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História Roses - Jucas - Um


Escrita por: uoujucas

Notas do Autor


Os personagens não são de minha autoria entretanto, terão características um pouco diferentes (mas nem tanto) da novela.

Espero que vocês gostem e podem me encontrar no twitter @uoujucas

Capítulo 1 - Um


Juliana se encarava em frente ao espelho fazia mais de meia hora. O cabelo ruivo estava preso em rabo de cavalo frouxo, o vestido preto combinando com o tênis que levava no pé. No rosto pouca maquiagem e um sorriso fraco que escondia um nervosismo que nem ela sabia que estava sentindo até aquele momento. Fazia quanto tempo que não via Giovane mesmo?

A sua dupla preferida do vôlei estava jogando em um campeonato fora do país, e a saudade que ela sentia era inexplicável no momento. Eles sempre haviam sido um grupo – ela, Giovane, Gabriel e Bárbara – como ela era a mais nova sempre era tratada como criança. Ela viu o sentimento da irmã crescer gradativamente para com Gabriel, no mesmo tempo que os dela cresciam por Giovane. O único problema estava no fato de que Bárbara era correspondida, ela não.

Por isso ela queria estar linda naquela noite, queria estar parecendo uma mulher e não uma criança. Fazia meses que Giovane não botava os olhos nela, e o que mais ela desejava era que ele a olhasse de uma maneira diferente. Queria fazer jus ao campeão que Giovane era.

– Jujuba, ta tudo bem? – Manu, sua irmã caçula, entrou no quarto e a olhou preocupada – Você está com uma cara estranha.

– Não é nada, maninha. Acho que é só saudade dos garotos. Sabe como é...

– Hm, sei. Os garotos ou o Giovane?

– Me deixa, Manuela! – Respondeu com um ar de irritação.

– Se você quer saber, você tá linda. – Piscou um olho e sorriu fazendo com que a irmã sorrisse de volta para a mais nova. – Só que o pai já tá meio irritado com a sua demora. Você sabe que a gente tem que tá lá na hora que os campeões chegarem, sabe como é.

– Então vamos, pirralha. Tá fazendo o que aí parada me olhando? – Puxou a irmã pelo braço e saíram em direção a sala.

– Aleluia, viu? – Bárbara falou pegando a bolsa que estava jogada em cima do sofá – Meus pés já estão me matando nesse salto.

– Hm, era só você ter se sentado que não sentiria nada. – Manu deu um sorriso debochado para irmã mais velha.

As três entraram no elevador sendo acompanhadas por Ricardo, o pai delas. Juliana se sentia um pouco incomodada quando estava perto de Bárbara, principalmente quando ela estava toda linda e segura de si, ela parecia até diminuir de tamanho quando ficava ao lado da loira.

O grande lance é esse, Juliana queria ter pelo menos metade da coragem de Bárbara. Quando a loira se viu envolvida sentimentalmente por Gabriel, ela não hesitou em confessar os seus sentimentos para a irmã do meio, a garota encantada por tudo que a mais velha falava constatava que se sentia da mesma maneira, só que pelo irmão do garoto. Quando Bárbara disse que naquele dia, quando Gabriel passasse ali para irem juntos ao treino de vôlei, ela iria beijá-lo, Juliana achou uma que ela iria cometer uma grande loucura. E se ele desse um fora nela? Sua irmã definitivamente ficaria arrasada. O que ela não queria admitir era que aqueles eram os seus medos e não os da irmã.

E qual foi a surpresa da mais nova, ao ver a irmã chegar em casa toda suada, porém com o maior sorriso do mundo estampado no rosto? Obviamente, ela não havia levado um fora e sim, tinha recebido outro beijo em resposta. Alguns anos depois Gabriel veio a admitir para todos que o que ganhou ele foi a iniciativa da namorada. 

Juliana queria ter aquela iniciativa. Queria ter coragem o suficiente para beijar Giovane, daria tudo para isso.

O caminho até a academia fora rápido e silencioso, Bárbara não parava de tirar selfies pelo celular, Ricardo batucava no volante, em sinal de nervosismo, Manu apenas revirava os olhos para os dois que estavam no banco da frente e Juliana reparava na cidade pela janela do carro.

O som alto podia ser ouvido de fora, e várias pessoas circulavam pela frente da academia querendo ter uma chance para entrar naquela grande festa. Alguns fotógrafos pediram para a família parar na porta e tiraram uma foto. Manu estava claramente incomodada com aquilo tudo.

– Eu vou entrar, vou ver se o tio Caio já chegou. – Ela falou e deu as costas para a família.

– Espera pirralha, eu vou com você. – Juliana disse e seguiu os passos da mais nova.

Ela olhou ao redor procurando Martinha, sua melhor amiga, entretanto, seus olhos pousaram em um garoto alto, moreno, que estava escorado na parede do outro lado do recinto. Os olhos do mesmo percorreram o corpo dela de cima abaixo e ela sentiu as bochechas esquentarem quando ele lhe direcionou um sorriso de lado, altamente sedutor.

Ela resolveu ignorar o olhar do garoto o voltou a procurar pela melhor amiga, nem sinal, seu olhar deu mais uma volta e encarou o garoto, vestido em uma camisa social, com um colete preto por cima, a calça social e os sapatos brilhando. Ele levava uma bandeja na mão e sorria amigável para as pessoas que tiravam alguns quitutes que estavam ali.

“Até que ele está bonitinho”. Ela pensou. Os olhos do garoto a encararam de volta e ela sustentou o olhar só por birra.

– Me desculpe por interromper essa sua guerra de olhares com o Lucas, mas a sua duplinha preferida já chegou. – Martinha falou ao lado dela.

Juliana não sabia de que buraco ela tinha surgido, mas tinha amado saber da informação. Sua atenção bateu logo em Giovane, ela sentiu o coração acelerar, ele estava mais lindo e bronzeado do que nunca. O sorriso não conseguiu se conter no rosto, a saudade era tanta que ela literalmente correu, ignorando os fotógrafos que tentavam tirar fotos dos irmãos que eram impedidos pelos patrocinadores que queriam cumprimentar os campeões. Ela não se importava.

– Que saudade! – Falou antes de abraçar o amigo pelo pescoço.

Giovane ficou sem reação, a princípio, pego de surpresa pelo abraço inesperado.

– Juliana, também senti saudade, pequena. – Ele falou com carinho, a abraçando de volta.

Ela bufou. E o encarou.

– “Você sabe que eu não gosto quando me chama de pequena” – ele forçou uma voz mais fina e deu uma gargalhada da cara da amiga.

– O mesmo babaca de sempre. – Ela rolou os olhos e ficou esperando ele comentar algo sobre o jeito que ela estava vestida, porém nada.

– Mas você me ama mesmo assim. – Deu um peteleco no nariz da mais nova e virou-se para continuar a conversa que estava tendo com um dos patrocinadores.

Qual era o problema desse cara? Ou pior, qual era o problema dela? Por que ele não poderia reparar nela sequer uma vez na vida?

– Vai falar comigo não, cunhadinha ingrata? – Gabriel perguntou enquanto abraçava a ruiva pelos ombros.

– Claro que ia falar com você! Parabéns, vocês são campeões internacionais agora. Vão fazer sucesso e esquecer da gente.

– Dona Juliana e seus dramas básicos. – Bárbara comentou enquanto rolava os olhos.

– Se não fosse drama não seria Juliana. – A ruiva piscou para a mais velha fazendo Gabriel rir – Bom, aqui tá muito tumultuado, depois a gente se fala, aí você me conta como é jogar na Itália. – Ela disse e saiu dali.

Encontrou Martinha conversando com Jabá e se direcionou a eles. O olhar do moreno saiu da loira e postou-se na ruiva.

– Então, o Giovane reparou em toda essa sua produção? – Ele perguntou sarcástico – Porquê se ele não reparou, eu reparei. – Piscou um olho.

– Deixa de ser ridículo, Jabá. – Martinha falou, rolando os olhos. A garota não queria admitir, mas ver o seu ex dando em cima da sua melhor amiga direto não é uma das coisas mais fáceis.

– Se você está tentando alguma coisa pisoteando nos meus sentimentos pelo Giovane, deixo logo claro para você: Não vai funcionar. – Ela falou e se virou para sair dali para pegar um ar.

O problema foi que ela não viu que naquele momento Lucas passava por trás dela carregando um badeja cheia de copos de vidros. O barulho dos vidros estilhaçando no chão foi tão alto que o olhar de todos na festa foram parar em cima deles.

– Garoto, você não olha por onde anda não? – Ela perguntou irritada, enquanto segurava a mão onde um pedaço de vidro tinha batido.

Ele apenas abaixou a cabeça. Sentiu o sangue fervilhar, mas não podia responder nada. Não naquele momento.

– Me desculpe. – Ele falou em um tom tão baixo, com os dentes tão cerrados que Juliana só entendeu porque estava bem próxima dele.

Ela viu ele se abaixar e começar a juntar os pedaços de vidro e coloca-los na bandeja. Ela até sentiu uma vontade de abaixar também e ajuda-lo, entretanto, foi puxada por Jabá para sair dali. E nem viu quando o chefe do buffet chamou Lucas de volta para a cozinha.

– O que é, Jabá? Tem como você me soltar, por favor?

– Sua mão está sangrando!

– E daí? Eu não vou morrer por conta de um cortezinho de nada. Por favor, né! – Ela pegou um guardanapo de uma mesa qualquer e colocou na mão para estancar o sangue. – Você me puxou tão rápido que não deu nem para ver se o Lucas ficou bem.

– Ah, fala sério, até parece que você estava preocupada com ele. – O garoto falou com ironia.

– Mas é claro que eu estava. Afinal, os copos terem caído foi parte culpa minha que queria sair daquele inferno logo.

– Ah, você ficou irritadinha pelo que eu falei. Juliana... – Ele falou pausadamente – Você se veste de maneira diferente, mas por dentro continua sendo a mesma garotinha de sempre. – Ele pegou nos ombros dela e a virou para que ela pudesse ter uma visão total da festa e começou a falar no ouvido da garota – Tá vendo a sua irmã? Ela dançando toda segura de si. É porque ela é uma mulher, por dentro e por fora.

– O que você quer dizer com isso?

– Que você tem que agir como mulher de vez em quando. Olha o Giovane ali, todo de papo com a assistente da Bárbara, a Joana. Por que não é você no lugar dela?

– Por que não sou eu no lugar dela?

– Porque você não toma uma atitude! Vem! – Puxou a garota para o meio da pista de dança e parou ao lado do outro casal.

Ele espalmou a mão na cintura dele e a puxou para mais perto de uma vez só, chegou a boca no ouvido dela e falou:

– Você é linda, Juliana. Só precisa melhorar uns aspectos na sua vida, aprender umas lições. Quer ver como o Giovane vai se incomodar daqui a pouco?

– Quero. – Ela respondeu quase sem ar.

E então ele começou a beijar o pescoço da garota, bem ali, no meio da pista de dança. Com o seu pai e o tio presente. Foi então que ela encontrou o olhar semicerrado de Giovane e ela forçou um sorriso na direção dele.

– Acho que tá funcionando. Você tem mais lições dessas?

– Tenho várias, gata. – Ele disse se afastando e encarando-a.

– Espero que você me ensine.

– Eu já sou seu professor. – Piscou e sorriu.

Um pigarro foi escutado e Giovane estava parado ao lado dos dois.

– Vem dançar comigo, Jujuba!

Ele puxou ela e a garota mal podia acreditar que aquilo tinha dado certo mesmo. Ele havia largado Joana para dançar com ela.

Juliana dormiu nas nuvens naquela noite.


Notas Finais


Olá, então aqui está o primeiro capítulo, espero que gostem.
Me deem o feedback de vocês que eu pretendo continuar essa estória.
Apesar de ter muito Jabá nesses primeiros capítulos é necessário para construção da narrativa.
Um beijo, vocês podem me dá um alô também no twitter @uoujucas :)


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