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História Roxanne - Eu quero te conhecer.


Escrita por: cpf

Notas do Autor


◘ CHEGUEI MAIS CEDO SIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
◘ Eu estava ansiosa para postar e bom, vim com tudo
◘ Capítulo cheio de revelações e aviso-lhes que personagens novos irão aparecer logo mais, aguardem
◘ Talvez, sábado de madrugada, eu retorne a postar
◘ Ninguém é obrigado a comentar, mas sua opinião sempre será bem vinda por mim e sua mão não irá cair, sem contar que trará um sorrisão para a pessoinha de cá
◘ Espero que gostem <3

Capítulo 11 - Eu quero te conhecer.


Fanfic / Fanfiction Roxanne - Eu quero te conhecer.

– Eu vim te buscar. – Sorri e tentei outra aproximação. Novamente, Roxanne fugiu. – Por favor, não faça isso.

– Eu não quero te machucar. – Abraçou seu corpo e balançou a cabeça freneticamente. – Vai embora.

– Não posso te deixar sozinha. Você sabe que não.

– Não vou virar seu ratinho para experiências. – Sua voz estava raivosa e seu olhar levantou, fitando o meu. – Eu cansei disso.

– Eu quero te ajudar. – Quanto mais pra frente eu ia, mais pra trás Roxanne seguia. – Não me trate assim... – Admirei o chão por segundos. Aquele verde odioso nos globos dela me deram um susto. – Eu sei que errei por ter surtado, mas compreendi que devo te ajudar. – Ela encostou na parede e coloquei as mãos ao seu lado. – Me perdoe por aquilo, por favor.

– Você me machucou. – Sua mão pegou a minha e foi posta na parte esquerda de seu peito. – Foi aqui e foi forte.

– Assim como você, não tive esta intenção. – Pousei minhas mãos em seu rosto e alisei suas bochechas. – Volta comigo, eu vou cuidar tão bem de você.

– Eu não posso. – Roxanne segurou meus pulsos e os abaixou devagar. – Eu cansei de me esconder. – Disse confiante.

– O que vai fazer agora? – Fiquei confuso e pensei no pior.

– Eu posso não ser boa para você, mas sou para outras pessoas. – Sorriu como uma criança e suspirou feliz. – Eu posso salvar vidas, eu posso ser uma heroína, nem que seja por pouco tempo.

– Enlouqueceu? – Segurei o surto na ponta da língua. – Ser heroína? Que porra é essa?

– Não fale assim comigo! – A voz engrossou e cara fechou.

– Você está achando que aqui é a porra de um filme? – Não deu para me conter. – Vai fazer o que? Montar uma equipe de mutantes e sair por aí enfrentando bandidos e alienígenas? – Ri alto.

– E o que você tem a ver com isso? – Ela bateu com a palma das mãos em meu peito e uma imensa dor tomou conta dele. – Você nunca está satisfeito com nada, Liam, nunca! – Novamente, recebi outra pancada e foi mais forte. – Nada pra você está bom, nada é do seu gosto, tudo é piada! – Outra vez. – Estou começando a te odiar. – Esse último empurrão me fez perder o ar e cai sentado ao chão. – Suma da minha frente. – Vi uma pequena luminosidade em seus olhos, o verde estava sumindo.

– Eu... – Estava com dificuldades extremas para falar. – Eu... Por favor. – Minhas vistas ficaram bagunçadas. – Só quero te ajudar.

– Você não pode, ninguém pode. – Ela andou e ficou por cima de mim ao sentar em minha barriga. – Não gosto de te machucar, Li, mas você pede tanto por isso. – Roxanne estava triste agora. – Por que? – Ouvi um disparo e ela caiu deitada em mim.

Olhei para a porta e avistei Niall com uma pistolinha sorrindo vitorioso. Ele havia a dopado, mas foi melhor do que continuarmos discutindo. Louis e Harry entraram no quarto e ergueram Roxanne pelos braços e pernas. Levantei com cuidado e os agradeci por terem ajudado, mesmo com certa demora. Peguei as coisas dela que estavam pelo quarto e seguimos atrás de nossos carros.

Antes de entrar no meu, amarrei as mãos e pernas dela e a deixei deitada no banco de trás. Novamente, os agradeci pela ajuda e com Niall fui embora.

(...)

– Ela vai demorar para acordar? – Indaguei batendo pé repetidamente ao chão. Já deveria ter passado longas horas que Roxanne estava dopada.

– Tem como você parar com essa merda? – Olhou para a origem do barulho que aos poucos foi tomando um silêncio. – Obrigado. – Niall suspirou. – Talvez, demore.

– Talvez?

– Isso. Agora, cala a boca. – Ele voltou a examinar uma amostra do DNA de Roxanne. Eu fui um pouco contra, mas Niall insistiu tanto que deixei.

Dei a volta e fui para a maca que ela estava deitada e amarrada para a nossa segurança. Até que o porão de Niall é muito mais do que aparenta e eu dou graças a Deus por ter esse maluco ao meu lado. Abaixei-me próximo a ela e toquei seu rosto que estava um pouco pálido, talvez seja esse o efeito que o sonífero cause nela, talvez ela não tenha comido hoje, talvez ela só tenha sono. São tantos “talvez” que talvez nem tenham explicações.

Acariciei seu cabelo com calma e comecei a tomar seus detalhes para mim. Ela tem uma marca próxima a orelha direita que parece uma queimadura ou algo semelhante a isso.

Roxanne deve ter sofrido tanto enquanto vagava por aí e eu só sei piorar quando deveria ajudar.

Pude ouvir uma batida alucinante e encarei os olhos dela que em menos de um segundo foram abertos. Estavam assustados e desesperados por algo, mas assim que chicotearam até mim a coloração verde ficou intensa, escura e raivosa. Ela com certeza queria me matar.

Um grito alto e ensurdecedor escapou da sua garganta e fui obrigado a tampar os ouvidos enquanto isso ocasionava em um susto a Niall. Fui para trás e uma a uma, todas as amarras que a prendiam na maca se soltaram e Roxanne levantou com um pulo, ficando em pé sobre a estrutura.

Ela olhou ao redor e vi que sua atenção foi para as coisas que Niall estava usando e numa falha tentativa escondia. Seus joelhos se flexionaram e por impulso, me joguei junto com Roxanne, fazendo nossos corpos se baterem e rolarmos pelo chão.

– Espera! – Pedi e ela se debateu. Mais uma vez rolamos e suas mãos seguraram meus ombros contra o chão. Parecia que um cofre havia caído sobre mim e doía tanto.

– Você não faz bem a ninguém. – A cada segundo, ela me impulsionava mais para baixo e eu sentia meus ossos ao ponto de quebrarem. – Você é podre como Drake e Fheder! – Suas mãos rumaram para meu peito e foi aí que eu senti a dor de verdade. O ar não chegava aos meus pulmões e eu sufoquei.

Tudo começou a rodar enquanto eu buscava pelo oxigênio. Era como se eu estivesse afogando. Horrível, doloroso e mórbido. Assim que fechei os olhos, segundos se tornaram horas, mas meu peito encheu de ar e não pude mais notar o peso de Roxanne sobre mim. Eu queria olhar para saber o que havia acontecido, mas não tinha forças, pelo menos não naquele instante.

Consegui de pouco a pouco, erguer as pálpebras e mesmo com tudo embaçado e rodante, avistei Roxanne encolhida em um canto enquanto Niall estava próximo a mim com um revólver na mão. De certa forma, isso me irritou, não queria que ela tivesse mais medo de nós, mas se foi preciso... Terei que aceitar.

(...)

Senti algo molhado em minha testa e respirei fundo. Eu havia desmaiado, que beleza.

– Liam? – Os dedos longos e finos passearam por minhas bochechas e segurei com força o pulso da criatura.

– O que está fazendo? – Abri os olhos e vi Roxanne sentada ao meu lado enquanto tinha no colo uma tigela com água. Estávamos no sofá da sala de Niall.

– Não questione. – Ela fitou o chão. – Eu vou embora de vez e não quero que me procure. Você não precisa de mim e eu não preciso de você. Nós não combinamos, não dá.

– Você quase me mata e depois me salva. – Dei uma risada. – Patéticos. 

– Não quero saber. – Roxanne largou a tigela na mesa de centro e levantou. – Que você seja esse tal patético sozinho. – Falou com desdém.

– Precisamos conversar.

– Eu não tenho nada pra falar com você. – Sentei enquanto a vi indo até sua mochila que estava ao chão.

– Roxanne... – Chamei com uma voz calma. Não queria mais brigas, nem nada disso, apenas uma conversa. Ela parou de mexer na bolsa e olhou-me por cima do ombro.

– Já disse que não temos o que conversar. Aceite e volte ao seu trabalho idiota, antes que Fheder te demita. – A mesma arremessou algo em minha direção enquanto colocava a mochila nas costas e peguei ao ver que era meu celular. – Ele te ligou, Drake também. Todos ligaram, todos estão te procurando. – Ela apertou as alças e caminhou até mim. – Todos querem saber do projeto.

– Isso não vai rolar. – Deixei o celular de lado e encarei seus olhos. – Me escute por 5 minutos.

– Eu não consigo. – Balançou a cabeça. – Você mente demais.

– Eu minto? – Consegui ficar de pé. – Você me escondeu o que era!

– E você não me aceita assim! – As mãos foram fechadas e ela estava começando a se irritar. – Chega!

– Por que não me deixa te ajudar? – Com calma, passei minha mão por seu pescoço e parei em sua nuca. – Do que você tem medo? – Encarei seus olhos.

O silêncio foi sua resposta e ali percebi que ela estava sufocando ao meio das palavras que poderia estar escolhendo. Roxanne tinha medo, muito mais do que aparentava quando estava em ação. Mas do que? Sair machucada? Eu não cometeria tal ato contra ela. Na verdade, eu não seria capaz de arrancar um fio de seu cabelo. Não sou eu quem devo decidir sua vida.

– Existem coisas que você não sabe. – Respondeu fazendo certas pausas.

– Gostaria de contar para mim? – Sugeri sereno. Era assim que eu deveria estar para tudo dar certo.

– Promete ficar apenas entre nós? – Ela ergueu a mão enquanto balançava o mindinho.

– Prometo. – Enlacei nossos dedos.

– Se acomode, por favor. – Assenti e retornei ao sofá de forma confortável para uma dor idiota na costela direita. – Você gostaria de saber do que? – Ela largou a mochila e ao sentar do meu lado, retirou os sapatos.

– Eu quero te conhecer. – Segurei sua mão. – Apenas diga o que tiver que dizer.

– Me dê um tempo.

Ela abaixou a cabeça e eu esperei aquele período silencioso e pensativo passar para, finalmente, souber algo sobre Roxanne. Sei que a história não é curta, nem fácil, então é bom que tire um tempo para escolher por onde começar e sem que isso me assuste. Se bem que já sinto como se fosse normal.

– Tá bom. – Sua cabeça ergueu. – Eu preciso que faça algumas perguntas.

– Aonde você nasceu? – Nos olhávamos intensamente.

– Egito, mas ao completar 6 meses, meus pais se mudaram para a Rússia.

– Isso explica o sotaque. – Dei um pequeno sorriso. – Como eles descobriram que você tinha uma... Doença? – Isso deve ter sido ofensivo.

– Eu tinha pequenos surtos na escola. Botava fogo nos cadernos, atacava os alunos quando ouvia suas mentes borbulhando xingamentos contra mim, gritava desesperada para ir embora e muitas vezes, já fiz pessoas serem hospitalizadas. Adultos e crianças. – Roxanne confessava como se estivesse num psicólogo. – Meus pais ouviram todas as reclamações e depois de muita pesquisa, eles encontraram um lugar aonde eu iria me encaixar.

– Uma escola para mutantes? – Zombei e seu olhar se estreitou. – Me desculpe, só continue.

– Era um projeto do governo Russo. Crianças superdotadas viveriam em paz e lá poderiam cultivar seus poderes de modos benéficos para toda a sociedade, ou até então, se livrar deles. – Com a pausa que ela deu, seguida por uma respiração forte, percebi que não era tão fácil assim dizer tudo isso. – Eu fui para esse lugar.

Novamente, sua cabeça abaixou e sua mão tremeu junto a minha. Ela não poderia enlouquecer naquele momento. Cheguei mais perto de seu corpo e agarrei sua outra mão, acariciando ambas com círculos.

– O que aconteceu lá? – Questionei após uns minutos.

– No começo, todos pareciam legais e afins de nos ajudarem, mas tudo foi por água abaixo quando completou uma semana. – Ela olhou-me e aqueles globos marejados foi uma facada em meu peito. – Eu lembro que era de madrugada, fazia muito frio e a neve cobria quase todo o pátio do lugar. Eu estava dormindo, mas mãos fizeram com que eu despertasse de forma violenta. Me debati e tentei ao máximo me livrar daquilo, porém não foi possível. Eles me arrastaram do andar até o subsolo. – Roxanne soltou nossas mãos e segurou a barra de sua blusa, levantou a mesma para seu peito e pude ver aquela tal tatuagem abaixo do seio direito.

– Posso? – Ela assentiu e me curvei ficando à altura daquilo. “19321947”.

– Eles me marcaram e dali pra frente, eu fui usada como instrumento de experiência junto a todos os outros e eles nunca ficavam satisfeitos. – Me afastei assim que a blusa desceu. – Sempre queriam mais e mais, estavam obcecados por nós e pelo que podíamos fazer, mas esqueciam que além disso... Também somos humanos. – Passei as mãos em seu rosto quando não ela aguentou mais segurar as lágrimas.

– Como fugiu deles?

– Após três meses, meus pais perceberam que havia algo de errado já que eu aparentava estar pior a cada vez que nos víamos. Papai trabalhava para o Governo e com crédito por tudo que tinha feito ao país naquela época, ele teve acesso a loucura que era aquele lugar. Ele viu como éramos tratados e o porquê de quererem sigilo. – Ela sacudiu a cabeça e suspirou. – 30 de agosto foi quando decidiram nos libertar. Foram tão corajosos. Juntaram seus amigos mais fiéis e pais preocupados e invadiram o local. – Um sorriso escapou de seus lábios. – Mas eles não esperavam que a segurança do local fosse tão preparada para qualquer coisa. – Seu olhar ficou vago, como se ela estivesse revivendo. – Muitos vieram para cima de nós e sangue jorrava para todos os lados, ninguém conseguia enxergar por conta do gás que vazava de bombas e nem um pedido de socorro seria atendido. Ao meio daquilo tudo, eu pude ouvi-los dizendo para andar o máximo que pudesse e para o mais longe que pudesse. Correr, fugir, me esconder. – Voltou a olhar para mim. – Era o que eu tinha e tenho que fazer até hoje.

– Sua vida é mais interessante do que eu pensava. – Eu estava totalmente pasmo, então qualquer coisa que saísse de minha boca não iria condizer com o que havia acabado de ser falado.

– Obrigada, eu acho. – Tombou a cabeça no sofá e encolheu o corpo. – Sei que quer me perguntar algo. Vamos, fale.

– Você disse que seu pai tinha certos... Hm... Créditos com o Governo. O que seria isso? – Franzi o cenho. Eu estava muito interessado nessa parte.

– Meu pai atuou no comando de tropas da Guerra.

– Como? – Indaguei sem acreditar. – Guerra? Mas que guerra?

– A Segunda. – Ela balançou dois dedos. – Digamos que sou muito mais velha do que aparento.

– Você tem quase 100 anos! – Aquilo explodiu minha mente.

– Nasci em 32. Tinha 15 anos, com aparência de 5. – Arregalei os olhos. – Nunca fui normal.

Por um instante, paramos de falar. Na verdade, eu preferi não responder, muita coisa rodava em minha mente e eu tentava juntar tudo para não acabar dizendo algo que nos fizesse brigar mais uma vez. Roxanne havia botado as cartas na mesa de vez e agora, eu meio que sou cumplice de sua doença. Se é que posso usar tais palavras para descrever essa situação.

Ela não pediu por nada disso e neste momento, provou a verdade. Roxanne pode ter sido “abençoada” pelos poderes que tem, mas pelo jeito como contou a primeira de suas histórias, percebe-se que se pudesse abriria mão de tudo. Ela não queria viver em uma guerra e não queria ser o motivo de uma, muito menos ter que fugir por ser diferente. Ter que fugir e abandonar seus pais naquele lugar medonho. Pelo menos, eu penso dessa forma com suas confissões.

– Li? – Chamou e percebi que ela havia se aproximado.

– Rox... – Um sorrisinho bobo apareceu em seu rosto. – Estava me ouvindo?

– Obrigada. – Ela me abraçou e retribui. – Eu gosto tanto de você.

– Eu também gosto de você. Sua andarilha levadinha que gosta de botar fogo nas coisas. – Fiz cócegas nela e a mesma riu tentando se livrar. Dei um impulso e deitamos sobre o sofá, eu fiquei por cima.

– Liam... – Aquele tic alucinante atingiu meus canais auditivos.

– Roxanne... – Alguma coisa me puxava para ela.

– Mas que porra, esses filhos da puta não me deixam em paz! Eu já disse que não vou mexer com isso! – Olhamos para a porta e Niall estava entrando, ele parecia nervoso. Horan rumou sua atenção até nós e nos encarou segurando um sorriso. – Eu vou tomar banho.


Notas Finais


Espero mesmo que tenham gostado e caso isso ocorra, não deixe de dar sua opinião, ela é de extrema importância para mim.
Nos vemos no próximo, se cuidem!
XX. <3


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