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História Rotinas de Inverno - Quinto


Escrita por: hobseok

Notas do Autor


boa leitura ♡

Capítulo 5 - Quinto


Fanfic / Fanfiction Rotinas de Inverno - Quinto

Era bom, enfim, ter Minhyuk ali. Poder escutar aquela voz mais uma vez era um alívio. Eu já não precisava espionar a rua a cada hora para tentar avista-lo. Devo dizer que passei a me sentir um idiota por ter ficado, digamos assim, preocupado durante aqueles dias. Eu basicamente estava sendo um tanto pegajoso com alguem que acabara de conhecer. Mas agora estava tudo bem.

- Você está bem? - disse me esperando fechar a porta. Ele parecia tímido em minha casa mesmo depois daquela tarde.

- Sim, estou bem e você? - segui para o sofá sendo acompanhado por Minhyuk.

- Nunca estive melhor!

- Ah, ótimo. - disse seco. Se ele pelo menos soubesse o que acontecera em meus pensamentos durante aqueles dois dias anteriores, ele certamente não me daria aquela resposta. Me sentei tentando parecer o mais normal possível mas um inconveniente bico emburrado se formou em meu rosto sem que eu pudesse perceber. Ouvi uma breve risada vinda de Minhyuk.

- Hyung, o que foi? - disse sentando-se ao meu lado. Senti aquela minha tentativa de gelo se derreter em instantes ao ouvi-lo dizer "Hyung". Tentei conter o sorriso que já lutava contra mim mesmo.  Meus lábios tremiam e já não era mais possível conter o sorriso, então ele saiu.

- Não é nada, Hyuk. - disse me virando para ele. A princípio achei um tanto estranho chama-lo de " Hyuk" mas percebi que o apelido realmente lhe caira bem.

- Ainda está no mesmo lugar em que deixei. - disse olhando para o canto da sala onde estava a bicicleta.

- Hm, não tive tempo de guarda-la.

- Ah, entendi. Mas então, o que quer fazer hoje? - disse animado feito uma criança.

- Que tal sairmos um pouco? - o vi concordar com a cabeça. Pedi que me esperasse para que eu pudesse ao menos colocar uma roupa decente. Sem muita demora me vesti e em seguida peguei a bicicleta e então saímos.

- Então... onde você quer ir? - disse montando na bicicleta enquanto Minhyuk me olhava. - Ahn, não vai subir? Prometo não deixa-lo cair.

- Vou onde você for, Hyung. - disse montando na parte dianteira da bicicleta.

- Hm, tudo bem.

Seguimos para uma praça não muito longe de casa. Enquanto eu guiava a bicicleta silenciosamente, Minhyuk cantarolava aquela mesma música de antes. Se admirava com algumas luzes de natal que já se faziam presentes em algumas casas e ao longo das ruas enquanto eu sorria sigilosamente. Era impossível não perceber que eu estava um tanto felizinho por conta de Minhyuk. Tentei me convencer de que estava tudo normal comigo mas também foi impossível.

Por fim, chegamos a singela pracinha. Não havia muito movimento ali e mal podiasse ouvir o mundo ao nosso redor. Devido a época de natal, o lugar fora completamente enfeitado com tudo o que fosse de natal. Luzes, renas, sinos e pequenos papais noeis alegravam aquele ambiente, que noutrotempo, era um bocado caidinho.

- Chegamos! - Minhyuk descera no mesmo segundo correndo para ver toda aquela iluminação de perto. Jurei escutar um "Uau" vindo do mesmo. - Você precisa ver isso de noite, é incrível!

- Por favor, podemos ficar até de noite? - juntou as mãozinhas bem pertinho do rosto quase que implorando. Lembrei-me daquela manhã em que viera me pedir a bicicleta. Senti aquelas conhecidas o das se formarem dentro de mim.

- Nós iremos ficar, Hyuk, não se preocupe.

Minhyuk abrira um sorriso agradecido. Desci da bicicleta e segui em sua direção. Sentamos em um dos bancos que havia ali por perto mesmo. Conversamos um bocado e, de vez em quando, em silêncio apreciavamos os sons dos ventos que fazia aquela leve brisa gélida bater em nossos rostos. A noite não demorou a cair. Ficamos até que a luz daqueles enfeites pudesse se tornar mais radiante e enfim iluminar, de forma graciosa, aquela pequena pracinha.

Continuamos sentados ali por um bom tempo. O céu já estava totalmente escuro e a neblina por fim tomava conta da cidade. Percebi que Minhyuk tremia por conta do frio e por conta da falta de agasalhos já que ele estava com uma blusa um tanto fina.

- Hey, o que passa pela sua cabeça em não colocar algo mais quente?

- Não estou com frio. - disse enquanto seus dentes batiam pela tremedeira. Ele era no mínino um idiota ou era mesmo uma criança teimosa.

- Hm...- Tirei uma de minhas várias blusas e o entreguei - Vista, vai ajudar.

- Obrigado, Hyung. - disse enquanto rapidamente vestia a blusa. Cruzou os braços se encolhendo o máximo que podia para poder se esquentar.

- Acho melhor irmos embora, já está muito frio. - levantei sendo seguido por Minhyuk.

Peguei a bicicleta e decidi leva-la empurrando. Minhas pernas certamente estavam congeladas demais para conseguir pedalar. Seguimos pela rua que já estava completamente vazia. Percebi que minha distância de Minhyuk era um punhado pequena e que nós estávamos andando quase colados um no outro. Minhyuk caminhava olhando para o céu sem se importar com nada, então não dei a mínima.

- Hoseok...- chamou minha atenção - Veja como são perfeitas.

- O que? As estrelas? - Olhei também para o céu.

- Com todas essas luzes daqui debaixo, não conseguimos ver o quão estrelado é esse imenso céu... - parou ainda refletindo - mas elas sempre vão estar lá encima nos olhando. E as que podemos ver, nos dão força para continuar. - sorriu assim que terminou a frase e em seguida olhou para mim.

Queria escuta-lo falar pelo resto da noite. Eu poderia me sentar ali mesmo e ouvir mais milhares de belas coisas que Minhyuk certamente diria. Eu poderia abraça-lo, poderia lhe dizer que havia percebido o quanto ele era incrível e poderia até mesmo pedir para que ele não fosse embora nunca mais. Eu poderia várias coisas, mas mesmo podendo, não as fiz.

Olhei uma última vez para o céu, retornei meu olhar para Minhyuk lhe respondendo com um sorriso e então continuei meu caminho em silêncio até chegarmos em casa.

- Não se preocupe com a blusa, pode me devolver quando quiser.

- Tudo bem, Hyung. Obrigado. - se aproximou me dando um apertado e quente abraço.

Mal pude raciocinar pois seus braços rodearam meu pescoço em fração de segundos. Seu rosto estava quase que ao lado do meu, tão próximo que eu sequer podia me mover. Coloquei minhas mãos sobre sua cintura que era um tanto fina. Engoli seco e respirei fundo por algum motivo pelo qual não fazia ideia. Ele enfim se afastou e eu pude sentir minhas pernas tremerem forte. Senti meu corpo bambear e logo tratei de firma-lo. Soquei as mãos dentro do casaco e travei todo o corpo.

- Boa noite, Minhyuk. - ele sorriu e sussurrou um leve "boa noite". Fiquei do lado de fora até ver Minhyuk entrar para sua casa, em seguida fiz o mesmo.

Minhyuk me causava reações estranhas, me surpreendia e me encantava. Eu talvez não tivesse mais controle sobre mim mesmo quando estivesse ao seu lado.
Me desconstruiu ao chegar, me refez ao ficar. Me derrubou ao sumir, me levantou ao voltar. E com apenas um abraço, me jogou ao chão novamente. Minha mente por fim já estava um caos, causado totalmente por Minhyuk.



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