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História Room Mate - Seis.


Escrita por: yoongizzz

Capítulo 6 - Seis.


Fanfic / Fanfiction Room Mate - Seis.

 

Alguém me belisca, me estapeia, qualquer coisa, só pra testar se não estou sonhando. Jooheon realmente me perguntou isso? Deus me puxa, aonde eu escondo minha cara?

— Como assim? — Perguntei.

— Tipo, um beijo de amigos, como você disse. — Explicou.

— Ah, sei lá. — Não soube o que responder.

Jooheon se aproximou de mim, deixando pouco espaço entre nossos rostos. Deus do céu o que eu faço além de tremer? Vi o mesmo rir e seus olhos sumirem, deixando as covinhas à mostra. Engoli em seco e senti meu coração acelerar quando seu nariz tocou no meu.

— Não vou fazer nada que você não queira. — Ele disse, roçando levemente nossos lábios pelo curto espaço entre nós.

— Eu não me afastei até agora. — Respondi tão confiante como nunca, sem gaguejar ou me arrepender.

Talvez eu quisesse? Talvez. Eu poderia beijar Lee Jooheon naquele momento, mas não tomaria a atitude, pelo menos não agora. Meus sentimentos estão mais confusos do que nunca, meu coração não sabe por quem bate mais rápido, e minha mente não consegue focar em um dos dois. Lee Jooheon e Yoo Kihyun, duas pessoas que mexem comigo até demais.

Jooheon, desta vez, fez nossos lábios se encostarem de propósito e por mais que eu pudesse negar, não pude deixar de ter a vontade súbita de beijá-lo ali mesmo, sem mais cerimônias. Aquilo só podia ser um teste. Por que diabos ele não me beija logo?

— Por que não vai em frente? — Perguntei.

— Não sei. — Ele suspirou. — Tenho medo disto nos afetar de uma maneira ruim.

— Eu penso o contrário. — Respondi sincero.

— Você é uma caixinha de surpresas... — Ele sorriu.

— Devo ser. — Mordi meu lábio inferior.

E por vontade minha, acabei com todo o espaço entre nós, juntando nossos lábios num beijo calmo, sem me mover. Jooheon levou sua mão até minha nuca e deixou tudo mais intenso, aprofundando o beijo que eu havia começado. Passei meus braços por seu pescoço e correspondi o ato, deixando-me levar pelas sensações. Jooheon sugava meu inferior e o mordia também. Nossas línguas travavam uma luta por espaço dentro de nossas bocas. Nos afastamos assim que o ar foi necessário.

Senti meu rosto corar e queimar de vergonha. Eu havia beijado Lee Jooheon, e POR DEUSES, que beijo maravilhoso. Amém Lee Jooheon. O olhei sorrir largo e senti meus lábios formigarem pela sensação. Jooheon tinha uma expressão risonha e aquilo fez meu coração acelerar-se ainda mais.

— Er... — Ele estava envergonhado assim como eu. — Eu vou pro meu quarto, sabe, dormir.

— Ah sim. — Juntei os pacotes de doces espalhados em minha cama e coloquei-os dentro da sacola novamente.

— Boa noite, Chang... — Ele sorriu pequeno e se levantou, mas virou-se para mim antes de continuar seu caminho. — Só uma coisa...

Deixou-me um selo rápido nos lábios e saiu apressado, deixando-me no quarto sem nem saber como reagir.

 

Já eram quase seis horas da manhã quando eu me dei conta de que não dormi. Não fechei os olhos, não fiz nada além de lembrar e lembrar do beijo e de como eu havia agido como um idiota e como aquilo iria mudar minha relação com Jooheon de alguma forma. Além do mais, não é todo dia que você beija seu colega de apartamento na amizade.

Quando o sol raiou, mandei mensagem para Minhyuk, pedindo para que ele me encontrasse no nosso café favorito e me levantei, tomando um banho e trocando de roupa. Busquei por meus pertences e sai do apartamento, percebendo que Jooheon ainda não havia acordado. Desci até o térreo e sai pelas ruas, me direcionando para a cafeteria que não era tão longe de casa. Enquanto caminhava recebi a mensagem de Minhyuk dizendo que ele estava saindo de casa e, como eu não queria chegar sozinho, diminui meu ritmo.

Mas de nada adiantou, fiquei esperando por alguns minutos Minhyuk chegar todo apressado. Pediu desculpas por ter se atrasado e então entramos no estabelecimento. Fizemos nossos pedidos, os mesmo de sempre e então eu não sabia como começar aquela conversa.

— O que você tinha de tão importante pra falar comigo? — Ele perguntou.

— É delicado...

— Deixe-me adivinhar... Jooheon está me provocando de novo e eu não sei o que fazer. — Ele fez uma voz fina forçada.

— Nossa Minhyuk, vai pro inferno. — Pigarreei.

— Tá, desculpa, me conta logo. — Ele pediu.

— Ok, me prometa primeiro que você não vai surtar. — Pedi.

— Prometo. — Ele sorriu.

— Ok. — Respirei fundo. — Beijei o Jooheon.

— O QU-

— Xiu. — Tampei sua boca antes que ele gritasse.

— Como assim? — Ele perguntou com a voz abafada pela minha mão.

— Foi um beijo. Simples. — Respondi como se fosse óbvio.

— Vocês se beijaram, oh god! — Minhyuk sorria grande, parece até mais feliz do que eu.

— Sim, Minhyuk, e agora eu não sei nem como agir diante disso.

— Normalmente. — Ele disse, mexendo seu café que fora entregue.

— Como se isso fosse fácil.

— E é. Quando eu beijei o Shownu pela primeira vez foi super vergonhoso, mas no outro dia a gente só se beijou ainda mais. — Ele disse normalmente.

— Porque vocês dois são tarados. Eu estou morrendo de vergonha, Min... — Afundei meu rosto em minhas mãos.

— Não tem porque ficar com vergonha. E outra, espere, se ele gostar ele vem atrás. — Bebeu um pouco do café. — E mais outra... É só um beijo, não tem porque ficar assim.

— Mas, Minhyuk...

— Changkyun... Todos esses anos o Jooheon sempre disse que queria te reencontrar, sempre me disse que tinha interesse em você e que gostaria de ficar com você. — Minhyuk bufou. — Ele me perguntava muito de você, e quando eu disse que você era quem estava precisando de ajuda, eu nunca o vi ficar tão feliz.

— Sério?

— Sim, então, pare de ser um mané. — Minhyuk tem uma sinceridade que chega a dar inveja. — Agora, você decida quem seu coração ama, porque eu sei muito bem que você gosta do Kihyun.

— Eu não gosto do Kihyun. — Menti.

Minhyuk me olhou torto, e eu sabia que eu estava mentindo. Eu não podia negar que sentia algo pelo Jooheon, mas também não podia negar que sentia algo pelo Kihyun. E eu realmente era um mané. Eu nutria sentimentos pelo Kihyun, mas por achar que o magoaria dizia a mim mesmo e a ele que não daria certo, e agora eu havia o perdido, ele estava longe e com certeza conheceria alguém legal e que o amasse na mesma intensidade que ele.

Eu não sabia direito o que sentia pelo Jooheon. Não sabia se era algo de amigo ou mais do que isso. Eu me sentia um tolo ao lado dele, mas me sentia ótimo quando ele confiava seus segredos em mim. Fiquei tocado ao saber que ele se interessava por mim, mas não sabia que era a esse ponto de ter ficado atrás de mim durante esses dois anos que nós não nos víamos.

E eu estava fugindo como no colegial, quando passei a ignorá-lo e corria mais dele do que cachorro corre atrás de gato, só que no caso eu era o gato e ele o cachorro, e foi assim até ele terminar o colégio. Eu nunca pude negar que me perguntava como ele estaria, e se talvez ainda se lembrasse de mim, e dois anos depois a vida resolve o trazer de volta.

Depois de voltar para casa, fiquei em meu quarto resolvendo mais algumas coisas da faculdade, estava perto de começar a colocar meu projeto de fotos em ação e eu não podia negar minha ansiedade. Tentei tirar algumas fotos dentro do quarto, resultando em objetos aleatórios e sem nexo. Fotografar sempre fora uma das minhas maiores paixões, tudo começando com uma câmera fotográfica que tinha uma qualidade horrível e eu a usava apenas para tirar foto de algumas paisagens e de momentos em família.

Eu estava tão perdido em meus pensamentos que mal ouvi Jooheon entrar no meu quarto, deixando uma xícara de chocolate quente ao meu lado. O mesmo sorriu e sentou-se na minha cama, tinha uma cara de sono e os cabelos estavam desarrumados. Puxei a câmera de meu colo e a foquei em Jooheon, tirando uma foto da cena tão fofa.

— Ei, eu não estava preparado. — ele riu.

— Mas é assim que as fotos ficam lindas. — Respondi tirando mais uma foto. — Natural.

— Pare com isso, estou me sentindo como um famoso.

— Vai ficar depois que a faculdade toda ver suas fotos. — Comentei.

— A faculdade toda vai ver? — Ele perguntou arregalando os olhos.

— Sim. — Respondi, olhando para as fotos recentes.

— Chang, você não me falou disso. — Ele disse desconsertado.

— Mas deixe-me explicar direito. — pedi. — Só vão ser expostos os três melhores projetos.

— E se o seu for um dos melhores? — ele perguntou. — E ai?

— Você mesmo disse que corpo não era nada... — Levantei os olhos até si.

— Ok... Foi um choque, eu não sabia disso.

— Fica calmo, nada seu mais íntimo vai ser mostrado, eu só vou valorizar suas curvas. — Expliquei melhor.

— Ah é? — Ele perguntou.

— Sim. — Respirei fundo, pensando como pudemos agir normalmente depois de ontem. — Quando estiver preparado para as fotos, nós tiramos.

— Quer tentar tirar algumas agora? — Ele perguntou.

— Ah... — Engoli em seco. Quem mal tem, não é mesmo? — Tudo bem, vamos.

Deixei a câmera em cima da mesa e fui até a janela, puxando a cortina para os lados e deixando toda a claridade entrar. Arrastei minha cadeira até ali e a deixei numa posição que pudesse favorecer a foto. Ordenei para que Jooheon sentasse-se ali e olhasse a paisagem lá fora. Os raios do sol iluminavam o corpo dele por completo, o efeito que eu queria.

— Jooheon, quero que você vá se soltando aos poucos. — Pedi a ele.

— Tudo bem... — Ele sorriu envergonhado. — O que eu devia fazer?

— Bem, não sei, tente... — Fiz uma posição para que ele a copiasse, apoiando os braços na cadeira e olhando para a câmera no chão. — Isso... Agora... — deitei-me no chão e posicionei a câmera. — Olhe aqui.

A primeira imagem, a primeira foto. Tirei duas por precaução e continuei com o processo. Jooheon trocou de pose várias e várias vezes, e foi logo se soltando. Levantava a blusa hora ou outra, puxava um pouco a calça moletom para baixo, fazia carão e me lançava olhares maravilhosos. Em certo momento de descontração total, ele retirou a camisa, e eu pude apreciar seu corpo novamente.

Pedi para que ele olhasse para o teto e puxasse o lado da calça um pouco para baixo, como se pensasse em algo. Eu demorava a tirar as fotos, pois acabava me perdendo nas poses que ele fazia. Tirei algumas fotos de silhueta, o coloquei com alguns objetos, e logo já tínhamos várias fotos maravilhosas.

— Ficaram maravilhosas... — Sorri olhando a galeria da câmera.

— Quer tentar mais algumas só que dessa vez... — Ele estava corado. — Totalmente nu?

— Ah... — Olhei para as fotos novamente, eu estava tão no clima. — Se você quer tentar.

— Eu quero.

— Certo. — Respirei fundo. — Pegue esse pano e o coloque na frente do... Você sabe.

— Tudo bem.

Virei-me de costas e esperei ele dar sinal para que eu pudesse virar-me. Assim que o ouvi, o mesmo estava sentado na cadeira com a toalha na frente da intimidade. Certo Changkyun, você consegue fazer isso.

— Ok, vamos lá. — Suspirei. — Deixe a toalha em cima de você e vire a cabeça para o lado. Assim mesmo.

Cliquei algumas vezes, tirando várias de uma vez, pra ter certeza de que nada sairia tremido. Em outra pose, pedi para Jooheon colocar-se de lado e com a toalha na frente do corpo, mais uma de silhueta. Em outra, ele deu a ideia e deixou a toalha na boca, e a mesma tampava com precisão sua intimidade. Um ventinho, e tudo estaria perdido. Jooheon deitou-se em minha cama e deixou a toalha na cadeira, tampando com o cobertor o que eu não tinha de ver, e em alguns momentos deixava apenas a perna na frente, e eu jurava que minha respiração sumia toda hora.

— Ok, agora sente na cadeira e tampe com a perna novamente. — Pedi e assim ele fez, me olhando com o carão que estava adorando fazer.

— Chang, não precisa tremer. — Ele riu.

— Xiu, Jooheon.

Quando pude perceber, o sol estava se pondo. Puxei Jooheon até a sala, abrindo a porta da varanda e puxando o banco que ficava ali. Pedi para que ele se sentasse e fingisse olhar o céu. Jooheon estava de costas para mim e olhou pelos ombros sem se virar, me dando um clique maravilhoso. Sorri tão abobado para ele e tentei continuar tudo sem vergonha.

— Agora, segure a planta na frente dele e olhe para o lado. — Pedi.

— Assim? — Ele perguntou.

— Isso.

Jooheon estava se saindo tão bem que eu não queria que aquilo acabasse. Tirei várias fotos, aproveitando cada pedacinho de Jooheon e cada pose que eu podia ter.

— Jooheon, agora vire de costas pra mim e apoie na grade. — Pedi sem pudor algum.

— Assim? — Ele perguntou e então eu tentei clicar o mais rápido possível. Dali eu tinha uma visão privilegiada do corpo nu do Jooheon de costas e, por Deus, eu ficaria duro ali mesmo.

— Sim, e acho que está bom Jooheon. — Comentei.

— Vai me mostrar depois? — ele perguntou, enrolando a toalha em seu quadril.

— Claro, vou passar tudo pro computador e te mostro.

— Ok.

Voltei ao quarto quando Jooheon disse que tomaria banho. Conectei a câmera ao notebook e deixei as imagens serem transferidas. Eram mais de cem fotos, quase duzentas, e aquele nem era o ensaio oficial. Assim que abri a primeira foto, fiquei observando-a durante muito tempo, assim como todas as outras. Jooheon tinha um corpo lindo por demais e eu estava impressionado com o trabalho que havia feito.

E só ai a ficha caiu. Eu havia feito um ensaio fotográfico de nu artístico com Lee Jooheon.

 

.


Notas Finais


Adoro nu artístico, af, e nem é pela nudez, mas enfim.

E como sempre...
Leiam Polos Opostos, minha fanfic com a @Misun ❤️❤️: https://spiritfanfics.com/historia/polos-opostos-7743941

Qualquer coisa, falem comigo no twitter: https://twitter.com/foolmonstax
Um beijo, um queijo e até amanhã ❤️


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