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História Romeu e seu Vagabundo - Friends with Benefits


Escrita por: Matana

Capítulo 6 - Friends with Benefits


Fanfic / Fanfiction Romeu e seu Vagabundo - Friends with Benefits

Estou pensando seriamente em colocar veneno de rato no chá daquele estribufu.
Mark...Mark... A praga.

Suspiro ao vê-lo se esticando no sofá comendo como um porco.
Quando falei que esperaria Mike, não pensei que no pacote incluiria a visita de uma semana de Mark.

Uma semana? Sério?!
Ficar no meu apartamento seria sem dúvidas melhor do que ver aquela imagem horrível.

-Dormiu bem?- Brad entra na cozinha, observando minha expressão acabada.
Eu parecia uma pessoa que havia dormido bem?

-Tirando os roncos dessa hiena sendo castrada, eu estou ótimo.
Nem me dei conta do que havia falado, afinal Delson é amigo da praga.

-Ótima definição...- Um sorriso sai do rosto daquele cara cujo os cabelos eram sempre um ninho de passarinho.

O silêncio ficou por muito tempo na cozinha, Brad brincava com a colher enquanto esperava seu chá esfriar um pouco.
Meus olhos se encontravam no chão, pensando na única coisa que não saia da minha cabeça.

Que tipo de relação eu e Mike temos?
Nos beijamos bastante naquele dia, até falamos de esperar o medo dele de se relacionar, mas que diabos éramos?

Eu poderia chamar de amigos com benefícios? Se bem que eu amo essas coisas...

-Bom... Eu tenho que terminar a música... Diz que mandei um beijo para todos...- Minha voz saiu um pouco sufocante, espero que Brad não estivesse notado.

-Sério que vai me deixar aqui com ele...?- Delson faz biquinho, dou uma risada novamente, finalmente deixando aquele lugar.

-Até mais Chester....- Antes de sair escuto a voz do estribufu, sorrindo de um modo sarcástico.
Ele estava me provocando.

-Ah querido! Torna em outra dessa que eu te enveneno! Praga gorda!- Saio resmungando assim que deixo a casa.
Mal pude notar um vizinho ouvindo tudo aquilo enquanto molhava a grama de seu quintal.

Dou-lhe um sorriso, tentando esconder a vergonha.
O mesmo apenas vira as costas e continua lavando seu quintal.
Acho que ele não seria aqueles vizinhos fofoqueiros que cuidam da vidas dos outros...

×Mike×

Passo a mão no lençol frio, frustrado quando não sinto o corpo de Chaz ao meu lado.
Depois daquela noite louca Bennington havia dormido comigo, não rolou nada mas eu pude tirar várias fotinhas dele dormindo.
Espero que ele não saiba disso.

Caminho pelo corredor da casa alegremente, como podia um anjo cair do céu e vim até mim? Alguém que já pensava ser o tio dos gatos solteirão.


O sorriso logo é tirado ao não ver Chaz na cozinha e nem sua moto estacionada.

-Onde está Chaz?- Pergunto enquanto me sentava no banquinho ao lado de Brad.

-Saiu faz uns quinze minutos e bom dia para você também.- Dou-lhe um soco em seu ombro.- Ah.. E fala para o Mark não acabar com o estoque de comida... Precisamos comer também e nem se fala do Joe..- Delson lavava sua xícara.

Por que sempre eu? Eles não sabem que é difícil falar com Mark?
Chester havia tomado bastante controle dos meus pensamentos ultimamente e isso tem sido a melhor coisa na minha vida entediante, mas como não sentir dor com aqueles cicatrizes que Mark havia deixado?

Suspiro, tentando correr e me trancar no quarto.
Bato a porta assim que consigo, procurando pelo meu celular que eu havia passado umas quinhentas vezes na frente dele e não vi.

Me derreto assim que vejo as fotos de Chaz dormindo, dentro de toda aquela cara resmunguenta e mal-humorada ele tinha uma expressão angelical.

Era doloroso não poder vê-lo esta manhã. Com aqueles cabelos bagunçados, com aquele corpo exposto sem nem perceber os danos que me causava...
Ele era uma tentação, um perigo para a minha sanidade.

Devia ser difícil para ele, fingir que não sentíamos nada na frente dos outros, tudo por causa de algo que já não devia me abalar.
Do jeito que ele aceitou, parecia estar disposto a suportar tudo...
Se ele soubesse o quanto era incrível.

Senti um aperto no coração, aquela vontade incontrolável de querer vê-lo.
Eu precisava dele como o céu precisava das estrelas.

Perdi a noção de quantas vezes havia ligado, como um louco.
Mas tudo que dizia era que não estava disponível, foi tão ruim não poder nem ouvir sua voz.

×Chester×

Assim que cheguei no apartamento desliguei o celular e fui direto naquela escrivaninha velha.
Procurando por outra folha, a inspiração surgiu numa mistura de tristeza.

'Você não faz ideia de que é  minha obsessão?
Sonhei com você todas as noites essa semana'

Sinto meu coração apertando, agora o arrasa corações estava com o coração arrasado.

' (Será que quero saber)
Se esse sentimento é recíproco?
(Triste por te ver partir)
Eu meio que esperava que você ficasse
(Querido, nós dois sabemos)
Que as noites foram feitas principalmente
Para dizer coisas que não se pode dizer no dia seguinte'

Cada trecho escrito era um alívio naquelas confusões de sentimentos.
Escrever parecia o único remédio no momento, já que não podia ter Mike naquele momento.

' Estou me arrastando de volta para você
Já pensou em ligar quando você tomou umas?
Porque eu sempre penso
Talvez eu esteja muito ocupado sendo seu para me apaixonar por outra pessoa
Agora que pensei bem sobre isso
Estou me arrastando de volta para você'

A vontade que eu tinha de ligar para Mike me dava nos nervos.
Deixo o lápis cair enquanto deito minha cabeça na velha mesa, escutando os barulhos da minha cabeça.

Às vezes meus pensamentos me torturavam, dizendo que eu podia ser apenas uma brincadeira para Mike.
Não sabia que podia me perder loucamente por uma pessoa, minha mãe dizia que amor já não existia.

Parecia ser verdade quando meus pais se separaram e eu fui obrigado a viver cada dia com um.
Decidi trabalhar bem jovem, então quem teria tempo para algo tão idiota como o amor?

As noites eram apenas uma diversão quando me encontrava com cada dia uma garota diferente.
Foi assim por muito tempo, por que diabos o amor bateria na minha porta? Na porta de um idiota?

Fecho lentamente meus olhos, tentando acreditar que era apenas uma fase que estava vivendo.
Mas não tinha como fugir de tudo, eu tinha que o ver e ver Mark mesmo não querendo.

Resmungo algumas coisas enquanto deixava o quarto.
Ligo a TV esperando por algo interessante, mas tudo parecia me entristecer.

Abaixo o volume da TV, jurando ter ouvido um barulho na minha porta.
Coloco um casaco e caminho ligeiramente até a porta.

Meus olhos acompanham aquele rosto perfeito, parecia uma tentação tocá-los.
Mike tinha um sorriso enorme em seu rosto e comigo não parecia ser diferente, me perguntava por quanto tempo ficaríamos agindo como dois babacas parados.

-Pensei que iria na sua casa às seis...-Dou-lhe espaço para entrar, o mesmo fecha a porta.
Sinto sua mão segurando meu braço, acariciando minha pele e me trazendo arrepios.

Era idiota tentarmos se afastar e esperar que os sentimentos se encaixassem,  por mas que estivessem uma bagunça eu podia estar com ele.

Coloco o outro braço em volta de seu pescoço, passando a mão por aqueles cabelos morenos.
Nossa respiração se juntava e se tornavam apenas uma.

Olhando no modo que nos encontrávamos, não parecia trágico até que precisássemos fingir que éramos apenas conhecidos de trabalho.

Um pequeno beijo intenso toma conta dos meus lábios, sentindo seu maravilhoso gosto. Parecíamos amantes.

Nossos lábios se separam, com meus olhos fechados eu podia sentir seu olhar fixo em mim.
Ah isto estava me matando! Será que ele sabia fingir que não éramos nada? Porque isso estava me matando antes de precisarmos fingir de verdade.

Mal posso suportar quando ver Mark lhe dando malditos abraços como se fossem um casal feliz e assumidos.
Eu não queria sentir isso, eu queria muito não poder sentir isso.

Meus olhos se enchem de água, mal conseguindo controlar.
Sinto sua mão limpando as gotas que ameaçam descer.
Suas mãos me conduzem até o sofá, rapidamente deitando minha cabeça em seu ombro.

Suas carícias acalmaram meus conflitos internos.
Me fazendo dormir tudo que não havia dormido.
Nem se quer ele ousou deixar o pequeno apartamento, seu corpo quente ficou me aquecendo por muito tempo. 


Notas Finais




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