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História Royals - Yoonmin - Elegia Real


Escrita por: parkcyr

Notas do Autor


Gnt oq diabo foi que aconteceu que eu postei esse capítulo ontem e hoje quando cheguei da escola não tinha mais nada???? Nossa, eu tô c sangue nos olhos. Então eis aqui a repostagem. Mil desculpas pra quem leu.
Doido, eu sei que vai ter gente querendo meu sangue quando terminar de ler isso. Não me matem, sério, de verdade. Minha mãe ia ficar muito triste.
Uma coisa que eu gostaria que vocês tivessem em mente é que: o Yoongi não tá no seu juízo perfeito. Ele tem 20 anos, é um fucking rei e ainda tem dois loucos colocando coisa na cabeça influenciável dele. Entãaao, se mesmo assim vcs ainda quiserem colocar uma corda no pescoço dele, entra na fila porque eu to na frente. O Jimin é um cu doce mesmo. Quem não tiver gostando é só parar de ler e é isso aí.
Mentira. Não parem de ler, vou ficar triste e solitária.
Ah! Uma pequena mudança ocorreu nos capítulos: agora não vai ser só Yoonmin. Aproveitem o deus Jaehyun nesse.
Lembrando sempre que estou disposta a escutar as revoltas de vocês a respeito de Royals. Minhas amigas ficaram felizes com esse capitulo, mas elas são duas doidas então nem conta muito.
Vejo vocês nas notas finais!
Doido, eu sei que vai ter gente querendo meu sangue quando terminar de ler isso. Não me matem, sério, de verdade. Minha mãe ia ficar muito triste.
Uma coisa que eu gostaria que vocês tivessem em mente é que: o Yoongi não tá no seu juízo perfeito. Ele tem 20 anos, é um fucking rei e ainda tem dois loucos colocando coisa na cabeça influenciável dele. Entãaao, se mesmo assim vcs ainda quiserem colocar uma corda no pescoço dele, entra na fila porque eu to na frente. O Jimin é um cu doce mesmo. Quem não tiver gostando é só parar de ler e é isso aí.
Mentira. Não parem de ler, vou ficar triste e solitária.
Ah! Uma pequena mudança ocorreu nos capítulos: agora não vai ser só Yoonmin. Aproveitem o deus Jaehyun nesse.
Lembrando sempre que estou disposta a escutar as revoltas de vocês a respeito de Royals. Minhas amigas ficaram felizes com esse capitulo, mas elas são duas doidas então nem conta muito.
Vejo vocês nas notas finais!

Capítulo 14 - Elegia Real


Fanfic / Fanfiction Royals - Yoonmin - Elegia Real

Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil. Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus. – Rubem Braga

   Min Yoongi sentiu o coração parar ao observar o corpo pálido que era retirado da água. Ele não conseguiria dizer quem era – nem mesmo se quisesse. O garoto que Kyungsoo puxava com brutalidade do mar salgado era mais um dos jovens que haviam sido recrutados precocemente, já que eles precisavam de suportes nas linhas de frente que seriam montadas quando a batalha começasse de fato.

   O mais velho tivera a ideia brilhante de arrastar o rei aos campos de treinamento, pois, segundo o próprio Kyungsoo, eles se sentiriam mais motivados ao verem Yoongi os apoiando.

   A verdade era que Yoongi não gostaria de apoiar ninguém – nem mesmo os jovens que ele descaradamente mandara para o abate. Ele queria estar em sua real residência, deitado ao lado de Jimin enquanto ambos aguardavam o Sol se por nos jardins.

   - O que está achando desses recrutas de Kyungsoo? – Chanyeol perguntou, surgindo atrás do rei e dando um pequeno aperto em seus ombros.

   - Eles vão morrer apenas com a visão do campo de batalha. – Yoongi respondeu suspirando pesadamente, pronto para virar as costas e ir em direção à singela residência que Kyung havia arrumado para si.

   - Você tem razão. – Ele pode ouvir a costumeira risada de Chanyeol enquanto o mais alto o seguia. – Trago notícias do Leste.

   - Diga logo sobre o que se tratam.

   - Bem, parece que seus exércitos estão sendo organizados. Você não foi o único a ter a ideia de atacar sem aviso prévio. – Malditos, Yoongi pensou enquanto fechava os punhos com força.

   - E Yixing? Sabe onde ele se encontra? – A tática de Yoongi era simples: matar o líder da rebelião. Se Yixing sumisse do mapa, o povo do leste se encontraria sem nenhuma figura dominante e logo tudo cairia por terra.

   - Não. – Chanyeol respondeu, soando extremamente frustrado. – Ninguém faz a menor ideia de onde aquele regicida possa estar.

   Regicida. Yoongi se permitiu rir ao ouvir a palavra que saíra com facilidade da boca de Chanyeol. Sim, de certa forma, Yixing era um regicida, afinal havia assassinado o rei coroado do Leste. Mas antes de rei, Yifan era seu irmão. Existia uma sensação agridoce no fundo da mente de Yoongi por descobrir que a questão era tratada apenas de uma forma política. Para ele, além de regicida, Zhang Yixing era um miserável traidor, um imundo assassino de parentes, agitador de pessoas tipicamente pacíficas. E ele deveria morrer a qualquer custo.

   - Ache-o. E o traga para mim. Vivo. – Yoongi ordenou, batendo a bengala vermelha com ornamentos dourados que havia ganhado de seu pai.

   - O que diabos você vai fazer com ele vivo? Será mais fácil matá-lo assim que for localizado. E mais prudente também. Devemos acabar com isso o mais rápido possível. – Chanyeol falou confuso.

   - Você tem razão. Mas eu quero matá-lo, com minhas próprias mãos. Isso ensinará uma lição a todos aqueles que pensarem em fazer guerra com o Sul de novo. Servirá de lição para os meus aliados e de aviso aos meus inimigos.

   - Creio que você esteja levando as lições de Maquiavel um pouco a sério demais. Existem pessoas no seu reino que possuem parentes no Leste, que eram leais à casa de Yifan. Eles não aceitarão que você mate o legítimo sucessor do rei morto, Yoongi. Pelo menos não em frente a seus olhos.

   - Yixing matou o irmão. Por um acaso o povo do Leste se esquece deste pequeno fato?

   - Não. Mas existe uma grande parcela da população que não acredita nisso. Essa foi a segunda notícia que trouxe para lhe dar.

   - O que? – Yoongi perguntou incrédulo. – Como podem existir pessoas que acreditem na inocência daquele bastardo? Ele apunhalou o irmão pelas costas, mesmo depois de ter sido adotado e criado como um verdadeiro membro da família real. Gente da raça dele não merece perdão, nem mesmo piedade.

   - Acontece, Yoongi, que Yixing é amado por muitas pessoas. Ele ajudava a população pobre e andava entre eles – ensinava as crianças carentes a cavalgarem e as meninas a dançarem a valsa dos palácios. Muitos matariam e morreria por ele em um piscar de olhos. E mais ainda acreditam em sua inocência.

   Jimin é um desses iludidos, Yoongi pensou desgostoso. Imaginar seu Jimin junto de um selvagem que fora capaz de matar o próprio irmão por causa de uma maldita coroa fazia seu estômago embrulhar.

   - Pouco me importa Chanyeol. Sou seu rei. E você vai cumprir minhas ordens.

X

   O castelo estava calmo de um jeito que Park Jimin nunca havia conhecido. Com Yoongi e sua comitiva viajando para o litoral, todos os corredores estavam estranhamente silenciosos, como se o palácio fosse uma espécie de residência fantasma que há muito tempo não encontrava humanos.

   Ele, porém, não podia dizer que estava odiando aquela calmaria.

   O silencio lhe agradava de uma forma estranha e lhe permitia pensar – refletir sobre os acontecimentos que haviam tirado seu sono durante uma boa semana.

   Abriu a porta da biblioteca onde marcara de se encontrar com Tae, Jaehyun, Ten e Mark. Com Yoongi no palácio, cada palavra que eles davam a respeito do Leste era vigiada, e os mesmos não podiam se permitir falar mais do que deviam. Isso até Jaehyun ter a brilhante ideia de comunicarem-se em códigos, mais especificamente, em mandarim.

   Ninguém estranhava a ida dos príncipes até a biblioteca para estudar uma nova língua – na verdade, a maioria achava até algo bonito de se ver e, nos primeiros dias, eles foram surpreendidos por dúzias de olhos curiosos. Claro que quando o Rei havia informado que iria visitar sua base militar no litoral, ninguém teve tempo de reparar no que os príncipes estrangeiros falavam.

   E agora eles possuíam a biblioteca inteira para eles mesmos e podiam falar livremente, sem medo de serem dedurados ao rei.

   Jimin adentrou na sala onde passava a maior parte de seus dias, sorrindo para os amigos que já estavam sentados na grossa mesa de entrada.

   - Você demorou hoje. – Jaehyun comentou, indicando a cadeira para o mais novo sentar-se.

   - Sim. – Jimin respondeu entristecido. – Peço desculpas.

   - Sem problemas. – Taeyong interrompeu. – Temos assuntos mais urgentes para tratar do que os atrasos de Jimin.

   - Você tem razão. – Jimin respondeu, desviando os olhos para Mark que se encontrava encolhido na cadeira. – Teve noticias de seu pai?

   - Não. – O garoto respondeu suspirando. – Mesmo se tivesse, duvido que cheguem a mim. Yoongi enlouqueceu com essa ideia de estarmos sendo espionados pelo Leste. – A menção do nome de Yoongi fez o coração de Jimin disparar.

   - Yoongi enlouqueceu a respeito de muitas coisas. – Ten falou com desdém. – A pior de todas foi deixar o exército nas mãos daquele Kyungsoo.

   - E Yixing? Sabem algo dele? – Jimin tornou a perguntar, ávido por alguma novidade.

   - De Yixing, não. – Taeyong começou, cruzando as mãos em cima da mesa. – Mas um movimento em sua defesa se iniciou no Leste. Ao que tudo indica, ele sumiu e as pessoas acham que está sendo preso em cativeiro pela mesma pessoa que matou Yifan.

   - É provável. – Jaehyun falou pensativo. – Não seria interessante para o assassino de Kris jogar o reino contra ele – muito menos contra Yixing.

   - Por que não? Ele já matou o rei. Pouco importa o que os populares irão pensar. – Mark protestou indignado.

   - Errado. – Foi à vez de Jimin responder. – Se as pessoas acharem que Yixing matou Kris estará tudo acabado. Eles vão querer justiça pelo seu rei. E se ficarem sabendo que outra pessoa matou Yifan e ainda tem Yixing preso também será o fim. De todas as formas, os populares iriam querer satisfações sobre o que realmente ocorreu. E duvido que fossem se contentar com qualquer uma das verdades.

   - Sim. – Ten concordou. – Por isso, quem quer que esteja por trás disso está organizando os exércitos em surdina. Yoongi como não é idiota está fazendo o mesmo. E ainda nos mantém aqui de reféns para não podemos avisar nossos pais sobre essa palhaçada.

   - Você acha que é por conta disso que Yoongi decretou que ninguém entra nem sai do palácio? – Mark perguntou, encarando Ten.

   - Obviamente. E ainda proibiu comunicações. Ele sabe que quem quer que tenha matado Yifan não fará diferença porque nossos pais não apoiarão essa guerra, principalmente os de Jimin, que eram tão amigos da família real do Leste. Yoongi terá dificuldades em enfrentar o Leste sem apoio, tudo que ele menos precisa no momento é de mais inimigos.

   A boca de Jimin permanecia fechada. Ele sabia que tudo – absolutamente tudo – que Ten falava era verdade, mas ainda existia uma relutância infantil em falar de Yoongi por trás das costas do mesmo. Jimin esperava que tudo aquilo não passasse de um sonho ruim que ele, eventualmente, acordaria um dia. Pensar que estava sonhando era melhor e mais fácil do que aceitar uma realidade onde Yoongi virara um rei tirano, virando as costas para todos aqueles que se importavam com si, declarando guerra a um dos maiores aliados do Sul.

   - Jimin. – Mark o chamou, com a voz doce carregada de esperança. – Você deveria tentar falar com Yoongi. Ele escutaria você. – Jimin não pode evitar rir com o comentário de Mark.

   - Yoongi não me escuta faz algum tempo, Mark. Ele não liga mais para mim, muito menos para o que eu penso. Se Yoongi se importasse, não estaria no litoral com Kyungsoo e Chanyeol. – A voz de Jimin saiu torturada, por mais que ele tivesse tentado soar firme. A ausência de Yoongi era quase uma dor física para o mais novo e ele ainda estava tentando se acostumar com a nova realidade que vivia.

   - Jimin... – Jaehyun começou, insinuando que iria para perto do mais novo.

   - Estou bem. Não precisa se preocupar comigo. Como você mesmo disse no começo, temos assuntos mais urgentes a serem tratados.

   - Vocês realmente querem continuar com o plano? – Mark perguntou desconfiado.

   - Sim. – Ten respondeu por todos.

   - Se vamos fazer isso, tem que ser algo mais bem planejado. – Taeyong falou, pegando o papel e pena que repousavam ao seu lado. – Não podemos simplesmente sair andando do palácio sem prestar nenhuma explicação.

   - Bem, - Jimin começou, passando a mão pelos cabelos negros. – Tecnicamente podemos sim.

   - Como? – Jaehyun perguntou desconfiado.

   - Lembra-se da vez que eu briguei com Yoongi e sai vagando pelo jardim?

   - Existe uma saída secreta por lá. – Taeyong completou com um sorriso.

   - Existe. Mas é muito longe, eles conseguiriam nos alcançar se não formos a cavalo.

   - Cinco cavalos chamariam muita atenção. – Ten concordou com um semblante pensativo. – Tem que existir outro jeito.

   - Três cavalos são mais que suficientes. – Mark falou, tomando o caderno das mãos de Taeyong. – Veja bem, um de nós pode simular um machucado essa semana. E Jimin ainda tem a desculpa de que não pode andar devido seu acidente. Dois podem ir a um só cavalo. Os usaríamos apenas para sair dos arredores do palácio, depois seguiríamos a pé.

   - Você tem razão. – Jaehyun disse. – Mas o que faríamos depois com os cavalos? Os animais reais seriam muito fáceis de serem localizados nos vilarejos.

   - Poderíamos abandoná-los e comprar novos em estalagens. Cavalos mestiços, desconhecidos dos estábulos reais. – Ten sugeriu.

   - Excelente plano. – Jimin concordou. – Mas temos que fazer isso o mais rápido possível. Se Yoongi retornar do Leste, estará tudo acabado.

   - Sim. – Taeyong disse com uma voz solene. – Eu não quero nem pensar no que Min Yoongi faria se descobrisse que todos nós estamos conjuminados para sair do Sul e ir atrás de Yixing. Ele provavelmente enfartaria e depois mandaria nos caçar.

   - Sinceramente? – Jimin perguntou de forma retórica. – Prefiro ser caçado por Min Yoongi a deixar que essa loucura que ele colocou na cabeça se perpetue. Jaehyun finja que caiu da sacada de sua janela hoje. Partiremos amanhã no período da tarde, quando houver a troca de guarda. Não podemos demorar, amigos. Essa guerra tem que ser impedida a todo custo. Mesmo que isso signifique abandonar as pessoas que mais amamos pelo meio do caminho.

X

   Jimin observava com cuidado a bela jarra de água gelada, esquecida junto com seu conjunto de copos em cima da mesa que ficava ao lado da enorme cama de dossel do quarto de Jaehyun. O moreno evitava olhar o médico, que enfaixava com cuidado o pé do príncipe mentiroso.

   Jaehyun executava seu papel como nenhum outro, fazendo caretas de dor nas horas mais propícias. Jimin até poderia rir, se a situação não fosse tão agravante.

   - Bem, majestade. Creio que acabei por aqui. – O senhor de idade se levantou, fazendo uma pequena reverência ao Jaehyun deitado na cama com uma expressão sombria. Jimin se levantou, pronto para acompanhar o médico a porta.

   - Obrigado por ter vindo. – Ele agradeceu solenemente, quase se sentindo culpado por tirar o pobre servidor de sua casa em um horário tão inusitado.

   - Não fiz mais que minha obrigação. – O doutor sorriu doce, segurando a porta para que o mais novo não pudesse fechá-la. – Vocês deveriam tomar um pouco mais de cuidado, Alteza. Ossos não dão em árvores.

   - Sim. – Jimin concordou com uma risada. – O senhor tem toda razão.

   - Boa noite, príncipe Jimin. – O médico despediu-se com uma formal reverência e Jimin esperou sua figura antiga desaparecer no corredor antes de fechar a porta de madeira.

   - Essa foi por pouco. – Jaehyun falou, levantando-se da cama apressadamente e retirando as bandagens que o senhor demorara tanto para colocar.

   - Sim. Pensei que o homem iria descobrir que tudo não passava de uma farsa.

   - Eu também! – Jaehyun concordou, de forma estranhamente animada. – Tivemos sorte dessa vez. Espero que amanhã isso se repita.

   - Não tem como dar errado, de verdade. – Jimin falou, jogando-se na cama e fechando os olhos cansados.

   - Existem mil maneiras de isso dar errado, Jiminnie. – Jaehyun respondeu, deitando-se novamente ao lado de Jimin. – Eu poderia citar todas elas pra você. – Terminou falando num sussurro, se aproximando perigosamente do corpo do menor.

   - Eu gostaria que você não fizesse isso.  – Jimin respondeu, ainda com os olhos fechados e alheio a aproximação de Jaehyun.

   - Eu sei. Por isso não o fiz. – Jaehyun resolveu tirar uma mecha de cabelo escuro que teimava em cair na testa de Jimin e não pode deixar de perceber o quanto o garoto era lindo. Yoongi deve ser um verdadeiro idiota por deixar Jimin sozinho aqui e seguir os conselhos do sádico de Kyungsoo. – Jimin? – Ele chamou pelo menor, num tom de voz quase suplicante.

   - Sim? – Jimin respondeu, quase soando sonolento.

   - Eu... Posso tentar fazer uma coisa com você? Prometo que não vou insistir se você não quiser.

   - Pode Jaehyun. Mas o que diabos é essa coisa? – Jimin mal teve tempo de finalizar a pergunta antes de ter seus lábios invadidos pelos lábios macios de Jaehyun. O beijo dele era diferente do de Yoongi – era um pouco mais calmo, muito mais doce.

   Jimin deixou-se levar pelos movimentos delicados de Jaehyun, se entregando sem perceber. O beijo findou-se com a mesma rapidez que havia começado, deixando Jimin atordoado, com medo de abrir os olhos.

   Ele tinha acabado de beijar o melhor amigo.

   - Não vamos falar sobre isso. – Jaehyun informou, vendo a confusão no olhar do mais novo. – Era apenas algo... Que eu tinha que fazer.

   - Tudo bem. – Jimin respondeu fracamente, se segurando no impulso de colocar as mãos nos lábios vermelhos.

   Um sentimento de culpa avassaladora invadiu seu peito. Quer dizer, ele nem mesmo possuía nenhuma relação com Yoongi, mas a sensação era de que ele o havia traído. Será se eles não tinham nada mesmo? Será se Jimin era realmente livre para beijar quem ele quisesse?

   - Jiminnie. – Jaehyun o chamou risonho. Agora os dois estavam sentados na sua cama e ele aproveitou a posição para acariciar os cabelos do mais baixo. – Não precisa enlouquecer a respeito disso. Não serei presunçoso de achar que você está pensando em mim quando sei que sua cabeça gravita em torno de Yoongi. Você não fez nada de errado, Jimin. Qualquer que seja a relação esquizofrênica que vocês dois possuíam.

   - Obrigada, hyung. – Jimin falou, abraçando carinhosamente o mais velho. – Agora, o melhor que temos a fazer é dormir. Amanhã será um longo dia.

   - Você está certo. Dormirá aqui?

   - Sim, Jaehyun. Hoje eu vou dormir com você.

X

   A luz fraca do ambiente contrastava com a imensa quantidade de bebidas que se encontravam em cima da enorme mesa de madeira.

   Kyungsoo havia convencido Chanyeol e Yoongi a irem com ele a uma das melhores casas de espetáculos de todo Sul. No começo, houve relutância de ambas as partes, mas eles acabaram cedendo ao baixinho de sorriso ameaçador.

   O mundo começava a rodar para Yoongi, que não conseguia recordar-se de uma vez em que ele houvesse bebido tanto. Observou com olhos desfocados as garrafas de vinho que começavam a amontoar-se em cima da mesa, fazendo uma cena quase engraçada. Chanyeol e Kyungsoo já haviam se agarrado com quase todas as garotas do local, mas ele havia escolhido abster-se desse tipo de diversão.

   Sua mente rodava, rodava e parava em Jimin, no dia da inauguração de seu palácio, onde ambos fingiram estar bêbados e trocaram o primeiro beijo. Yoongi virou outra taça de vinho na boca. O gosto era amargo, diferente dos lábios do mais novo.

   - Que diabos de rei você é, Min Yoongi? – Chanyeol perguntou com a voz alterada pela bebida. Se sua própria capacidade de discernimento não estivesse alterada, Yoongi seria capaz de sentir pena do rapaz de quase dois metros que andava trocando as pernas.

   - Um diferente dos demais. – Respondeu apenas, enquanto cuidava em encher outra taça com a bebida vermelha e quente que lhe servia de companhia. De canto de olho, Yoongi podia ver uma quantidade considerável de moças que trabalhavam no local observá-lo, como se ele fosse uma espécie de prato principal. Seu estômago revirou com o pensamento.

   - Diferente até demais. – Chanyeol se aproximou, empurrando sem delicadeza uma moça que se encontrava agarrada em sua cintura. – Você não está pensando em Park Jimin, não é? – Ele perguntou zombeteiro, fazendo Yoongi revirar os olhos.

   - E daí se eu estivesse? – A pergunta fez o mais alto rir, como se Yoongi tivesse contado uma piada.

   - E daí? Já ouvi falar de muitos fetiches imbecis, Yoongi, mas homens? Você é um rei! Espera-se que haja como tal. – O sangue de Yoongi ferveu com a mera menção de que Jimin seria uma espécie de fetiche de sua cabeça. Ele era muito mais que isso.

   - Você está enganado. – Yoongi falou em meio a goles em sua taça prateada. – Ele não é um fetiche. Nunca foi.

   - Pior ainda! Você não consegue perceber? Isso é imoral, Yoongi. Vocês nunca vão poder ficar juntos.

   - E quem disse que eu quero ficar junto dele? – Yoongi perguntou apenas para fazer Chanyeol calar a boca a respeito do assunto Jimin. O garoto de pele clara e cabelos enegrecidos doía em seu coração como se fosse uma cicatriz que não havia sarado.

    - E não quer? – Chanyeol perguntou desconfiado. – Então me prove.

   - Não tenho que lhe provar nada.

   - Sim, de fato. Mas se você não fizer o que falei, saberei que o comandante supremo do Sul é um bastardo que vai contra todos os princípios que nos foram ensinados. Se você não fizer, Yoongi, saberei que seu ponto fraco é Park Jimin. – Um nó formou-se na garganta do rei antes de responder.

   - E o que você quer que eu faça, exatamente?

   - Está vendo aquela garota ali? – Chanyeol perguntou apontando para uma morena de cabelos curtos, que fazia parte do grupo que havia encarado Yoongi a noite inteira. – Você deverá passar o resto da noite com ela. Como um homem. E nem tente me enganar, Min Yoongi.

   - Só isso que você quer? – Yoongi perguntou rindo e virando outra taça de vinho enquanto indicava com os dedos para a garota vir em sua direção. – Prepare-se para engolir suas palavras a meu respeito então, Park Chanyeol. 

 


Notas Finais


EU DISSE QUE IAM QUERER ME MATAR.
Além disso, ROYALS ESTÁ C 114 FAVS – Q
COMO ASSIM
EU N CONHEÇO NEM 100 PESSOAS
Bem, eu só tenho a agradecer, como sempre. Royals foi – e ainda é – um projetinho despretensioso cujo objetivo principal foi dar uma “lição” pra quem lia. Não que eu tenha moral pra dar lição em ninguém, mas espero que vocês entendam onde eu quis chegar quando o ultimo capítulo for postado.
Esqueci nas notas inciais, mas vocês notaram que a capa mudou? Queria agradecer a mim mesma e minha falta de vergonha na cara por ficar no photoshop enquanto devia estar estudando. É isso aí.
QUEM É O TIME? WILDCATS.
Ah só to pondo um monte de bosta pra vocês esquecerem a tragédia que foi o capitulo! Como diria Caetano Veloso, Alegria alegria, meu povo!
A música de hoje é Don’t wanna be your girl da banda Wet. Achei eles quando descobri que abriram para o The 1975, meus crushão.
Eis o link: https://www.youtube.com/watch?v=3lNuttRinIA
Até próxima sexta!


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