele pode lutar lá dentro e passar despercebido. Esse tipo de barreira é de alto nível, o modo mais comum de usa-la é em volta de si mesmo e com um efeito contrario, impedindo que o próprio poder mágico do mago seja sentido por outras pessoas. Isso é o que se chama de "esconder o poder mágico". O tamanho da área que uma barreira cobre depende da mana utilizada nela.


3.Porque magos corporais são ditos como mais fortes?
R: É porque a magia deles amplifica a força física e no caso não há como defender-se disso com barreiras mágicas (Lembram que ela só defende dano mágico?). Por esse motivo mesmo o mais forte mago de fogo pode cair com um golpe direto de um mago corporal de nível baixo.

*Magias de manipulação também são consideradas dano físico, visto que o elemento não é invocado, ele não contém propriedades mágicas e por isso respeitas as leis da física, tendo um impacto direto sobre os magos e ignorando as barreiras.

*É possível criar barreiras que protegem de dano físico, mas são terrivelmente difíceis e até magos como Merlin não podem exagerar com elas.

Capítulo 154 - Perdição de Letho - Final


Olá meus queridos! Parece que finalmente teremos o final de todas essas batalhas. Por um lado estou feliz, não temos uma parte 7, apesar de que "Final" foi só um nome mais bonitinho para parte 7, mas enfim, estou feliz porque provavelmente teremos sangue! Mas ao mesmo tempo não teremos mais sangue, porque é o final. Não sei o que pensar...

 

 

Nassau; Academia de Magia Rolwse;

 

Attano estava sentado enquanto “lia” um livro sem demonstrar muito interesse no que estava fazendo. Merlin continuava a observa-lo de uma certa distância, mantinha sua expressão o mais imparcial possível. Durante todo esse curto período de tempo que eles estiveram ali sozinhos ela não podia deixar de notar o quanto Attano lembrava o seu pai — Que também se chamava Attano. Ainda acho isso estranho —. As memórias que ela tinha do Attano que conheceu anos atrás eram de alguém introvertido, mas que sempre estava preocupado com as pessoas ao seu redor. Com o filho não era exatamente diferente. O fato dele estar sempre falando que não se importa com ninguém vinha de um profundo ódio que sentia por não ter tido uma família. Uma sucessão de fatos que o levou a sua linha de pensamento atual. Mas ainda sim Merlin não conseguia culpa-lo, tudo o que ela conseguia enxergar era a si mesma no passado, então para ela Attano era como uma criança.

 Enquanto estava sentada o observando Merlin espirrou. “Apenas metade de um dia sem a Mary e já parece que esse lugar desandou” Pensou enquanto observava as partículas de poeira dançando contra a luz da janela. A biblioteca empoeirada nunca pareceu tão vazia para Merlin. Ela mesma não se sentia tão sozinha como hoje à anos. Tudo o que lhe vinha a cabeça era o seu passado e as decisões erradas que tomou.

 “Será que todos estão bem?” Questionou-se. Em sua momentânea solidão a única coisa que podia fazer era esperar que todas as pessoas que amava estivessem bem, do contrario seria mais um acontecimento para Merlin não se perdoar.

— Qual o problema? — Attano perguntou repentinamente enquanto fechado o livro que lia. Um pouco de poeira saltou das paginas assim que elas se fecharam.

— Não é nada...

— Eu estive pensando sobre Aizan. Você o culpa por tudo que aconteceu com você. Pode explicar?

— Não. Eu não o culpo, eu sou a única responsável por todos os meus atos. Meu avô apenas me queria perto dele, não importa como eu tente explicar... Todos que sabem e vivenciaram esse período vão dizer que ele me usou como uma arma. Mas... Nossa família estava destruída, eu perdi pessoas e Aizan era tudo me restava, assim como eu era tudo que restava para ele. Por isso, eu estava com ele por muitos motivos, mas um deles era com certeza porque éramos uma família...

— Bom ouvir isso. Então você talvez entenda o porque eu faço o que faço.

— Eu sempre entendi, mas não significa que eu concorde. Eu superei a pessoa que eu era, você pode fazer o mesmo.

— Não é por isso que você me fez ficar aqui? — Ele deu um sorriso provocativo.

— Sim. Mas não é tão simples... Eu tive pessoas que me trouxeram de volta. Agora eu estou tentando fazer o mesmo por você, mas não funciona da mesma maneira, afinal somos praticamente estranhos um ao outro.

— Hum... Eu não sinto a energia de batalhas até o momento, então nem poso imaginar o que seus amigos estão fazendo. Mas... o tempo que estou perdendo aqui não é ruim. Talvez eu esteja começando a gostar de você...

— Mesmo?

 Merlin sentiu um pontada de esperança dentro de si. “Eu o a alcancei?” ela pensou por um breve momento. Mas então pôde sentir uma agitação, uma agitação distante de poderes mágicos entrando em conflito. Merlin reconhecia a maioria e sabia bem de onde vinham. Nesse momento o rosto de Attano mudou de expressão. O olhar calmo transformou-se em um atento, ele virou-se para a direção de Salander em um instante.

— Salander... — Ele disse — Um barreira... É isso... Parece que seu plano é exatamente como eu suspeitei. E você está vencendo... Que maravilhoso...

— Eu fui obrigada a isso... Você não me deixou escolha, mas ainda há tempo para...

— Para corrigir as coisas — Ele completou, logo após dando um risada — Você tem razão. Eu não serei derrotado, por isso vou acabar com isso aqui e agora.

 Merlin teve menos de um segundo para se proteger quando a grande explosão a jogou para longe. A pequena fração de tempo foi suficiente para ela sentir a intenção de Attano, bem como o poder mágico assustador que ele carregava agora.

 O castelo da Rolwse foi completamente destruído. Merlin parou sua queda a alguns metros de distancia do que a poucos segundos era sua amada academia de magia. Porém, mesmo sendo arremessada, Merlin era habilidosa o suficiente para cair de pé e logo se recompor da melhor maneira que podia. “Me desculpem... Kenpachi, Delsin... Mas eu tenho que fazer isso sozinha agora...”.

Então você escolheu lutar.

A voz ecoou diretamente na mente de Merlin. Ela podia reconhecer que se tratava de Lumious. “Eu não escolhi lutar... Você sabe disso...” respondeu em pensamentos.

As escolhas são apenas suas.

Eu não escolhi lutar, mas ficar parada enquanto a vida das pessoas com que me importo e de todas as outras é ameaçada é apenas covardia. Eu preciso fazer algo”.

Boa resposta. Era exatamente o que eu queria ouvir. Em troca irei lhe fazer uma promessa. Você permanecerá nesse mundo até que sua vitória esteja garantida.

O que isso significa? E se eu não ganhar?”.

Você pretende perder?.

Não... Você está certo... Agradeço por estar ao meu lado...” Ela sorriu brevemente, mas logo voltou para sua expressão séria. Foi quando Attano surgiu no alto, mantendo-se no ar com rajadas de fogo sob os pés.

— Vamos apenas acabar com isso. Parece que não podemos chegar em um acordo.

— Cabe a você decidir isso — Retrucou Merlin.

 Uma quantidade colossal de chamas negras avançaram em direção a Merlin. Parecia que o mar havia se tornado fogo e então estava despejando sua ira sobre o mundo. Em alguns poucos segundos Merlin fechou os olhos e respirou fundo, tentando manter-se o mais calma possível mediante a batalha que se iniciou. Juntou as mãos e sussurrou um apelo.

— Atenda o meu chamado,  caçador da nevasca.

 Uma nevasca surgiu rodeando o local, assim que um poderoso uivo se espalhou por toda extensão da floresta, da cidade e um pouco mais além. O colossal lobo feito de gelo surgiu encarando as chamas, as mesmas se refletiam pelo seu corpo cristalino dano a impressão de que ele possuía uma cor negra. Seu rugido fez com que a nevasca avançasse em direção a gigantesca magia de Attano. A neve congelou-se e transformou-se em uma enorme estrutura de gelo que conteve o ataque de fogo. A estrutura chegava a ser muito maior que o castelo da Rolwse — R.I.P castelo — e chegou a congelar as chamas, criando uma espécie de monumento gigantesco de cristal.

 A estrutura de gelo foi rompida com uma nova explosão, de dentro dela emergiu uma criatura totalmente composta pelas chamas negras. Merlin sabia que se tratava de um Ifrith, ela já o tinha visto antes, mas dessa vez ele estava muito maior e parecia mais furioso.

— Parece que terei que usar Azaroth mais uma vez — Praguejou Merlin.

 Ela definitivamente não gostava de invocar seu Ifrith. Ela voltou-se para o grande lobo, gesticulando para ele. Então ele deitou-se no chão, tentando ficar mais próximo dela, ainda que seu tamanho não permitisse exatamente um contato direto. Merlin o tocou gentilmente próximo a maxilar inferior dele, era tão frio que apenas estar próximo a ele chegava a queimar a pele, ainda assim Merlin o tocou.

— Obrigado pela ajuda velho amigo, mas agora eu preciso de...

 Ela parou de falar quando a criatura de afastou um pouco de modo a fixar o olhar sobre Merlin. Fries — O lobo — não podia falar, muito menos era um ser completamente racional a nível humano, ele realmente se comportava como um animal inteligente, mas só isso. Porém havia algo no olhar dele que tocou Merlin. Um olhar que parecia implorar para ficar, ou algo do tipo. Merlin sabia muito pouco sobre os Haiti — Raça a qual Fries pertence — mas ela sabia de coisas que pesquisadores já haviam entendido sobre a cultura dessa raça.

 Haitis vivem em matilhas e são criaturas territorialistas. Além de tradicionalmente os lideres das matilhas batalharem com outros lideres e ao derrotar seu oponente o vencedor devora o derrotado. O ato de devorar outro faz com que um Haiti absorva o corpo de sua presa e incorpore em si mesmo, o fazendo aumentar de tamanho e força. E também, quando um líder está velho e deseja passar a liderança para um mais jovem então o próprio deixa o jovem devora-lo, passando assim tudo o que que conquistou para o novo líder. Mesmo entre os Haiti Fries é considerado gigante. Merlin sabe disso porque alguns outros magos são capazes de invocar Haitis e no geral eles nunca passaram dos vinte metros, enquanto Fries tem mais de quarenta.

 Não fazia muito tempo desde que Merlin ensinara essa invocação para Jack, o qual aprendeu a lidar melhor com o seu semblante e seus poderes. Acontece que Jack firmou um contrato com o filho e sucessor de Fries.  Agora o que Merlin enxergava nos olhos do enorme lobo era como uma despedida, mas também um pedido. Isso significava que Fries estava pronto para dar sua vida e poder ao seu sucessor, isso pelo bem da sua matilha.

— Entendo... Então essa é nossa ultima batalha... — Ela sorriu — Para um guerreiro como você a batalha é tudo. Eu entendo. Então, lute ao meu lado uma ultima vez.

 O lobo uivou, como se estivesse dizendo que era uma honra lutar ao lado de Merlin. Ela apenas sorriu mais uma vez e segurou-se firme para não ser arrastada pelo impacto do gigante partindo para cima do Ifrith. Enquanto o lobo avançava sobre o monstro de fogo algumas linhas de chamas dançaram pelo ar. Como serpentes, elas curvaram-se e convergiam para um mesmo lugar, um mesmo alvo, Merlin.

 Rochas deixaram o chão e ergueram-se no ar bloqueando as chamas. As mesmas chegaram a derreter um pouco das rochas ao simples contato. Raízes também se ergueram e elevaram Merlin a um ponto bastante alto de onde ela podia enxergar tudo a sua volta e inclusive assistir a batalha entre os elementais.

 Attano estava no campo de visão da maga, ainda no ar utilizando constantes rajadas de chamas. Ele atacou brandindo sua foice e com o movimento da arma as chamas adquiriram a trajetória do corte e começaram a se expandir em um grande arco. Merlin sabia que Attano tinha um grande poder destrutivo, mas o dela era maior. Manter-se na ofensiva seria mais fácil para ela, entretanto não dava pra saber quem possuía mais mana agora. A melhor alternativa seria um golpe direto utilizando de magia corporal, pois não importava o quão forte Attano estivesse ele ainda era humano e condicionado a fraquezas físicas. O grande problema era conseguir se aproximar dele, visto que o mesmo podia criar grandes explosões em questões de segundos ao redor de si mesmo. Para Merlin uma explosão não iria machuca-la tanto, pelo menos em teoria, mas com certeza iria atrasa-la e assim ela teria que tentar de novo e em caso de sucessíveis falhas, o que era bem provável, ela começaria a perder suas defesas.

— Não tenho muita escolha de qualquer maneira... — Ela lamentou.

Criou uma poderosa massa de ar que imediatamente barrou o ataque de Attano. Após isso Merlin conduziu os ventos a criarem dois grandes tornados e em seguida os encheu com suas chamas e os jogou sobre Attano. Ele revidou fazendo o mesmo, na verdade fazendo apenas um tornado de chamas porém bem maior.  A diferença era que as magias de Merlin combinavam dois elementos enquanto a de Attano utilizava apenas um, se tratando apenas de chamas girando por sua própria vontade. O Choque das magias resultou em uma grande explosão, mas os tornados criados por Merlin ficaram intactos, porém ela perdera Attano de vista.

Começou a procura-lo por todos os lados, era difícil saber onde ele estava exatamente apenas pelo poder mágico quando existiam magias de nível tão alto entrando em colisão. Os elementais conjurados por ambos continuavam a lutar deixando um rastro de grandes estruturas de gelo e áreas inteiramente queimadas.

 Attano voltou a surgir, usando suas chamas para avançar rapidamente sobre Merlin. Ela podia sentir a magia explosiva ao redor dele e ele definitivamente a pegou distraída. Na velocidade em que estava conseguiria se aproximar e então atacar com uma explosão. Merlin usou sua magia temporal para desacelera-lo no ar e então recuou ao mesmo tempo que assumia sua forma luminosa utilizando do elemento da luz. Preparou um ataque rapidamente, mesclando a própria luz com raios e disparando sobre Attano que ainda sofria dos efeitos de lentidão da magia temporal. O disparo havia sido certeiro e atravessou seu alvo. Porém Attano também conseguia usar a forma luminosa do elemento luz, ainda que sua luz tivesse um tom negro e não dourado como a de Merlin. Magias feitas de luz não atingem magos em forma luminosa, então nessa situação apenas o raios iriam atingi-lo, mas havia outra condição. Magos de fogo são capazes de revidar magias de raios, assim como Sarah fez contra Ziggyard no torneio. Attano o fez, segurou toda a energia elétrica que o atingiu e mandou de volta para Merlin. Ela desviou com facilidade, mas agora já planejava seu próximo movimento.

Eles já estavam um tanto distantes da cidade e da costa, mas era lá que estava o que Merlin precisava. Ela usou seu poderes para erguer a agua do oceano. A quantidade era tamanha que o litoral da cidade literalmente secou. A gigantesca onda veio flutuando em direção a Attano e caiu sobre ele. Por um segundo pareceu que ele tinha sido atingido em cheio, mas então uma esfera de fogo surgiu e em seu centro estava Attano, completamente protegido da esmagadora onda, que não conseguia penetrar a esfera.

Contudo a agua que evaporava subiu rapidamente formando uma camada acima do céu. Merlin imediatamente criou uma feroz tempestade de raios ao mesmo tempo em que a camada de agua ia se congelando e disparando pedras de gelo. Attano teria que desviar de ambos os ataques, nem mesmo sua esfera de chamas podia protegê-lo disso.

 Ele começou a mover-se de um lado para o outro para não ser atingido pelo gelo que caia e também lidava com os raios os refletindo e jogando para qualquer lugar, a frequência dos ataques não o permitia pensar em tentar atingir Merlin com aquilo. Qualquer outro mago teria sucumbido ao ataque em um instante, mas Attano conseguiu segurar a situação e continuar se defendendo. Foi então que o sol escureceu e quando Attano menos esperava uma enorme rocha estava sobre ele. Tão grande que poderia esmagar toda a cidade e mais um pouco de uma única vez. Para se defender ele atacou a camada de gelo diretamente  para parar os ataques e então conjurou algumas esferas menores ao seu redor que atacavam automaticamente os raios. Ele preparou sua foice que ficou banhada em chamas e uma versão de fogo e bem maior da mesma surgiu no ar. Imitando o movimento da original que era brandida em um ataque, a foice gigante partiu a grande rocha ao meio em um único movimento.

— É tudo que tem para jogar pra cima de mim! — Ele gritou para Merlin. Mas estava um pouco ofegante depois desse ultimo ataque.

— Bom... — Merlin sorriu — Vamos ver como você lida com os outros três.

— O que? — Ele olhou para cima e confirmou que era verdade.

 Mais três enormes rochas, ainda maiores que a primeira já estavam em curso de colisão. Ele praguejou e tentou sair da área, mas notou que não conseguiria.

— Idiota! Me ajude! — Gritou para seu Ifrith.

A criatura em chamas se desfez em uma nuvem de fogo, ignorando o combate com Fries e indo para próximo de Attano. O Iffrith explodiu em algo que só podia ser descrito como uma grande catástrofe. Até mesmo Merlin teve de usar um escudo de água para se proteger da força da explosão gigantesca, que era a soma do poder de Attano com o do elemental.

Attano saiu ileso, mas estava completamente atordoado e sua visão tremia. Ele teve de pousar para recuperar-se. Quando sua visão voltou a ajustar-se ele apenas pode ver seu Ifrith sendo congelado e arrastado para longe pelo gigante lobo de Merlin. No mesmo momento a Diretora surgiu acima dele e atacou com uma forte rajada de vento que o derrubou de vez no chão. A terra se abriu e raízes o agarram o puxando para baixo. Areia surgiu a sua volta e começou  ergue-se formando uma espécie de grande pirâmide. Merlin estava bem em seu topo e três rios de lava saiam do solo para dentro da pirâmide. Pro fim a maga selou o golpe com uma magia corporal mesclara com o vento, bem similar a técnica que Cécil aprendeu com Wesker, aplicada diretamente sobre o topo da pirâmide, o que fez um grande tremor e algumas porções de lava que haviam sido trancadas dentro da estrutura de areia vazarem.

Suspirou e tentou respirar fundo o máximo que podia.

— Eu consegui... — Disse para si mesma fechando os olhos.

 Um urro despertou Merlin de seu pequeno delírio, foi ai que ela viu Fries sendo derrubado pelo Ifrith e prestes a levar um golpe fatal. Sem pensar duas vezes ela se impulsionou até o meio da luta e atacou o monstro de fogo com uma poderosa magia de agua que o derrubou de vez. Não que sua magia tenha sido exatamente forte o suficiente para derrotar o ifrith de vez, o mesmo já estava bem acabado por tudo que havia acontecido antes. Porém antes que Merlin pudesse comemorar ter salvo seu companheiro, Attano ressurgiu bem ao lado dela e usou uma forte explosão que dessa vez atingiu a maga e a jogou para bem longe. Antes mesmo que ela pudesse se recuperar da queda outra magia de fogo já estava sobre ela, mas ainda sim Merlin conseguiu bloqueá-la com um escudo de pedra, colocando-o sobre si. Quando retirou a proteção viu que Attano já estava se aproximando para mais um ataque, mas então Fries surgiu saltando para atacar o inimigo.

— Quer morrer criatura estúpida?! Que seja! — Attano gritou voltando-se para Fries e preparando-se para atacar.

 Merlin sabia que o ataque dele seria suficiente para matar o lobo, ela sentia isso. Então ela simplesmente criou a maior crono esfera que conseguiu e lançou sobre ambos, congelando-os no tempo no exato momento em que a magia iria atingir Fries.

 Por esse movimento abusado Merlin sentiu sua cabeça dar voltas e inevitavelmente vomitou. Notou que o líquido que saia de sua boca se tratava de sangue. Seu corpo todo doía e ela mal conseguia ficar de pé agora, mas mesmo assim cambaleou para não cair e conseguiu manter-se “erguida”. Sua visão estava tão embaçada que ela não conseguia enxergar direito, e não se tratava apenas por seu óculos terem sidos quebrados no ataque com o qual Attano a atingiu, ela realmente estava em um estado horrível.

— Me desculpe Fries... Você tem suas próprias batalhas... Não vou te deixar morrer aqui...

 Ela desfez a invocação, mandando o lobo de volta para o mundo de onde ele vinha. Após isso desfez a crono esfera e assistiu o poderoso ataque de Attano atingir o nada, onde Fries deveria estar. Merlin caiu de joelhos e voltou a vomitar sangue, sua visão tornou-se mais embaçada ainda ao ponto dela não enxergar praticamente nada, nem mesmo o formato de sua mão.

— Você usou uma magia de alto nível para salvar uma besta como aquela... — Disse Attano com dificuldade, ele também estava cansado e praticamente sem mana — Ridículo...

 Ele cambaleou até Merlin, arrastando sua foice pelo chão. Preparou-se para ataca-la. Assim que a lâmina desceu Merlin ergueu-se rapidamente e agarrou o pescoço de Attano o levando ao chão dessa forma. Ela gritou enquanto usava o resto de sua magia para amplificar sua força e desferir um golpe final sobre Attano. Ele por sua vez encontrou-se sem forças nenhuma para fazer nada e apenas fechou os olhos no ultimo momento esperando pelo golpe.

 Mas o golpe não veio. Attano tornou a abrir os olhos e viu Merlin o encarando. O punho dela havia estava parado ainda em sua trajetória, mas ela definitivamente havia segurado seu golpe.

 “Droga...” Ela praguejou mentalmente “Eu achei que conseguiria, mas... minha visão voltou no ultimo segundo e...”. De fato, ela praticamente estava sem enxergar nada a poucos segundos, mas então em um ultimo instante sua visão voltou. Os óculos de Merlin eram apenas para dar foco em coisas distantes, portanto ela foi bem capaz de ver Attano fechar os olhos com medo do fim e isso a deteve.

— Eu... — Ela começou a falar, mas assim que disse a primeira palavra sentiu o golpe da foice perfura-la. Lentamente ela olhou para baixo, bem onde a lamina atravessava seu abdômen — Eu... a...

 Merlin recuou, tentando usar sua magia para melhorar suas condições físicas e resistir, mas já não havia mana para isso, ou pelo menos não como ela queria.

— Você é ridícula — Disse Attano levantando-se — Você está mantendo uma barreira idiota... Porque? Esse é o seu orgulho? Não quer arriscar a vida de seus amigos a ponto de perder a sua própria apenas para eles não perceberem que você está lutando...

— Eles... Eles não tem nada a ver com isso... Essa luta é...

— Ridícula! — Attano a chutou a derrubando de vez. Fez com que sua arma desaparecesse, nesse ponto já não fazia mais diferença — Você podia ter ganho... Mas você desperdiçou sua mana com uma barreira idiota... Deixou-se se atingida para salvar um elemental... melhor, gastou todo o poder que lhe restava em uma magia desnecessária para salvar o elemental uma outra vez...

— Me desculpe... — Ela disse. Algumas lágrimas começaram a cair de seus olhos — Eu não pude ajuda-lo no final...

— Com você fora do meu caminho não há ninguém capaz de me parar...

— Minhas.... Minhas filhas... Gabriela e Maria... Deixe-as em paz... N-Não... Não faça nada de mal a elas... É tudo que eu peço...

— Isso não depende de mim.

Attano foi embora. Merlin apenas ficou deitada, observando o céu acima de si. Ao seu redor o que antes havia sido uma enorme floresta, uma cidade, um mar, um castelo, agora não era nada além de uma área completamente devastada. Não havia sobrado nada ali a não ser o vento forte que soprava. Aquele era definitivamente o dia mais solitário de sua vida e nesse momento final ela novamente se sentia assim, sozinha. Apenas Merlin e o vento, até que a luz começou a ficar cada vez mais fraca e ela teve sono...


Notas Finais


Confesso que tudo sobre esse capitulo veio naturalmente, mas também veio uma certa insegurança. Até porque é a grande batalha, então ela tinha que soar "maior" que as outras. Enfim, espero que tenha ficado bom :3


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