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História Roxanne - Reunião.


Escrita por: cpf

Notas do Autor


◘ OI PESSOAS!
◘ 41 FAVORITOS MUITO BEM AMADOS POR MIM <3 Quero agradecer a @flarke e @kwonge por ajudarem na divulgação, vcs tão no meu core <3
◘ O capítulo de hoje está maiorzinho, amém e se vcs forem espertinhas - tenho certeza de q são, perceberão coisas q estão relacionados ao enigma Hulk
◘ Ninguém é obrigado a comentar, mas sua opinião sempre será bem vinda por mim e sua mão não irá cair, sem contar que trará um sorrisão para a pessoinha de cá
◘ Espero que gostem <3

Capítulo 4 - Reunião.


Fanfic / Fanfiction Roxanne - Reunião.

Acordei cedo ouvindo um alto barulho de panelas, levantei com pressa e desci, encontrando Hulk na cozinha. Ela estava mexendo no armário e tinha muitas coisas ao chão.

Hulk? – A chamei e ela virou assustada. – Precisa de ajuda?

– Não. – Ela sorriu. – Acordou cedo demais, por que? Não está na hora, não fiz o café. – A mesma colocou uma panela no fogão. – Por que acordou?

– Eu ouvi o barulho das panelas... Acho que te devo desculpas por acordar antes do café. – Falei sem jeito.

– Não posso te fazer dormir novamente... – Ela torcia os lábios de um lado para o outro enquanto quebrava ovos num bowl e cortava fatias de pães. Eu não sei como, mas ela conseguia fazer aquilo e bem rápido. – Então, sente e espere, por favor.

– Tudo bem. – Puxei uma cadeira e sentei, sem tirar os olhos de Hulk que parecia dançar entre um preparo e outro. – Você gosta de cozinhar?

– Faço isso desde que me conheço... Por gente... – Ela parou por uns segundos e fitou o nada.

Hulk? – Me preocupei com sua paralisação e logo, vi as chamas no fogão subirem. Levantei com pressa e a puxei, antes que a mesma se queimasse e desliguei o gás. – Você está bem? – Hulk continuava imóvel. – Ahn... Quer um copo com água? – Nenhuma palavra. – Bom, fique à vontade. Vou me arrumar para ir trabalhar.

Passei por ela e subi de volta ao quarto. Entrei no banheiro do mesmo enquanto me despia e tomei um banho quente. Estava uma manhã fria, do jeito que eu gosto. Quando o tempo está assim, significa que eu terei menos trabalho até a hora do almoço e depois, se quiser, posso ir embora. Parece que até os homens de negócio odeiam fazer contratos com o tempo "fechado".

Desliguei o chuveiro, enrolei a toalha na cintura e ao sair do banheiro, vi Hulk sentada na cama e abraçada com um travesseiro. Ela me olhou e se encolheu até onde seus ossos permitiram. E não foi pouco. Me aproximei dela e sentei ao seu lado.

– Está assustada? – Questionei assim que meus dedos desceram pelo cabelo dela.

– Me desculpe. – Ela abaixou o olhar. – Eu não queria ter feito aquilo, mas... Eu... Eu lembrei de coisas que queria esquecer.

– Tudo bem. Todos nós temos algo que desejamos nunca mais lembrar e por algum momento, boom!, eles voltam e você para. – Imitei uma estátua e ela riu ao tampar a boca. – Vá se trocar, quero que venha trabalhar comigo hoje.

– Por que? – Sua cabeça se balançou de um lado para o outro em um ritmo contagiante. Digo isso, pois comecei a imitá-la.

– Não quero que bote fogo no lugar onde moro. Isso serve ou quer mais alguma resposta?

– Tá bom... Eu vou trabalhar com você.

Ela levantou da cama e correu para longe. Ri daquela garota e peguei meu terno que estava em cima da poltrona. O vesti após colocar uma cueca e terminei de me arrumar calçando os sapatos, escovando os dentes e arrumando o cabelo. Apanhei minha maleta e carteira e sai do quarto, indo atrás de Hulk. Já a encontrei trocada na sala, ela vestia um terno feminino preto, tênis pretos e óculos de grau falso, o cabelo preso em um rabo de cavalo com uns fios soltos e uma pequena franja. A mesma sorriu e me perguntei aonde ela arrumou essa roupa.

Apontei para fora e ela saiu enquanto eu ia pegar o carro na garagem. Cheguei a rua com o automóvel e Hulk entrou toda feliz, parecia ser sua primeira vez andando de um veículo como o meu. Não que seja aquele carrão, mas ele é perfeito para mim. Nos asseguramos e dei a partida para a empresa. Durante o caminho longo e pouco lento, eu liguei o rádio e ela curtia as músicas com um balançar de cabeça.

Estacionei o carro e descemos dele com ela cantarolando a última canção que ouvimos. Admirei isso, pois sua memória absorveu a letra com pressa demais, até parece que ela a ouviu milhares de vezes durante anos. Subimos de elevador e seguimos minha sala. Todos que passavam por nós olhavam diretamente para Hulk como se ela fosse um imã que clamava pelo magnetismo do olhar das pessoas. Admito, que ela é muito bela, mas não é tudo aquilo.

Entramos a minha sala e ela sentou na cadeira ao lado da que eu sempre repouso meu corpo. Fiz o mesmo e já recebi uns papéis da secretária. Era Piérre convocando uma reunião. Eu não queria ir a uma, ainda mais com Hulk. Ela é toda atrapalhada e duvido que não vá causar uma confusão.

– O que é isso? – Ouvi a voz de Hulk.

– Preciso ir a uma reunião. – A olhei e ela estava mordendo uma caneta com força.

– Fazer o que lá?

– Conversar sobre assuntos importantes.

– Tipo o fato de nunca termos chegado ao núcleo da Terra porque ele é quente demais? – Ela tomou a expressão confusa. – Por que lá é quente e não nos queima? A Terra tem dois sóis... Isso é incrível, né? – A mesma sorriu de forma boba e gargalhei.

– É muito incrível, Hulk. – Cocei a barba e voltei a olhar os papéis. – Mas é um assunto mais banal que isso.

– Eu... – O olhar caiu para as mãos que foram repousadas sobre seu colo. – Eu posso ir junto ou vou ter que ficar trancada aqui igual a um animal? – Agora, ela me encarava com os olhos arregalados.

– É que... – Droga, Hulk. – Você pode ir junto, mas fique ao meu lado e não faça nada que eu não pedir, está bem? – Ela assentiu dando um enorme sorriso. – Vamos logo, não gosto de me atrasar.

Levantamos, juntei os papéis e saímos da sala, indo até a de reuniões que já se encontravam com certa ocupação. Eu sentei em uma cadeira a mesa e Hulk em um banco encostado na parede. Antes disso, eu reforcei novamente a ideia de que ela deveria ficar sentada e calada, apenas respirando para não morrer. Deus que me livre de uma confusão nessa reunião inútil.

A porta abriu e por ela passou Fheder e o puxa-saco de Drake. Já era de se imaginar que esse idiota está desde a sala de Piérre até agora, torrando seus neurônios para que siga com um projeto impossível. Drake olhou em minha direção, mas sabia que sua atenção não era eu e sim, Hulk que rabiscava um caderno ganhado de mim. Ele ficou pouco tempo a analisando e logo, sentou. Demos atenção a Piérre e seu "discurso".

– Bom, como já estão cientes, demos início a caçada do projeto C.M e um dos nossos queridos contratados já acharam coisas maravilhosas. – Ele sorriu feliz e tudo que fiz foi ficar boquiaberto. – Para quem duvidou, temos provas e quero que recebam Drake. – Piérre apontou para o idiota e ele se levantou enquanto batiam palmas. Eu nem fiz questão de mover um músculo, apenas olhei Hulk, que agora, estava encolhida no banco e tinha aqueles olhos arregalados.

– Você está bem? – Me aproximei dela arrastando a cadeira em suas rodas e ela me olhou.

– Estou. – Sua voz saiu mais baixa e fina que o normal.

Segurei sua mão e entrelacei nossos dedos, não a quero assustada, é apenas uma reunião regada a ilusões, mentiras e histórias para boi dormir. Ainda bem que sempre me chamaram de "alazão".

– Todos sabem que Piérre deu início a esse projeto para podermos fazer com que as pessoas se tornem o que elas deveriam ser desde o seu nascimento... Se seus genes não sofressem acelerações ou retardo. – As luzes se apagaram e uma imagem de uma mulher loira apareceu no pequeno telão. – O que veem nessa imagem? – Alguém respondeu "uma gostosa" e eles riram. – Também, mas o que você faria se soubesse que essa "gostosa" é "fogo"? – Drake andava pela sala enquanto olhava todos. O mesmo ser respondeu "comeria ela" e novamente, veio os risos. Fitei Hulk e ela estava apertando minha mão com uma força tremenda. – Até mesmo se ela estivesse assim? – A foto no telão foi mudada para um vídeo onde mostrava aquela mulher se transformando na tocha humana do Quarteto Fantástico.

– Isso é tão falso. – Comentei em um sussurro e o aperto em minha mão foi mais forte.

– Muitos pensam que isso é mentira, mas reparem bem ao final do vídeo. – O mesmo se aproximou do termino e assim como ele, a mulher se apagou e estava intacta. – Como um humano pode pegar fogo e acabar inteiro? – Drake ficou à frente do telão.

– Montagem. – Resmunguei e ele me olhou.

– O que disse, Liam? – Uma de suas sobrancelhas foi arqueada.

– Montagem, edição, manipulação. – Levantei ao soltar a mão de Hulk. – Eu não entendo como conseguem acreditar nisso! – Andei até Drake.

– Liam, não é sua vez de falar. – Fheder fez um sinal para eu me sentar.

– Mas eu preciso falar. Como o senhor conseguiu pensar em toda essa palhaçada? – Apontei para o telão. – Isso só existe em filmes e na minha opinião, você anda assistindo muitos! É impossível que exista um ser humano com genes mutáveis que o faça pegar fogo e sair intacto. A tecnologia evoluiu, mas o ser humano continua o mesmo. Acha mesmo que se alguém pudesse fazer essas coisas e se existissem mais desses, a população internacional não saberia? Fheder, você é um cara rico e de enorme conhecimento, como deixou sua mente se corroer com coisas tão estupidas e inúteis iguais a estas? – Parei de falar quando percebi que todos me olhavam assustados. Okay, eu explodi e não pensei em nada.

– Liam Payne, não ouse me desrespeitar no local de trabalho. Você só fala essas coisas porque sabe que Drake é mais competente e corajoso que você. Sabe que para mim, ele é um filho e você um empregado qualquer que me faz perguntar o porquê de ainda estar aqui. Talvez, seja para eu gastar mais do meu dinheiro com uma imbecilidade que é sua presença nesta empresa. Nunca mais retorne a interromper uma reunião com um discurso pobre e nada inteligente sobre a situação que o mundo encara, mas cegamente.

– Encara cegamente? – Não segurei o riso debochado. – Ou será que você precisa de óculos para ver que este mundo existe apenas em estúdios cinematográficos?

– Sai já daqui! – Ele apontou para a porta. – E não retorne até que seja para ajudar esta companhia.

– Com prazer! – Passei por Hulk e segurei sua mão, arrastando-a para fora da sala.

Caminhei com pressa e só parei ao entrar na minha. Bati a porta com força e de tanta raiva que estava comecei a socar a madeira da mesma. Não sei se é sorte ou azar, mas aquela peça é tão resistente que na nossa pequena "guerra" quem saiu perdendo fui eu.

– Pare com isso, Liam. – Recebi um abraço apertado pela parte traseira do meu corpo. – Pare, por favor.

– Eu só quero extravasar, Hulk. – Minha voz não saía no tom que ela estava acostumada a ouvir.

– Não bata na porta. – Minha mão que estava fechada na madeira foi envolvida pela dela. – Isso irá te machucar e eu não gosto de ver as pessoas machucadas, já que sou uma inútil que não consegue ajudar ninguém, nem a si mesma. – Virei devagar e a vi chorando. – Você bate numa porta porque seu chefe é um idiota, mas eu não posso bater numa porta por ser idiota... – Ela soluçava e eu nem entendia porra nenhuma. – Liam, eu só quero que fique bem.

– Por que está chorando? – Era de partir o coração ver as lágrimas caindo com tanta pressa. – Hey, não chore. – Alisei a água com os polegares e a puxei para um abraço aconchegante. – Não precisa se preocupar comigo, Hulk, eu vou ficar bem.

– Você sangra muito. – As pontas de seus dedos passaram nos filetes de sangue que escorriam pelas costas das minhas mãos. – Vou tentar cuidar de você, eu posso? – Ela me olhou com preocupação e apenas assenti.

Hulk me levou até um sofázinho que tem ao canto da sala e sentei ao mesmo. Ela saltitou para a mesa conforme eu a orientava e lá pegou um kit de primeiros socorros. Enquanto andava de volta para mim, reparei mais nela. Hulk parece ser de outro mundo, não sei defini-la bem, mas o modo como age não é normal. É como se ela tivesse congelado e o mundo continuasse a sua jornada, até que num belo dia, o gelo derreteu e a mesma seguiu para a minha casa. Eu sei, isso é impossível, porém não deixa de ser uma hipótese.

Estendi as mãos e ela abriu a caixa, tirando um remédio de lá e molhando o sangramento com o mesmo. Um algodão foi passado por cima e o curativo, finalizado com duas faixas em cada. Agradeci a ela que sorriu feliz, mal dava para acreditar que segundos atrás esse ser estava chorando. Suspirei de forma pesada e relaxei, encaixando minha cabeça no pequeno vão entre o encosto e o braço do móvel, fechei os olhos e fiquei pensando em como me redimir com Fheder, mas parecia que nada iria domar aquela fera.


Notas Finais


Espero mesmo que tenham gostado e caso, isso ocorra, não deixe de dar sua opinião, ela é de extrema importância para mim.
Nos vemos no próximo, se cuidem!
XX. <3


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