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História Royals - Second Season - Forgive?


Escrita por: wtfalasca

Notas do Autor


OOOOOOI, espero que gostem no capítulo, bjo bjo

Capítulo 5 - Forgive?


— Já decidiram onde será a boate? — Perguntou Martin. 

— Sim, em frente a Empire. — Ele me encarou por alguns segundos, procurando algum vestígio de brincadeira, e, quando me mantive séria, balançou a cabeça em descrença. 

— Isso se chama se afundar. — Ri. 

— Ao menos uma pessoa concorda comigo. — Disse Hesther como se estivesse agradecendo aos céus. 

— Não, se chama investir. — Os corrigi e comecei a explicar como eu havia pensando cada mísero detalhe e começamos a discutir os prós e contras do local. 

— Isto é vingança contra o Bieber? — Perguntou, fazendo-me bufar. 

— Ainda aposto nisso. — Disse Megan. 

— Que mania é essa de acharem que tudo que eu faço é girando em torno do Bieber? — Perguntei incrédula. 

— Será por que desde que você voltou tudo que rolou até agora girou em torno dele? — Perguntou Megan como se fosse óbvio. 

— Não posso fazer nada em relação a isso, até porque o Justin é pai dos meus filhos e vai me atormentar até o fim da minha vida. — Digo com ironia, me recostando na cadeira. 

— Bieber vai fazer de tudo para acabar com sua boate, boicotar a estreia e não irá desistir até você sair dali. Você sabe o que Bieber faz com as pessoas que ousam atrapalhar seus negócios. Pessoas morriam só de quererem abrir boates à dois quarteirões. — Disse Martin com um tom de convencimento. 

— Mas eu tenho algo que essas pessoas não têm. — Digo nada abalada por suas palavras. 

— Que seria? — Me incentivou a falar. 

— Um passado bem vivo com ele e duvido muito que ele encostaria em um fio de cabelo meu. 

— Na verdade, é exatamente por esse passado que você deveria saber que ele faria isso. — O fuzilo com o olhar, respirado fundo. 

— Já está decidido, só nos resta aguardar e ver no que dá. O local já foi comprado? — Perguntei a Hesther, pois ela que cuidava dessa parte de tecnologia, compras e tudo mais. 

— Já, o lugar não é tão grande quanto a Empire, mas tem uma ótima estrutura e dá pra serem feitas muitas modificações. O dono estava doido pra sair dali, é como Martin disse, Justin já deve ter o ameaçado. — Assenti. 

— Contrate a melhor equipe de decoração. Vamos planejar mais ou menos como queremos e eles fazem o resto. Pague um valor mais alto para ser pronto mais rapidamente, quero ela pronta em alguns meses. — Ela concorda, voltando a mexer em seu notebook. Martin se despediu de nós, pois tinha que cuidar de negócios, ele comandava grande parte do tráfico da Alemanha. Nos conhecemos assim, quando comprei algumas garotas dele e nos tornamos grandes amigos. 

— Onde estão Jessica e James? — Pergunta Megan. 

— Com Justin, parece que Pattie vem hoje e quer conhecer os netos. 

— E deixou eles com Bieber sem receio nenhum? — Hesther tirou a atenção do computador. 

— Sim, ele é pai deles, os defenderia com unhas e dentes. Vou buscá-los daqui a pouco, vão querer ir comigo? — Assentiram. — Não é por Chris e Khalil, é? — Perguntei em um tom malicioso. 

— Quem é Khalil mesmo? — Megan se fez de desentendida.

— Também não me recordo de quem seja esse Chris, tenho apenas uma memória bem vaga. — Hesther entrou na onda. 

— Memórias bem vagas deles enfiando o pinto em vocês? — Rimos. 

***

Eu estava a caminho da casa de Bieber com Hesther e Megan. Conversávamos banalidades e ríamos, afinal, não tem como ficar séria com essas meninas.

Estacionei meu carro em frente a mansão de Justin, saindo em passos lentos com as elas atrás de mim. Cheguei na porta, atraindo o olhar dos seguranças. 

— Identificação. — Perguntou um homem, que dava dois de mim e uma voz extremamente grossa. 

— Melissa Carter, vim buscar meus filhos que estão com Justin. — Digo ansiosa para entrar. Ele torceu os lábios, olhando-me com um pouco de pena. 

— Justin proibiu sua passagem. — Franzi o cenho. 

— Como assim? Por que ele faria isso? — Perguntei confusa. 

— Não sei, Srª Melissa, apenas estou cumprindo ordens. — Bufei. 

— Mas ele que se foda, porque eu vou pegar meus filhos de um jeito ou de outro. — Tento passar por ele, mas fui impedida.

— Sugiro que dê meia volta ou terei que tomar atitudes mais drásticas. — A raiva me consumiu, então, tirei a arma rapidamente do cós da calça, atirando em sua cabeça e logo seu corpo caiu no chão, ensanguentado. Antes que outros viessem em minha direção, corri para dentro da casa. Quando eu ia atirar na maçaneta, Justin apareceu com um sorrisinho nos lábios. 

— Eu disse que ia pega-los. — Deu de ombros. O olhei chocada, vendo por trás de seus ombros, Katherine no chão, brincando com eles. 

— Vai fazer isso a força, Bieber? — Minha voz saiu carregada de irritação e minha vontade era de fazer uma bala atravessar sua cabeça. 

— Sim, pois é como você mesma disse, não nos damos muito bem com a lei. — Piscou. Em questão de segundos, minha arma caiu no chão e mãos fortes agarraram em minha cintura, tirando-me dali. 

— Eu vou pegar eles de volta, Bieber, nem que eu tenha que matar você para isso. — Gritei. Ele pareceu não se abalar, entrando novamente em casa como se nada tivesse acontecido. 

Acordei suando frio e com a respiração desregular. Meu peito subia e descia rapidamente, além de minhas mãos estarem tremendo. 

— Está tudo bem? Ouvi você gritando. — Disse Megan, entrando em meu quarto com uma cara de sono. 

— Está sim, foi só um pesadelo. — Justifiquei. 

— Quer falar sobre isso? — Perguntou com um tom compreensivo. Neguei. 

— Vou tomar um banho e vamos buscar as crianças. — Assentiu, se virando para sair. — Acha que Bieber as pegaria a força? — Ela demorou alguns segundos para responder, suspirando.

— Acho que ele fará tudo que for possível para tê-los, mas não acho que sequestraria os próprios filhos. — Concordei. Ela saiu do quarto e eu fui para o banheiro, tomar um banho gelado e espantar essas incertezas que só faziam minha cabeça dar um nó.

Quando terminei, coloquei um short larguinho, um topper listrado e um tênis branco da Adidas, prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo. Eu que não iria mesmo me produzir para ver o Justin. 

Chamei as meninas em seus quartos, então descemos juntas, rumando até a garagem, entrando me meu carro, pois não havia necessidade de cada uma ir no seu. 

Quando o segurança me deixou passar, um alívio enorme percorreu meu corpo e tive a sensação que um peso enorme foi retirado de minhas costas. Katherine estava com eles no sofá, juntamente com os garotos, Justin e Lola. O que ela estava fazendo ali? 

— Deram muito trabalho? — Perguntei, ignorando a presença da loira oxigenada ao meu lado. 

— Não. — Disse Justin. 

— Sim. — O resto respondeu em uníssono, fazendo-me rir. 

— Eu poderia ter levado eles, sem problemas. — Disse Justin. 

— Também não teve incômodo nenhum vir buscá-los. — Dei um mini sorriso. — Agora vamos que eu tenho que colocar essas pestes pra dormir. — Disse mais para meus filhos do que para o resto. Estirei meu braço na direção de James, que veio facilmente para meu colo. O beijei e abracei, demostrando a mãe coruja que eu era sem me importar. Fiz a mesma coisa com Jess, que resmungou. Ela era ciumenta igual o pai. 

— É que, sabe... — Justin começou a falar, colocando as mãos no bolso e me olhando como um cachorro que caiu da mudança. — Eles poderiam dormir aqui hoje? Por favor. — Torci os lábios. 

— Justin, eu realmente não acho uma boa ideia. É um ambiente novo pra eles, não sei se vão conseguir ficar aqui tranquilamente. — Tento explicar sem parecer grossa ou algo do tipo. 

— Poxa, só hoje, por favor. Você também dorme pra eles não estranharem. — Com essa carinha linda dele, era quase impossível dizer não. Céus, Bieber sendo manhoso acaba com qualquer um. Solto um suspiro pesado, ainda receosa. 

— Tudo bem, Justin. A gente dorme aqui hoje. — Me rendo, vendo ele abrir aquele sorriso maravilhoso dele. 

— Espero que aqui tenha comida boa. — Murmura Hesther, nos fazendo rir. 

— E quem te chamou? — Pergunta Justin. Ela faz uma cara de ofendia, arrancando risadas. 

— Eu chamei. — Defendo minha amiga, entrando na brincadeira. Ela lança um olhar convencido pra ele. 

— Tudo bem, é um complô! Ryan me defende aí. — Ryan abaixa a cabeça e rimos. 

Ficamos brincando com as crianças e conversando como nos velhos tempos. Lola soltava alguns comentários que me faziam querer bater nela, mas não o fiz por respeito aos meus filhos. 

— Eu não tenho roupa. — Digo como se estivesse me lembrando, quando só haviam só eu e Justin. Ele ficou desconfortável. 

— Bem, até tem, mas é de dois anos atrás e você não engordou. — Deu de ombros. Meu Deus, ele ainda guardava isso?

— Você... não sei... talvez, por quê? — Me embolei em minhas palavras, mas acho que ele entendeu. 

— Eu queria ter só um pouco de você perto de mim. Melissa, dói tanto. Toda vez que eu olho pra cada parte dessa casa, lembro das nossas fôdas, dos momentos, da sua pele na minha, dos beijos e das palavras...

— Justin, por favor, não. Não dificulta as coisas. — Praticamente imploro. 

— Não, eu tenho que falar. Caralho, foram os dois anos mais difíceis da minha vida, você não tem noção. Eu não sabia como você estava, como meu filho estava, no caso, meus filhos. Não sabia se você estava comendo direito, se você continuava correndo igual uma maluca pelas escadas, porque eu não estava ali pra mandar você andar mais devagar. Se você usava agasalho no frio, se você continuava colocando o cabelo no rosto quando está com vergonha, se você se relacionava com outras pessoas, se sua vida estava tão ruim quanto a minha ou se você havia seguido em frente. Eu me culpava todos os dias, ainda me culpo, na verdade, porque eu estraguei tudo mais uma vez, mas dessa foi pra valer. Tudo poderia ser sido tão diferente. Poderíamos estar casados, criando nossos filhos juntos e passando por qualquer obstáculo, mas eu dei ouvidos a traidores. Eu te bati e falei coisas horríveis pra você. Porra, eu havia jurado pra mim mesmo que só te tocaria se fosse pra dar carinho ou proporcionar prazer. Não quero que sinta pena de mim, porque o que eu fiz não merece isso e muito menos perdão, só que eu te amo tanto que isso me deixa egoísta o suficiente pra correr atrás de você, mesmo tendo feito muita merda. Eu amo você com todo meu coração, caralho, como eu amo você. Então me desculpa. — A última frase foi em um sussurro. Meu coração batia forte e minha face estava inundada de lágrimas. 

— Eu vou pensar, tudo bem? Vou pra casa agora e juro que amanhã te trago uma resposta, pode ser? — Ele assente, ainda triste. Então, sem pensar duas vezes, puxo seu pescoço, colando nossos lábios. Sua língua invadiu minha boca com rapidez e necessidade. Era tão bom senti-lo desta forma depois de anos. Nos afastamos com selinhos e vi seu olhar ficar mais feliz, me fazendo ficar feliz também. — Tchau, Justin. 

Fui para casa, sentindo borboletas no estômago, as quais só Bieber poderia me proporcionar. 

Passei a noite inteira me remoendo e pensando em qual decisão eu tomaria, mas não consegui chegar a uma solução final. Me levantei, indo beber água. Minha cintura se chocou contra uma cômoda, por estar escuro. 

— Caralho. — Resmunguei pela dor e pela mesma ter caído no chão, espalhando vários objetos, sendo um deles a foto de minha avó, fazendo com que várias memórias viessem à minha mente. 

Laís sempre nos disse para perdoar, pois ficar com sentimentos ruins dentro de nós só nos traria coisas ruins. Ela dizia que se a gente ama, a gente perdoa, sem mais. Que todos são humanos e merecem uma segunda chance, porque a gente também erra e quando ferramos com tudo, também queremos ser perdoados. Esta foto não caiu a toa, só me mostrava que ela estava ali, sempre cuidando de mim, mesmo de longe.

Eu e Bieber nos amávamos. Não interessa quanto tempo passe e nossas burradas, fomos feitos um para o outro e nada mudaria isso. No fim, acabaríamos juntos, eu só estava adiando o inevitável. 

Fui até meu carro, entrando no mesmo e indo em alta velocidade até a casa de Bieber. Eram 04:00 e eu estava de pijama, mas quem ligava? 

Os seguranças me deixaram passar, por já me reconhecem, e isso poupou bastante tempo. Estacionei de qualquer jeito, entrando na residência, que estava toda escura e, provavelmente, todos estavam dormindo. Fui me aproximando até o quarto de Bieber, ouvindo barulhos. Quando me aproximei mais, reconheci os sons. Eram gemidos. 

Abri a porta, vendo Bieber e Lola transando. Meu coração parou e meus olhos se arregalaram. Ela me lançou um sorriso sínico, voltando a quicar no pau de Justin. 

Corri para fora dali com lágrimas nos olhos, indo até a única pessoa que me entenderia: Katherine. Ela era minha irmã, e, provavelmente, seria uma das únicas pessoas na qual valeria mesmo a pena perdoar. 


Notas Finais




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