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História Roommates - Capítulo 2 - prateleiras


Escrita por: flouwrgirl

Notas do Autor


Fanfic também no wattpad e na nyah fanfiction no usuário @imaginatedcreated.

Capítulo 2 - Capítulo 2 - prateleiras


( https://media.tenor.co/images/f6e1343e5f43ea29b7264052babdc2fd/raw ) 

Quando te perguntam o que você quer ser quando crescer, você responde coisas obvias como advogado, médica, pediatra, veterinária e para aqueles perguntados que ainda são bem pequenos, dizem princesa ou fada. O fato é, desde pequena quando me perguntavam o que eu queria ser quando crescesse, eu respondia "ser feliz". E cá estou eu, com 19 anos. Eu estou feliz? Eu não sei responder. Bom, pelo menos devo estar mais do que o resto da população pois na ultima hora em que estivesse sentada nessa cafeteria tranquilamente e bebendo meu café com calma, esperando dar uma hora para que seja a hora que Harry levanta e eu não seja a culpada por acorda-lo, tudo o que vi foram pessoas a todo momento no celular, computadores ou outros aparelhos eletrônicos, preocupados com tudo, dinheiro, com a vida, com coisas banais e estressados, preocupados, emotivos... essas pessoas não eram felizes e a maioria, a causa era o trabalho. Eu começaria a trabalhar como atendente em uma livraria aqui perto em alguns dias e espero do fundo do meu coração não me estressar assim. Por isso faço uma promessa a mim mesma agora, de que trabalho nenhum mesmo que eu ganhe uma boa grana vai me segurar se estiver atrapalhando a felicidade em minha vida.

O relógio marca uma hora e logo estou pagando meu café e puxando minha mala e minha bolsa até o apartamento na rua ao lado que constante Harry, era o ultimo do lado esquerdo. O prédio é o mais largo da rua, tendo quatro andares, um apartamento em cada andar e o de Harry era o ultimo, o que era ótimo pois não teria ninguém acima de nós fazendo barulho, puxando cadeiras e essas coisas chatas que acontecem em apartamentos. 

Apesar de ser bem antigo por fora, por dentro o ambiente tem um toque de novo misturado com um toque clássico, tendo paredes brancas e quadros espalhados por todo lugar. Agradeço a Deus ao ver que tem um lindo e maravilhoso elevador, já que existia a possibilidade de que ter que ficar subindo escada noite e dia. Aperto o botão do quarto andar e subo ao som de uma musica que parecia de velório. Assim que a porta se abre, dou um salto e ando a passos largos até a porta branca com o numero 4 nela. Me pergunto se deveria bater ou simplesmente já ir entrando e opto por entrar direto pois Harry poderia estar dormindo ainda e tenho certeza que ele não é nem um pouco amigável quando o acordam.

Giro a chave duas vezes e a porta se abre, revelando um largo espaço com uma sala de estar com uma televisão imensa na parede junto de um sofá pequeno e branco, com várias estantes cheias de livros espalhadas, assim como Harry disse. Ao lado, uma cozinha que era separada da sala por uma longa bancada de madeira com três lugares a postos para se sentar. Vou andando pelo espaço e logo vejo um quarto com uma cama de casal, um closet e com um piano no canto, junto de livros espalhados por todo o chão e pacotes de alguma coisa. Ao lado, um quarto um pouco menor, com uma cama de solteiro, um closet também e prateleiras livres. 

Coloco as malas no mesmo já sabendo que esse será o meu e volto para o quarto anterior, imaginando se Harry sabe tocar piano bem.

Do nada ouço barulho de chave virando e então me viro, vendo a porta do banheiro se abrir e revelar Harry um pouco molhado com os cabelos encharcados e só de cueca. Olho para ele assustada mas o mesmo me olha com a expressão normal, como se eu ver ele de cueca fosse a coisa mais simples do mundo e talvez fosse mesmo, só que a santa Maria virgem aqui ficava com o rosto queimando igual uma idiota. 

-Boa tarde, Turner. Até te mostraria o "lar doce lar" mas você já viu tudo, pelo visto - ele diz apontando para minha mala no chão do quarto me fazendo olhar para o mesmo e logo me viro de volta para ele, que está com um sorriso malicioso nos lábios, mostrando as covinhas. 

-É, eu já vi tudo. Desculpe ir entrando, é porque não sabia se ainda estava dormindo ou não e não queria te acordar - digo nervosa e ele da de ombros andando para a cozinha.

-Não tem problema Turner, a casa é sua também agora, só não traga gente que você tenha conhecido em uma noite pra transar para cá - ele diz e coro de novo e ele ri me encarando - Por que fica tão sem graça tão fácil? É só falar de sexo que você fica assim. Não é virgem, é? - ele pergunta e antes que eu responda, seu telefone começa a tocar e ele pisca algumas vezes me encarando, esperando a resposta.

-É melhor atender, e eu vou começar a arrumar minhas coisas - digo me virando e indo para o quarto. Passasse meia hora e termino de arrumar minhas coisas. Um cheiro delicioso de panquecas surge e minha barriga ronca. Não tinha notado mas não tinha comido nada hoje além do café e já são duas da tarde. Sigo para a cozinha e encontro Harry apenas de calça de pijama e sem blusa, fazendo panquecas e colocando sobre a bancada. 

-Aceita uma panqueca, senhorita arrumação? - ele pergunta e logo já estou sentada de frente a bancada com cara de criança que está prestes a ganhar doce.

-Seria grosseria recusar! - digo e ele ri. Logo o prato a minha frente está com uma panqueca cheia de manteiga e queijo ralado e não leva nem cinco minutos para que eu a coma por inteiro. O gosto estava maravilhoso, nunca tinha comido uma panqueca tão boa! Harry come devagar e lambendo os lábios enquanto me olha, o que para ele não é nada demais e não faz por provocar, apenas está limpando a porra dos lábios mas para mim é como se fosse mil borboletas em minha barriga e fogo sobre minhas bochechas.

-Gostou? - ele pergunta sério, ainda comendo a sua panqueca enquanto eu gorda já estava na segunda.

-Se eu gostei? Isso tá muito bom, Harry! Você deveria abrir um restaurante, ou cafeteria ou sei la. Sua comida tem gosto de comida de mãe - digo e ele ri.

-Minha mãe era cozinheira em um restaurante, então me ensinou vários truques na cozinha. Pelo menos uma coisa eu faço certo em minha vida - ele diz sério e me pergunto o que ele quer dizer com isso. Ele parece perfeito até agora! Gentil, sabe cozinhar e...bonito para não ser inapropriada - E gosto de comida de mãe significa algo bom por acaso? - ele pergunta e confirmo com a cabeça, com a boca cheia e fazendo-o rir.

-Bem, eu tenho que sair. Não devo voltar nem tão cedo então não se assuste se ouvir a porta abrindo as duas da manhã - ele diz e concordo com a cabeça. 

Me jogo no sofá ligando a tv em um canal qualquer onde passa a culpa é das estrelas e meia hora depois Harry aparece na sala, vestido com uma calça preta justa, uma blusa branca quase transparente e uma jaqueta de couro preta, e com o cabelo incrivelmente arrumado. Ele olha para a tv e faz careta ao ver o filme que assisto.

-Por que não tenta arrumar meus livros? Se quiser, é claro. É melhor que esses filmes melosos - ele diz dando de ombro e concordo com a cabeça, logo ele sai. 

Me levanto em um pulo e caminho até as estantes sentindo frio. Esse apartamento é grande e frio, como se estivesse com todas as janelas abertas com um vento da porra.  Passo os olhos pelos livros e vou reconhecendo os títulos; o caçador de pipas, O conde de Monte Cristo, O senhor dos anéis, Harry Potter, o leão, a feiticeira e o guarda roupa, a cabana até livros de Emmanuel Kant, Rene Descartes, Aristóteles, etc. Tinha livros de todos os tipos ali! Li partes cortadas de vários livros lendo alto e andando pelo apartamento silencioso com minha voz dando eco. Acabei por ler o caçador de pipa quase inteiro e no final do dia as prateleiras estavam limpas e organizadas como o planejado. 

Conectei meu iPod no som da sala e fiquei ouvindo The xx bem alto o resto da noite que sobrava até dar onze horas e eu decidir me deitar. Não consigo dormir pensando o que seria da minha vida. Eu tinha que procurar um emprego melhor, com certeza e organizar minha cabeça acima de tudo. No meu coração algo me dizia para procurar minha mãe mas minha cabeça impedia. Se ela quisesse contato comigo já teria me procurado...

Da uma hora da manhã e eu não consigo dormir, então vou para a cozinha, esquento uma xícara de leite e bebo sentada na bancada. Olho para as prateleiras agora arrumadas. Aposto que Harry gostaria quando visse seus livros todos organizados e ficaria bem feliz. Pretendo ser amiga dele. Quer dizer, ele é uma pessoa legal e estamos morando juntos afinal, então ter uma boa relação com ele é o minimo. 

Sou expulsa de meus pensamentos quando a porta de entrada é aberta e Harry entra, mas não está sozinho. Uma moça loira entra junto de Harry, tropeçando nos próprios pés, Harry igualmente tropeçando nos próprios pés de tão bêbado, com os cabelos desarrumados e fervor nos olhos enquanto olha para a loira alta e com um vestido vermelho minusculo e sem alças. Assim que a menina fecha a porta rindo, Harry a empurra contra a parede e começa a beijar seu pescoço, e em troca ela geme alto. Puta merda, quero correr para o quarto mas se eu fizer isso eles iram me ver, então apenas abaixo no balcão e fico quieta. 

A garota o empurra rindo e começa a andar em direção a sala, provocando-o. Ele ri alto também.

-Vamos pro quarto, Harry - ela diz mas ele discorda, empurrando-a contra uma das prateleiras recém arrumadas, derrubando alguns livros. 

-Eu quero você aqui e agora - ele diz encarando-a encostada na prateleira e beija-a, começando a tirar seu vestido, derrubando o resto dos livros que ainda sobravam. Aproveito que estão com a atenção um para o outro e decido me levantar calmamente, tentando ir para o quarto silenciosamente sem chamar atenção já que não estou afim de ver eles transando bem na minha frente.

-Quem é ela? - a garota diz apontando para mim me fazendo parar no meio do caminho e fazendo Harry me olhar sério e com cara de bravo.

-É minha irmã, não importa. Ela já está indo pro quarto dela - ele diz e volta para a loira que agora volta a gemer enquanto ele passa as mãos pelo seu corpo. Irmã? É sério? Vou correndo para o quarto e me jogo embaixo das cobertas. Tudo bem, parece que Harry não é o colega de quarto perfeito que estava parecendo ser...

Uma coisa é certa, eu não arrumaria aquela prateleira amanha de novo nem a pau!



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