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História Romance Diabolico - Halluk, o início dos problemas.


Escrita por: RyuniYumeoni

Notas do Autor


"Proteção, é tudo que eu quero fazer por ele, eu prometi e irei cumprir"

Logo vocês entenderam porque Akumani nos disse isso.

Ola! Meus queridos e maravilhosos leitores. Estou de volta publicando essa história que mais parecia estar morta, porém ela ainda está viva.
Passei por algumas dificuldades como falta de tempo/motovação/inspiração/etc, mas estou de volta. Pretendo terminar essa história ainda.

Espero que vocês apreciem a leitura. E daqui pra frente, irei tentar fazer muitas cenas o mais sangrentas e grotescas possíveis.

Capítulo 6 - Halluk, o início dos problemas.


Acordei abraçado ao peito de Akumani. Ele era quente, cheiroso e confortável. Lentamente abri meus olhos sonolentos e observei a maravilhosa fera que descansava com um sorriso em seu rosto. Se aquilo era um sonho, eu gostaria de nunca mais acordar. Senti sua pata escorregar de meus ombros para minha cintura, então, seus maravilhosos olhos verde-água se abriram e me fitaram. Com um maravilhoso sorriso ele me deu um sonolento “bom dia” seguido de um beijo na testa.

- Bom dia Aku. – disse também sonolento.

- Dormiu bem? – perguntou ele enquanto gentilmente apertava minha cintura.

- Dormi incrivelmente bem e você? – respondi abraçando seu corpo musculoso.

- Melhor? Impossível. – disse ele rindo baixo enquanto me puxava pra um abraço aconchegante.

- Senhor. – disse Maria surpreendendo a nós dois e nos deixando um tanto quanto... Desconfortados.

- Sim? O que seria tão importante num momento desses? – disse ele um pouco irritado provavelmente por ela entrar sem bater.

- Peço perdão por minha petulância de entrar sem avisa-lo, porém o motivo é urgente...

- Então diga o que foi de uma vez.

- Existem tropas de Halluk se aproximando para cá, nesse exato momento eles estão... Próximos.

- Sério? – perguntou Aku de forma retórica enquanto colocava a mão na testa como se estivesse demonstrando mais irritação. – Suponho que ele veio aqui para roubar Mizu.

- Todos temos quase certeza que sim.

- Argh, que droga, meu pai não estava brincando. Você sabe usar algum tipo de arma, Mizu? – perguntou ele olhando pra mim.

- Uma bíblia serve? – disse sorrindo nervoso.

- Isso nem de longe é uma arma. Isso não machuca a gente, só nos deixa mais irritados. Ainda mais pra um demônio como Halluk. digamos que ele é do tipo... Arrogante. – disse Aku pensando bastante antes de falar. – Fora que ele tem uma característica um tanto quanto explosiva, apesar de não demonstrar.

- Tipo... Fwoshh? – perguntei balançando as mãos querendo demonstrar algo explodindo, porém ele apenas corou.

- Até fazendo isso ele fica fofo? – perguntou Aku parecendo estar falando sozinho.

- Ei! – disse colocando as mãos na cintura emburrando. – Eu sei me defender muito bem sozinho.

- Não, não sabe. – disse ele sorrindo.

- Quer apostar? – disse apontando pra ele. Um tufo de cabelo havia caído, cobrindo meu olho esquerdo e pela expressão boba de Aku eu com certeza estava mais fofo.

- Se sua fofura matasse, eu te mandaria sozinho pra batalhar contra o exército que eu teria certeza que todos naquela altura do campeonato já estariam mortos.

- Espera... O que acontece quando um demônio morre? Eu achava que eles fossem imortais.

- Sobre isso... – disse ele coçando a nuca. – ... É uma questão muito complicada que exige muito tempo, coisa que não temos.

- O que sugere que façamos? – perguntou Maria preocupada.

- Halluk é um incompetente, não precisamos nem sequer usar alguma arma contra eles. Lhe dou a permissão para usa a legião das empregadas.

- Mas senhor... Fica difícil de controlar todas quando estão em frenesi.

- É uma ordem, eu irei concertar as coisas caso isso fuja de controle. Ficarei aqui com Mizu para garantir sua total segurança. Agora, vão e não usem armas. Não quero meu jardim tão danificado assim.

- Imediatamente senhor, seremos cautelosas. – disse Maria fechando as portas de forma apressada.

- Você tem armas? – perguntei curioso.

- Todo demônio tem seu arsenal demoníaco. Acredite, estamos todos armados até os dentes. – sorriu ele se aproximando. Aquele era com certeza um sorriso sedutor que transmitia charme e beleza. Logo ele se aproximou bastante de minha orelha esquerda e gentilmente encostou seus lábios quentes nela.  – Separei uma arma de tortura bem especial para minha alma predileta.

Sussurrando aquelas palavras em meu ouvido fez com que um arrepio percorresse cada centímetro de meu corpo. Cada fio de minha pelagem se arrepiou vigorosamente e eu involuntariamente segurei o braço dele. Olhei profundamente em seus olhos verde-água e corei. Seu toque deixava minha pele dormente e seu olhar injetava anestesia em todos os meus sentidos. Aku era um macho que fazia sua presa facilmente se congelar em suas garras, mas diferente das outras presas, eu queria estar preso ali mais do que qualquer outra coisa. Olhar tempo demais em seus olhos me fazia perder o ar quase que por completo. Sem nem ao menos perceber ele estava em cima de mim, com nossos lábios a centímetros de distância. Aquilo sim era uma tortura. Ficar a centímetros de distância de sua boca sem alcançá-la. A essa altura do campeonato estava implorando mentalmente para que ele cessasse meu sofrimento e me envolvesse em seu corpo aconchegante. Corado implorei com os olhos para que ele avançasse vorazmente. Notando que eu estava desesperado ele atendeu meu pedido, porém ele não foi com sede ao pode. Foi um beijo longo e passivo, mesmo assim minha mente entrava em parafuso. Aquele beijo era excelente e supriu meus desejos de ser tocado. Aquela sensação trasbordava de meu peito me fazendo virar os olhos para cima, foi inevitável, porém sem aguentar mais tempo acabei fechando os olhos e deixando que ele me dominasse por completo. Eu estava em suas garras e com o resto de conciencia que tinha dizia a mim mesmo “não quero sair daqui nunca”. Parecia que estávamos nesse beijo a horas. Lentamente ele se soltou do beijo e me observou atentamente.

- Irei te proteger a qualquer custo. – disse ele ainda olhando em meus olhos.

- Eu sei que irá. Eu sei pois te amo. – corado e ofegante tentei me recompor, porém quando eu menos pude ele me envolveu em seu beijo novamente. Estava entorpecido de seu amor. “Não pare” minha mente gritava.

- Eu também te amo Mizu... Eu também. – disse ele também ofegante me envolvendo mais naquele beijo. Suas palavras me confortaram e aqueceram meu coração. Akumani era um demônio generoso. Ele sempre me dava o que eu mais precisava e nunca negava ou regulava.

Logo Akumani estava abraçando minhas costas enquanto estávamos deitados. Me dando conforto, calor e proteção. Em suas patas eu me sentia seguro e amado. Num ato gentil e silencioso, ele beijou minha nuca.

- Seu pelo é tão liso. – disse ele escorregando sua mão que estava no ombro indo até a cintura. – Me faz querer toca-lo e nunca mais parar.

- O seu é tão branco é bonito. Causaria inveja em qualquer outro felino. – disse colocando a minha mão sobre sua pata, ele gostou do gesto pois senti outro beijo na nuca seguido de um riso. – Sem contar as majestosas listras.

- Você gosta de listras? – perguntou ele pegando em minha mão e levando até seus lábios cujo depositaram um beijo nela.

- Preto cai muito bem com branco, e suas listras o deixam mil por cento mais bonito.

- Veja, vou deixar você ver uma coisa. – disse ele se sentando. Me virei e olhei atentamente para suas costas cobertas por uma camisa. – Está vendo?

- Sim. – dito isso ele tirou sua camisa e mostrou as listras de suas costas. Elas estavam espalhadas por todo o seu corpo e seguiam um padrão absurdamente belo. “Ok, fui muito humilde com mil, troco pra dez mil.” Pensei comigo mesmo. – Uau. – suspirei admirado.

- Você entende o significado disso? Não? – disse ele olhando sobre os ombros com um sorriso. Eu somente balancei a cabeça negativamente ainda admirado. – Quando um demônio da as costas para alguém, significa que ele confiou suas costas a alguém... Eu confiei minhas costas a você. E para um demônio dar as costas para algo ou alguém pode ser símbolo de eterna vergonha... Ou extrema confiança.

Sem fazer barulho, abracei suas costas.

- Aku... Muito obrigado por isso. Você não faz ideia de como ouvir  isso me faz feliz. – disse apertando bem forte. – Sei que posso confiar em você, e quero que saiba que você pode confiar em mim, não irei decepciona-lo.

- Eu sei que não vai. Eu sei porque te amo. – disse ele se virando demonstrando uma lágrima escorrendo em sua face com um sorriso alegre. Dificilmente contendo minhas emoções também deixei que minhas lagrimas rolassem em silêncio, porém sorrindo. Acabamos rindo e enxugando as lágrimas um do outro. – Até chorando você fica fofo.

- Olha quem fala, o tigre que chora como um galã. Fica bonito até chorando. – disse rindo. Agora o abracei de frente . – Você é muito especial pra mim Aku.

- Digo o mesmo, Mizu. – disse ele também me abraçando.

- Não sabia que demônios podiam chorar. – disse gentilmente alisando suas costas.

- A maioria não tem um motivo pra fazer isso, então são poucos que fazem. – explicou ele.

- E isso o faz ainda mais especial. – sorri feliz o apertando mais. Ele riu e me acariciou no topo de minha cabeça.

- Obrigado Mizu... Está com fome? – perguntou ele e logo minha barriga roncou respondendo.

- Que falta de modos. Você poderia ter esperado quieto não? – disse olhando indignado pra minha barriga sem educação. Aku riu e pegou em minha mão de forma delicada.

- Então vamos. Só preciso primeiro... – disse ele se levantando, erguendo seus braços e se esticando. Todos seus músculos estavam flexionados, logo restaram e relaxaram. Não pude deixar de corar por assistir aquilo. Ele notou que eu o observava atentamente e deixou escapar um riso baixo. 

Então como uma resposta à sua provocação, me levantei e também me espreguicei. Esbanjando todo meu corpo feminino que estava coberto apenas por uma cueca boxer. Meus músculos magros relaxaram e energia correu pelo meu corpo. Minhas orelhas balançaram em resposta daquela sensação ótima. Como esperado, ele estava boquiaberto e corado. Fixei meu olhar azul em seus olhos e sorri bagunçando os cabelos.

- O que foi? Parece surpreso. – disse rindo de sua expressão e sua reação fora engraçadíssima.

- Eu ainda não estou acostumado com sua beleza. – disse ele corado, tampando o sangramento no nariz.

- Eu que o diga. – respondi baixinho enquanto nós dois nos vestíamos.

- Bem, vamos então para a sala de jantar. – disse ele pegando em minha mão e me guiando pela casa. Chegando lá ele me acomodou em uma cadeira ao lado dele e por fim sentou-se. Quando menos esperamos, uma empregada esquilo montou toda a mesa para o café da manhã mais esplêndido do universo. Torradas com mel escorrendo delas, mais do famoso e delicioso vinho, diversos tipos de pães, presunto e queijo dentre inúmeras coisas postas à mesa. Uma variedade imensa de sucos de frutas, como morango, laranja e... O restante eu não conhecia.

- Oh! Que suco é esse? – apontei para um roxo. – Parece exótico.

- E é. É suco de fruta-do-dragão. – disse Aku me deixando impressionado.

- Dragões tem sua própria fruta? – perguntei ainda mais curioso.

- Não, não, hahaha. O nome original dela é Pitaya que significa “fruta escamada” e em vários países ela é conhecida como fruta-do-dragão, ela ganhou esse nome por sua aparência, não que um dragão realmente fosse dono dela – explicou Aku rindo de forma alegre.

- Desculpe por perguntar isso logo de manhã. Eu sempre tive uma vida pobre e nunca tive o privilégio de conhecer essas coisas. – disse abaixando a cabeça me sentindo culpado por fazer tal pergunta.

- Tudo bem, me alegra te ensinar coisas novas. Sua expressão de maravilhado e surpreso paga todo o esforço do mundo. Faço questão de responder quaisquer que sejam suas perguntas. – disse ele sorrindo. Meu coração pulsou com alegria e sorri também.

- Quais são esses outros sucos? – perguntei agora com mais segurança.

- São todas frutas exóticas. Essa vermelha é de romã, essa branca é de lichia, esse vermelho bem escuro é de amora. Ficou interessado em algum? – perguntou ele com um sorriso.

- Em todos! – disse o que fez ele rir. – Me recomenda algum pra começar?

- Certo, experimente o de amora. Só cuidado, amoras mancham mais do que tinta. – repreendeu ele.

- Ok. – disse pegando um pouco e experimentando, um gostinho doce e azedinho percorreu por minhas papilas. O gosto era muito bom. – Esse é maravilhoso!

Dito isso virei o copo e tomei tudo de uma só vez, porém acidentalmente um pouco escorreu pela minha boca e pintou meu peito branco. Olhei para baixo e vi a risca vermelha.

- Ops. – disse olhando pro pingo pintando minha pelugem de vermelho.

- Rápido, antes que... – disse ele passando um pano e logo vimos meu peito com um risco rosa e alguns outros pelos também. - ... Manche.

- Ugh... E agora?

- Não tem problema isso sai. Deixe me tentar isso.

Dito isso, ele  rapidamente se aproximou de meu peito e começou a lambê-lo. Sua língua gelada me assustou e fez meu corpo paralisar. Porém uma sensação quente correu por meu peito. AquIlo... Era... Muito... Embaraçoso. Mas o pior que era que eu estava gostando. Logo Aku parou e olhou fixamente para meu peito, a macha havia sumido. Ele olhou para cima e eu estava corado com a mão próxima a boca que estava parcialmente aberta. Então ele notou a situação, corou também e se afastou.

- P-Perdão... F-foi involuntário! – disse ele com a voz um pouco alterada, preocupada e tensa.

- T-tudo bem. – disse coçando a nuca. – Pelo menos a mancha saiu... E eu gostei.

- Jura? – disse ele menos preocupado.

- Claro. Foi inesperado, mesmo assim gostei. – disse sorrindo. Ele corou e voltou seu olhar para os sucos.

- Bem, f-fique à vontade e coma o quanto quiser. – gaguejou ele de forma feliz.

- Obrigado. – disse enquanto sorria corado.

Peguei de tudo um pouco e degustei cada delicia que tinha na mesa. Era magnifico, uma festa de sabores em minha boca. A torrada com mel estava incrível. As fatias de presunto e queijo também estavam mega saborosas. Adorei todos os sucos. Tudo que tinha era como pedacinhos do paraíso degustativo. Assim que terminei de tomar o café recebi um beijo de Aku em minha bochecha. Acariciei o lugar e sorri.

- Tinha um pedacinho de pão grudado ali, mas eu o tirei. – disse ele dando uma desculpa.

- Eu estou cheinho de migalhas aqui. – disse fazendo biquinho e colocando o indicador na boca.

- então eu posso... Limpa-las? – ele perguntou se aproximando sedutoramente.

- Precisa pedir? – respondi o questionando.

- Assim não terei nenhum remorço. – disse ele me abraçando, colando nossos lábios.

- Você é um tigre esperto. – foi a última coisa que consegui dizer antes de ele me dar outro beijo apaixonado.

- AKUMANI! – gritou uma Falcão nos deixando brancos de assustados. – POSSO SABER O QUE SIGNIFICA ESSA COISA COLADA À VOCÊ?!

- Tereza... Pelo amor dos sete infernos. – disse ele colocando a mão no peito tomando fôlego provavelmente por causa do beijo. – Quando e quem lhe deu a permissão pra entrar na minha casa gritando dessa forma insolente?

- Uma de suas empregadas. A partir do momento em qual uma delas lançou um demônio em alta velocidade nas minhas petúnias-de-fogo premiadas. – disse ela se aproximando, subindo em cima da mesa e apontando na cara de Akumani. – Ah... E responda minha pergunta, quem é essa criatura interessante?

- Este é Mizu. Meu namo...

- Ah, então você é a criatura cujo todos os níveis do inferno ecoam teu nome. Prazer meu nome Adrallech Thandurus Therheza, mas todos me chamam de Tereza já que é um nome muito grande e complicado. Sou a carrasca número 1 de todo o inferno. – disse ela interrompendo Akumani e estendendo sua mão com um sorriso gentil.

- Ah... O prazer é todo meu Srta. Tereza. E você disse carrasca?

- Sim, sou a carrasca chefe e rejo a ordem da tortura. Controlo qualquer nível em quesito de tortura, apenas o chefão pode desfazer uma ordem minha.

- Então... Você é a segunda mais poderosa do inferno? – perguntei com curiosidade.

- Sim, e não. Eu apenas tenho poder pra torturar e mandar torturar quem eu quiser, exceto o chefão. – disse ela se aproximando de mim e pegando gentilmente em meu queixo. – Sua alma é forte, tem cheiro de determinação. Uma alma corajosa e batalhadora. Eu não teria coragem de torturar uma alma desse nível.

- O que quer dizer com isso? – perguntei confuso.

- Ah... Nada não. É só coisa da minha imaginação... Espero. Agora. Quem vai ficar responsável por minhas petúnias? – perguntou ela voltando a Aku com um tom de séria e braços cruzados.

- Plante qualquer outra porcaria do inferno que os mortais vão adorar de qualquer forma.

- Mesmo assim foi algo que eu conquistei com muito suor... Você terá sua punição e ela será muito severa. – disse ela me observando e logo apontou pra mim. – Acho que vou levá-lo comigo.

- A menos que queira entrar em uma guerra, tire esse dedo da frente dele. – disse ele levantando e observando ela com certa raiva.

- Você não seria louco a ponto de desafiar uma das maiores autoridade do inferno. – riu ela com desdenho.

- Eu tenho insanidade o suficiente até pra desafiar o criador. – disse ele com um olhar determinado. Seus olhos transbordavam confiança e em suas palavras não haviam mentiras. Pelo menos era isso o que eu sentia. Ao ver a expressão de Tereza eu me surpreendi ela estava paralisada e boquiaberta.

- Você... Não teria chance... Você seria destruído no primeiro segundo.

- Não importa. Eu desafiaria todas as leis pelo Mizu.

- Já chega. – disse o pai de Aku aparecendo do nada. – Tereza, saia já daqui.

- Mas e minhas...

- Leve essa estrela, elas têm o dom de restaurar qualquer coisa ao estado original. AGORA SUMA! – gritou ele estalando os dedos e assim foi feito. Ela simplesmente desapareceu.

- P-pai... O que você...

- SEU INCONSCIENTE!! – gritou ele esmurrando Aku o fazendo voar numa alta velocidade contra uma parede que se quebrou. Automaticamente me levantei e levei a mão a boca assustado.

- A-aku... – disse quase chorando.

- Por favor Mizu... Fique fora disso, e se possível, o mais longe possível de nós. – disse o pai de Aku se aproximando dos destroços. – Primeiro... Você faz guerra, depois desafia uma autoridade, agora está querendo desafiar o criador?

- Qualquer um que queira ferir o Mizu... É meu inimigo. – disse Aku se levantando dos destroços. – Por ele eu faria qualquer coisa. Eu prometi.

- Quem você pensa que é? Você é uma pilha de nada comparado ao criador e sai por aí o desafiando em vão? Eu te criei pra ser mau, não idiota. – disse Baphomet. – Não é como se o amor que você sente faz alguma diferença de ante da autoridade suprema. A sua sorte é que o criador não interfere nos assuntos da realidade.

- Foi só um exemplo, perdão se você me expressou mal. – disse ele se curvando.

- Se preza pelas coisas que você tem, nunca mais faça isso de novo e deixe o criador fora disso. – disse ele se virando e por fim desaparecendo. E a parede que fora destruída voltou ao normal.

- Aku. Você está bem? – disse me aproximando. – Olha, eu sei que você me ama, mas eu não quero que você se meta com gente tão poderosa assim.

- Você também vai me julgar por isso? – enfureceu-se ele enquanto olhava pra mim.

Domado pela raiva dele ter gritado comigo, apenas segui meus instintos.

- Claro! Que vou. – disse também com raiva.  – Eu me preocupo com você também seu idiota. Como você acha que eu ficaria se te machucassem ou te matassem? Posso não entender muito sobre demônios, ou até mesmo sobre os deuses. Mas eu sei que eu não me perdoaria se você morresse me protegendo.

Minha expressão também era brava. Logo ambos notamos o que estávamos fazendo e nos afastamos. Eu levei minhas duas mãos a boca e ele apenas me olhou preocupado. Deixei algumas lágrimas fluírem, me ajoelhei e levei as mãos aos meus olhos.

- M-me perdoa... E-eu não quis dizer isso. – disse chorando.

- Não, tudo bem. Olha, me desculpa por ter gritado com você em primeiro lugar. Não fui certo o que eu fiz, eu agi como um total idiota.

- Eu não te acho idiota! – disse tirando minhas mãos olhando pra ele novamente. Ele estava ajoelhado a minha frente com a expressão ainda preocupada. – Eu só... Não quero que você se use de escudo. Se é você que vai me proteger, eu devo protegê-lo também. Mas não gosto quando você desafia alguém perigoso demais, isso me preocupa.

Ele assentiu com a cabeça, demonstrando que entendeu. Ficamos em silêncio por um momento enquanto eu fungava ajoelhado.

- Sabe qual é a melhor parte disso tudo? – disse ele sorrindo calmamente limpando minhas lagrimas.

- Qual? – perguntei fungando.

- É que você fica um fofo chorando. – disse ele. E eu automaticamente ri pela frase boba. “Como ele me faz rir num momento desses?” Fiquei me perguntando. 

- Para com isso. – disse sorrindo.

- É verdade, eu não gosto muito quando você chora de infelicidade, mas sua fofura fica exposta. – disse ele pressionando seu focinho contra minha bochecha. – Você me perdoa pelo o que eu fiz pra você?

Ele colocou sua cabeça em meu peito enquanto eu estava sentado, ele olhava pra cima com olhos grandes e brilhantes demonstrando uma fofura inacabável. Era a cara de “me perdoa” que todo felino faz quando está arrependido. Uma arma poderosa que só um coração de pedra diz não.

- Como eu posso dizer não pra essa carinha? – perguntei retoricamente sorrindo com os olhos inchados devido ao choro.

- Eba! – exclamou ele em alegria começando a lamber meu peito.

- Hahahaha, ei... Isso faz cócegas. – disse entanto ria e me debatia, porém isso não o parou, só o fez fazer mais rápido e me abraçar para eu não fugir. – Para, por favor... Eu vou urinar nas calças desse jeito. Hahahaha.

- Hahaha, tudo bem, eu paro. – ele também ria

- Ah... – tentei recuperar fôlego enquanto ria mais um pouquinho. – Tivemos nossa primeira discussão hoje.

- Os melhores casais tem isso! – disse Aku, beijando minha bochecha. – Significa dificuldades que podemos superar.

- Mas elas são bem doloridas. Minha garganta dói quando eu choro... – disse massageando meu pescoço. Então ele beijou a base de minha garganta e aquilo me assustou um pouco por ser tão repentino. – O que foi isso?

- Dizem que beijos curam lugares machucados. – disse ele sorrindo.

- Ahm... Sabe... Eu também mordi bastante minha boca naquele momento... Ela está toda cortada... – disse sorrindo um pouco envergonhado.

- Você e suas desculpas... – disse ele sorrindo e subindo colando os seus lábios nos meus.

- O que eu posso fazer se seus beijos são maravilhosos?  - disse sorrindo corado e ele finalmente me beijou.

- Senhor! Perdoe-nos a intromissão. – disse dessa vez Ágata e Claudia entrando. Porém dessa vez Aku não parou, só se separou em curtos centímetros pra dizer: “o que foi?” E voltou ao beijo. – Estávamos no campo de batalha, todos os demônios foram eliminados exceto por Halluk que se encontra desaparecido.

- Procurem-no imediatamente. – disse Aku e logo elas desapareceram.

- Na verdade estou bem aqui. – disse um guaxinim que usava terno, estava sentado em pleno ar bebendo vinho em uma taça. – Isso é sangue, mortal.

- Você pode ler meus pensamentos? – perguntei confuso.

- Logo não poderei mais. – disse ele apontando uma arma em minha direção, meu corpo travou de medo e logo Akumani chutou a arma para longe.

- O que leva você a achar que pode invadir minha casa, meu território e apontar uma arma para meu namorado? seu novato ignorante. – disse Akumani sorrindo calmo.

- Eu posso fazer o que quiser... Eu sou um demônio. – disse ele tentando chutar Akumani, porém ele apenas segurou a perna do guaxinim que ficou preso. Logo a pata de Akumani que era branca criou uma casca negra e vermelha envolta, que se estendeu até o cotovelo. Então com brutalidade ele martelou Halluk no piso de mármore que rachou em milhões de pedaços.

- Na minha casa... Não. – disse ele ainda sorrindo. – Halluk se afastou como se nada tivesse acontecido e olhou pra mim.

- Eu vou matar os dois aqui e agora, começando pelo prêmio. – disse ele.

Minha expressão foi de nojo. Nunca imaginei que um dia seria disputado por dois machos, só que essa situação era muito diferente. Akumani já havia me conquistado. Halluk entrou como invasor, ladrão e assassino pois ele estava me tratando como um troféu do qual depois ele iria descartar. Porém sem nem ao menos perceber, Akumani atravessou o braço no peito de Halluk e puxou um coração negro do corpo do guaxinim. Halluk ficou sem reação, com um olhar espantado igual ao meu. Sangue jorrava por um buraco que havia sido feito em seu corpo e tingia o chão com sangue negro intenso. O sangue acabou por jorrar um pouco em mim, tingindo meus pelos claros com um negro grudento. Eu olhava aterrorizado a cena. Finalmente Halluk caiu no chão sem vida. Eu me sentei olhando o corpo sangrento dele e o meu que estava impregnado com sangue de demônio. Portanto o coração nas mãos do tigre parou, murchou e virou pó. Aku com o corpo tingido com negro se aproximou de mim. Se ajoelhou e olhou para mim com uma feição triste.

- Me perdoe Mizu... Eu não queria que você tivesse visto isso e nem ouvido as coisas que ele disse. Me perdoe. – disse ele derramando algumas lágrimas. Eu respirei fundo e chorei também.

- Foi assustador... Eu fiquei com muito medo Aku. – disse o abraçando.

- Eu sei. Me perdoe.

- Tudo bem. Eu terei que ser forte e me acostumar com isso. Não será nada útil se eu ficar com medo e atrapalhando você. Tenho que ser forte. – disse respirando fundo.

- Tem certeza que está tudo bem? – disse ele olhando preocupado pra mim.

- Sim, tenho. Afinal. Do jeito que eu fui torturado, a morte é apenas uma brincadeira de criança, ou um sonho. – disse cruzando os braços.

- Não vamos lembrar disso... Vamos tomar um banho, que tal? – sugeriu ele com um sorriso motivador.

- Acho a ideia maravilhosa, mas, e enquanto a ele? – disse olhando para o corpo de Halluk.

- Ele vai se desfazer sozinho. – disse Aku com um tom de nojo. – Alguém limpe esse chão... Por favor.

- Sim senhor! – disseram algumas empregadas que ainda estavam na casa. Logo nos retiramos de onde a cena sangrenta foi feita e fomos direto para o banheiro


Notas Finais


Esse é só um pouquinho do sangue que prometi...

Espero que vocês tenham gostado da leitura! Muitíssimo obrigado.


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