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História Roommates - Capítulo 1 - colegas de quarto


Escrita por: flouwrgirl

Capítulo 1 - Capítulo 1 - colegas de quarto


( https://em.wattpad.com/52e977d98d991cf20d2a15028e073ba27d068ec9/687474703a2f2f36352e6d656469612e74756d626c722e636f6d2f74756d626c725f6d317a3737775831436f317239396634742e676966?s=fit&h=360&w=720&q=80 )

Eu estava a uma hora e meia andando por toda Nova York, procurando a porra de um simples lugar para morar mas meu jeito seletiva de ser não estava me ajudando muito. Procurava um lugar que desse para meu bolso, com alguém que não fosse um porre como todos os últimos. Eu já estava tão desesperada agora que estava aceitando até pessoas que fumam, mesmo tendo uma baita crise com cigarros. Mas mesmo assim, as pessoas eram horríveis e eu ingenua de achar que seria fácil arranjar alguém para dividir apartamento comigo.

A chuva forte e o vento frio de matar não estavam me ajudando nem um pouco e já estava a ponto de desistir até passar em frente a uma cafeteria, com um painel imenso cheio de papeis e um deles um bilhete com um numero e uma caligrafia desleixada dizendo " Procura-se colega de quarto ". Seria a ultima tentativa. Digitei o numero o mais rápido possível em meu celular que estava com a bateria quase acabando e após uns cinco toques, a pessoa atende.

—Alo? - o garoto diz com voz  de sono.

—Boa tarde, meu nome é Alex e eu acabei de passar em frente a uma cafeteria e vi que está a procura de um colega de quarto. A vaga ainda está disponível? - o garoto parece se levantar e derrubar algo pelo barulho estridente que surge através do aparelho em minha mão. Ele solta a palavra com "P" e logo tosse. Deus, por favor, que não seja fumante.

—Qual o seu nome? - ele pergunta um tanto apressado mas ao mesmo tempo parecendo entediado.

—Turner...Alex Turner.

—Ok, Turner, estou a procura de alguém que seja o máximo de uma pessoa discreta, não interaja muito e não fique atrapalhando minha vida. Ah, e também se possível que limpe o apartamento, e a cozinha fica comigo - ele diz bem devagar ainda com a voz de sono. Bom, ele parecia simples e...discreto.

—Para mim parece ótimo, sei limpar muito bem mas na cozinha... - digo e ele parece nem estar prestando atenção.

—Ótimo, me encontre ai na cafeteria aonde achou o bilhete mesmo. Chego ai em 10 minutos. O apartamento é na rua ao lado - ele diz e desliga antes que eu diga algo, me fazendo olhar a rua ao lado. Era calma e sem saída, com 6 prédios, todos de apenas 4 andares e de tijolos claros.

Me sento em uma mesa dentro da cafeteria e agradeço ao entrar e perceber que o ar-condicionado está desligado e o ambiente está bem quente, ao contrario do lado de fora onde a chuva só aumenta a cada minuto que passa. 

Eu devo estar um lixo. Toda molhada da chuva, o cabelo todo bagunçado do vento e também molhado da chuva e com cara de cansaço. Seria uma ótima primeira impressão para o garoto do qual eu nem sabia o nome e provavelmente iria dividir o apartamento. E sério, tinha que ser ele ou então eu teria que continuar morando com meu pai, o que eu não queria de jeito nenhum já que ele havia se casado novamente, uma das 6 ( e com certeza a atual é a pior de todas ) vezes depois da "morte" de minha mãe. E com morte quero dizer abandono total. Fez sua mala e sumiu pelo mundo.

Após longos dez minutos que mais pareciam uma hora, a porta se abriu revelando um menino alto, pelo menos em relação a mim que sou basicamente uma anã, cabelos cacheados e castanhos, lindos olhos verdes e usando uma calça preta junto de all-star e uma blusa branca revelando um corpo forte e tatuagens. 

Ele olhou de um lado para o outro, parecendo procurar alguém. Seria ele o garoto? Ele não tinha lá cara de muitos amigos e de ser simpático...

Ele se sentou no longo balcão de frente para a atende loira e alta que não demorou para atende-lo e começar a paquera-lo. Bom, já tinham se passado dez minutos e só tinha eu e ele ali dentro além da loira abusada, então ou era ele ou o garoto era um atrasado da porra.

Levantei e caminhei calmamente até o garoto que olhava para o relógio no pulso toda hora.

—Está esperando alguém? Sou Alex Turner - digo me sentando. Ou ele não seria o garoto e ficaria com cara de idiota sem entender porque estou falando com ele ou ele seria o garoto e finalmente iria resolver o problema de lugar para morar.

—Você é Alex Turner? - ele diz surpreso.

—Algum problema? - digo e então vejo meu reflexo no espelho da parede a nossa frente. Parecia que eu tinha corrido uns bons quilômetros, caído em um poço e me ferrado toda.

—Problema algum, eu só não esperava alguém com... seios - Ele diz abaixando o olhar para meus seios descaradamente e então voltando a olhar para meu rosto ao reparar que eu tinha percebido - Quer dizer, Alex é um nome para ambos os sexos - ele diz dando de ombros e dando um gole em seu cafe - Bem, sou Harry Styles. Estou começando a trabalhar na área de advocacia. E você? - ele diz claramente tentando puxar assunto mas ao mesmo tempo parecia não estar nem ai e querendo ir para casa e voltar para a cama onde estava antes.

—Bom, acabei agora a faculdade de psicologia e estou procurando emprego, mas não é como se fosse algo fácil, então por enquanto estou trabalhando como atendente em uma livraria aqui perto - digo e ele sorri de lado, do tipo que parecia de deboche mas preferi não comentar.

—Então gosta de livros, Turner? - ele pergunta e me olha sério, com aqueles profundos olhos verdes e meu rosto queima. Droga!

—Sou apaixonada. Eu amo palavras, amo literatura, amor ler e escrever. Talvez quando estiver com um emprego fixo eu comece a escrever um pouco mas no momento não é como se eu tivesse muita inspiração ou tempo para escrever - digo e ele concorda parecendo finalmente interessado.

—Bom, então realmente vai gostar do apartamento. A sala é cheia de prateleiras cheias de livros que estão bagunçados. Se gosta de arrumar e gosta de livros, vai ser quase como um orgasmo para você - ele diz com normalidade e eu coro. Que ridícula que sou. Era uma palavra normal. Eu poderia até concordar mas nem sabia como era um orgasmo. Dezenove e anos e virgem, que ótimo! 

—Acho que vou gostar...- digo e ele me olha de novo.

—Bem, como eu disse antes, só preciso que você limpe e a parte da cozinha eu cuido, ainda mais depois de saber que você não sabe cozinhar. A ultima coisa que preciso é de mais uma intoxicação alimentar - ele diz rindo baixo, a risada mais linda que eu já tinha ouvido em toda a minha vida. Rouca e suave. Estava super interessada na sua intoxicação alimentar, de verdade, e queria muito perguntar como ele teve intoxicação alimentar mas algo me dizia que ele não queria muito papo.

—Por mim está ótimo - digo calma - Qual o preço? 

—700 pra cada um, parece bom pra você? - ele pergunta e faço uma careta. Não esperava um preço tão alto. Não que eu não possa pagar, muito pelo contrario já que meu pai disse que me ajudaria a pagar minhas despesas nos primeiros meses mas mesmo assim o preço me assustou. Harry repara em minha expressão e ri.

—Não se preocupe, qualquer coisa pago o primeiro mês para você e você compensa comprando os produtos de limpeza - ele diz e mesmo sabendo que posso pagar, economizar um pouco é sempre bom e se ele está oferecendo...

—Meu Deus, você é perfeito! Quais segredos perversos você esconde? - digo e ele ri.

—Bem, digamos que tem um quarto na casa que é proibido. Não entre a não ser que queira ser a expiração da próxima coletânea de livros do estilo cinquenta tons de cinza - ele diz sério e eu fico tensa encarando-o, esperando-o rir e dizer que é brincadeira, e felizmente logo o momento chega.

—Eu estou brincando, Turner! Tinha que ver sua cara... 

—Babaca!

—Me conhece a dez minutos e já está me chamando de babaca? Espere até ver o resto - ele diz e por um segundo me pergunto quais os defeitos de Harry. Quero dizer, até agora ele parece perfeito mas ninguém é perfeito e estou curiosa para saber quais são os defeitos dele.

—Bem, eu tenho que ir agora. Compromissos - ele diz colocando o dinheiro para pagar o café sobre a bancada e se levanta - Quando quer fazer a mudança? - ele diz em pé me encarando. Me levanto também ficando perto dele e tenho vontade de me sentar de novo ao reparar que bato bem abaixo da cabeça dele. Droga! Minha mãe e meu pai são tão altos, por que eu tinha que ser baixa?

—Pode ser amanhã? Desculpe se pareço desesperada mas quero sair logo da casa de meu pai - digo e ele concorda com a cabeça, tirando uma chave do bolso da calça e me entregando.

—Pode ir a hora que quiser, mas só acordo nos sábados a partir de uma hora, então não me acorde - ele diz se virando para ir embora mas para na porta e me olha - Ah, Turner.

—Sim?

—Você tem algum problema com nudez? Porque é bom saber que eu não costumo muito andar de roupa em casa... - ele diz e vai embora antes que eu diga algo e mesmo se ficasse aqui, estaria surpresa demais com minha cara corada de idiota para dizer algo, sem falar que eu já estava com as chaves e era tarde demais...

E vamos lá, a ideia de ver Harry sem roupa não parece ser uma experiencia tão ruim em minha cabeça...

 



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