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História Roommate (Kaisoo) - Four.


Escrita por: calientae

Capítulo 4 - Four.


Todo relacionamento tem seus altos e baixos. Porém, a partir do momento que a pessoa com quem você está se relacionando for Do Kyungsoo, o relacionamento passa a ter altos, baixos e quedas bruscas (de forninho). Esse era o pensamento de Kai.  

D.O, para com Kai, é o típico covarde que entrega o doce para uma criança e o toma logo em seguida. Gosta de ver o castanho instigado, sem terminar o feito. Já não era a primeira vez que ele provocara Kai desta forma o colocando em situações tensas logo após. O castanho lembra-se como se fosse ontem o fato que ocorreu semana passada, quando ambos sentaram-se juntos na aula de Literatura. Kai estava sonolento e D.O reparou, tratando logo de acordá-lo. Colocou a mão esquerda sobre a coxa do castanho, subindo lentamente até a virilha do mesmo e acariciando a região. Kai despertou na mesma hora, literalmente

Como vingança é um prato que se come frio, Kai não deixou por menos, fazendo-o no dia seguinte pagar pelo que fez. Enquanto o professor de História explicava o slide que estava passando, Kai deixou cair uma borracha embaixo da carteira de D.O e abaixou-se para pegá-la. Como o moreno estava com as pernas abertas, Kai se colocou entre elas, passando os lábios pelo membro de D.O, por cima da calça. O mesmo, quando sentiu o toque do castanho, não o repreendeu; apenas certificou-se de que ninguém havia reparado e apoiou o cotovelo sobre a mesa, deitando a cabeça sobre o punho e admirando a travessura do castanho. Até então, estava ótimo; até o momento em que o professor acendeu a luz e D.O nem percebera que o slide já havia terminado. Kai, por sua vez, voltou para seu lugar; como se nada tivesse acontecido.  

 

xx. 

 

O sinal do intervalo havia tocado. D.O e Baekhyun foram juntos para o pátio do colégio. Mesmo os dois sendo praticamente confidentes um do outro, D.O ainda não contou que está se relacionando com Kai. Trato é trato, e o trato em questão é: não contar a ninguém

“Ainda to puto por causa do jogo de ontem.” Baekhyun disse, sentando-se a uma das mesas do pátio com D.O. “Porra, aquele gol foi roubo. Chen é mó cínico!” Concluiu, fazendo D.O rir. 

“Não foi roubo, Baekhyun.” 

“Foi sim. Impedimento.” 

“Tá bom. Vou fingir que to acreditando na desculpinha esfarrapada que você tá dando só para não assumir a perda do nosso time...” Disse irônico, desviando o olhar. 

“Ih” Baekhyun esboçou, incrédulo com o que ouviu. “Qual é a tua, D.O? Vai ficar defendendo o time dos outros, agora?” 

“Não, ué. Só estou falando o que eu vi.” Deu de ombros. 

“Aham... ‘viu’” Remendou o amigo. “Vê se para de ficar olhando pro Kai, então, e presta atenção no jogo da próxima vez!” Irritou-se, olhando para trás e avistando Chanyeol. D.O não pôde desperdiçar essa oportunidade para deixar escapar um risinho discreto, devido ao ‘conselho’ do amigo. “Fala aí, Chanyeol. Senta aqui com a gente.” 

“E aí, mates.” O ruivo cumprimentou, sentando-se. “Qual é a boa?” 

“Nenhuma.” Baekhyun respondeu, entediado. “E você?” 

“Bom, ‘de bom’ mesmo eu não tenho nada.” Bufou, colocando o cotovelo sobre a mesa e tampando o rosto com a mão. “O babaca do Chen ficou com a luz do quarto acesa até às três da manhã pra terminar uma porra de trabalho lá que ele não tinha terminado e era pra hoje.”  

“Mandasse ele se foder e apagasse a luz, ué.” Baekhyun respondeu, dando de ombros. 

“Ah, querido, isso foi o que eu mais fiz! Não duvide disso.” Revirou os olhos. 

“Ai do Sehun se fizesse isso...” 

“Ah, tá!” Chanyeol gargalhou. “Tu ia fazer o quê? Dar um beijo na boca dele?!”  

Bem que eu queria...” Baekhyun disse baixo, fazendo Chanyeol e D.O rirem. “O corpo dele é uma delícia...” Colocou os antebraços sobre a mesa, deitando a cabeça por cima em derrota. 

“Agarra ele logo.” Chanyeol aconselhou. 

“Eu não.” Levantou a cabeça. “Arriscar de levar um soco e ele parar de falar comigo?! Sem falar que eu queria que ele me agarrasse, não o contrário!”  

“Ah, então só lamento...” Chanyeol riu, debochado. “Pelo menos ele é bonzinho, né? Deixa você sentar no colinho dele...” 

“É...” Sorriu malicioso. “Mas só aqui fora mesmo. E sem falar que o pau dele só fica duro por causa das meninas que sentam antes!” Revirou os olhos. Chanyeol deu uma gargalhada mais alta que o normal e D.O só sabia rir do que eles estavam falando. “Ah, quer saber de uma coisa? Vamos parar com esse assunto que já está me deprimindo.” Ajeitou o cabelo. “Foco nas férias de verão, mates!” Concluiu, animado. 

“Nem fala...” D.O finalmente disse algo, espreguiçando-se. 

 

As férias de verão estavam se aproximando. Por um lado, isso para D.O é ótimo, já que poderá ficar mais tempo com a família e em casa. Por outro, nem tanto, pois ficará longe de Kai e dos amigos. Mesmo assim, ele precisa desse descanso. Está exausto de tanta matéria e afins. Sem descartar o fato de que sua família anda preocupada com ele depois do que aconteceu.   

O sinal tocou novamente anunciando o fim do intervalo e os meninos se levantaram, à caminho da sala. Assim que se virou, D.O avistou Kai conversando com Chen em uma das mesas. Kai aproveitou a distração do rapaz ao seu lado e piscou para D.O. O moreno sorriu e disfarçou, mexendo nos próprios lábios e retomando seu caminho. 

 

xx. 

 

“Bom, a prova está chegando.” O professor Jung, de Química, disse; enquanto caminhava sobre o tablado. “E, de fato: não estará fácil. Eu não irei facilitar na correção, não irei escutar seus respectivos choros e só irei arredondar notas acima de 60.”  

Enquanto o mesmo continuava a fazer pressão psicológica com os alunos na sala, D.O estava mais tranquilo que o normal. Adora Química e precisava somente de poucos pontos para passar na matéria. Já Kai, engoliu seco, devido a situação crítica em que está sua média. Estava a poucos passos de reprovar. Estava ciente disso. 

Em um momento, D.O olhou para Kai, sabendo que o mesmo não estaria nada calmo com o que estava sendo dito. Kai o olhou em seguida, com uma feição triste. Cruzou os braços e se encostou na carteira, olhando para o professor novamente. 

“Se querem passar: Estudem. Estudem muito.“ Concluiu, interpretando o silêncio da turma como uma forma de que o recado fora bem dado. 

 

Kai levantou às pressas da carteira no fim da aula, colocando apenas uma das alças da mochila em seu ombro e saindo da sala. D.O o viu saindo daquele jeito e fora atrás, já imaginando que ele teria ido direto para o quarto. Assim que chegou, Kai estava uma pilha de nervos, andando de um lado para o outro e passando a mão pelos cabelos. 

“Calma, Kai.” O moreno tentou confortá-lo, fechando a porta. 

“Calma?!” Repetiu, olhando-o. “Não posso, D.O, você não está entendendo. A minha média está uma merda. Definitivamente uma merda! Se eu não conseguir passar meus pais não vão me deixar em paz as férias inteira.” Sentou-se na cama, derrotado apenas por pensar na possibilidade de isso acontecer.  

Kai...”  

O moreno caminhou até a cama do mesmo, para sentar-se ao seu lado. Antes que isso acontecesse, Kai se levantou e segurou a gola do uniforme de D.O; totalmente tomado pelo próprio desespero, interrompendo a fala do moreno.  

“Se eu não passar, eu não vou voltar. Eu fiz a minha média abaixar de propósito, pra sair daqui. Mas isso foi antes de acontecer tudo o que aconteceu e agora eu não quero mais. Eu não quero ficar longe de você, não quero pensar que isso vai acontecer por pura babaquice minha!”  

D.O continuou imóvel e com a sobrancelha arqueada, olhando-o por um tempo. Agora pudera compreender tal desespero.  

“Calma, Kai! Me escuta!” O moreno alterou a voz, pondo fim naquela cena perturbadora.  

O castanho, aos poucos, foi se recompondo; desabando-se aos prantos no ombro do moreno em seguida.  

“Calma. Vem aqui.” D.O o envolveu em seus braços e o conduziu até sua cama, sentando-o e ajoelhando-se diante dele em seguida. Levantou o rosto do mesmo, olhando-o nos olhos. “Eu vou te ajudar. Você não irá reprovar e não irá ficar longe de mim. Até porque, eu também não quero ficar longe de você. E o que eu puder fazer para isso não acontecer, eu farei.” 

“Mas, D.O...” Kai iria contestar, ainda com o rosto vermelho e chorando, mas fora interrompido na mesma hora. 

“Escuta: Você não vai.”  

Kai assentiu vencido e o moreno levantou, levantando o mesmo da cama e o abraçando forte; certo do que o acabara de confirmar.


Notas Finais


Espero que tenham gostado e favoritem (: ' Comentários são sempre bem-vindos! Xx


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