História Romanogers: We are both of us out of time - Means to an end

— Não era como eu esperava passar meus últimos momentos com você. — Steve falou pra Natasha. Ela estava deitada na cama, e ele sentado no sofá encarando ela. — Pelo menos finge que quer conversar comigo.

— Você vai casar com ela? — Ela continuou olhado ele com aquele olhar parado e frio que ele nunca consegue decifrar.

Steve abriu a boca e ficou pensativo. — Sim. Eu acho.

Ela levantou e abraçou uma almofada indignada. — ACHA? Você ama ela, não ama?

— Sim. — Ele concordou rapidamente. — Depois de ser descongelado, todos me tratavam como se eu soubesse que fiquei dormindo por 70 anos, mas pra mim foi como se eu tivesse piscado os olhos... — Ele suspirou fundo. — Eu estava apaixonado pela Peggy, então quando eu acordei meus sentimentos não tinham desaparecido. Eu ainda estava apaixonado por ela.

— Eu nunca pensei por esse ângulo...

— Ninguém pensou... E aí eu descobri que o amor da minha vida estava já idosa e debilitada em uma cama... E que eu tinha perdido minha chance... E mesmo assim eu continuei apaixonado por ela, porque eu não mandava nesse sentimento. — Ele olhou pro chão. — Demorou muito pra me acostumar com a ideia que eu não podia tê-la mais... E quando isso aconteceu, aqui estou eu, um quarto longe dela.

— Não tô entendendo. Você não está mais apaixonado por ela? — Ela o olhou confusa.

— Eu amo a Peggy, Nat. Mais do que tudo, e eu ainda não acredito que estou aqui. Não é que não estou mais apaixonado, só não quero afogar ela com todos os meus sentimentos reprimidos durante esses anos que eu estive longe, sabe?

— Você é uma bagunça, Steve Rogers.

Ele sorriu de canto. — É eu sou, mas você não é diferente Natasha Romanoff. Bom, já que eu vou esquecer tudo que estamos conversando... — Ele viu que Nat não gostou muito quando ele disse isso. — Você já se apaixonou por alguém?

Ela deu uma risada de canto e desviou o olhar. — Uma vez.

— Ah Nat. Eu preciso mais do que isso...

— Fomos treinados juntos na KGB. Mas eu não lembro o nome dele... Eu não lembro porque ele foi embora... E eu não lembro de nenhuma de nossas conversas...

— O quê?

— É sério. — Ela viu que ele não estava acreditando. — Eu só lembro que lutávamos juntos. E quando ele era obrigado a me atacar, o olhar dele deixava claro que não era aquilo que ele queria fazer. — Ela viu que Steve continua meio descrente da história. — Parte das minhas memórias foram apagadas enquanto eu estava na KGB, então... — Ela deu de ombros.

— E como você tem certeza que o que você sentia por ele era paixão?

— Porque sempre que eu penso nessa cena eu sinto borboletas no meu estômago. Meu coração aperta, e eu não consigo mais parar de pensar nele. — Ela riu. — O engraçado é que eu nem lembro da fisionomia dele direto... Você se sente assim com a Peggy?.

Steve ficou quieto por um tempo... Ele sentia isso... Na verdade ele estava se sentindo assim naquele momento ele estava conversando com Natasha e não tinha como ele negar, já fazia um tempo que toda vez que ele via Natasha passar pelos corredores da base, ele sentia uma facada no peito. Ele ficou encarando Natasha, ele assentiu com a cabeça. Ele não queria esquecer o rosto de Natasha, ele não podia...

Tempos Atuais — Base dos Vingadores

— Então qual o lance? — Clint entrou no laboratório junto com Maria, lá estavam todos, inclusive Jane, Darcy e Sharon as recém chegadas.

Selvig pegou um tablet rapidamente ao ver Clint e jogou algumas imagens na tela tridimensional. — Segundo a lenda, as pedras só são ativadas por quem realmente precisa usar o seu poder. E é possível controlar seu potencial máximo, mas somente quando as três pedras estão juntas.

— Nós só temos uma... — Daisy falou.

Selvig apontou para Daisy. — Correto Srta. Johnson, mas o potencial máxima das pedras é o total controle do passado, presente e futuro. Com uma pedra foi possível viajar para o passado, com duas pedras conseguiremos usar parte do poder delas e trazer eles de volta.

Bobbi levantou a mão. — Mas nós só temos uma... — Ela enfatizou o que Daisy acabou de falar. — Como vamos trazer eles de volta se não conseguimos ir atrás deles?

— Com um pouco de ciência. — Jane falou, ela estava encostada numa mesa. — Mágica é apenas uma ciência que não entendemos ainda... — Ela saiu andando e apontou para a tela tridimensional. — Essa foi a máquina que o Erik usou em 2012 pra manter o portal do tesserect aberto... Só que em vez de manter o portal aberto como do tesserect, ele vai amplificar o poder da pedra e mandar vocês pro passado... Só temos que dar um empurrãozinho.

— Que tipo de empurrãozinho? — Wanda olhava para Jane atenta a explicação.

— Algum de vocês vai ter que encostar na pedra, só assim a máquina vai conseguir amplificar o poder dela. — Selvig respondeu.

Clint olhou pra Bobbi depois pra Maria. — Eu vou atrás deles.

— Eu também. — Wanda se levantou.

— Sem chances. — Clint foi pra perto dela. — Você fica aqui.

Ela o encarou séria. — Acha mesmo que vai me convencer a ficar?

Clint soltou um sorrisinho ainda encarando ela. — Wanda vai comigo. — Ele comunicou o resto do grupo.

— Eu quero ir também. — Maria falou sério.

— aaaaaaaah, agora virou brincadeira. — Clint se virou pra olhar pra Maria. — Você fica aqui, e não sai daqui, entendeu? Se a missão entornar você tem que tomar conta do Tony.

— Eu não sou a Babá do Tony!

— Não interessa, você que dá as ordens, e você manda aqui, Maria. Já conversamos sobre isso, você fica, ou eu mando a Bobbi colocar algemas em você. — Ele apontou pra ela. Ele virou pro Coulson. — Você também, não sai daqui nem matando, ok?

— Pode deixar. — Ele consentiu com a cabeça...

Clint virou pra Bobbi. — Bobbi. — Ele pausou e olhou pra ela. — Se eu não voltar você fica encarregada de tomar conta da Laura e das crianças.

— Clint...

— Eu não terminei. — Ele andou pra perto dela. Ele estava sério. — Você toma conta deles, entendido? — Ela consentiu, e já estava com os olhos marejados. — E eu tenho uma coisa inacabada que você tem que me prometer que vai tomar conta...

— Qualquer coisa.

— Kate Bishop. Ok? Lembre desse nome. — Ele olhou pra Selvig e Jane. — Ok. Tô pronto. Vamos acabar com isso.

1946 — Mansão H. Stark

A conversa entre os dois tomou forma e eles nem viram o tempo passar. Natasha olhou para o relógio, faltava pouco pro Navio sair. — Eu tenho que ir. — Ela se levantou.

Steve se levantou junto.  — Eu vou com você ok? E não adianta dizer que não.

Ela saiu andando. — Eu não ia dizer.

Chegando na sala, lá estavam Peggy, Howard e Jarvis. — Despedidas, ok. — Ela falou baixinho enquanto descia as escadas. — Eu estou indo. — Ela tentou sorrir.

— Eu sinto muito por tudo isso, Natasha. — Peggy falou. — Se tivesse outro jeito...

— Não tem. — Natasha não deixou ela terminar. — Me promete que vai tomar conta dele... — Steve estava logo atrás de Natasha observando a despedida. — Ele ama você. Ele nunca deixou de amar... Bom, se precisar de mim, Howard vai ter minha localização. Só não me chama pro casamento que eu não vou aparecer ok?

— Entendido Agente Romanoff. — Peggy sorriu.

— Eu quero que tenham uma vida muito feliz... Mas por favor não esqueça do nome S.H.I.E.L.D.  e nunca pare de sair em missões, nem que ele te peça, ok?  E se um dia tiverem uma filha deem o nome de Sharon, ok?

— Sharon? — Steve reclamou. Natasha se virou com a sobrancelha erguida.

— Acha mesmo que ela vai existir com essa bagunça? Estou assegurando seu futuro. Você nem vai lembrar dela mesmo... — Natasha abraçou Peggy. E quando soltou olhou pra Howard e Jarvis. — Jarvis, foi um prazer te conhecer...

— O prazer foi meu Natasha, sabe onde me encontrar. — Ele sorriu, com os olhos marejados, ele odiava despedidas, mesmo de alguém que ele mal conhecia como Natasha.

— Parceira. — Howard estendeu a mão pra Natasha. Ela estendeu a mão de volta e ele a puxou e a deu um beijo. Steve foi e separou os dois por reflexo.

— Por favor. — Ele não tinha gostado nada daquilo.

— Nos vemos por aí... — Natasha sorriu de canto pra Howard, ela gostou do beijo dele, ela achava ele fofo.

— Vamos. — Steve falou impaciente. — Volto antes do pôr do sol.

— Estaremos aqui, parceiro. — Howard bateu continência pra Steve, e Steve fez o mesmo. Peggy observava a cena.