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História ROOMMATE (sendo reescrita e corrigida) - Cap. XII


Escrita por: HwangSeung_Mi

Capítulo 12 - Cap. XII


Podemos ser amigos? 

Taehyung está encolhido no sofá me encarando já faz um tempo, está começando a me irritar. 

_ Está me encarando, quer alguma coisa? 

_ Não vai sair hoje? 

Geralmente não fico o dia todo em casa nos domingos, e hoje não sai nenhuma vez. 

_ Quer que eu saia? 

_ Não... É só que não estou acostumado com você aqui por tanto tempo. 

Com o corpo virado para a frente ele liga a TV e vai passando os canais até parar em um filme que achou interessante, é de terror a julgar pela trilha sonora macabra e a imagem escura. Tento não prestar atenção, mas fico curiosa em saber o que está acontecendo na tela. 

_ Se não tem coisa melhor pra fazer pode assistir comigo. 

_ Eu preciso estudar... 

_ Pode fazer isso mais tarde, não? 

_ Acho que sim. 

Vou até o quarto pegar uma coberta e volto me sentando no lado oposto a que ele está no sofá, me embrulho feito um bolinho permanecendo com os olhos fixos na tela. 

Meu companheiro levanta durante o intervalo e estoura um pouco de pipoca, trazendo em duas travessas separadas e logo em seguida dois copos de suco de uva. 

Algumas vezes me assusto e me escondo, mas não consigo deixar de assistir, não consigo me permitir sair dali, estou adorando o filme... Taehyung nota e se vira para o meu lado todas as vezes que me escondo, não vejo sua reação, mas presumo que esteja se divertindo com isso. 

Em dado momento do filme, a personagem principal está escondida; como se o fantasma não fosse vê-la ali. A música tensa me deixa na expectativa, e com isso não percebo a aproximação do ruivo. Ele agarra meu braço no exato momento em que o fantasma a acha; não só o grito vindo da TV é ouvido, mas o meu também. 

_ Hahahaha – O garoto ri tanto, que chega a estar com as mãos na barriga. 

_ Idiota... - Minha voz sai mais baixa do que gostaria. 

Meus olhos estão lacrimejantes devido ao pavor que senti a alguns segundos, quase cuspi o coração por culpa desse ser. Taehyung ao perceber para de rir e me encara sem acreditar. 

_ Por que está chorando? Foi só uma brincadeira. 

_ Não estou chorando! 

Sua mão vai até meu cabelo fazendo um carinho inesperado. 

_ Não achei que se assustaria, desculpe. 

_ Hm...  

Por que ele está tão bonzinho de repente? 

Novamente o intervalo chega, enxugo o rosto com a manga do moletom rosa e vejo meu companheiro parecendo intrigado. 

_ O que foi? 

_ Estou curioso...  

_ Sobre...? 

_ Aceitou assistir ao filme mesmo sendo de terror, mas você tem medo... 

_ Gosto de filmes assim, não é medo..., mas não costumo assistir sozinha porque me assusto com facilidade. 

_ De repente me sinto um Zé ninguém aqui... - Sorrio de seu comentário. 

_ Talvez uma companhia mais amigável me fizesse sentir melhor. 

_ Oh! Minjee não parece assim tão corajosa para assistir com você. - Se encosta de lado no sofá. 

_ E não é... costumava assistir com meu avô...  

_ E o que ele fazia para... se sentir melhor? 

_ Ah!... Ele me abraçava ou cedia seu colo.  

_ Hm... 

O filme retorna para a última parte, essa qual me deixou curiosa para uma continuação, que logo em seguida começa; parece que o canal está fazendo uma maratona do Terror hoje. 

_ Posso ceder meu colo se quiser. - Ele diz do nada chamando minha atenção. 

Encaro o garoto ao meu lado sem acreditar no que ele acaba de dizer, porém seus olhos estão fixos na tela da TV, o que me faz pensar que ele está falando sério. 

_ Por que aceitaria? 

_ Pra não se assustar? - Agora ele me encara. 

_ Só pode estar de brincadeira. 

_ Não... A não ser que tenha vergonha... ou medo que te faça algo. 

Não tenho vergonha, muito menos medo de você, não tentou realmente nada antes e acredito que não vá agora, mas não somos amigos ou próximos para que isso não seja entendido de forma errada. 

Como não respondo ele continua. 

_ A propósito... Podia me dar um pedaço da coberta, estou com frio também. 

Me desembrulho da coberta e lhe estendo um pedaço, o suficiente para ele cobrir as pernas e eu continue semi-embrulhada. 

O segundo filme começa, não há suspense ou terror já de início, o que me deixa apreensiva a espera de cenas fortes e assustadoras, que por acaso não demoram a vir. Me assusto uma, duas, três vezes, antes que o ruivo me puxe pela blusa até o meio de suas pernas sem dizer nada. 

_ O que está fazendo? 

_ Ainda estou com frio. 

Me encolho deixando só o topo da cabeça e os olhos para fora. Sei que ele está sendo gentil comigo... Só não entendo por que... 

_ Se contar pra alguém sobre isso...  

_ Não vou contar... será o nosso segredinho. 

_ Não faça parecer que estamos fazendo algo indec... - Não consigo terminar a frase, algo horrendo aparece na tela me calando. 

_ O que estava dizendo? 

_ Hmm... - Murmuro. 

Deixo-me encostar em seu peito enquanto sua cabeça fica encostada no topo da minha, mas seus braços cruzados machucam minhas costas; ele, ao perceber, descruza os braços os passando a minha volta. 

_ Não abusa. 

_ Ok... 

Tira os braços deixando pender nas laterais do corpo embaixo das cobertas. 

Terminamos de assistir ao filme em silêncio, então me levanto levando comigo a coberta quentinha; Taehyung reclama do frio, mas o ignoro indo até a cozinha deixar as travessas e copos... Volto e me sento de frente para ele do outro lado do sofá. 

_ Você tem sido legal comigo... 

_ Se apaixonou por mim, é? 

_ Não idiota... - Ele ri da minha cara de nojo.  

_ O que? Eu poderia ser um bom namorado... 

Ignoro ele me virando para frente; estávamos nos dando bem, ele tinha que estragar... até pensei que poderíamos tentar ser amigos... Idiota... 

_ Yah!... 

Puxa as cobertas do meu corpo fazendo com que preste atenção nele.  

_ Para Taehyung! Perdi a vontade de falar com você. 

_ Mas quero saber o que ia dizer. 

Continua puxando com força, não consigo puxar de volta. 

_ Não... 

_ Hm... – Para do nada e me encara com um sorriso travesso – Se não disser vou te fazer cócegas. 

_ O que? ... Você não ousaria... 

Com um puxão na coberta vou parar bem perto dele, que por sua vez me derruba ao fazer cócegas nas minhas costelas; rio tanto que chego a perder o folego, não consigo faze-lo parar, ele é mais forte. 

_ T-Ta bom... p-p...para... eu falo! Eu falo! 

Ele para e senta esperando que eu continue de onde parei antes. 

_ Então... 

Me mexo desconfortável. 

_ Ia dizer se poderíamos ser amigos... 

_ Por que? - De repente sua expressão parece séria. 

_ Como por quê?... Temos nos dado bem nos últimos dias... tirando a sua pérola de hoje mais cedo. 

_ Já pedi desculpa... 

_ Pois é... O que me diz? 

_ Eu não sei... parece exaustivo ser amigo seu... - Leva a mão até a nuca a coçando. 

_ Quem deveria dizer isso sou eu, não acha? Depois de te carregar dois lances de escada de madrugada... 

Finalmente sua expressão se suaviza. 

_ Posso tentar.... mas não vou garantir nada, não costumo ter amizades com o sexo feminino. 

_ Já é um começo. 


Notas Finais


Eu tô achando tão interessante o desenvolvimento da relação deles... Vocês também?


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