História Romance Proibido - Descoberta

Finalmente o dia da festa chegou, não estava muito animada pra ir pois eu iria à um lugar onde não conhecia ninguém, Adam até me pediu para levar minha mãe já que era uma festa com a família dele e minha mãe sendo minha única família poderia ajudar, já que aí ambas as famílias se conheceriam, só que minha mãe não pôde ir, porque a governanta não deixou, já tinha arrumado um outro serviço para minha mãe justamente naquele dia. 

Mas, mesmo sabendo do risco, decidi ir em consideração ao Adam, afinal, era a minha chance de conhecer a família dele, meus sogros, cunhados e todo o resto. Então quando faltava pouco para ele chegar na hora marcada, tomei um banho, saí e coloquei o vestido, em seguida, fiquei na sala esperando ele chegar e assim que ouvi a buzina, me despedi da minha mãe e saí indo até o carro dele. Assim que entrei, ele estava usando uma camisa social amarela, blazer branco, calça jeans preta e sapatos, muito chique, eu senti meus olhos brilharem quando eu o vi daquele jeito.

-Oi. - sorriu ele me dando um selinho assim que entrei no carro.

-Oi Adam. - sorri retribuindo colocando o cinto.

-Você está linda sabia?

-Que isso, estou usando coisas simples.

-Modesta como sempre, vamos meu bem?

-Claro, vamos sim.

Sorrimos e logo ele começou a dirigir para o tal local da festa. Logo que chegamos eu percebi que era um salão bem grande, pelo tamanho devia ter custado uma fortuna o aluguel daquele lugar, fiquei completamente fascinada com aquilo. Assim que descemos do carro, ele pegou minha mão e fomos assim até a entrada, onde ele mostrou os convites e entramos. Era um lugar bem grande, tinha um palco onde as pessoas dançavam, luzes piscando pra tudo quanto é lado, uma luz azul deixava tudo mais tranquilo e a música que tocava era "Halo", da Beyoncé. 

-Nossa, aqui é muito grande. - falei sorrindo olhando em volta.

-Gostou? - sorriu ele.

-Adorei, muito bom.

-Vem cá, quero te apresentar umas pessoas.

Então ele me levou para perto da mesa onde tinha um bolo e uns balões.

-Oi pai, oi mãe, essa é a Natasha, minha namorada. - sorriu ele apresentando.

-Oi querida, que linda você é, seja bem-vinda! - sorriu a mãe dele me beijando no rosto.

-Oi, muito obrigada. - sorri cumprimentando o pai dele também.

Sorri ao ver que os meus sogros haviam me amado, era um problema a menos no nosso relacionamento, algo que me preocupava mas agora já estava resolvido. 

-Oi, você é a Natasha que todos falam? - perguntou um garoto se aproximando de mim.

-Sim, sou eu, você é o primo dele que aniversaria hoje?

-Não, o primo dele tá lá dentro se arrumando, eu sou Harry, o amigo do primo dele!

-Ah sim, muito prazer.

-Venha, vou te apresentar para todos.

Então Harry me apresentou para um casal de amigos, Kate e Marc, que ele havia convidado para a festa e me sentei com eles enquanto Adam curtia a festa.

-Sabe amiga, não sei se o Adam te contou, mas vocês são o casal mais falado do bairro todo. - sorriu Kate.

-Sério Kate? Mas por quê toda essa fama? - ri sem graça.

-Acho que é pelo fato que o Adam é muito popular tanto na escola quanto na antiga, aí ele passou a ser muito popular no bairro todo e quando o popular arruma namorada, óbvio que eles são o casal mais popular. - riu ela.

-Puxa, não sabia que eu era tão bem conhecida assim. - ri.

-Mas você é, apesar de eu não saber nada de você, já te considero uma amiga.

-Obrigada, fico muito lisonjeada, apesar de me sentir meio insegura porque não conheço ninguém aqui. Mas eu também não tenho muito o que falar de mim, só tenho uma mãe que trabalha como empregada na casa de uma família rica e nada mais.

-Mas você tem saúde, casa, comida, é educada, simpática, carismática, inteligente, tudo para ser feliz, isso basta. - ela disse pegando minha mão como consolo.

-É, acho que você tem razão. - sorri e logo começou a tocar uma música bem animada.

-Vamos dançar?

-Vamos!

Deixei o copo vazio onde tomava uma batida na mesa e me levantei indo até a grande pista de dança do salão. Eu não era boa dançarina, mas imitava as pessoas dançando. Kate parecia bem animada, ela ria e jogava o cabelo para todos os lados enquanto mais pulava do que dançava, o que era curioso pois ela não estava bêbada, não pelo meu ponto de vista.

Depois de dançar umas três músicas, decidi parar de dançar um pouco, estava cansada e queria reencontrar Adam, não queria mais ficar no meio de um monte de estranhos mesmo que eles tenham me tratado bem, então, assim que saí da pista de dança, pedi um copo de água e bebi, estava precisando recuperar as energias. Enquanto tomava a água, procurei Adam por todos os cantos mas não encontrei, o que me deixou meio preocupada, será que ele bebeu demais e agora está... não sei, melhor não pensar nisso agora. Como não achei Adam em lugar nenhum, aproveitei para ir no banheiro, a água e a batida haviam me deixado com vontade de ir lá. Mas como eu não sabia onde o banheiro ficava, perguntei à mãe de Adam.

-É só entrar nesse corredor à esquerda que você acha o banheiro querida. - disse ela.

-Obrigada. - sorri e caminhei pra lá.

Quando saí, pude ouvir umas conversas entre vozes masculinas.

-E aí? Conseguiu? - perguntou uma voz.

-Não, ainda não, mas eu vou conseguir. - disse a voz de Adam.

-Mas você disse que conseguiria há três dias.

-É, mas ela não quis, se eu forçasse ela a fazer ela acabaria percebendo e estragaria tudo! 

-Ok, então te dou até hoje à noite pra você fazer isso, senão não haverá pagamento.

-Claro que vai haver, dessa noite não passa.

-Qual é o plano então?

-Vou colocar uma droga na bebida dela e assim ela ficará impossibilitada de reagir, não terá o controle das suas ações e se entregará pra mim! - riu ele.

-Acha mesmo que a Natasha vai ser tão boba a ponto de cair nessa?

-Nath faz tudo que eu quero, se ela não desconfiou até agora da aposta lógico que não vai desconfiar tão cedo, só se eu revelar antes.

-Ok, boa sorte com ela.

Ao ouvir aquelas palavras, senti uma dor muito forte invadir meu peito e meu coração parecia em pedaços. Então Alasca estava certa, Adam só queria transar comigo e depois me largaria, mas eu não acreditei e agora estou sozinha nesse mundo. Com lágrimas quentes escorrendo pelo rosto, peguei minha bolsa na mesa e saí correndo pelas ruas não me importando com a chuva que caía e me molhava toda, eu só queria sumir, ir para algum lugar onde ninguém poderia me achar, não queria que todos soubessem o quão idiota fui, só queria poder sumir dali.

Depois de muito tempo correndo, não aguentei mais e caí de joelhos no chão, chorando pela minha desgraça. Se eu tivesse escutado o que Alasca disse, talvez ela ainda fosse minha amiga e estaria aqui pra me apoiar. Como ela me faz falta, ela era minha amiga, companheira, me ajudava em tudo que eu precisava, agora estou sem ela.

-Nath? Nath? O que está fazendo aqui na chuva? - ouvi a voz dela mas ignorei, talvez fosse um devaneio.

Mas logo tudo ficou muito mais claro quando eu senti braços me envolvendo me ajudando a levantar e eu abri os olhos, pude ver o rosto preocupado de Alasca e a abracei forte enquanto ela me levava para o carro dela. Quando entrei, ela colocou o cinto em mim e colocou uma coberta para me aquecer, pois eu havia pego muita chuva. Enquanto ela dirigia, chorei baixinho, não conseguia falar nada, apenas chorar, não sabia que isso ia doer tanto mas agora o estrago já foi feito, eu fui enganada e apesar de estar tendo o apoio dela, sei que é apenas no calor do momento, ela não vai me perdoar nunca.

Ao chegarmos em casa, ela me ajudou a descer do carro e, mesmo eu tendo parado de chorar, ela não saiu de perto de mim e continuou me abraçando. A casa estava silenciosa, ninguém foi me perguntar o que havia acontecido e só Alasca havia ficado o tempo todo comigo. Assim que chegamos no meu quarto, ela me levou direto para o banheiro e me colocou debaixo do chuveiro, enquanto ela me dava banho, chorei baixinho deixando a água do chuveiro se misturar com as lágrimas e ela ficou calada.

Quando ela terminou meu banho, me enrolou na toalha e me deixou sentada na privada com a tampa abaixada.

-Fica aqui que vou pegar uma roupa pra você. - pediu e eu assenti tirando o vestido e as roupas de baixo ficando só com a toalha. Pouco depois ela voltou com a roupa - Veste isso, vou estar te esperando no quarto.

Me vesti devagar e deixei a toalha no box, em seguida, saí do banheiro e vi Alasca sentada na beira da minha cama. Deitei-me e me encolhi na cama e voltei a chorar. Enquanto chorava, senti as mãos de Alasca acariciando meus braços.

-Descobriu toda a verdade não foi? - sussurrou ela e eu assenti. 

-Desculpa não acreditar em você... - sussurrei chorando.

-Não se preocupe, eu te entendo, o amor cega as pessoas, você nunca ia acreditar em qualquer um que dissesse isso pra você.

-Não queria ter brigado e me afastado de você.

-Nem eu queria, mas agora estou aqui para o que precisar tá?

-Obrigada por não desistir da nossa amizade.

-Disponha, agora dorme tá? 

Dito isso, ela beijou minha bochecha e já ia se levantando quando, num ato desesperado, segurei seu braço.

-Fica aqui comigo essa noite, por favor. - pedi entre lágrimas a olhando e ela assentiu. Então ela voltou a se deitar e me puxou para um abraço. Me encolhi em seus braços a apertando forte enquanto chorava sentindo ela acariciar meus cabelos até adormecer vencida pelo cansaço do choro.