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História Romance Diabolico - Lembranças


Escrita por: RyuniYumeoni

Notas do Autor


“Eu não queria te fazer sofrer, mas enquanto estamos vivos isso é inevitável. Me perdoe por te lembrar de coisas terríveis”

- Akumani

E é com essa maravilhosa poesia que eu inicio o capítulo.

Capítulo 8 - Lembranças


- Visão de Akumani –

 

Finalmente o ritual havia terminado, o círculo embaixo de Mizu se desfez e corri para ele. Seu corpo estava nu, todo chamuscado e cheio de cortes sangrentos. Ele sofreu muito, pude ouvir seus gritos. “Droga Mizu. Você me prometeu. Você prometeu que ficaria bem, mas olha pro seu estado” pensava enquanto só podia chorar. Embalei o corpo dele a meu abraço e desesperado comecei a balançá-lo devagarinho.

- Mizu! Mizu! Me diz que você está bem! Por favor! – disse tentando acorda-lo. Vendo que não adquiri resposta, abracei ele na altura de seu peito macio e chorei. – Isso é culpa minha... Porque eu permiti isso?

- Acalme-se filho. – disse o cretino do meu pai com a maior cara de pau. Deitei Mizu apoiando a mão em sua cabeça tomando o máximo de cuidado e dirigi um olhar mortal pra besta a minha frente.

- ACALME-SE!? – gritei em pânico, domado pela fúria. – ISSO É CULPA SUA!

- Ei, ei, não me culpe por ele não ter aguentado o pacto, nós alertamos sobre os perigos que ele corria e ele quis tentar mesmo assim. – disse ele cruzando os braços.

- Não me culpe... Mi mi mi. – disse o imitando já estressado e furioso. – Você não tinha nada que se intrometer na minha vida e na de Mizu. Tudo o que você toca vira pó ou escombros. Agora olha só pra mim... Minha vida está arruinada e tudo o que você diz é “Não me culpe”.

- Discutir agora faz alguma diferença? Tá, ele está morto? Grande coisa! Foi uma escolha dele. Agora, você ter se apegado a um reles e simples mortal? Emoções são coisas para quem tem mente fraca!

- Pelo menos elas me faziam feliz, contrário de você que ao longo dos milênios só me desprezou! Eu já percebi isso. Demônios são todos infelizes! Eles se incomodam com a felicidade dos outros, por isso torturam os mortais. Nossa raça maldita nasce incapaz de sentir essas coisas de outra forma a não ser que seja arrancando isso dos outros. Ganância, luxuria, gula, orgulho, preguiça, inveja, ira. Todos os pecados que cometemos só porque somos incapazes de sentir outro tipo de felicidade, buscando inutilmente tampar um buraco negro de puro ódio e dor.

- Nascemos pra fazer isso. Você esperava o que? Que o inferno fosse um lugar de paz e prosperidade? NÃO! – gritou ele apontando para Mizu. – E ele é muito pior do que eu, porque desde que ele entrou na sua vida você passou a ser torturado por tudo e todos. E Mizu, foi seu pior carrasco.

- NÃO ABRA ESSA BOCA IMUNDA PRA FALAR DELE! – gritei esmurrando o chão fazendo o mármore se rachar a minha volta. – Você não sabe nada dele. Nem de mim mesmo. Eu só sinto essas coisas porque dentro do meu peito bate algo. Diferente do seu que está morto e seco desde que o mundo é redondo. VOCÊ MESMO DISSE QUE EMOÇÕES FAZ AS PESSOAS MAIS FORTES! 

- É, eu também pensei isso quando vi Mizu te abraçando. Talvez seja inveja mesmo! – disse meu pai estranhamente demostrando lagrimas, era a primeira vez que eu o via chorando. – Talvez seja um pouco de orgulho gritando para que eu não sinta essas porcarias. Talvez seja um pouco de ira por que meu filho consegue e eu não. Talvez... Só talvez... Seja um pouco de arrependimento dizendo “por que isso aconteceu?” E... Um pouco de... – disse ele limpando as lágrimas, olhando para um canto e fungando. – Um pouco de frustrações acumuladas uma em cima da outra.

- Você acha que essa falsidade vai me enganar? Você sabe exatamente como me destruir. Não precisa fingir porque eu não vou cair nesse truque barato. – disse indignado e rosnando.

- Hahaha. – disse ele enxugando as lágrimas falsas e rindo. – Seria bem engraçado se tivesse funcionado. Muitos já caíram nisso. Acho que... Alguns aqui caíram. – disse meu pai olhando para um certo ponto. Pouco me importei com isso e me enfureci.

- EU VOU ARRANCAR SUA GARGANTA!!

- Wow, Wow. Calma aí gatinho nervoso. Você já pensou na mera possibilidade de... – disse meu pai parando de repente.

- Na mera possibilidade do que?! – gritei olhando pra ele com sua expressão pasma.

- I-impossível. – disse ele olhando para mim assustado.

- O que foi agora?

- Eu... Eu senti... As vibrações da alma de Mizu... Ele está vivo! – disse meu pai. Estava com tanta raiva que nem pude perceber, ele estava certo, Mizu estava vivo.

- Visão de Mizu -

Finalmente puxei bastante ar e abri meus olhos por completo, respirando ofegante. Tossi algumas vezes e pude ver Aku olhando pra mim assustado e quando viu que estava bem, derrubou mais lágrimas. O pai de Aku se ajoelhou e olhou sorrindo para mim.

- Foi um sucesso... Meus parabéns Mizu. – disse Baphomet. Eu sabia de tudo o que ele havia feito. Ele enganou seu filho descaradamente de novo, mas não o questionei, afinal ele é um demônio ruim. “Fazendo seu próprio filho sofrer... Você é um péssimo pai” pensei.

- “Não me julgue... Você não tem esse direito.” – ouvi a voz de Baphomet em minha mente, ele sorria olhando pra mim. – “Só estou fazendo meu trabalho de torturar. Fora que eu tenho meus motivos.”

- Mizu! – gritou Aku me abraçando forte, chorando compulsivamente.

- Aku, ah... – disse o abraçando, sorrindo feliz. – Eu disse pra você, que eu ia sobreviver custasse o que custar.

- Me perdoe. Eu não confiei na sua força. Eu fiquei com tanto medo de te perder de novo Mizu. – disse ele me apertando cada vez mais e mais.

- E se continuar assim você vai perder mesmo! Não consigo respirar. – disse rindo e ele acabou rindo também.

- Mi... – disse ele olhando em meus olhos parando abruptamente de falar. Seu rosto feliz foi substituído para um de espanto. – O que houve com os olhos dele?

- isso é só um efeito temporário, ele precisa se acostumar ao novo corpo, logo ele voltará a sua aparência comum.

- O que tem de errado com meus olhos? – perguntei sorrindo confuso.

- Veja por si mesmo. – disse Baphomet pegando um espelho e mostrando meus olhos que agora eram negros com Iris azuis. Me impressionei com meu reflexo é toquei meu rosto que estava cheio de cortes sangrentos. Porém o sangue desapareceu e minhas feridas cicatrizaram de forma extremamente rápida sem sequer deixar marcas.

- Esse sou eu? – perguntei pegando no espelho. – O novo eu?

- Sim, sente algo diferente no seu corpo? – disse Baphomet olhando para mim.

- Ahm... Me sinto um pouco enjoado... Um pouco mais alto talvez? – disse sorrindo. – Também sinto de certa forma uma coisa estranha correndo por meu corpo, uma sensação de... Confiança. Também sinto como se algo estivesse faltando... Algo importante que eu esqueci talvez.

Akumani e seu pai se entreolharam e voltaram o olhar pra mim.

- Mizu... Você está machucado? Sentiu muita dor? – perguntou Akumani preocupado.

- Ah, sim. Eu senti dor, mas agora eu estou me sentindo incrível. – disse sorrindo. – Fora isso, eu estou me sentindo tão leve.

Eu dei um salto e então me surpreendi pois parei no ar.

- Acho que leve até demais... – disse surpreso. Então logo eu pousei.

- Incrível... Você está mostrando ramificações do seu poder de forma inesperadamente rápida. Era de se esperar de uma alma como a sua. Porém não espere que ele funcione todas as vezes. Eu te dei o poder, porém quem vai domá-lo é você! Você ainda sim terá que treinar.

- Por mim tudo bem. – disse confiante.

- Bem, agora deixe-me ajeitar umas coisas no seu corpo. – disse ele, estralando os dedos. Então de forma rápida atingiu seu dedo indicador e do meio em várias regiões do meu corpo. Não senti dor, me senti até bem de certa forma. – Pronto... O fluxo de magia negra foi liberado no seu interior. Agora o a magia flui normalmente.

- Obrigado... Eu me sinto ótimo.

- Eu só facilitei seu treino, significa que você terá um tempo pra dormir e se divertir. – sorriu ele me medindo de cima a baixo.

- Então... Agora eu sou imortal?

- Sim, como resultado suas feridas se curaram sozinhas, isso é um efeito colateral de um corpo imortal. Mesmo assim isso não quer dizer que você não possa ficar à beira da morte ou sequer te repelir da dor que você irá sentir. Exemplo... – disse ele levantando a mão e com suas unhas afiadas rasgou violentamente meu peito, fazendo eu cair no chão e me deixando com marcas de garras profundas e sangrentas. Elas automaticamente jorraram sangue pra fora de meu corpo e eu até tossi sangue. A dor daquilo foi horrível. Eu gritei de dor no mesmo momento e se tornou incapaz de não chorar. Aquela sensação de queimação voltou para meu corpo e eu arqueei no chão com tamanho sofrimento. – Se rasgarmos o seu peito, você sentirá a dor normalmente, mas graças ao poder que corre em suas veias...

Logo o sangue desapareceu e as feridas se fecharam e se curaram automaticamente não deixando nenhuma marca ou cicatriz. Aquilo simplesmente sumiu. A dor também havia sumido repentinamente. Olhei pasmo para meu peito e passei a mão procurando a ferida.

- Su... Sumiu? – disse olhando pra ele pasmo.

- PAI! ISSO FOI TOTALMENTE DESNECESSÁRIO! – gritou Akumani agarrando o colarinho de seu pai. – Você poderia ter evitado fazê-lo sentir dor!

- Poderia, mas assim não teria graça nenhuma. – disse ele sorrindo descaradamente, sem se aguentar Akumani socou o rosto de seu pai que voou pra longe. Baphomet atingiu a parede com força, rachando-a. Ele sentado, limpou o sangue da boca e começou a rir. – Haha... Cof, cof. Confesso que essa eu mereci.

- Mizu, me perdoe. Você está bem? – disse Akumani voltando seu olhar para mim, pegando carinhosamente em minha mão.

- Ah, estou, já passou a dor... – ajeitei meu cabelo o tirando do lado do olho esquerdo. – Obrigado por se preocupar.

- Que monstro, como pode machucar uma criatura tão doce? – disse Akumani me a abraçando.

- É! como ele pode! – brinquei o abraçando. Mostrei a língua para Aku, sorrindo e dando uma piscadinha. Nos dois rimos. Acidentalmente acabei espirrando e meu nariz começou a escorrer. Olhei para Aku e me senti fraco. – Nossa, que repentino.

- O que? Mas, o corpo mortal não era pra repelir as doenças? – perguntou Aku olhando confuso pra mim.

- Eu nunca disse que ele ficaria imune a doenças. – disse Baphomet se aproximando novamente. – Eu dei poderes a ele, não anticorpos milagrosos. A única diferença é que nenhuma pode matá-lo. Mas pode deixá-lo bem mal. Graças ao seu corpo imortal ele cura todas as doenças.

- Ué, mas você disse que não cria anti-cor...

- Eu disse que era uma cura imediata? – disse ele me interrompendo e sorrindo malignamente para mim.

- Ugh, tá bom né? Você já fez o seu trabalho, está na hora de ir embora. – disse Aku o empurrando para fora.

- Nossa, pra que tanta pressa. Está me expulsando?

- Sim! Em nome de Deus eu te expulso dessa casa, bla bla bla pague o dízimo, bla bla bla pela água de Jesus make love. E todas as outras besteiras dos mortais.

- Nossa, como você é engraçadinho. Estou morrendo de rir. – disse ele levantando as mãos como se quisesse expressar algo.

- Eu sei que está. – disse Akumani cruzando os braços.

- Bom, então eu vou embora. – disse Baphomet arrumando suas roupas e por fim sorriu. – Cuidem-se crianças, até mais.

- Falso. – disse Akumani. Seu pai apenas riu e virou cinzas que se desfizeram ao vento. – Inacreditável, ele só me faz ficar preocupado.

- Então você realmente se preocupou comigo? – perguntei feliz.

- Claro né, seu cabeça de nuvem. Não é como se eu gostasse dos seus gritos de sofrimento. – disse Akumani.

- Own, você é o demônio mais legal que existe. – disse com um tom sarcástico e apertando sua bochecha direita. – Quem é meu gatinho favorito? Quem é?

- Kah! Não me trate como um bichinho de estimação só porque eu me preocupei, Idiota! – gritou ele tirando minha mão de sua bochecha, eu apenas ri. – Estou começando a me arrepender de ter me preocupado.

- Não fale assim, essas palavras ásperas não combinam com você. – disse o abraçando.

- Claro que combinam! Eu sou um demônio! – disse ele cruzando os braços.

- Não... Não combinam. Mesmo você sendo um demônio. – coloquei meus braços atrás do corpo me balancei pra frente e pra trás.

- Gah! O que deu eu você hoje? – disse ele bagunçando os pelos de sua cabeça.

Eu apenas ri com seus exageros, sabia que ele estava brincando com tudo isso. Afinal um casal que não se permite brincadeiras de vez em quando se torna muito problemático e geralmente chato.

- Aku... Eu te amo. – disse o abraçando..

- Ei, ei, o que foi isso tão de repente? – perguntou ele me acariciando na cabeça.

- Você é tão legal comigo... Não tenho maneiras pra agradecê-lo.

- Eu digo o mesmo. Mas por que tão repentinamente?

- Não sei, só senti vontade. – disse sorrindo para ele. Ele levantou meu queixo e me beijou.

- Mizu. Eu já te disse hoje que você está incrivelmente belo? – perguntou ele de forma terna e romântica. Ele pousou sua mão gentilmente em meu rosto.

- Não me recordo... E eu já te disse hoje que você é praticamente um Deus pra mim? – perguntei sorrindo.

- Isso é um tanto quanto irônico. – disse ele enquanto ria baixinho. Logo ele pegou em meu queixo e o puxou para que nossos lábios ficassem mais próximos. – Se eu sou seu Deus, porque você não me louva um pouco?

- Eu já faço isso mesmo antes de você me pedir. – disse o beijando lentamente. 

- Qual será sua oferenda para mim já que sou seu Deus? – perguntou ele com um sorriso malicioso no rosto.

- Darei meu próprio corpo. Espero que essa humilde oferenda o satisfaça. – disse de forma abafada graças ao beijo.

- Isso já é mais do que o suficiente, oferenda aceita. – disse ele beijando meu pescoço fazendo aquela sensação ótima correr novamente por meu corpo. Sim, era mesmo uma sensação maravilhosa e única.

- Ah... – gemi confortado por seus beijos e mordidas leves que desciam cada vez mais. – A-aku...

- Mizu... Diga mais uma vez meu nome. – disse ele me colocando contra a parede e me levantando. Fiquei sobre o apoio do seu corpo forte e já suado. Olhando profundamente em seus olhos o obedeci.

- Aku... – disse da forma mais fofa e sensual que pude. ele fechou seus olhos e aproximou seu focinho de minha barriga.

- Mais uma vez. Por favor. – implorou ele apertando de leve meus glúteos e descendo seu focinho para a virilha.

- Ah... Aku... – gemi incontrolavelmente, corei mais e mais e ele ergueu seu olhar. Seus olhos verde-água se conectaram com os meus e pude ver suas bochechas levemente coradas.

- Que som maravilhoso. – disse ele se esticando em minha direção. Eu me inclinei e então segurando em seu rosto ele me beijou. – Você não faz ideia do quanto eu te amo.

- Nem você o tanto que eu te amo. – disse corado e ofegante. Sem demorar ele me depositou na cama e continuou da onde parou.

Akumani passou sua pata por dentro de minha camiseta e alcançou meu peito esquerdo deixando quase todo meu torso amostra. Acariciou gentilmente meu peito magro e voltou a trabalhar em minha boca. Seus beijos se tornavam cada vez mais quentes e os estímulos cada vez mais irresistíveis. Com o pouco de ar que adquiri consegui dizer algo.

- Aku... Tão... Quente...  – disse ofegante com a língua para fora.

- Deixe-me ajudá-lo. – disse ele tirando por completo minha camisa. – Diminui seus chifres por enquanto para que eles não nos atrapalhe.

- Bem... Suas roupas estão me atrapalhando de receber meu melhor estímulo. – disse também o ajudando, tirando sua blusa. Agora pude ver nitidamente seu peitoral e abdômen perfeitamente definidos. As listras da frente aumentavam seu charme infinitamente.

- Então. Tenho direito de ter meu melhor estimulo também. – disse ele tirando minhas calças me deixando só de boxer, porém a parte direita estava levemente pra baixo o que deixou minha virilha parcialmente exposta. Meus joelhos se juntaram e levei uma mão a boca.

- M-mesmo te conhecendo... I-isso ainda é tão vergonhoso. – disse corando mais e mais.

- Isso, é assim que eu gosto. – disse ele beijado um pouco abaixo de meu umbigo. Como esperado acabei gemendo baixinho e ele sorriu.

- Ah... Aku...

- Como eu sei que você gosta. – disse ele subindo até estar completamente encima de mim. Pude ver seu corpo definido por tão perto que estremeci. Aquele era o corpo mais maravilhoso em toda a história e estava tão perto que eu poderia gemer só de vê-los. Com seu sorriso malicioso ele tornou a falar. – Vamos... Me explore... Você tem esse direito já que sou todo seu.

- Oh... – disse acanhado e tremendo mas criei coragem e coloquei minhas mãos em seu corpo.

Comecei por seus braços. Meus dedos sentiram os volumes que os músculos faziam. Então passei por seus ombros e seu trapézio. Eles demonstravam poder e força. Fiquei infinitamente admirado com aquilo. Então passei para seu peitoral forte e com uma pelagem macia. Desci lentamente até o umbigo e então corei um pouco mais. Seus braços eram ótimos. Mas seu abdômen era esplendido, entrei em êxtase ao sentir tanto poder transbordando de seu corpo musculoso. Me derreti todo e gemi.

- Incrível... Seus músculos são perfeitos, eu amo cada centímetro de seu corpo. – disse muito corado. – Sua vez. 

Tirei meus braços e os deitei perto de meu corpo. O olhei acanhado e corado, só porque sabia que ele adorava isso. Porém não era como se eu estivesse na posição de escolher, eu realmente me sentia envergonhado e acanhado. Era ótimo tocar Aku, mas senti-lo me tocando é de outro mundo. Sem demorar ele sorriu, beijou minha boca e sussurrou um “obrigado”. Aku era um tigre que sabia como dominar sua presa. Ele já fazia isso apenas olhando. Com sua grande pata ele as pousou em meu peito. Seu peso estava sendo sustentado agora por suas pernas, ele havia sentado nelas então não senti peso algum.

- Seu coração... Bate tão forte. – disse ele sorrindo. – Está nervoso?

- Impossível não estar. Mas é um nervosismo bom. – disse um pouco ofegante, então ele continuou.

Sua pata escorregou para minhas costelas, desceu lentamente e parou em minha cintura. Seu corpo inteiro se arrepiou junto do meu que também se arrepiou e ele ficou ofegante.

- Que curvas magníficas. – disse Aku impressionado.

- Obrigado. – disse envergonhado.

Ousadamente ele escorregou mais e chegou com uma pata em minha virilha e a colocou dentro da minha boxer. Gemi e arqueei meu corpo assim que senti sua pata quente entrar em contato com minhas partes íntimas.

- Você gosta disso? Mizu? – disse ele sorrindo calorosamente.

- Sim, eu gosto muito. – gemi, delirando de calor e prazer.

- Então me toque também. – disse ele pegando minha mão com sua pata livre e a colocou na superfície do volume que se formava em sua calça.

- Tão... Grande. – disse maravilhado, não me segurando coloquei minha mão dentro de sua calça e senti seu membro quente. Engasguei com minha saliva e era quase impossível de se respirar graças a Akumani.

- Mizu... Você quer saber do que eu gostaria? – disse ele quase sussurrando. Sua voz grave e intimidadora me dava arrepios, claro, de uma maneira boa.

- Diga! – disse olhando profundamente em seus olhos.

- Gostaria de sentir você chupando ele. – disse Aku ousadamente. Seu pedido sujo me fez corar mais ainda e perder todo meu ar. Então ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou como se fosse um suplico. – Pode me fazer esse favor? 

Sem dizer nada confirmei com a cabeça e ele sorriu. Esse era um favor que eu adoraria fazer sem reclamar. Ele se afastou um pouco, beijou minha boca e se despiu por completo revelando seu pênis completamente ereto. Foi o suficiente para que eu engasgasse silenciosamente com minha saliva. Era como se minha garganta estivesse se preparando, afinal o “tridente” de Akumani não era nem um pouco pequeno. Ri mentalmente com minha própria piada, mas tentei me concentrar no assunto.

- Certo. – disse respirando fundo. Me aproximando timidamente e com minhas mãos delicadas agarrei o pênis de Akumani. – Acho que nunca irei me acostumar com o tamanho...

- I-isso é ruim? – disse ele um pouco envergonhado. – S-se quiser eu posso diminui-lo.

- Você pode? – perguntei curioso com um sorriso.

- Eu fiz seus chifres crescerem, não? – respondeu ele.

- Não precisa. – disse beijando a cabeça do seu pênis. – Eu acho ele perfeito...

- Ah... – gemeu Aku demonstrando alguns pelos arrepiados.

Em silêncio, apenas me aprofundei no meu desejo. Ainda de forma tímida, coloquei a ponta da minha língua para fora e lambi a cabeça. Minhas mãos ainda seguravam a grande criatura que pulsava e dificilmente ficava parada. Era uma besta indomável assim como seu dono, porém eu tinha a convicção de que iria adestra-lo. Lentamente desci até a base e experimentei o sabor interessante que minha boca adquiria. Era ainda mais interessante que o vinho. Respirei profundamente e senti o maravilhoso cheiro do Aku que me fazia delirar. Seu corpo cheirava bem, em todos os aspectos e lugares. Não é certo deixá-lo esperando dessa maneira enquanto eu exploro, decidi ir direto ao ponto. Subi ligeiramente até a cabeça e abri a boca o suficiente para que toda sua cabeça estivesse em minha boca. Senti uma nova pulsada forte porém o contive com minha boca. Ouvi seu gemido profundo. Levantei meus olhos e meu rosto um pouco para que eu pudesse ver seu rosto. Sua expressão era sensacional.

- Hnf... Ah... Que sensação maravilhosa. – disse ele passando sua enorme pata no topo de minha cabeça enquanto ele mordia seu lábio inferior. Desci lentamente e o resultado foi imediato. Um gemido mais profundo e tenso. – Ghk... Ah.

Senti um leve acariciar em minha orelha. Aquilo me relaxou profundamente e quando eu menos percebi encostei meu focinho em sua virilha. Senti ele pulsando em minha garganta e acabei lacrimejando um pouco, mas não recuei, sentia que poderia ficar lá por mais um tempinho. Aku em resposta esticou suas pernas e segurou meus cabelos de forma agradável. Ele deu um longo gemido com a língua pra fora enquanto eu gemia de forma abafada. Comecei a fazer movimentos vai e vem com a cabeça e lacrimejei mais. Querendo deixar tudo aquilo mais agradável, utilizei bastante a língua. Já não aguentando mais voltei lentamente até a ponta, então ele saiu por completo.

- Ahh. – respirei bem fundo e olhei novamente para ele. – O que achou?

- Sinto como se eu tivesse alcançado o paraíso. – disse ele salivando enquanto eu ria baixinho. Ele sorriu corado. – É verdade.

- Diga me uma coisa... – disse me levantando. Então me despi por completo revelando todo meu corpo feminino. Aku se mostrou impressionado ao ver meu corpo. Eu corei, abaixei um pouco a cabeça e olhei para ele timidamente. – ... Você me acha bonito assim?

Ele também se levantou, agarrou minha cintura e me trouxe pra mais perto. Nossos corpos roçaram e eu olhei para ele. Ele me beijou de uma forma tão maravilhosa que minhas pernas tremeram. Novamente ele nos puxou para a cama. Ele se deitou enquanto eu deitei em cima dele. Senti algo pressionando contra minha cauda e logo corei ao perceber o que era. Voltei meu olhar a ele e ele sorria maliciosamente enquanto agarrava minha cintura.

- Pode me fazer mais um favor?

- Eu faço! – disse o beijando.

- Mas eu nem disse nada...

- Não precisa... Eu sei do que se trata, mas quero que você me abrace. – supliquei olhando em seus olhos.

- Qualquer coisa por você.

Assim que ele disse isso, levantei um pouco minha cintura e olhei para baixo. Posicionei seu pênis contra meu anus e lentamente o fiz entrar. Um calafrio correu por meu corpo e aquela sensação estranha correu por minha espinha novamente. Assim que isso aconteceu, Aku se levantou  e me abraçou. Ele acabou indo todo de uma vez pra dentro e nós dois gememos alto. Minhas pernas abraçaram a cintura dele e eu respirei ofegante. Dor e prazer se misturaram e eu acabei deixando algumas lágrimas escorrerem.

- Mi-Mizu... Me perdoe! Eu não quis...

- Tudo bem.  – disse calmo porém ainda em prazer. – Você pode continuar daqui?

- Sim, claro. – disse ele sorrindo novamente.

Conseguindo despreocupa-lo, nos deitamos novamente só que dessa vez ele ficou em cima de mim. Novamente deitei meus braços perto de mim, olhei para ele e supliquei graciosamente.

- S-seja gentil.

- Não precisa nem pedir. – disse ele beijando minha mão.

Ele iniciou lentamente. O sentir entrando novamente lançou um arrepio por todo meu corpo e a sensação era ótima. Graças a dor, que, de certa forma era confortante, gemi ruidosamente. Seu desejo de fazer sexo comigo era voraz, tanto que quase automaticamente me tornava totalmente submisso. Aku está fazendo isso de forma mais lenta possível, era notável que ele queria que isso durasse muito tempo. Todos meus sentidos estavam sendo embaralhados numa névoa de prazer. Não conseguia pensar com clareza. Gemia quase que o tempo todo, porém Aku não se incomodou com isso... Ele até parece que gostou.

- Mizu. Eu queria que isso durasse pra sempre. – disse ele ofegante enquanto fazia movimentos vai e vem.

- Não tem problema, eu não vou a lugar nenhum. – disse e ele respondeu com uma estocada muito forte, porém não senti dor, muito pelo contrário. Senti um prazer inigualável.

- Me perdoe... Eu... Não consegui me segurar.. – disse ele franzindo seu focinho e gemendo muito alto. Ele me olhou com as pupilas tão finas que mais se pareciam com agulhas num imenso verde água.

- Continue! – disse e ele se surpreendeu. Estava tão corado e tão excitado que comecei a agir por impulso. – Continue assim Aku... Eu quero que você me foda bem forte.

Tampei minha boca após dizer aquilo, eu apenas não acreditava que disse aquilo. Droga acho que eu estraguei tudo. Mas ele sorriu maliciosamente soltando uma risada baixa e grave.

- Não lembro de ter lhe ensinado esse tipo de etiqueta... Parece que vou ter que te ensinar algumas lições. Seu cervo sujo. – disse ele me beijando vorazmente. Assim como eu tinha dito, ele começou a estocadas tão violentas que meus olhos rolaram pra cima automaticamente. 

- Ah... Ak... Aku... Mmmahh... Ngh! – gemia forte a cada estocada.

- Está gostando? Meu bichinho... – dito isso eu entrei em pânico e eu simplesmente parei de reagir a tudo, minha mente entrou em parafuso e tudo ficou em clarão. – Ah... M-mizu?

Ele parou abruptamente e me observou preocupado. Então quando eu menos percebi lágrimas escorreram pelo meu rosto. Eu olhei para Aku e ele levou sua mão a boca assustado.

- O-o que houve? Você não gostou do me...

- Aquele dragão. – disse em meio às lágrimas. – Aquele que me torturou... Aquele que me deixou naquele estado quando você me encontrou...

agarrei os pelos de seu peitoral e continuei a chorar de forma dolorosa. Era difícil de falar porque a dor em meu peito só aumentava. Eu agarrei os pelos de minha cabeça e desabei. Lembranças daquele dia infestaram minha mente e eu entrei ainda mais em pânico. Ainda conseguia ouvir sua risada maníaca. Eu me lembrava dos meus gritos. ERA UMA TORTURA.

- Ele me chamava de bichinho... Como se eu fosse um... BRINQUEDO! – gritei com as mãos tampando meu rosto e chorei compulsivamente.

- Mizu... Me me me perdoe... É-e-eu não sabia... Eu... Eu só achei...

Eu abracei ele chorando e ele só me abraçou de volta com força.

- A voz dele não sai de minha cabeça. Ela nunca saiu. Ele continua me torturando até hoje.

- Eu não queria te fazer lembrar dele... Eu sinto muito. – disse ele com tom de arrependimento.

- Eu fiquei com tanto medo naquele dia Aku... Eu nunca sofri tanto como aquele dia.

- Não remoa isso... Ja passou. – disse ele me acariciando.

- Desculpa... Eu estraguei tudo com... Minhas emoções idiotas.

- Não se culpe por causa disso. Isso foi culpa minha. Eu não deveria ter dito aquilo.

- Você quer continuar? – perguntei enxugando minhas lagrimas olhando para baixo.

- Claro que não. Que tipo de monstro continuaria depois de ver você cho... – ele me observou por uns minutos e então abaixou sua cabeça e se sentou no lado da cama de costas pra mim. – Melhor eu parar de falar.

Droga Mizu, pra que você foi dar uma de chorão agora? Estava tudo perfeito. Eu só queira morrer agora. Eu podia muito bem ter ficado quieto e ter visto Aku usar esse apelido nojento como algo fofo. Não, ele está certo, não vai adiantar remoer isso. Agora eu já estraguei tudo. Ele colocou suas mãos na cabeça e se levantou.

- Vou um pouco na sacada. – disse ele se dirigindo à janela e só agora eu havia notado que havia uma porta de vidro lá. – Quero... Esvaziar um pouco a cabeça.

Dito isso ele se foi. Meu corpo nu tremeu. Agarrei um travesseiro e chorei silenciosamente. O apertava cada vez mais forte com ódio de mim mesmo. “Droga, droga, DROGA! Como que eu podia ser tão burro?” Ficava me torturando, botando tudo pra fora. “Se eu me sentia horrível por isso, como você acha que ele está se sentindo agora? Seu cervo inútil.”

Depois de chorar tudo o que tinha pra chorar, fui ver Aku. Ele estava com os olhos vermelhos, seu rosto inchado e chorando silenciosamente. Me preocupei com a cena até que ele murmurou algo.

- Irônico não é? Eu queria tanto te proteger, acabei só te machucando mais. – disse ele triste. O que eu temia era real, ele está se castigando pelo o que me fez lembrar. – A vida é muito irônica.

- Besteira Aku, eu estive pensando e passado é realmente coisa pra se deixar pra lá. – disse tentando tirá-lo do sofrimento.

- Eu não consigo me perdoar. Eu só não consigo. – disse ele tampando o rosto. – Ninguém me disse que vida de demônio era fácil, mas eu não imaginava que eu teria que fazer as pessoas passarem por algo terrível. Eu sou tão... Egoísta. – disse ele com amargor.

- Não acha que está sendo egoísta consigo mesmo já que não se perdoa? – disse abraçando o braço dele. – De uma chance pra si mesmo... Eu dei e não me arrependi.

- Você realmente, realmente me perdoa pelas coisas que faço e para o que eu represento? – disse ele olhando pra mim ainda com seu rosto inchado, mas havia parado de chorar.

- Claro, afinal. Eu te amo. Perdoar não é tão difícil quando se ama e quando sabe que vale a pena. Eu te amo do seu jeito. Amo seu jeitinho protetor, seu jeito elegante e galã, amo seu romantismo, amo praticamente tudo em você. Eu não sou perfeito, então quem sou eu pra não perdoar alguém que comete erros?

- Você é meu Mizu, meu mundo, minha vida. – disse ele se ajoelhando me abraçando. – Minha jóia mais especial. Meu tesouro mais precioso. Meu Mizu.

- Sim, sou seu Aku, e eu quero ser seu. Assim como eu quero e sei que você é meu.

Nos beijamos e por fim sorrimos. Mordi meu lábio inferior e olhei para o lado.

- Mas é uma pena termos parado quando estava ficando bom. – disse tentando descontrair o assunto.

- Terão outras vezes. Primeiro, vamos acalmar os ânimos... Mas, mudando de assunto, o tempo tá esfriando né? – disse ele olhando em meus olhos feliz.

- É... E a gente aqui fora sem roupa. – nós entreolhamos e começamos a tremer.

- Droga porque você foi lembrar disso? – disse ele entrando correndo pra casa.

- Não era minha intenção, afinal de contas por você ser tigre eu achei que seu pelo branco e gigante te esquentasse.

- Só que não. Não nesse frio. – disse ele pegando sua roupa íntima.

- Não! – disse pegando a roupa dele o impedindo de ele vestir. –  Tive uma ideia melhor! Que tal nos deitamos juntinhos com nossos corpos nus, embaixo dos cobertores.

- Olha só... Não é que o clima esquentou de repente. – disse ele olhando de forma safada para mim, pelo seu olhar, já entendi o que ele queria dizer.

Acabamos que deitamos e ele me abraçou e ficamos deitados conchinha. Akumani chamou duas empregadas. Um grosso edredom nos foi colocado pelas empregadas que estavam sorrindo. Uma delas apagou as luzes.

- Obrigado meninas. – disse ele me aninhando.

- Não há de que! Tenha uma ótima noite de sono mestre Akumani, mestre Mizu. – por fim elas fecharam a porta e se foram deixando apenas a mim e Akumani no quarto. O quarto estava bem escuro, do jeitinho que eu gosto. Abracei os braços gigantes de Aku e sorri.

- Gostei desse “mestre”... Posso me acostumar com isso. – disse enquanto bocejava.

- Hehe... Tenho certeza que vai. – disse Aku beijando minha nuca. – Boa noite, meu cervo fofo.

- Boa noite, meu tigre lindo. – disse e por fim adormeci


Notas Finais


Isso que eu chamo de balde de água fria ein...

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