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História Rotinas de Inverno - Oitavo


Escrita por: hobseok

Notas do Autor


voltei! é vespera de natal e eu ainda aqui com wonhyuk ♡

boa leitura

Capítulo 8 - Oitavo


Fanfic / Fanfiction Rotinas de Inverno - Oitavo

Passadas milhões de olhadas para o relógio, ele enfim pareceu trabalhar a meu favor. Respirei aliviado ao ver que faltava poucos minutos para que meu turno acabasse. Meu corpo já pedia por descanso e eu mal podia ver a hora de chegar em casa, eu já havia até mesmo me conformado em não ter Minhyuk por perto. Finalmente, conseguia controlar minha mente e suas bobagens. Fiz toda a contagem geral do dia, fechei meu caixa e enfim juntei minhas coisas.

Pra minha pessima sorte, chovia um bocado bom, mesmo dentro do estabelecimento, podia-se ouvir o som da chuva lá fora. O forte chiado da água caindo sobre a superfície da terra era um tanto relaxante. Seria ótimo se eu não estivesse preso dentro daquele lugar por conta da chuva. Não dava pra ficar melhor! Eu não ficaria ali nem mais um minuto daquele dia. Peguei aquela maldita sombrinha e resolvi enfrentar aquele temporal. Lembro-me se ouvir palavras como "espere, é perigoso", ou coisas do tipo, nem ao menos dei ouvido a elas.

Sai do local, logo sendo bombardeado por litros e litros de água que caiam feito pedra sobre meu acabado e velho guarda chuva que eu tentava equilibrar bravamente em uma mão enquanto guiava a bicicleta. Péssima ideia ter a levado junto.
Os raios eram assustadoramente incríveis que iluminavam o céu a cada vez que caiam, como um show de fogos, logo seguidos das fortes trovoadas quase que ensurdecedoras. Pensei comigo mesmo que Minhyuk, certamente, estaria encolhido em algum canto de sua casa, segurando uma montanha de cobertas e fechando os olhinhos a cada trovão.

A chuva parecia estar ficando cada vez mais forte, apressei meus passos para que pudesse chegar o msis rápido possível em casa. Depois de andar alguns minutos debaixo daquela chuva, eu já estava ensopado por completo - ainda não entendo o motivo de eu ter continuado segurando aquele guarda chuva inútil, mas não importava mais, eu já estava chegando em casa, felizmente -.Em passos largos e rápidos, seguia em direção a minha casa sem prestar atenção em muitos detalhes ali presentes. Chegando mais perto, vi, de relance, algo em frente a casa de Minhyuk. Conferi rápido e assustado o que seria aquilo. Senti como se todas as partes de meu corpo estivessem sendo congeladas, tudo parou por um segundo e eu mal conseguia pensar. Sem exitar, joguei tudo que segurava para o chão, bicicleta, guarda chuva e mochila, sem sequer me importar. Minhas pernas, involuntariamente, me fizeram correr até lá.

- MINHYUK... - gritei enquanto corria ao seu encontro.

Ele estava a sentado na calçada, segurava as pernas para cima se encolhendo e escondendo o rosto em seus joelhos. Provavelmente uma tentativa de se esquentar, ou coisa parecida. Ele era tolo o suficiente para segurar um pequeno guarda chuva que não cobriria nem ao menos uma criança de colo. Ele era estúpido, idiota e insano. Certamente não tinha nenhuma noção do que fazia.

Escutando minha voz o chamar, se levantou rapidamente, se esforçando para sorrir mas seus olhos ainda tristes não o deixavam me enganar. Me aproximei o abraçando forte sem que pudesse falar nada.

- Minhyuk, o que faz aqui? Você enlouqueceu? - Me afastei um pouco, colocando as mãos em seu rosto. Seus olhos pareciam estar inchados, mas ele continuava sorrindo pra mim. - O que aconteceu, meu amor? Você estava chorando?

- Hoseok... - voltou a me abraçar. - Pensei que você não fosse voltar. - Segurei todas as lagrimas que já pediam para cair de meus olhos retribuindo o abraço ainda mais forte.

- Minhyuk, porque você está aqui? Vai ficar doente, está muito frio e ainda chove forte.

- Você disse que voltaria a tempo de irmos ver as luzes da praça, eu estava te esperando.

- Hyuk, olha, você está todo molhado, está gelado.

- Você também está, Hoseok.

- Não se preocupe comigo. Vem, vou cuidar de você. - O abracei de lado e atravessamos a rua, até minha casa.

Abri a porta para que Minhyuk entrasse e em seguida voltei para pegar minhas coisas que ainda estavam caídas na rua.

Eu me sentia o pior da humanidade, um lixo, uma coisa desprezível. Eu havia prometido a Minhyuk, e não fui capaz de cumprir. Ele me esperara com uma criança ingênua e confiante. Eu me sentia em mais umas daquelas histórias de que papai noel não existe. Uma decepção talvez. Ver Minhyuk naquele estado, sem dúvidas, era uma das piores coisas que já me acontecera em toda a vida, e saber que aquela situação era por minha causa, me deixava a beira de um ataque. Acabei, ali mesmo, com todas as dúvidas que tinha sobre meus sentimentos por Minhyuk, conclui rapidamente que eles eram concretos e verdadeiros. Uma incerteza me amedrontava, talvez fosse errado, mas eu não me importava mais.

Coloquei minhas coisas para dentro sem dar muita atenção para as mesmas. Corri até Minhyuk que se encontrava em pé num dos cantos da sala, ele mal se movia.

- Ah, Hyuk... Você precisa trocar essas roupas, estão encharcadas. - disse enquanto o obrigava e o ajudava a tira-las.

- Hoseok, não se preocupe.
- Como eu não poderia me preocupar? Isso é culpa minha.

- Não é culpa sua, Hyung. - disse em voz baixa abaixando seu olhar como uma criança que acabara de fazer algo errado.

- Eu vou cuidar de você, Hyuk, vem comigo. - Segurei uma de suas mãos em seguida o puxando para meu quarto.

Fui ate meu guarda roupas e peguei o máximo de roupas possíveis para que Minhyuk pudesse vestir e se manter aquecido. O entreguei algumas toalhas para que se secasse e deixei que se trocasse sozinho.
Eu não descuidaria de Minhyuk nem um segundo, passei na cozinha e preparei um daqueles chás milagrosos que minha avó sempre fazia na minha infância quando estava doente. Apesar de que Minhyuk só havia tomado uma chuva, era bom prevenir de qualquer gripe ou resfriado que pudera o atacar.

Não demorei muito, logo voltei ao quarto onde Minhyuk já se encontrava sentado, encolhidinho, como sempre, em minha cama já com roupas secas. Sentei-me ao seu lado percebendo claramente que ele tremia devido ao frio.

- Beba isso, vai ajudar a esquentar. - disse entregando a caneca de chá à Minhyuk.

- Obrigado, Hyung. - sua voz saiu falhada e trêmula, certamente devido ao frio. Logo deu um longo gole na bebida.

- Hm... minhas roupas ficaram bem em você. - disse o mais simpático possível tentando o deixar confortável com a situação.

- E você ainda está molhado, Hyung. É melhor se secar.

- Hey, não se preocupe comigo. - olhei para seu cabelo que ainda estava molhado. Levei minhas mãos até ele ajeitando os fios que estavam um tanto bagunçados. - Você não deveria ter me esperado.

- Hyung, eu sou um idiota por isso? - Perguntei-me como alguém tão doce e incrível poderia estar me perguntando aquilo.

- Hyuk, você nunca seria um idiota por isso. Eu sou o idiota, eu deixei você me esperando. Me perdoe. Se você adoecer por isso, eu não vou me perdoar.

- Eu estou bem, Hyung.

Ele me olhava atento com um sorriso que ainda me dizia "está tudo bem", mas não estava. Eu o queria mais que tudo, o queria bem. Eu o queria comigo. Minhyuk era frágil como uma porcelana, das mais preciosas e raras e eu queria protegê-lo de tudo e de todos. Passei meus dedos pelo seu rosto apreciando mais uma vez cada detalhe que se fazia presente no mesmo. Sim, com alguma certeza, eu o amava.

Me aproximei de seu rosto devagar enquanto ele parecia ter congelado.  Nossas testas se juntaram fazendo-o fechar os olhos talvez como uma forma de proteção ou medo. Ajeitei meu rosto até que nossos lábios enfim se encostaram. Seus lábios eram macios e quentes, mesmo os termômetros da cidade marcando quase temperatura abaixo de zero. Senti os mesmos tremerem sobre os meus, logo se movimentaram abrindo um leve sorriso disfarçado e tímido. Logo tratei de profundar um pouco mais aquele beijo ja que Minhyuk nao parecia se importar com aquilo. Ele rapidamente aproximou nossos corpos se entregando um pouco mais a mim.

Minha cabeça certamente estava tão vazia quanto um deserto, meus pensamentos se aquietaram e meu corpo respondia apenas aos meus sentimentos que pareciam se resolver naquele instante. Senti uma das mãos de Minhyuk subir até meu cabelo, acariciando-os ternamente. Eu adorava a forma em que seus dedos passeavam pelos meus fios de cabelo, adorava como ele se entregara em questão de segundos.

Puxei-o ainda para mais perto deitando-me na cama, logo fazendo com que Minhyuk ficasse por cima de mim. Ele, se afastando um pouco, sorriu respirando fundo enquanto acariciava meu rosto. Fechei os olhos ao sentir um forte arrepio em todo meu corpo. Minhas mãos correram até a sua que ainda passeava pelo meu rosto, a segurei entrelaçando nossos dedos sorrindo de volta para Minhyuk. Com algum esforço, empurrei meu corpo contra o seu, com total foco em alcançar seu pescoço que se escondia naquele bocado de roupa que eu havia lhe entregado. Enfim, senti de perto aquele doce perfume de Minhyuk que me alucinava, aquele era o ponto alto do meu vício no tão viciante, Minhyuk. Depositei ali alguns beijos que fizeram Minhyuk rir, se movendo manhoso. Seus olhos me que encaravam e um sorriso de fazia presente em seu rosto. 

- Ah, Hyuk... Você é tão doce.

Ele sorria como se acabasse de ganhar o melhor presente de todo o mundo. Sorria como se estivesse debaixo daquelas brilhantes luzes de natal que sempre íamos ver. Fitou atento meus lábios que pediam a atenção dos seus, rapidamente voltou a eles acariciando mais uma vez meus fios de cabelo. Desceu uma de suas mãos até meu abdômen, escondendo-a por debaixo de minha camisa passeando com os dedos sobre os relevos de meu corpo detalhadamente definido.

Senti mais uma vez um sorriso se formar em meio a intensa briga que nossos lábios travavam. Se afastou colocando sua cabeça sobre meu peito sentindo minha respiração rápida e descompassada. Os dedos inquietos, ainda passeavam por debaixo de minha camisa, está que acabara me deixando um tanto irritado por sua existência ali naquele momento. Voltando os olhos para mim, o vi morder a ponta do lábio inferior como se fosse me pedir algo. Aquilo me parecia um convite.

Tratei de me livrar de minha camisa em segundos abrindo os botões da mesma de forma brusca sem dar a mínima importância. Vi seus olhos brilharem ao ver meu corpo exposto em sua frente. Peguei suas mãos, levando-as ate meu peitoral e descendo-as até meu abdômen. Ele parecia deixar que eu tomasse direção de tudo.

Achei um tanto injusto ele ainda estar completamente vestido. Levei minhas mãos até sua blusa a levantando devagar enquanto Minhyuk me enchia de beijos. Ouvi uma risada sem graça vinda de Minhyuk ao tirar sua blusa por completo. Me encarou envergonhado por aquilo. Fitei-o por completo, quase que em estado de choque, sem me esquecer de nenhum mínimo detalhe sequer.

Ele era lindo, sua pele e seu corpo exposto para mim, fazia-me sentir como se estivesse no ponto mais alto de todo mundo. Seu corpo era delicado porém bem definido. O vi corar ainda mais por me ter o observando como um predador. Me senti um tanto horrível mas era impossível negar o que ele causava em mim.

- Você é lindo. - susurrei em seu ouvido logo descendo beijos por seu abdômen, vez ou outra deixando ali exposta minha marca em sua pele.

Qualquer milimétrica distância entre nossos corpos era inaceitável, puxei seu corpo para o meu fazendo com que Minhyuk soltasse meu nome de sua boca algumas vezes. Nossos corpos se encaixavam perfeitamente, como um quebra cabeça, daqueles mais complexos, devo dizer.

Entre beijos, carícias e mais nenhuma distância entre nós, o frio, claramente, já não se fazia presente mais ali, o calor já havia se tornado intenso naquele lugar e o suor já escorria em ambos os corpos. O aroma dos mesmos parecia ter se expandido por todo o ambiante. Minhyuk já havia desfalecido em meu peito, e eu agora o podia sentir respirar fundo. Eu adorava a sensação de, enfim, te-lo em meus braços, adorava ainda sentir seu sabor em meus lábios e sentir seu cheiro, ali, tão perto de mim.

Fitei-o pela última vez antes que fosse vencido pelo sono.

- Hyuk... Você está bem? - senti encher seu pulmão de ar e soltar num suspiro calmo.

- Sim, hyung, estou bem.


Notas Finais


um anjinho me ajudou nessa <33
espero que tenham gostado, wonhyuk deseja a todos um feliz natal


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