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História Room Mate - Doze.


Escrita por: yoongizzz

Capítulo 12 - Doze.


Fanfic / Fanfiction Room Mate - Doze.

 

Depois daquela noite, minha relação com Jooheon pareceu só melhorar. Acabamos nos tornando mais íntimos do que nunca, e eu não vou negar que começava a me apaixonar nos mínimos detalhes dele. Parecia um sonho, um conto de fadas, eu estava me sentindo aquelas garotas adolescentes apaixonadas.

Trocávamos mensagens no trabalho e na faculdade. Nos intervalos ele vinha até mim para ficarmos juntos. Convenci o mesmo a começar a assistir The Walking Dead, mas eu sabia que ele só tinha visto o primeiro episódio da primeira temporada, Jooheon é um medroso.

No sentido intimidade, nós acabávamos nos pegando em tudo quanto era lugar. Na faculdade, nos encontrávamos na biblioteca e ficávamos as escondidas, era tudo muito perigoso, se fossemos pegos teríamos problemas sérios. Em casa, a todo o momento eu era prensado na parede, sentindo os lábios afoitos de Jooheon contra os meus, procurando por um beijo necessitado. Nossas mãos dançavam por nossos corpos, mas não íamos tão além.

Dois famintos um pelo outro, era exatamente assim que estávamos.

Passaram-se semanas, eu acabei entregando o projeto da faculdade, mas fiquei como o quarto mais bem feito. Kihyun voltou a falar comigo com mais frequência. Disse que talvez viesse me visitar nas férias, mas que não era certeza, e é ele não veio. Quando as férias chegaram, eu me programei para ir visitar meus pais, e chamei Jooheon para ir comigo, e o mesmo aceitou sem pensar duas vezes.

Pegamos um trem até minha cidade natal, nada mais do que dez horas de viagem. Cansativo, mas o que eu não faço pelos meus pais. Quando chegamos a minha cidade, minha mãe nos esperava na estação, feliz e sorridente como nunca. Abraçou-me tão forte que eu jurei que meus ossos haviam quebrados. Naquele dia eu nunca vi Jooheon tão tímido, o mesmo mal respirava. Minha mãe acabou fazendo piadinhas, perguntando se eu havia finalmente desencalhado, quase voei nela, mas me segurei.

Quando chegamos a casa, procurei mostrar tudo para Jooheon. E assim ele conheceu meu pai. Meu pai é um senhor de idade mais avançada, casou muito velho com a minha mãe, e agora, idoso, está bem doente. Ele não sai da cama desde que fui para a faculdade, eu até pensei em nem ir para a mesma, mas ele me obrigou, disse que eu merecia ir e que não deveria me preocupar com o mesmo. Jooheon se mostrava tímido demais perto de meu pai, e o mesmo não deixava de olhá-lo desconfiado.

Naquela noite, no jantar, enquanto estávamos todos reunidos à mesa, Jooheon pediu para meus pais a permissão de me namorar. Foi festa, minha mãe nos abraçou, disse que estava muito feliz, já meu pai... Meu pai disse que uma vez que meu coração fosse partido, ele partiria a cara de Jooheon. Depois do jantar, Jooheon me levou para passear, e no meu parque favorito, acabou me pedindo em namoro de maneira simples.

 

— Eu amo você demais. — Ele disse olhando para a lua. — É egoísmo te querer só pra mim o tempo todo?

— Acho que não. E eu também amo você.

— Changkyun... — Ainda não me encarava. — Você quer passar o resto da sua vida comigo?

— O que? — Perguntei rindo.

— Vamos, facilite. — Ele riu também, e se virou pra mim. — Quer namorar comigo?

— Quero sim. — Senti meu coração acelerar.

 

Depois daquele dia, nada mudou tão bruscamente. Eu e Jooheon já tínhamos um jeito de namorados, era como se fossemos, só oficializamos. Os dias na casa da minha família foram maravilhosos, aproveitamos muito para passear, conhecer os melhores cafés da cidade e tirar várias fotos. Eu gostava de registrar cada momento com Jooheon, e o mesmo adorava ser meu modelo nas horas vagas.

Numa decisão louca, decidimos ir atrás dos pais de Jooheon. A despedida de meus pais foi horrível, eu não sabia se veria meu pai novamente e aquilo me matava. Pegamos um trem novamente até a cidade de Jooheon, que ficava a três horas da minha. Viajamos de madrugada, dormindo juntinhos no banco do trem. Quando chegamos, não havia ninguém nos esperando, e assim caminhamos juntos até a casa de Jooheon.

Uma casa simples, madeira pintada de branco, com a tinta toda descascando. Jooheon tremia a cada passo mais perto da porta e assim, tocamos a campainha. Não fora como imaginamos. A mãe de Jooheon nos xingou e disse para desaparecermos. Eles não aceitavam Jooheon de maneira nenhuma.

Eu nunca vi Jooheon chorar, e naquele dia, ele chorou. Chorou nos meus braços, deixando todo o sentimento ruim sair de dentro de si. Eu senti raiva, senti a tristeza que era ser rejeitado, senti a dor que ele sentia. Depois de horas desolados, não sabíamos o que fazer. Fora perda de tempo ter vindo até aqui, e de acordo com Jooheon, aquela cidade tinha muita coisa legal a oferecer.

O mesmo me levou para comer no seu restaurante favorito. Fomos até um parque de diversões e brincamos durante um dia todo. Jooheon quase morreu indo a montanha-russa comigo, e eu acabei me divertindo com todas as caras e bocas que ele fazia. Andamos por várias ruas, ele me mostrava cada lugar e me explicava tudo o que havia no nosso caminho. Decidimos, depois de um dia todo brincando como duas crianças aventureiras que era hora de voltar para a nossa casa.

A nossa casa. A razão de tudo isso estar acontecendo. A viagem de treze horas fora muito bem aproveitada por nós, que dormimos o tempo todo e só acordamos quando estávamos chegando. Ao chegarmos ao apartamento, não nos importamos em desfazer malas ou algo do tipo, apenas em matar a saudade que nossos corpos sentiam um do outro. Uma noite muito calorosa dentro do apartamento.

Logo, nossas aulas recomeçaram. Um semestre um pouco mais difícil para mim, com um tema para o trabalho final um tanto pensativo. A felicidade nas pequenas coisas. Durante todo os quatro meses que se estenderam, eu procurei registrar cada detalhe de Jooheon, cada ação, cada característica, cada momento. Resultou que meu trabalho acabou ficando melhor do que o esperado, ficando entre o melhor dos melhores.

Jooheon se sentia orgulhoso de mim, e eu o mesmo, eu havia registrado a felicidade da minha vida.

Foi fácil me acostumar com o jeitinho de Jooheon. O jeito medroso, a chatice para comer algumas coisas, já que tudo o que eu gosto, ele odeia. Eu ainda lhe dava sermões por deixar tudo bagunçado. Nosso quarto se juntou com o tempo, vendemos coisas inúteis e logo percebemos que não éramos mais meros amigos, tínhamos nos tornado verdadeiros namorados. Quase casados.

Durante os três anos restantes de minha faculdade, nossa vida correu normalmente. Nós viajámos bastante, saímos muito, não ficávamos nem um fim de semana em casa, fosse ir para uma balada, ou para simplesmente andar pelas ruas movimentadas. Descobrimos juntos que trocar uma lâmpada pode ser desastroso e acabar num braço quebrado. Descobrimos que devemos olhar bem a previsão do tempo antes de viajarmos, para não correr — de novo — o risco de irmos à praia e cair um temporal. Descobrimos que não se deve dançar enquanto você lava o banheiro, ainda mais se o piso for derrapante. Descobrimos que vizinhos são pessoas muitos chatas, que só sabem reclamar de gritos vindos do apartamento. Interpretem como quiserem.

Shownu e Minhyuk se mudaram, vivem em outra cidade e mal temos contato, mas pelo que eu soube, eles adotaram uma menininha. Kihyun voltou para cá, trazendo consigo um inglês aperfeiçoado e manias bem estranhas. Ele não sentia mais ciúmes de mim e até dizia que queria ser padrinho no nosso casamento. Os cabelos estavam tingidos em cor de rosa, a cor mais linda do mundo, e ele dizia que tinha planos de voltar aos Estados Unidos, pois gostou de uma pessoa por lá. Eu não posso negar que senti uma pontinha de ciúmes. Wonho e Hyungwon estão fazendo sucesso mundo a fora, Wonho como ator, o qual vimos um filme estreado por ele no cinema, e Hyungwon como modelo, estampando várias capas de revista famosas, sendo vendido em várias bancas de revistas e jornais.

Eu e Jooheon vivemos bem. Abri um pequeno estúdio de fotografia e comecei a lucrar, as pessoas começaram a gostar do meu trabalho e eu fiquei um tantinho conhecido. Jooheon trabalha como decorador, e por incrível que pareça, as pessoas procuram muito por isso, e eu não vou negar que ele tem um super bom gosto pras coisas. Tanto que nossa casa foi totalmente redecorada por ele.

Eu sempre dizia a mim mesmo e aos meus amigos no colégio que eu nunca ficaria com um cara como Jooheon, que eu achava a pessoa mais idiota da face da Terra. Antes eu corria de Jooheon, me escondia e me camuflava o tempo todo para não falar com ele, e hoje, eu corro atrás dele o tempo todo, porque a pessoa é cabeça de vento e esquece tudo. Parece que o jogo virou não é mesmo?

O que era pra ser apenas quatro anos dividindo apartamento com um idiota que eu beijei no colégio, acabou se tornando uma vida toda. Eu me apaixonei por Jooheon assim como ele sempre foi apaixonado por mim, um sentimento tão verdadeiro quanto qualquer outro, que surgiu de uma bolada no meio da minha cara e um beijinho no hospital. Talvez eu sempre tenha sido apaixonado por Jooheon, somente negava a mim mesmo o sentimento. Um cabeça dura, eu mesmo.

E é como Minhyuk mesmo diz, às vezes o amor pode nascer de uma bolada na cara.

 

FIM


Notas Finais


Aquele finalzinho bem clichê ❤️
Agradeço de coração a todos vocês que me apoiaram nessa reescrita ❤️ Vocês tem lugar garantido no meu coração ❤️❤️❤️ Obrigada por tudo ❤️

Leiam outros projetos meus:

Pais por Acaso: https://spiritfanfics.com/historia/pais-por-acaso-6492830
Apaixonados por Acaso: https://spiritfanfics.com/historia/apaixonados-por-acaso-8233134
Polos Opostos: https://spiritfanfics.com/historia/polos-opostos-7743941

Um beijão e até logo ❤️


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