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História Royals - Yoonmin - Vermelho e Terrível


Escrita por: parkcyr

Notas do Autor


PENSEI QUE NÃO IA CONSEGUIR POSTAR ESSE CAP MDS
parei com a exaltação.
Mas, sério, que diabo de semana corrida foi essa?
Cansei.
Boa leitura <3

Capítulo 13 - Vermelho e Terrível


Fanfic / Fanfiction Royals - Yoonmin - Vermelho e Terrível

Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me
àquele reino onde não existe vida
e eu quedo inerte sem paixão.
Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,
a fábula inconclusa,
suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?
Como proteger-me das feridas
que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento
que lembra a Terra e sua púrpura
demente?
E mais aquela ferida que me inflijo
a cada hora, algoz
do inocente que não sou?
Ninguém responde, a vida é pétrea. – Acordar, viver, Carlos Drummond de Andrade

 

- Isso é totalmente ridículo e inaceitável. – Chanyeol reclamou enquanto encarava Jimin. – Ele é um Rei, garoto. Se fizer isso será lembrado como um covarde para sempre.

- É melhor ser lembrado como um covarde do que como um assassino!

- Yoongi não derramará uma gota de sangue alheio.

- Mas mandará para o campo de batalha homens que farão isso. No fim das contas, o resultado é igualmente catastrófico.

- Depende do ponto de vista analisado. Talvez no seu, um garoto que não tem o mínimo entendimento do que uma guerra significa, poderia ser a mesma coisa. Responda-me uma coisa, Park Jimin: você é o único herdeiro de seu pai?

- Sim. – Jimin respondeu desconfiado. – O que isso tem a ver com a questão?

- Nada. Só quis saber para prestar condolências ao seu pai quando você subir no trono. Você será o pior rei que o norte já viu.

- Chega. – Yoongi falou enquanto se levantava da cadeira onde estava. – Chega Chanyeol.

- Não. – Jimin o interrompeu. – O deixe continuar, Yoongi. Eu quero que ele continue.

- Pois bem. Já que é do desejo de vossa majestade, eu direi tudo que pude perceber de você nesses poucos minutos. – Chanyeol falou, enlaçando os dedos uns nos outros. – Você é um idiota apaixonado, Park Jimin. Um covarde. Você não serve nem para ser um príncipe decente, muito menos rei. Se eu fosse você, abdicaria antes de ter chance de destruir o que seus antepassados fizeram com tanto esforço.

- Covarde? Eu? – Jimin perguntou, passando a mão nos cabelos escuros tentando se acalmar. – Repete Chanyeol. Repete.

- Com todo prazer. – Chanyeol falou rindo. – Você é um covarde, Park Jimin. Posso dizer quantas vezes precisar. – Quando Yoongi deu por si, Jimin havia avançado em cima dos quase dois metros de Chanyeol. O rapaz alto segurou o mais novo pelos ombros, sustentando o sorriso zombeteiro no rosto enquanto encarava Jimin profundamente.

- Me larga. – Jimin pediu baixinho, controlando a respiração.

- Por que eu faria isso?

- Porque eu estou mandando. – Yoongi falou autoritário do lugar onde estava passando a mão nervosamente pelos cabelos. Ele estava extremamente exausto e não conseguiria mais lidar com mais confusões. Pelo menos não hoje.

Chanyeol largou Jimin bruscamente, quase fazendo o garoto cair no chão com sua brutalidade. O moreno alto encarou Yoongi com olhos decepcionados enquanto caminhava com passos largos para fora da sala onde estivera durante quase duas horas. De alguma maneira, Chanyeol conseguia sentir no ar a tensão que havia se instalado entre o príncipe e o rei e, honestamente, ele estava exaltado demais para tentar fazer alguma coisa. 

Jimin retraiu as costas ao escutar o barulho surdo da porta de madeira sendo fechada por trás de si. De repente, o moreno se sentiu extremamente desprotegido, quase como se estivesse nu na frente de Yoongi.  O ar estava tão denso que Jimin pensava que se estivesse com um isqueiro em mãos poderia acendê-lo e todo o ambiente entraria em combustão espontânea. Sua pele ardia e queimava por baixo da fina camisa branca que usava e ele conseguia sentir o olhar pesado de Yoongi sobre si.

- O que você esperava fazer com Chanyeol, Jimin? – O jovem rei perguntou cansado. – Ele tem quase mais da metade de sua altura, sem contar que é extremamente forte. Por um acaso você gosta de sofrer, garoto? O que diabos está lhe acometendo para você estar tão inconsequente? – Jimin virou-se, olhando Yoongi de uma forma incrédula.

- O que diabos deu em você, Min Yoongi, para declarar guerra a Zhang Yixing sem nem mesmo saber o que está acontecendo lá?

- Ele matou o irmão, Jimin. – Yoongi respondeu secamente. – Para ele pouco importa moral, ou honra. Por que deveria importar para mim?

- Porque você deveria ser diferente! Nós deveríamos ser reis diferentes, Yoongi! Eu, você, Jaehyun, Taeyong. Nós poderíamos mudar o rumo das coisas.

- Não, Jimin. Você está enganado. Nós não podemos mudar nada. Tudo que nos foi dado foi uma coroa pesada demais para nossos ombros e uma ilusão de sabedoria milenar. Não podemos fazer nada além de concordar com o enorme circo que se ergue em frente aos nossos olhos cansados demais para ver outro caminho. Aliás, creio que até a oportunidade de possuir outro caminho nos foi negada.

- Claro que não, Yoongi! Nós somos donos de nosso próprio destino. Nós temos escolha! Por deuses, nós podemos criar outro caminho ou bifurcar o que nos foi dado. Nada na vida é imutável, Yoongi. Nem mesmo nós.

- Ah, meu amor. – Yoongi falou com a voz doce, indicando a cadeira ao lado da sua para Jimin se sentar. Ele aguardou pacientemente o garoto caminhar com passos inseguros em sua direção e só tornou a usar a voz quando o moreno estava perfeitamente alojado ao seu lado, com os ombros encostando com os seus. – Gostaria que você estivesse certo. – O loiro passou a mão pelos cabelos macios de Jimin, fechando os olhos para a sensação familiar de formigamento que ele passava, quase como se toda célula nervosa do tecido de Yoongi fosse vulnerável aos estímulos que emanavam de Jimin.

- Por que você não se permite acreditar em mim, pelo menos dessa vez? – Jimin perguntou com a voz manhosa, encostando a cabeça nos ombros largos do mais velho.

- Eu não posso, Jiminnie. Eu gostaria, mas não posso.

- Yixing não faria isso, Yoongi. Eu... Eu o conheço. Ele lia pra mim, nós costumávamos catalogar as arvores na primavera. Ele não mataria Kris, Yoongi.

- Kris? – O loiro perguntou confuso.

- Yifan. Kris era como o chamávamos. – E agora ele está morto, uma vozinha sussurrou na cabeça de Jimin, fazendo um nó formar-se pesado em sua garganta.

- Não sabia que vocês eram próximos.

- Eu os visitava quando não vinha te ver. Eles eram bons, generosos. Yixing não era nada além de gentil. Você deveria averiguar essa situação de uma forma mais precisa.

- Não, Jimin. Tenho que fazer algo – e rápido.

- Tem que existir alguma solução além de banho de sangue, Yoongi.

- Mas não existe, Park Jimin. – Yoongi falou, desviando o olhar do teto para os olhos escuros de Jimin.

A sensação que percorreu o corpo de Jimin foi avassaladora.

Ele não conhecia aqueles olhos.

X

O Sol da tarde já estava se decompondo em cores vibrantes quando Jimin finalmente resolveu sentar-se no parapeito da janela do quarto de hospedes onde passara quase um mês e onde ficaria até seu pai decidir que estava pronto – ou não – para a coroação.

Uma sensação de pesar afundava seu peito, a melancolia profunda aumentada pela tristeza do final de um novo dia. Jimin sentia uma espécie de luto silencioso, que envenenava seus pulmões e segurava os punhos do garoto pálido com mãos gélidas, trazendo uma dor quase nauseante que o fazia querer gritar, mas, mesmo assim, ele se calava.

Jimin havia desenvolvido um método muito peculiar de lidar com todo tipo de dor que cruzava seu caminho: silêncio. Para observadores de fora, era fácil dizer que o moreno de sorrisos fáceis nunca se entristecia de fato. A tristeza de Jimin era silenciosa, aterrorizante.

Talvez a melancolia de Jimin pudesse ser comparada com a de Apolo. Apesar de todas as versões que tinha escutado de seu mito preferido, Jimin costumava imaginar que Apolo enlouqueceu com tanto luto, tanta dor afogada. Jimin acreditava sinceramente nessa verdade, pois todos os dias ele via o deus Sol se matar no horizonte, tocando as águas salgadas que haviam levado de forma tão cruel o seu amante.

Jimin fechou os olhos, deixando de essa vez as lágrimas caírem livres por seu rosto. Se você perguntasse por que ele estava chorando, ele não saberia lhe dizer. O peito de Jimin ardia e cada respiração lhe era imensamente sofrida – o vazio que invadia seu ser era imensurável a aquela altura do campeonato. E ainda existia Yoongi.

Yoongi, o rei de cabelos loiros e olhos desbotados. Yoongi, a quem Jimin amava tanto. Ele não conseguia imaginar uma vida em que eles dois existiam separados – uma força invisível e irreal os unia, como um fio do destino ligado desde o nascimento que os prendia juntos.

Mas agora Yoongi era rei. E havia ordenado guerra ao Leste, que Jimin adorava junto com suas folhas amareladas e o cheiro peculiar de chá de canela que rondava por todo o palácio. Yoongi havia declarado guerra a Yixing, que havia acabado de perder o irmão.

Jimin, com toda sua teimosa, não acreditava que o moreno alto de sorriso doce seria capaz de matar Yifan, a quem ele gostava tanto. Yixing era irmão adotivo, resgatado quando o pai de Yifan saíra em uma caçada e encontrara o pequeno garotinho de olhos pedintes no meio da estrada, vagando perdido.

Nas vezes que lhe foram oferecidas oportunidades de sentar com os dois irmãos, Jimin pode perceber o quanto eram tão diferentes, mas tão imensamente iguais. Yixing e Yifan se completavam, como yin e yang. E esse foi o apelido que o pequeno príncipe Park Jimin dera aos dois na primeira vez que os visitara, durante um solstício de Inverno que seu pai resolvera passar longe da família Min.

Yifan possuía toda a grandeza que devia ser inerente a um rei. Sua boca produzia sorrisos fáceis e comentários sagazes demais para um garoto de sua idade. Jimin quase conseguia imaginar novamente os cabelos loiros, parecidos com os de Yoongi, sendo balançados pelo vento enquanto ele andava no seu cavalo mestiço, ignorando totalmente os comentários de que um príncipe deveria andar somente em animais de raça.

Já Yixing era mais parecido com Jimin, mais doce, mais pacífico. Ele gostava de catalogar as árvores e no inverno, levara Jimin para vê-las. As palavras do mais velho nunca saíram de sua cabeça. Olhe bem para esses troncos secos, Jiminnie. Eles são as almas das árvores, o que resta depois que o inverno leva tudo que elas têm. É uma estação cruel, pequeno Jimin. Mas acho que você deve entender muito bem o que falo, já que seu frio esbranquiçado é tudo o que conheceu.

Mas agora Yifan estava morto. Morto como as árvores no inverno que Yixing tanto gostava. E Jimin não podia nem mesmo prestar condolências ao seu amigo tão sábio, tão antigo. Jimin teria que assistir, mais uma vez, silencioso, Yoongi destruir o Leste e suas florestas, acabar com o cheiro de canela que o lembrava de casa.

Ele teria que observar o amor de sua vida manchar com sangue os pastos que Yifan cavalgava junto com seu cavalo, Hao, derrubar as muradas do castelo onde passara as melhores manhãs de Sol de sua infância.

Mas Jimin deveria saber. O amor tem seus custos, suas taxas. Ele jamais vem de graça. Os deuses não agraciariam a raça humana com tal presente. Somos perversos demais, cruéis demais com os outros e consigo mesmos. Por isso que todos os nossos pedidos de misericórdia são negados – é uma forma de punição muda que os deuses encontraram de nos massacrar e matar aos montes.

Jimin deveria saber.

Seu primeiro amor não é a primeira pessoa que aquece seu corpo, produz borboletas nauseantes em seu estômago, não sai de sua cabeça um minuto sequer no dia.

Seu primeiro amor é a primeira pessoa que parte seu coração.

X

   - Espero que você tenha tomado a decisão certa. – Chanyeol falou assim que abriu a porta novamente, sua voz grave ressonando nas quatro paredes altas do ressinto. Yoongi suspirou, olhando nervosamente para a cadeira onde Jimin estivera sentado alguns momentos antes.

   - Acredito que não tomei. A decisão certa geralmente não é a necessária. – Chanyeol riu do tom sofrido que a voz de Yoongi havia adquirido. Efeitos daquele nortenho, o moreno pensou ácido.

   - Você tem razão, pela primeira vez. Mas, se me permite a ousadia, você não deveria prestar muita atenção no que aquele garoto, Jimin, diz. Ele não faz a menor ideia de como um reino deve ser governado. – Foi a vez de Yoongi rir, olhando Chanyeol nos olhos.

   - É. Talvez você tenha razão. – O rei falou simplesmente, fazendo Chanyeol franzir o cenho em resposta, afinal, Yoongi sempre defendia Park Jimin e simplesmente não fazia sentido ele omitir-se daquela vez.

   - Algo aconteceu? – O mais alto perguntou, um tom de preocupação claro em sua voz.

   - Não. – Yoongi respondeu secamente. – Mas, preciso que você me responda uma coisa.

   - Claro.

   - Por que os mortais amam tanto a história de Ícaro? – Chanyeol encarou Yoongi como se este tivesse perdido a pouca sanidade que ainda possuía. A expressão do rei, porém, era clara, nítida, terrivelmente sã.

   - Ícaro? O filho de Dédalo? – Chanyeol perguntou confuso.

   - Sim. O que caiu e morreu no mar, porque voou muito perto do Sol.

   - Acho que você acabou de responder sua pergunta.

   - Não entendo. Seja mais claro. – Yoongi disse autoritário.

   - Ora, Yoongi. Ícaro voou. Ele caiu, sim, mas ele voou. Nós todos estamos tentando aprender com ele.

   - Talvez ele tenha sido só mais um garoto idiota. Um garoto apaixonado demais por ideias utópicas. Talvez, Park Chanyeol, Ícaro esqueceu que nós não fomos feitos para voar. Se tivéssemos sido, asas nasceriam conosco, pregadas em nossas costas. Asas de verdade, não um amontoado de penas coladas com cera que derretem e nos mata.

   - Sim, talvez você tenha razão. Mas por que tanta amargura com o pobre Ícaro?

   - Jimin. Ele ama esse mito idiota. – Yoongi respondeu, passando a mão sobre os cabelos dourados, um ato irritante que havia aprendido com Jimin.

   - Ah, claro que o sonhador Park Jimin iria se apaixonar pelo mito de Ícaro. Muito óbvio, muito clichê. Devo dizer que não estou impressionado. Mas, de certa forma, Jimin parece com Ícaro. Sonhador, silencioso, suicida, de certa forma.

   - Jimin? – Yoongi perguntou confuso.

   - Sim. E você seria Apolo, suponho. – Chanyeol falou e o loiro assentiu com a cabeça. – Parece. O garoto que voou muito perto do sol. Seria cômico se não fosse trágico.

   - O que você quer dizer com isso?

   - Yoongi, me nomeie agora um herói que foi feliz. – Chanyeol disse sério, encarando o rei com olhos desafiadores.

   - Um herói que foi feliz? – Yoongi perguntou bobamente. – Bem...

   - Você não pode. Porque não existiu. Entende agora o que quero dizer?

   - Não. – Chanyeol suspirou.

   - Nenhum herói, pelo menos não da mitologia grega, foi feliz. Todos eles, todos morreram ou foram condenados a viver imersos em sua própria tragicidade. Peguemos por exemplo Dédalo e Ícaro, já que é o mito que Jimin gosta. Ícaro queria escapar de Creta, se não me falha a memória, e aproveitou a invenção de seu pai, um dos mais engenhosos arquitetos vivos na época. Ícaro ignorou a tudo e todos e foi seguir seu coração, o chamado cruel de Apolo que o levava em direção a sua própria morte. Depois disso, Dédalo ficou só, petrificado demais para pegar o corpo do próprio filho morto no mar, com a dor da culpa quebrando seus ossos. Foi Héracles feliz, mesmo com seu nome escrito nas estrelas e em toda profecia conhecida? E Aquiles? De novo, eu preciso perguntar. Você é capaz de me dizer um herói que foi feliz, Min Yoongi?

   - Não. – O rei falou, com um nó começando a se formar em sua garganta. – Eu não sou capaz.

   - Ninguém é. Nem mesmo Jimin. Preciso que se lembre disso nos dias que virão, Yoongi. Eles não serão fáceis. Apenas mantenha sua coroa em sua cabeça e não use seu coração. Ele é estúpido e não lhe dará as respostas que precisa. Agora eu preciso ir. Kyungsoo tem que ser fiscalizado. – Chanyeol falou enquanto virava as costas e deixava o jovem rei encarando a porta que ele fechara com força.

   A cabeça de Yoongi doía e tudo que ele queria fazer naquele momento era chorar. Chorar por si mesmo, por Jimin, pela vida que fora obrigado a viver. Yoongi só queria chorar, se desfazer em lágrimas para tentar abafar os gritos mudos de seu peito.

   A água salgada de seus olhos, porém, não queria sair. Por mais que Yoongi forçasse, ele simplesmente não conseguia chorar como antes – parecia que algo dentro de si havia mudado profundamente e ele jamais conseguiria voltar a ser o que era, nem mesmo se tentasse.

   Parecia que algo – alguém – residia dentro de Yoongi e essa coisa estava petrificando seu coração, o deixando imune até mesmo aos apelos desesperados de Jimin.

   Os tempos em que rira inocentemente no jardim do palácio, apenas ele, Jimin e a luz da lua lhe invadiam a cabeça, tornando impossível para o rei se mexer, causando uma paralisia sofrida.

   O corpo de Yoongi tremia por conta de soluços que escapavam de sua boca, mas, mesmo assim, as lágrimas não saiam. Parecia que todo o seu ser iria se desfazer em dor e ele não conseguia nem mesmo chorar.

   Ele tentou chamar por ajuda, mas quem viria ajudá-lo? Ninguém.

   Ele agora era Rei, deveria ser capaz de se virar sozinho.

   Sozinho.

   Sua cabeça, involuntariamente, imaginou a imagem de Park Jimin, com seu sorriso infantil e cabelos pretos, rindo de algo idiota ou até mesmo porque acabara de ver uma coisa bonita demais para passar despercebida.

   A cabeça de Yoongi tentou mandar um sinal, uma mensagem, qualquer coisa que fizesse o mais novo o perdoar por tudo que ele estaria prestes a fazer. Yoongi entraria num caminho sem volta e ele sabia disso.  Ele sabia disso, mas Deuses, o que ele poderia fazer? Ele só tinha vinte anos e um reino na beira de uma catástrofe em suas mãos pálidas.

   Yoongi deveria defender o que seu pai custara tanto para construir, a qualquer custo. Mesmo que esse custo fosse matar um dos amigos de Jimin. Ele colocaria o Leste abaixo se isso significasse paz para o seu povo.

   A voz em sua cabeça falou singelamente, de um modo desesperado e, por alguma razão, Yoongi esperava que Jimin ouvisse. Ele só queria que o seu garoto escutasse seu apelo.

 

Por favor, Jimin, lembre-se de mim vívido como eu era. 


Notas Finais


Vocês já sabem o esquema né? Vou ficar postando nas sextas. "Ah, mas ontem tu não postou". Eu sei. Não postei porque o capítulo não estava escrito, muito menos revisado.
Aliás, agora eu tenho uma pessoa pra revisar Royals! #chorabrasil
A música de hoje é Charlie Boy do The Lumineers. Darei um real pra quem descobrir o personagem que tem mais a ver com a música. Mentira, Não farei isso. Sou pobre ta
Enfim, eis o link: https://www.youtube.com/watch?v=Uf7lQg1_vBM
ATÉ SEMANA QUE VEM!!!!
Ah! Espero que vocês tenham gostado da bosta que foi o ENEM <3 E pra quem não gostou: paciência. Vocês tem a vida toda pela frente! Tô torcendo por todo mundo !


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