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História Rotinas de Inverno - Terceiro


Escrita por: hobseok

Capítulo 3 - Terceiro


Fanfic / Fanfiction Rotinas de Inverno - Terceiro

Eu tinha razão, Minhyuk era sim uma boa companhia. Do tipo que me fazeria passar o dia inteiro conversando e rindo de coisas bobas e irrelevantes. Vez ou outra prestávamos atenção na péssima sessão de filme que passava em um desses canais de televisão.

- [...] não estava em meus planos vir para casa de minha avó agora, mas estou feliz por ter vindo!

- Ahn, minha família está em Seul... Na verdade, nem eu mesmo sei os motivos ao certo pelo qual me mudei, talvez por querer sair de casa apenas. Então escolhi Gwangju.

- Eu nasci em Gwangju e vivi aqui durante toda minha vida... - pensou um pouco - Ahn... mesmo que "toda", não seja tanto tempo assim.

-  Ah, você nem ao menos me disse sua idade.

- Acabei de completar vinte e quatro anos. - me surpreendi com aquela resposta pois esperava que Minhyuk dissesse no máximo vinte anos. - Mas tenho pra mim, que sempre vou ter aqueles passados dezenove anos.

- Hm... você realmente não aparenta ter vinte e quatro. Eu tenho vinte e cinco.

- Ah, Hoseok hyung! - disse animado.

Minhyuk era um cara de dois lados. Não aquele comum clichê de duas caras ou ter "lado bom e lado ruim", não, não era assim. Minhyuk era capaz de ter os dois lados igualmente bons. Aquele lado que me fez conversar durante toda aquela tarde, aquele lado interessante e extrovertido. E aquele outro lado que me fez parar naquela manhã em que o vi chegar. Aquele lado que corria junto as criança e que sorria como ninguém mais conseguiria sorrir. Não importava em que lado ele estivesse, ambos eram encantadores. E mais uma vez, aqui estava eu com o mesmo pensamento. Enfim, olhei para o relógio e já passava das quatro.

Depois de horas sentados naquele meu sofá acabado, certamente ja estávamos enraizados ali mesmo. Achei melhor sairmos um pouco.

- Vem, vamos comprar alguma coisa. - levantei passando a mão em algum dinheiro que havia sobre a estante e o enfiei num dos bolsos. Peguei um casaco qualquer que havia jogado pela casa e então saímos.
Acabamos por parar numa cafeteria perto de casa.

- Dois expressos, por favor. - disse ao chegar no balcão daquele estabelecimento.

Pelo canto dos olhos, vi Minhyuk se encolher tímido daquela mesma forma adorável. Esperei ali mesmo o pedido e logo o recebi.

- Aqui está. - uma simpatica senhora disse me entregando tudo. Peguei os copos com alguma dificuldade por ao mesmo tempo tentar tirar o dinheiro que havia colocado de qualquer jeito no bolso. Enfim, paguei tudo e saímos dali.

- Obrigado, Hyung. - disse ao pegar o copo que eu o entregara.
Admito ter achado um tanto estranho ouvir alguém se referir a mim como "hyung". Eu, geralmente, nao tinha nenhum tipo de contato com pessoas mais novas que eu. Apesar de estranho, eu havia realmente adorado ouvir aquelas palavras serem ditas por Minhyuk.

Andando em passos lentos, demoramos um pouco para chegar em casa. Alguns garotos já haviam saido de suas casas para aproveitar mais um pouco o dia que já estava em seu esplendoroso final.

Podiasse ver passarinhos, voando em perfeita formação para o oeste. O por do sol, que ainda era capaz de iluminar as partes altas da cidade, deixava em um tom amarelado toda a extensão que seus raios ainda eram capazes de tocar.

Aquele mar de neve já havia derretido em grandes partes, restando apenas poças de água e, em poucos lugares, partes de gelo que ainda resistiam bravamente.
Ao nos avistar, dois dos garotos vieram correndo em nossa direção. Sincronizados, pularam de uma vez em Minhyuk, quase o fazendo cair.

- Hyuk hyung, onde você estava? - o menos disse fazendo bico enquanto Minhyuk o carregava ao mesmo tempo que segurava a mão do garotinho mais velho.

- Eu estava com o Hoseok hyung, querido. - disse apontando em minha direção. Levantei uma das mãos dando um simpático "tchauzinho" para o pequeno tendo um sorriso como resposta.

- Hyung, se importa se eu ficar por aqui?

- Tudo bem, Minhyuk. Eu vou indo.

- Até mais!

Segui para casa deixando Minhyuk e os meninos para trás. Escutei as altas risadas vinda dos mesmos que brincavam ou faziam coisas do tipo logo atrás de mim. Aquelas risadas caiam perfeitamente naquele fim de tarde por um fio de se tornar noite.

As risadas de Minhyuk, em especial, destacavam-se dentre todas. Era inconfundível, e certamente, era a risada daquele lado radiante assim como aquelas crianças.

Entrei em casa ainda ouvindo sons vindos da rua. Após passar alguns demorados minutos no banho, voltei ao sofá, de onde eu havia saído a algum tempo. Peguei algumas cobertas e novamente coloquei alguns filmes como de costume.

Recordei-me da bicicleta ao ver que mesma ainda se encontrava no canto da sala, exatamente no mesmo lugar em que Minhyuk a deixara logo pela manhã. Não me dei o trabalho de guarda-la já que, certamente, Minhyuk voltaria pela manhã seguinte para, mais uma vez, pega-la emprestado. Abri um leve sorriso ao me lembrar do meu dia.

Eu me sentia bem por, finalmente, não ter passado mais um dia de minhas férias sentado vegetando no por horas no sofá de casa. Acabei por dormir ali mesmo, jogado no sofá de qualquer jeito.

***

Acordei automaticamente no mesmo horário de sempre. Meu corpo já havia se acostumado com aquela minha vida matutina então já não reclamava por sono ou coisa do tipo mais. Levantei sentindo um pouco a coluna por ter dormido de mal jeito. Sem qualquer receita ou indicação, virei alguns comprimidos na boca, um tanto quanto insano.

Fiz todo aquele meu ritual e em seguida subi para o quarto na intenção de ficar ali na janela, quase que em estado hipnótico, durante um bom tempo.

Já não nevava mais. Apesar das baixas temperaturas, podia-se ver o sol radiante, fazendo toda aquela neblina que a noite trazera desaparecer. Eu amava aquele sol de inverno. Adorava quando o mesmo batia ali na janela. Eu enfim podia ate mesmo sentir o sangue correr em minhas veias que,outrora, ja estavam quase que congeladas.

Tudo se repetia naquela manhã, como todas as outras. Olhei para o relógio e ainda faltava um pouco de tempo para que Minhyuk começasse tocar minha campainha desesperadamente.

Então, o tempo se passou e, pra minha surpresa, ele não apareceu. Nenhum sinal de Minhyuk ou campainha naquela manhã. Conferi da janela para ter certeza se as crianças brincavam lá fora, e lá estavam elas. Não fazia ideia de em que infernos Minhyuk havia se metido.

Depois de uma semana com aquele louco vindo até minha porta e espancar minha campainha para pedir uma bicicleta velha emprestada, senti falta de abrir a porta e me deparar mais uma vez com aquele meio sorriso. Pensei na possibilidade de aquele idiota ter ido embora sem falar nada e que todas aquelas manhãs em me importunava pedindo a maldita bicicleta, era por pura vagabundagem mesmo. Dei de ombros pra situação e retornei novamente a janela. Por fim, aqueles remédios me deram um puto de um terrível sono. Deitei-me na cama e, sem perceber, acabei pegando no sono novamente.


Notas Finais


capas ~hobisug <3
wonhyuk ama vcs


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