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História Roxanne - Bairro Screew.


Escrita por: cpf

Notas do Autor


◘ Oi oi <3
◘ De madrugada sim e agora porque não terei tempo depois jnadnjkaknjd
◘ Ah, quero agradecer pelos favoritos e comentários, eu sempre fico boba com eles kajndnjkanj obg <3
◘ Ninguém é obrigado a comentar, mas sua opinião sempre será bem vinda por mim e sua mão não irá cair, sem contar que trará um sorrisão para a pessoinha de cá
◘ Espero que gostem <3

Capítulo 10 - Bairro Screew.


Fanfic / Fanfiction Roxanne - Bairro Screew.

Entrei em casa e joguei-me ao sofá. Faltava poucos minutos para dar 21h:00 e eu não havia achado nada sobre Roxanne. Nenhuma alma daquela estação idiota encontrou uma garota de 1,70cm que cheira a uva e tem uma cara de assustada. E isso me preocupa muito. Se fosse outra pessoa em meu lugar, com toda a certeza, estaria lascando o “dane-se” e seguindo a vida como ela é, porém, eu não consigo fazer isso. Eu não consigo fingir que está tudo bem sendo que tenho milhares de problemas em minhas mãos. Penso em trezentas coisas que possam ter ocorrido, mas eu tremo todo ao ver a imagem de Roxanne sendo julgada por ser o que é. Ela não escolheu nascer assim.

Puxei a carta e fiquei a olhando, não tinha muito o que tirar dali, mas aquele pedaço de papel projetava a minha mente um bom sentimento, algo como: “ela está bem, relaxe”. Segurei a folha contra meu peito e tentei descansar um pouco a mente. Uma pena que isso não aconteceu.

Quando estava para tirar um cochilo, o despertador do andar de cima tocou de forma violenta e árdua para a minha cabeça. Era hora de ir trabalhar, mesmo com tudo acontecendo. Levantei devagar e subi. Desliguei o aparelho, me despi no banheiro e tentei ao máximo aproveitar a água quente, o que foi totalmente em vão. Finalizei o banho, vesti o terno e fui para a garagem. Enquanto o portão abria, liguei o rádio e de cara, tocou a primeira música que ouvi com Roxanne. Naquela vez em que fomos trabalhar juntos e ela estava toda “bobinha” balançando a cabeça e cantarolando ao chegarmos na empresa.

Espantei todos os pensamentos com a partida do carro e segui para a empresa com pressa. Quanto mais rápido eu chegasse, terminaria o serviço e voltaria as buscas por Hulk. Em 25 minutos, já me encontrei no elevador e logo, em minha sala. Havia alguns papéis a mesa e mesmo sem vontade alguma, eu sentei e li um por um. Mais uma reunião de Fheder e desta vez, era algo “maior”. Algumas pessoas de outras empresas querem ver o “nosso” projeto e saber como está.

Vi que o horário estava muito próximo e segui para a sala de reuniões. Ao entrar, Piérre, Drake e mais os representantes estavam sentados em volta da mesa. Pedi licença junto a desculpas e me acomodei ao único lugar que tinha. Puxei uma caneta e fiquei olhando os tópicos da reunião. Só havia: Drake, Drake, Drake e mais Drake. Ou seja, muita chatice.

– Bom, vamos dar início a reunião. – Piérre pronunciou.

– Como todos sabem, eu tomei a frente disso. – Drake começou. – Já que muitas pessoas estão negando ajuda a Fheder e eu acho isso inadmissível! Piérre sempre fez de tudo por essa empresa e funcionários, mas quando pede um único favor para ajudar as pessoas que mais precisam, – Ele me olhou. – Elas o ignoram. – O tédio me pegou de vez.

– Vá direto ao ponto, Wolvectron. – Um dos representantes chamou a atenção dele. – Não estamos aqui para brincadeiras. O assunto é sério e qualquer rixa que envolva você e Sr. Payne devem ficar fora desta ocasião.

– Tudo bem. – Drake ajeitou a gravata, claramente furioso com o sermão que tomou. – Voltando, como nós sabemos, eles estão por aí, se escondendo por terem medo do que são e porque nós os fazemos sentir este medo. – Quanta ladainha, meu Deus.

Me curvei para trás e comecei a escrever na folha algumas coisas que vinham a minha mente sobre Roxanne.

 

- Ela cozinha muito bem;

- Gosta de brechós;

- Tem uma personalidade infantil e frágil;

- Lindos olhos verdes;

- Cheira a uva:

- Não tem família, pelo que sei;

- É uma garota com habilidades super-humanas;

- Drake está a sua procura;

- Ela é linda demais;

- Tem 1,70cm;

- Uma beleza extraordinária;

- Tem um sotaque russo ou algo parecido com isso;

- Eu sinto sua falta. Muito.

 

– Então, temos um grande progresso? – Voltei a realidade e Drake estava sorrindo.

– Claro que sim. – Ele continuou daquela forma. – Só precisamos fazer testes.

– Testes? – Arregalei os olhos. – Como assim testes? – Perguntei de forma assustada.

– Estava com a cabeça aonde, Liam? – Fheder me olhou.

– Apenas me responda! – Fiquei irado. – Como fazem todos esses processos e não avisam a mim?

– Você nem ao menos se importa com isso.

– Se não me importasse, por que estaria aqui? – Levantei e apoiei as mãos na mesa. – Eu sou a pessoa que mais se importa com essa empresa, eu faço de tudo por ela, mas é impossível dizer que a ideia de vocês é normal! Não existe alguém com características anormais que precise de cura e sim, pessoas altamente enlouquecidas que necessitam desesperadamente de remédios para se tratarem. Remédios dos quais produzíamos em massa, remédios dos quais fizeram a Lampshade ser a maior empresa de medicamentos do mundo, mas que agora, está se afundando em ideias vazias.

Puxei minhas coisas que estavam a mesa e sai com pressa, rezando para ninguém me parar, porque se isso acontecesse, cabeças iriam rolar. Entrei a minha sala, bati a porta com força e joguei tudo no chão. Me aproximei da janela e fiquei olhando para Malefic City. É uma vista tão linda, mas uma cidade parcialmente destruída. Não são aquelas cidades onde há altos níveis de criminalidade ou coisa parecida, mas existem partes em que realmente não é bom transitar com celulares em mãos.

Malefic City, antigamente, era um lugar muito horrível para se viver. Parecia mais uma cidade abandonada do que uma de Washington D.C. Com as mudanças eleitorais que ocorreram em 10 anos, tudo ficou mais suportável. A polícia trabalha de forma eficaz, a saúde está melhor do que nunca, empresas tem sedes aqui e a economia caminha bem demais. É como se a destruição jamais tivesse pairado sobre nossas cabeças.

Suspirei pesado ao lembrar de Roxanne. Ela está por aí, sozinha e sentindo-se culpada por um erro meu. E eu não consigo avançar com esse remorso. Ele está me corroendo aos poucos e logo, tudo desmontará em grandes pedaços.

– Liam! – Abriram a porta com força e virei assustado, vendo Niall.

– O que foi?

– Você não vai acreditar no que está na internet. – Ele correu até mim e jogou o celular em minhas mãos.

– O que é?

– Apenas veja!

Ajeitei o celular e soltei o vídeo que tinha por volta de 2m:20s.

– Na madrugada de hoje, um acontecimento heroico e muito suspeito ocorreu no bairro Screew. Por volta das 03h:25m, uma moradora de rua foi abordada por dois jovens criminosos e antes que seus atos fossem cumpridos, um outro individuo surgiu e salvou a senhora. Confira as câmeras de segurança de um estabelecimento.

As imagens rodaram e a senhora estava prestes a ser atacada pelos homens, quando um ser de branco surgiu e deu conta deles com socos e chutes, depois os amarrou num poste e andou para longe.

– Eu queria tanto saber quem é esta garota. – A senhora apareceu na reportagem. – Lembro que ela tinha cabelos castanhos, olhos verdes e cheiro de uva. Era uma linda menina com a força e a coragem. Uma verdadeira heroína.

O vídeo acabou e meu coração estava disparado. Eu nunca o senti batendo tão forte assim.

– É ela, Niall. – Olhei para ele. – Precisamos ir para Screew.

– Calma, Liam. Acha certo irmos para lá agora? – Niall foi para o sofá e eu o segui. – Sabe, esse vídeo está rodando a internet. Drake pode estar nos espionando.

– Eu não duvido disso, mas preciso chegar perto dela. Preciso abraçá-la, pedir desculpas e... – Passei as mãos no rosto e percebi que o cansaço tomou conta de mim. – Eu só quero ficar perto dela por agora.

– Interessante. – Ergueu as sobrancelhas rindo. – Okay, okay, vamos atrás dela. Louis e Harry?

– Agora.

Levantamos enquanto ele ligava para os dois e eu peguei algumas coisas minhas que estavam a mesa. Saímos e fiquei atento a todos ao nosso redor, qualquer um poderia ser o contratado de Drake para nos seguir, ainda mais se ele tiver percebido meu humor tedioso em relação a algo. Entramos em meu carro, pois o de Niall está no conserto e seguimos para Screew, que fica ao norte da cidade.

Caminho rápido e fácil, menos de 30 minutos. Já na entrada do bairro, encontramos Harry e Louis. Deixamos os carros em um estacionamento e descemos.

– Bom, então, sua garota está aqui? – Louis questionou.

– É o que tudo indica. – Respondi sorrindo. – Preciso mesmo que me ajudem a encontrá-la e tomem cuidado, qualquer pessoa aqui pode ser contratada de Drake e se ele a achar primeiro, eu mato vocês.

– A culpa não é nossa que o Sr. Esquentadinho surtou. – Harry balançou a cabeça de um lado para o outro e revirei os olhos.

– Apenas vá atrás dela e não reclame, Styles! – Já estava ficando irritado com essas idiotices dele.

– O mais importante é não fazer alarde quando vê-la. – Niall falou sereno e calmo, com seu ar de pesquisador. – Não sabemos o que ela pode fazer e do que é capaz, então, se controlarmos a situação será benéfico para nós e para Roxanne. Sejam pacientes e liguem para avisar sobre qualquer pista.

Nos dividimos e comecei a perguntar para cada pessoa que conseguia parar. Screew é um daqueles bairros que citei, porém, mesmo correndo risco de receber uma facada e ter o celular roubado, não deixei de buscar por Hulk.

Passei por algumas vielas e em coincidência, acabei encontrando a senhora da reportagem. Ela estava levando um carrinho de supermercado com papelão enquanto cantava. Aproximei-me com pressa e a parei.

– Pode levar tudo que quiser. – Ela falou desesperada e tive dó.

– Hey senhora, pode ficar tranquila. – Pedi com calma. – Estou a procura de uma pessoa e sei que já a viu.

– Quem? – Franziu o cenho enquanto fitava-me de cima a baixo.

– Essa mocinha aqui. – Mostrei a foto de Roxanne para ela e a mesma sorriu.

– Ela que me salvou. Essa garota é tão espetacular. Nunca vi alguém igual, acabou sozinha com os dois safados. – Havia muito orgulho em sua voz. – Ela é sua namorada?

– Não. – Balancei a cabeça e as mãos com pressa. Nem em um milhão de anos eu namoraria com Roxanne, teríamos muitos problemas. – Ela é uma amiga muito querida e está passando por um grande transtorno que apenas eu posso ajudá-la. Poderia me indicar para que lado ela foi após o ato de salvação?

– Ah claro, ela seguiu pela Vincent Jay. – Apontou para a rua que fica para o leste. – Provavelmente, deve estar no albergue da rua detrás, mesmo que eu não tenha a encontrado lá, porém, possa ser que essa moça tenha retornado por agora.

– Tudo bem, muito obrigado. – Sorri e puxei do bolso da calça uma nota de 100. – Tome, para a senhora, sei que fará bem.

– Agradeço, meu jovem, mas não posso aceitar. – Ela oscilou a cabeça de um lado para o outro. – Me fara bem, mas não é o que procuro.

Ela seguiu seu caminho ainda cantando e sua ação me deu um sentimento estranho de paz. Sai do devaneio e segui pela Vincent Jay, até chegar ao tal do albergue. Adentrei e como não havia ninguém na recepção, subi curioso, eu precisava vasculhar aquele lugar todinho. Passei em alguns quartos e eles estavam vazios e desarrumados, nenhum cheiro de uva vinha deles e isso só me frustrou.

Como é que Roxanne sumiu?

Invadi o último quarto e já cansado, sentei a cama. Eu tinha vontade de chorar e mais ainda de gritar. Uma preciosidade como Hulk me escapou assim como ondas se desmancham quando batem na areia. De repente, forte e intenso. Sem avisos, mas um ciclo esperado. Sequei a água que escorria por meu rosto e ouvi o ranger da porta.

– Liam? – Girei o olhar para o objeto e pude enxergar Roxanne. Ela estava com roupas e sapatos pretos, a mochila nas costas e os cabelos soltos exalando seu aroma de uva.

– Roxanne! – Levantei em um pulo e corri até ela, mas a mesma desviou.

– O que está fazendo aqui?


Notas Finais


Espero mesmo que tenham gostado e caso isso ocorra, não deixe de dar sua opinião, ela é de extrema importância para mim.
Nos vemos no próximo, se cuidem!
XX. <3


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