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História Royals - Yoonmin - Só a poesia ampara


Escrita por: parkcyr

Notas do Autor


Olha, hoje eu tava inspirada e resolvi postar o capítulo mais cedo e quis deixar uma mensagem pra vocês. Espero que todo mundo leia, de coração
Eu acho que é importante que nós nunca paremos de criar. Quer dizer, depois que aconteceu tudo isso com o Taehyun do WINNER fiquei pensando se deveria escrever algo sobre porque ele foi um cara que me inspirou pra caralho. Ele parecia se uma pessoa incrível e ai a bomba toda estourou. A vida não poupa pessoas incríveis , ela vem pra todo mundo. É simples assim. É horrível assim. Então eu pensei “Poxa, o que eu devo fazer agora?” e a resposta é sempre a mesma: nada. Mas eu continuo fazendo. E vocês tem que continuar também, é o único jeito de resistir, de permanecer são no meio da loucura.
Galera, as pessoas vão continuar se matando, as guerras não vão parar e o mundo errado vai permanecer suicida. Mas o céu nunca vai deixar de ser azul, a morte vai sempre se transformar em vida e a agua desse rio nunca para realmente de correr.
Viver é encarar o abismo. Mas ele encara de volta. Todo mundo vai ficar bem porque os dias bons não vão acabar. Os ruins também não. Mas qual seria a graça de viver sem esses paradoxos?
Beijos gente.
Até as notas finais <3

Capítulo 12 - Só a poesia ampara


Fanfic / Fanfiction Royals - Yoonmin - Só a poesia ampara

A gente vai se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos. Ai, um dos piores tormentos dos jovens é justamente o desapego das coisas, essa instabilidade do querer, a sede do que é novo, o tédio do possuído. E depois há o capítulo da morte, sempre presente em todas as idades. Com a diferença de que a morte é a amante dos moços e a companheira dos velhos. Para os jovens ela é abismo e paixão. Para nós, foi se tornando pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a ruga no rosto, a vista fraca, os achaques. Velha amiga que vem de viagem e de cada porto nos manda um postal, para indicar que já embarcou. – “A velha amiga”, Rachel de Queiroz

Através dos milhares de dias, meses, anos, minutos, segundos, horas, momentos rasgados na pele, podemos perceber do que um ser humano é realmente feito.

Existem pessoas que são como o Sol, feitas do calor irremediável e inconsequente que queima e mata enquanto tenta aquecer. Outras são como o gelo, pálidas e frias, criadas com o vento da noite invernal, que se durasse mais do que doze horas seria capaz de levar até mesmo o mais corajoso entre nós.

Lendas antigas costumam fantasiar sobre as reações químicas que correm no sangue dos reis, dos governantes que – supostamente –foram escolhidos pelos Deuses que reinam no Olimpo, enquanto bebem e riem da mortalidade dos humanos. O povo comum, sem sangue real, se vê diferente, como um freixo comparado ao mais puro carvalho.

O freixo, segundo lendas, era a árvore mais bonita da floresta e até hoje é conhecido por suas características protetoras. Assim como os reis, as pessoas e os freixos são feitos mais do que simples palavras ditas ao seu respeito.

O mesmo sangue que pulsava nas veias de Jimin corria rápido pelas de Yoongi, do mesmo modo que o universo criou uma série de eventos (aparentemente caóticos, sem explicação plausível) para unir pessoas tão distintas, feitas de materiais tão diferentes.

Estrelas, cores, saudade, colo, abismos, dor, vida eram os componentes do amor condenado de dois príncipes que, em momento algum, foram destinados a ficar juntos.

Yoongi, nas raras vezes que possuía algum tempo para pensar em si, em Jimin e na vida, gostava de imaginar que o amor dos dois não era amaldiçoado, mas sim bendito, e eles estavam passando por pequenas provações para mostrar que se mereciam.

Ás vezes o gosto doce de nossas mentiras domina nossos sentidos e ficamos tão anestesiados com a sensação que nossa mente prefere nos cegar aos problemas que nos cercavam. Talvez seja por essa razão que Yoongi vinha deixando de lado as ameaças de guerra de um reino fronteiriço ao seu. Talvez, por essa razão, o maior problema que o reino passava em cerca de cinquenta anos estava prestes a estourar em suas pálidas mãos e ele não fazia a menor ideia do que fazer a respeito. Min Yoongi estava quase desesperado, a um passo de abdicar da coroa que sustentava em sua cabeça a menos de um mês completo.

- Creio que deveríamos partir para guerra. – O filho de um dos membros do Conselho, um rapaz baixinho, com olhos grandes e desafiadores, Kyungsoo, falou com convicção. Yoongi passou a mão pelos cachos dourados, sem ter a mínima ideia do que responder ao garoto que tinha mais cede de morte do que todos os senhores com que partilhavam a mesa.

- É loucura, Soo. – Um moreno com um rosto tão belo quanto o de Jimin falou. Sua expressão calma e voz adocicada pareceram apaziguar Kyungsoo. – Não podemos partir para guerra. Seria suicídio.

- O que faremos então? – O terceiro jovem, mais alto do que os demais, um moreno pálido e com orelhas enormes, que tomavam quase toda sua cabeça resmungou.  – Esperamos o leste chegar aqui com forcas e tochas?

- Não, Chanyeol. – Yoongi se pronunciou, finalmente levantando os olhos do mapa que analisava tão vividamente a alguns segundos atrás. – Isso está fora de cogitação.

- Não temos condições de arcar com uma guerra, Yoongi. – Jongin, o apaziguador falou com a voz entrecortada.

- Temos! – Kyungsoo o interrompeu de forma brusca. – Não temos condições de permanecer aqui e fingir que nada acontece.

Yoongi gostaria de gritar com os três garotos de sua idade que se encaravam de forma ameaçadora. Seu pai, com mais de suas ideias incríveis, havia sugerido que os filhos dos três principais conselheiros assumissem o lugar dos pais para que Yoongi pudesse ter uma opinião jovem e renovada. E era justamente por causa de tamanha bobagem que agora o rei de cabelos loiros estava preso em uma sala com um baixinho zangado, um garoto que era mais pacifico que um inseto e um gigante com orelhas maiores que sua vontade de ajudar em algo. Eram essas pessoas que o ajudariam a tomar a decisão mais importante de sua vida.

- Jongin. – Yoongi o chamou com a voz decidida. – Temos condições financeiras de arcar com um conflito armado com o Leste? – Os olhos negros de Kyungsoo brilhavam com a pergunta feita por Yoongi.

- Yoongi... – Jongin disse suplicante. – Você não deveria fazer isso. Milhares morrerão e outros mais ficarão órfãos. O que faremos com essas pessoas, Yoongi? Podemos tentar resolver com diplomacia e...

- Temos condições ou não , Jongin? Não me faça perguntar três vezes.

- Temos. – O moreno respondeu derrotado. – O leste possui menos capital e homens do que nós. Aguentaremos um conflito direto por um bom período de tempo.

- Ótimo. Kyung. – Yoongi chamou o garoto de olhar sanguinário. – O exercito está preparado?

- A maioria dos homens, sim. Mas temos que recrutar todos os jovens acima de quinze anos, caso algo ocorra. Soldados mortos precisarão ser repostos no menor tempo possível. – Kyungsoo respondeu, fazendo um nó formar-se na garganta de Yoongi.

- Acha que consegue recrutar todos a tempo?

- Claro. Eles virão, não importa como seja. – Yoongi suspirou pesadamente, voltando o olhar para o mapa territorial detalhado. – Estão dispensados. Menos você, Chanyeol. Precisamos montar uma estratégia antes que Kyung envie os soldados para o campo de batalha.

- Emitirei um comunicado de guerra ao rei do Leste. – Jongin informou, fazendo uma singela referencia e virando as costas.

- Não. Você não vai enviar nada a ninguém. – Yoongi falou com a voz seca, encarando Jongin com olhos cansados.

- O que quer dizer com isso? Vai simplesmente mandar suas tropas investirem contra um reino mais fraco que o seu? Você vai assaltar as muralhas do Leste sem aviso prévio, Yoongi? – Jongin perguntou incrédulo. – Isso é desleal. Jogo sujo. É imoral, Yoongi.

- Basta. – O rei falou com a voz grave. – Se eles não souberem da investida, teremos mais chances de ganhar. Você não vai enviar nada a ninguém, Jongin. Isso é uma ordem.

- Como quiser. – Jongin respondeu com a voz amarga. – Majestade. – O moreno completou secamente enquanto saia da pequena sala com Kyungsoo ao seu encalço.

X

- Isso é idiotice. – Chanyeol ralhou com o jovem rei, enquanto marcava o mapa com tinta vermelha.

- O que é idiotice? – Yoongi perguntou, frustrado.

- Tudo. Absolutamente tudo que você falou.

- Você pelo menos se lembra de uma palavra sequer do que eu disse?

- Não. – O rapaz alto respondeu, enquanto ria. – Não consigo gravar muito bem o que você disse por que você fala de uma maneira idiota.

- Então o que devemos fazer gênio? Já esgotei todas as estratégias que li em livros. Não sobrou nada, Chanyeol.

- Por isso que você não acerta em nada. Esqueça as palavras, Yoongi. Você não está lidando com livros, textos. São pessoas que vão pra guerra, Yoongi, não poemas. Pessoas sangram e morrem. Tudo que você tem que fazer é pensar em um jeito efetivo de mata-las. – Yoongi estremeceu com a afirmação fria que saiu dos lábios avermelhados de Chanyeol.

- É que isso não me parece certo.

- Pouco me importa. Se você não achasse certo, não teria mandado o sádico de o Kyungsoo convocar os soldados. Ele agora está, provavelmente, arrastando garotos de quinze anos que não conhecem nada além do campo para uma morte iminente. Nem mesmo Kyungsoo conseguirá treinar esses garotos, não o suficiente para que eles sejam efetivos em uma batalha. Se você não achasse certo, teria escutado Jongin e deixado àquele palerma tentar uma diplomacia e voltar três dias depois semimorto e com uma declaração de guerra nas mãos. Você teria achado um jeito se não tivesse achado certo, Min Yoongi.

- Eu não tive escolha, Chanyeol.

- Todos temos, até mesmo o mais pobre entre nós. Talvez a guerra não pudesse ser evitada, pelos sete infernos, todos nós sabemos que ela iria acontecer uma hora ou outra, mas você teve uma escolha, Yoongi. E você a fez.

- Você acha que errei? – O rei perguntou baixo, deixando transparecer pedaços de uma fragilidade escondida que geralmente só Jimin via.

- Não cabe a mim lhe julgar. Você é o rei. Julgue a si mesmo. Estou aqui para lhe ajudar a achar a melhor estratégia para que esse banho de sangue dure o menor período possível, para encontrar um jeito de matar o maior número de inimigos e ainda sair com um papel escrito pelo próprio rei do Leste com um pedido de rendimento. Fui criado para ser um conselheiro de guerra, Yoongi, não um juiz. – As palavras frias de Chanyeol lhe cortaram o coração.

- Tudo bem. Acho que você terá muito trabalho, então. A guerra não é nada como nos livros, onde o rei sempre faz a melhor decisão e salva todos os súditos.

- Isso é infantil. – Chanyeol riu novamente das fantasias do rei dourado. – Você... Gostaria que fosse verdade?

- Uma parte de mim, sim. – A parte que Jimin ama. – A outra parte, que foi coroada, sabe que não. É utópico pensar que nossos conflitos podem ser resolvidos com conversas. Mas seria... Interessante se tudo pudesse terminar poeticamente, pelo menos dessa única vez. Eu gostaria de ser o rei literário que salva os súditos e ainda termina feliz para sempre com o amor de sua vida no final.

- Nada nunca termina poeticamente, Yoongi. Simplesmente acaba e nós transformamos o sofrimento em poesia. Esse sangue nunca foi bonito. Ele era apenas vermelho.

X

 

- Procure viver. – Jaehyun começou, rindo da expressão que Jimin fazia. – Lembrar é para os mais velhos.

- Você não está ajudando nenhum pouco, hyung. – O moreno reclamou, fazendo um bico adorável. – Não sei o que devo fazer. – Jimin falou, enquanto suspirava e encostava a cabeça cansada na mesa da enorme biblioteca do palácio de Yoongi.

- E alguém sabe? – Taeyong perguntou, levantando a cabeça do grosso livro que lia para – finalmente – juntar-se a conversa acalorada de seus dois amigos.

- Acho que Jimin não está buscando filosofias existencialistas no momento, Tae. – Jaehyun disse, tentando manter a expressão séria no rosto.

- Que belos amigos eu tenho. – Jimin falou baixinho, amassando a toalha que envolvia a mesa.

- Meu caro, sua questão é muito simples aos meus olhos. – Taeyong disse, encarando o garoto profundamente. – As únicas pessoas que não conseguem enxergar o suicídio por trás de tais ações são você e Yoongi. Mas cansei de alertá-los.

- Você está certo, Tae. O Jimin nos procura em busca de conselho, mas falha miseravelmente em seguir as dicas que damos.

- Sabem que não é tão fácil assim. – O moreno falou, brincando com os anéis em seus dedos curtos. – Eu o amo. Mais do que tudo. Não sei o que faria sem ele.

- Se o ama tanto pra quê dúvidas? – Taeyong indagou sério. – O amor não tem espaço para isso, Jimin. Entendo sua preocupação, mas se vocês se amam tanto quanto dizem, acharão um jeito.

- Jimin está confuso porque a vida lhe forçou a escolher entre as duas coisas que ele mais ama – Jaehyun começou, cruzando as pernas e passando a mão nos cabelos lisos. – Sua liberdade e Min Yoongi.

- Fiquei me perguntando, durante os dias que estive naquela cama, o que era mais importante, minha vida ou meu amor por ele. Cheguei à conclusão de que tudo que eu vivi foi em função de Yoongi. Tudo. Eu orbito na sua direção. Chega a ser triste, quase como se eu fosse um personagem secundário em minha própria história.

- Então você prefere sua vida ou ele? – Jaehyun perguntou.

- Prefiro ele. É estranho porque nem preciso pensar muito.

- Por que as dúvidas então? Você me parece bem sério a respeito disso.

- Tenho medo de me machucar, de sair quebrado da relação.

- O amor não deve ser baseado em medo, Jiminnie. Pelo menos não deve ser assim. – Taeyong disse, colocando cuidadosamente o exemplar antigo de Romeu e Julieta em cima da mesa. – Veja bem, vamos usar a estória desses dois. – Falou apontando para o livro. – Divagando um pouco, apenas para relacionar os personagens a você e a Yoongi. O amor de Romeu e Julieta foi como um peso em suas almas mas uma benção para os sentidos dos leitores.

- Não entendi o que você quis dizer com isso. – Jimin falou confuso.

- Foi um jeito muito estranho que Taeyong achou de dizer que ás vezes tudo que temos que fazer é olhar as coisas por outra perspectiva. – Jaehyun falou meio desinteressado. – Só não sei com que perspectiva você quer que Jimin veja essa história, Tae.

- Às vezes a única perspectiva é estar aqui. Foi isso que quis dizer. Não adianta se martirizar pelo futuro, Park Jimin. Parafraseando nosso grande amigo e poeta Jaehyun, se lamentar é para os mais fracos.

- Não falei isso.

- Eu mudei a sua frase.

- Não comecem a brigar agora, por favor.

- Não estamos brigando. – Jaehyun disse com um sorriso forçado.

- É porque o Jaehyun é muito cabeça dura.

- Como se você não fosse...

- Vocês são de outro mundo mesmo... – Jimin falou rindo.

- Senhor Park? – O senhor de cabelos brancos que era responsável pela biblioteca adentrou, envergonhado, na salinha onde os três haviam passado a maior parte da tarde.

- Sim? – Jimin perguntou, virando-se simpático, apesar de achar a situação extremamente surreal. Há quase um mês ele andava nessa sala, tendo aulas de mandarim com Jaehyun ou simplesmente sentava sob a janela para ler um bom livro e nunca – nunca – fora chamado pelo senhor que ali trabalhava.

- A Majestade, o rei Yoongi, pediu para chamar vossa realeza para a sala de conselhos. O guarda real que trouxe o aviso disse que você fosse o mais rápido possível, pois o assunto era de extrema urgência. – Jimin sentiu seu coração falhar por um segundo. Yoongi o estava chamando para a sala de conselho?

- Pensei que ele estava em reunião com aqueles loucos que vão substituir os pais. – Taeyong comentou desdenhoso, já que nutria uma desavença especial por Kyungsoo.

- Ele ainda deve estar. – Jaehyun disse, franzindo o cenho. – Não é possível que essa reunião tenha durado tão pouco tempo.

- O que ele quer comigo se ainda esta em reunião? – Jimin perguntou, se levantando com um pouco de dificuldade da cadeira onde sentava.

- Se me permite, Alteza, sugiro que deva ir – e depressa. São raras as vezes que Yoongi pede alguém para entrar no meio de um conselho.

- Sim, eu irei. Não precisa se preocupar com isso.

- Precisa de ajuda para chegar lá Jimin? – Taeyong perguntou preocupado.

- Não. Consigo chegar sozinho. – Jimin respondeu, sorrindo como sempre. – Quando chegar, conto a vocês o que se passou. Até.

X

 

A sala onde Yoongi se reunia com o conselho parecia mais longe do que nunca e Jimin se amaldiçoou mentalmente por sua perna estar doendo tanto.

Apesar de estar devidamente escoltado com dois guardas, o nortenho se sentia extremamente desprotegido. Talvez ele devesse ter aceitado a companhia dos dois amigos.

Parou em frente a imensa porta de madeira escura que o separava do grande amor de sua vida. Jimin suspirou pesadamente, tomando cuidado para não fazer nenhuma expressão que pudesse sugerir que sentia dor, afinal, Yoongi havia dado ordens explicitas para ele ser levado ao médico a qualquer mínimo sinal de desconforto. Jimin achara a iniciativa louvável, mas ele realmente odiava médicos e remédios e tudo que envolvia ficar doente.

Abriu a porta do recinto, acostumando-se com a rala luz do ambiente. Observou cautelosamente Yoongi sentado na cabeceira da mesa, acompanhado de um garoto claramente mais alto do que ele. Deve ser Chanyeol, Jimin deduziu ao lembrar-se dos comentários maldosos de Taeyong sobre os conselheiros de Yoongi. Um deles é um moreno de pele queimada, parece ser gentil, mas está sempre acompanhado da cobra que é o Kyungsoo, aquele lunático. O outro tem as maiores orelhas que já vi em minha vida e seu nome é Chanyeol, ou algo assim.

 - Sente-se, Jimin. – Yoongi ordenou com a voz grave, fazendo o garoto tremer com o que viria em diante. – Tenho algo importante para falar com você hoje.

- E o que isso seria? – Jimin perguntou, sua voz saindo mais fraca do que ele gostaria.

- Esse é o garoto que você fez tanta questão de convocar? Ele não será capaz de achar uma saída, Yoongi. – Chanyeol falou com desdém nítido em sua voz. Jimin baixou a cabeça, envergonhado. Apesar de ter odiado o comentário do gigante, ele realmente era totalmente inútil ao se tratar de assuntos de Estado.

- Você não entende, Chanyeol. Preciso escutar o que ele tem pra dizer. – Yoongi falou com a voz torturada, sem desviar os olhos do garoto de cabelos escuros que sentava-se tão encolhido, tão amedrontado. Era tão frágil o seu menino.

- Então comece explicando tudo. Ele não tem cara de vidente para adivinhar o motivo de ter sido chamado aqui. – Chanyeol ralhou, dando um tapa de leve na cabeça de Yoongi, que o encarou com olhos mortais.

- O que você acha que farei agora, imbecil? O chamei justamente para esclarecer a situação. – O estômago de Jimin se revirava dentro dele e ele sentia que estava prestes a vomitar tudo que havia comido de tanto nervosismo. – Jimin, serei breve, não é um assunto que goste de tratar e muito menos de me estender. O Leste, como você bem sabe, é uma província emergente quem vem se destacando na produção agrícola com o passar dos anos. – Jimin estreitou os olhos para as palavras ditas por Yoongi. O que diabos o leste teria a ver com ele sendo chamado para a sala de reuniões.

- Sei disso. Estudamos nas aulas de História do Reino. O Norte é autossuficiente, enquanto vocês e o Leste se ajudam mutuamente com roupas e alimentos.

- Sim, exatamente. De uns anos para cá, porém, meu pai foi obrigado a intensificar a produção agrícola, pois o Leste negava-se cada vez mais a exportar alimentos para nós. – Jimin já podia sentir um nó pesado forma-se em sua garganta. – Houveram ataques as nossas plantações, dezenas de camponeses foram assassinados em suas fazendas nos dias em que você esteve doente. Os guardas sugeriram que poderiam ser ataques esporádicos de saqueadores e o assunto me foi esquecido, estava por demais preocupado com suas lesões. – Yoongi falou enquanto suspirava, passando a mão pelos fios loiros que caiam desarrumados em sua testa. – Pois bem. Antes de ontem ficamos sabendo que os ataques foram coordenados pelo rei do Leste, Jimin.

- Não é possível.  – Jimin falou desacreditado, pensando no doce Mark e em todos que conhecera quando fizera uma breve visita ao leste com seu pai. – Yifan... Ele não faria isso. – A imagem do rei jovem e gentil veio à cabeça de Jimin.

- Yifan foi morto pelo irmão, Yixing. O pai de Mark está preso por traição à coroa.

- Yifan... Morto? – Jimin perguntou abobalhado. O rei era apenas um pouco mais velho do que ele e Yoongi. Ele não poderia estar morto, muito menos assassinado pelo próprio irmão, o moreno de voz adocicada, que sempre mostrava os melhores cantos para se ler quando Jimin os visitava.

- Sim, Jimin. Você sabe o que isso significa?

- Guerra. – A palavra saiu rasgando as cordas vocais de Jimin, enquanto ele sentia lágrimas salgadas escaparem por seus olhos pela primeira vez no dia. – Significam guerra, Min Yoongi. Mas você pode mudar isso. Você tem que mudar isso, Yoongi.


Notas Finais


Falei mt lá em cima né? KKKKK nunca fiz isso – q
Entãaaao, pra finalizar, queria desejar a MAIOR SORTE DO MUNDO pro pessoal que vai sofrer no ENEM no sábado e no domingo. Vocês são demais e eu super acredito em todo mundo <3
GNT ROYALS TA C 91 FAVS COMO ASSIM
Estou shook
Vou por a música p acabar logo c isso pq mds, como eu falei hj.
A musiquinha do cap é Color Ring, em homenagens aos meus amores do WINNER, em especial o Tae, meu bias.
Eis o link : https://www.youtube.com/watch?v=vQIfXg7UukI
Até semana que vem!


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