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História Royals - Yoonmin - As Curvas da Estrada


Escrita por: parkcyr

Notas do Autor


Olá gente! O capítulo de hoje está um pouquinho melhor do que o anterior. Essas coisas acontecem, posso fazer o que? AH! Fora que tem umas mil palavras a menos. Tento compensar no prox, mas eu realmente quis deixar esse assim.
Ainda não estou de férias, mas, faltei hoje pra acabar esse capítulo. Responsabilidade é nois que voa.
Quis mostrar um pouquinho mais do passado do Yixing – apenas achei que isso era algo que precisava ser dito, mais na frente ele vai se tornar uma peça importante. Aliás, todos os personagens são peças importantes, a estória não gira em torno só do Yoongi e do Jimin. Esse capítulo está aí pra mostrar exatamente isso.
Não tá tendo muito romance ultimamente né? Sinto muito sobre isso. Mas Royals vai fazer um ano em menos de dois meses e eu pretendo fazer um capitulo super fofo até lá, mesmo se eu já estiver acabado a fic, que está bem próxima do fim, devo dizer. Vocês podem achar que eu estou enrolando com esses capítulos, mas prometo que tudo vai fazer sentido.
Ou pelo menos fez no cronograma que montei na minha cabeça.
Vejo vocês nas notas finais!

Capítulo 22 - As Curvas da Estrada


Fanfic / Fanfiction Royals - Yoonmin - As Curvas da Estrada

Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida (...) Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância (...) a paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma tribo extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas. – “Quincas Borba”, Machado de Assis.

 

Já era madrugada quando o cavalo negro que Chanyeol havia roubado dos estábulos do Leste chegou ao que parecia ser um vilarejo – escurecido pelo que sobrara das sombras da noite, que se misturavam com a luz do Sol que começava a se infiltrar por frestas no horizonte.

Seus cabelos escuros balançavam com o vento gelado que corria, e continuavam em movimento mesmo minutos depois de ter descido de seu cavalo.

Um suspiro pesado escapou de sua garganta de forma involuntária – e ele não saberia dizer se fora pelo frio ou simplesmente pela situação que estava passando.

Dizer ao seu soberano que ele não participaria mais das deliberações do conselho a respeito de Kyungsoo fora um movimento arriscado e fugir as pressas do palácio logo após o acontecimento apenas piorara as prováveis teorias que as pessoas pudessem ter ao seu respeito.

Chanyeol nunca fora o conselheiro mais querido de Min Yoongi, seguindo a reputação de seu pai. Ele e Kyungsoo eram a dupla que todos odiavam e, para piorar, eram os que Yoongi mais escutava.

Tendo sido criado desde jovem para ser um adulto inteligente e perspicaz, não fora difícil para Chanyeol descobrir o que acontecia por baixo dos panos do palácio – em lugares tão escuros e estreitos que nem mesmo seu próprio pai teria coragem de ir. Ele sabia, muito antes da coroação de Yoongi, quem Kyungsoo era e a ameaça que sua família representava para o Sul e para todos os ideais que ele acreditara durante tantos anos.

O falso ideal de moralidade que residia forte nos membros de sua família, infelizmente, nunca fizera morada nele. Chanyeol preferia analisar todos os tons de cinza da situação para depois fazer seu julgamento a respeito de tal assunto.

Claro que com Kyungsoo as coisas foram totalmente diferentes.

Aquilo não se tratava de um simples problema que poderia ser resolvido com uma audiência e um pedido de perdão real. Aquilo era a maior traição entre cortes que Chanyeol já ouvira falar – e poderia custar sua cabeça, entre tantas outras.

Kyungsoo era mais esperto que ele – em inúmeros quesitos. Se fora relativamente fácil para o mais novo descobrir os planos de derrubar o trono das mãos de Yoongi assim que este fosse coroado, fora mais fácil ainda para a resistência descobrir sobre o futuro conselheiro do novo rei – um garoto cuja curiosidade iria lhe custar à vida.

Ele conseguia lembrar-se muito bem daquela noite de janeiro – um tanto quanto parecida com essa noite de agora, onde suas pernas tremiam pela longa cavalgada e sua garganta estava seca como nunca estivera antes. Naquela noite de janeiro, Chanyeol desejou ter morrido, apenas para se livrar de todas as situações que se desenrolaram depois disso.

No dia dezessete de janeiro, Park Chanyeol conheceu Byun Baekhyun.

E deuses, como ele desejava que não houvesse conhecido.

X

A pequena taberna preenchia-se com luz, cores e pessoas, conforme o dia progredia e o Sol se estabilizava alto no céu, firmando-se imponente como a estrela que regia toda a vida dos seres humanos – o maior símbolo de vida que podia ser visto a olhos nus.

Chanyeol bebericou um pouco da cerveja que o dono lhe servira, após reconhecer a qualidade de suas roupas e botas, que, apesar de sujas pela viagem, ainda indicavam sua posição de valor na nobreza.

Imagino o que fariam se soubessem que sou um dos três conselheiros mais importantes do Sul, ele pensou divertidamente.

O brasão de sua família – um broche de uma fênix vermelha e assustadora, que ele sempre carregava consigo – estava escondido sob a capa preta que cobria a maior parte de seu corpo. Apesar de estar em uma nação desconhecida, o moreno não podia arriscar ser reconhecido por nenhum plebeu, caso contrário o plano que Kyungsoo havia feito entraria em risco. Baekhyun estaria em risco.

Ele não saberia dizer por que gostava tanto do mais velho – talvez fossem seus olhos castanhos sempre tristes ou a forma que ele sorria pra Chanyeol quando seu pai os enviava para alguma missão juntos. Bem ou mal, as coisas haviam acontecido e ele agora estava sentado em algum lugar esquecido do leste enquanto esperava Baekhyun para que eles pudessem seguir para o Sul – para que eles pudessem tirar Jimin de Yoongi.

A pior parte do plano de Kyungsoo era fingir não entender o sentimento dos dois herdeiros – julgar e maltratar o pobre Jimin a cada passo que ele dava, fingindo não entender, achar absurda aquela situação quando ele mesmo estava preso á ela – Chanyeol deveria destruir o amor de Yoongi para que o seu pudesse acontecer e aquilo deixava seu estômago doente a tal ponto que ele mal conseguia funcionar.

Se alguém lhe dissesse que um dia ele seria capaz de virar as costas para seu reino, seu pai, sua família por conta de uma única pessoa, Park Chanyeol riria e perguntaria o que diabos tinham de errado com ela.

Mas ali ele estava, sentado em um lugar esquecido do Leste, bebendo cerveja cedo demais pela manhã enquanto encarava a porta ansiosamente, a espera de Baekhyun, para que eles possam pegar novos cavalos e correr como fugitivos até o Norte – onde um informante de Kyungsoo os estaria esperando para leva-los ao encontro de Minho, o pai de Jimin.

Se tudo corresse como planejado, o herdeiro do Norte estaria em casa em questão de dias e Kyungsoo teria Yoongi sozinho – vulnerável o suficiente para seguir todos os conselhos que ele poderia dar.

Mas agora, com todas essas acusações de traição rondando a cabeça loira de seu soberano, as coisas teriam que acontecer e rápido – eles não poderiam se dar ao luxo de perder um dia sequer.

Chanyeol suspirou novamente, sentindo o ardor de ansiedade consumir o seu peito, ouvindo as palavras de seu pai reverberar em sua cabeça como uma espécie de aviso para as coisas que viriam dali para frente.

Algumas pessoas estão dispostas a se destruir apenas para que elas possam lembrar-se de algo que acreditam – alguma pessoa que amaram. Outras são capazes de matar apenas para esquecer. Não existe uma escala de dor, ninguém consegue decidir o que dói mais ou o que dói menos.

Porque no fim, a dor é a mesma.

X

Zhang Yixing gostava de flores.

Poderia parecer uma constatação inútil e esquisita para uma pessoa leiga que estivesse caminhando pelos arredores da residência real do Leste – alguém totalmente aleatório a vida da família adotiva do novo rei, de tudo que ela representava.

O moreno de cabelos escuros como os de Jimin nascera na mais completa pobreza – nos arredores de uma nação em decadência que o Leste pretendia anexar após derrubar a monarquia altamente corrupta que a governava. Yixing era órfão: seu pai havia sido morto em uma batalha inútil contra as tropas do pai de Yifan, enquanto sua mãe sumira há anos; ele não conseguia recordar-se nem mesmo do rosto da mulher que o dera a luz.

Fome, frio e ódio eram sensações ao garoto que nunca conhecera nada na vida além de dor – e miséria. Yixing quando criança não possuía nem a sombra da gentileza que hoje lhe era característica – ele era apenas um garoto amargurado, marcado pela injustiça da vida e por uma estranha má sorte que teimava em lhe perseguir, mesmo quando tudo parecia finalmente caminhar por um terreno mais firme.

Foi no meio da primavera, quando as flores desabrochavam bonitas e efêmeras, que ele conheceu Wu Yifan, um garoto de mais ou menos a sua idade, cujos cabelos castanhos pareciam brilhar com o sol agradável pela manhã.

Yixing o odiou a principio – odiou tudo o que ele representava, a forma como sua vida era bem melhor do que a dele. O sentimento que preenchia o peito do moreno não era inveja – era algo mais profundo, mais doloroso, algo que uma criança não deveria ser capaz de sentir.

De alguma forma, o príncipe e o órfão se tornaram amigos, contrariando todas as expectativas. Yixing sabia que Yifan iria embora e ele continuaria a viver sua vida jogado na periferia, sem teto, sem nome e sem família.

Existe algo a respeito da pobreza que a maioria das pessoas não consegue entender, e não é por falta de empatia. Ela não existe apenas contraria a riqueza e vice-versa. As pessoas que se encontram a margem da sociedade continuam sendo pessoas – mesmo que o mundo tente negar sua existência dia após dia.

Yixing desde muito jovem compreendia isso – o seu lugar na sociedade, o papel que deveria exercer. O mais absoluto nada. Se ele aparecesse morto em uma vala da favela onde vivia, ninguém sentiria sua falta – nenhuma lágrima seria derramada por ele. Deuses, ele duvidava que fosse enterrado – talvez apenas deixassem seu corpo apodrecer ali, um indigente a menos, um insignificante.

A família de Yifan havia o salvado daquele futuro, daquele presente – eles o haviam tirado de toda aquela miséria, lhe dado uma chance de ser alguém. E Yixing nunca conseguiria por em palavras o quão grato ele era – por isso que as acusações de matar seu irmão postiço lhe doíam tanto – Yifan salvara sua vida, por que ele tomaria a dele?

As rosas e tulipas que Jimin havia plantado durante sua estadia estavam finalmente florescendo – dando ao castelo aquela beleza etérea que existia quando Yifan ainda estava vivo.

Ele, assim como Yixing, amava flores. Só que diferentes como sempre foram, eles gostavam de flores diferentes, que floresciam em épocas diferentes e duravam períodos diferentes de tempo – Yixing era um apaixonado por cerejeiras e árvores de flamboyant, enquanto Yifan amava rosas vermelhas e tulipas.

 Yixing nunca fora especialmente alucinado por flores vermelhas – o flamboyant era a única espécie que o chamava a atenção de uma forma especial, mas Yifan amava a cor e tentava se cercar por ela, fosse a roupas, ou em flores.

Ele só pode entender o verdadeiro significado da cor que Yifan idealizava e que cobria a bandeira e o reino de Yoongi anos depois, quando seu irmão e uma das únicas pessoas no mundo que tinha amado haviam morrido e ele se isolara mais uma vez – lendo livros antigos e se segurando com todas as forças na memoria de Yifan e das coisas que ele um dia gostara.

Yixing descobriu que o vermelho não era uma cor qualquer – que era algo complexo, misturando-se com as idealizações sobre o fogo do inferno no ocidente e com o budismo tibetano próximo de sua casa, que era conhecido como a cor do pecado e da liberdade e que combinava imensamente com a personalidade de Yifan, seu jeito extrovertido, seu sorriso fácil e a forma como ele era sempre a primeira pessoa a ser notada em um ambiente – como o vermelho.

Ele não podia deixar de se perguntar se vermelho também combinava com Yoongi – apesar de saber internamente que não podia existir uma combinação pior do que aquela. Se Yoongi tivesse de ser alguma cor, provavelmente seria o azul – a mais fria das cores, mas perfeitamente maleável quando disposta com qualquer outra.

Yixing apenas desejava que Yoongi, assim como Yifan, não acabasse sendo devorado por todas as chamas vermelhas que havia alimentado durante sua vida.

X

O vento frio perfurava por baixo das roupas de Baekhyun conforme ele e Chanyeol atravessavam a divisa do Leste – deixando para trás algumas casas e pessoas esquecidas no meio do nada, com vidas tão irrelevantes e sombrias quanto a sua.

Baek desviou o olhar da estrada de terra a sua frente por um segundo, encarando o garoto alto que cavalgava a seu lado – o porte esguio de Chanyeol e seus cabelos quase negros contrastando com a paisagem clara e verde a sua volta. Ele suspirou, não conseguindo evitar pensar na quantidade absurda de quilômetros que ainda existiam para ser percorridos, além de tudo que teriam que enfrentar quando chegassem ao Norte.

O plano de Kyungsoo era arriscado, disso ele sabia muito bem. Arriscado mas certeiro. Eles não podiam se dar ao luxo de errar nada, nem mesmo por um centímetro, não com a cabeça de todos eles no jogo como estavam agora.

Byun encarava Chanyeol entristecido demais para conseguir proferir alguma palavra além das poucas sentenças que haviam trocado no ponto de encontro – a culpa de arrastar um inocente para sua vida imoral o consumia por dentro, e ele odiava cada segundo da sensação. Kyungsoo e ele já estavam acostumados com a sensação de burlar a lei, os conceitos de honra e lealdade foram tirados de seus cérebros desde muito jovem e ele, honestamente, não podia se importar menos.

Agora envolver Chanyeol em sua vida caótica matava Baekhyun aos poucos – principalmente com o futuro que se estendia brilhante ao moreno ao seu lado; futuro esse que nunca pode lhe pertencer. Baekhyun sentia que estava fazendo com Chanyeol exatamente o que seu pai e tio haviam feito consigo: o arrastando para uma causa perdida carregada de sangue, ódio e de uma história antiga demais para ser compreendida por alguém de fora. Deuses, nem mesmo Baekhyun entendia o porquê daquilo tudo, apesar de conhecer o ego absurdo de seus parentes. Mas ainda assim... Era absurdo demais, cruel demais.

- Você está muito pensativo hoje. – Chanyeol falou sua voz vibrando junto com o vento; os acordes graves causando um arrepio na nuca de Baekhyun. O misto de frio e susto fez o mais velho suspirar mais uma vez antes que pudesse responder.

- Não me lembro de ter dito que era tagarela. – Ele respondeu com um tom de humor mesclado na calmaria falsa de sua voz. O moreno mentia tão bem que era quase impossível para Chanyeol distinguir quando Baekhyun falava a verdade ou mentia – e em situações como aquela isso o irritava profundamente.

- Claro que você nunca disse. – O mais novo disse, soando quase derrotado. Baekhyun percebeu que Chanyeol diminuía a velocidade da cavalgada quase propositalmente. Estúpido, Byun. Se demorarmos mais que o planejado, nunca poderei ficar com você. – Mas acho que o conheço suficiente bem para dizer que o titulo de quieto não lhe cai muito bem. Então, se for possível, você poderia dividir um pouco da sua preocupação comigo. Sabe que eu odeio te ver preocupado.

As palavras atingiram Baekhyun como um soco, enchendo seus olhos castanhos de lágrimas quase instantaneamente. Ele odiava Chanyeol com todas as forças. Ele odiava ser fraco, ter uma pessoa que se preocupava com ele, ele odiava ter que destruir a vida de alguém que amava tanto.

- Eu... – Baekhyun começou a falar, sua voz saindo mais embargada do que o que planejava. – Pelos sete infernos, nós vamos acabar todos mortos. Eu, Kyungsoo, minha família... Você. Eu vou matar você Park Chanyeol.

Chanyeol encarou Baekhyun profundamente – aqueles olhos calmos e serenos que não mostravam nada além de ternura e amor.

- Eu não me importo. – Ele respondeu sinceridade preenchendo cada palavra, fazendo o coração de Baek doer mais do que era possível aguentar. Chanyeol fechou os olhos, suspirando enquanto tentava lutar contra os instintos de descer do cavalo e confortar o mais velho que chorava tanto. – Prefiro morrer com você a permanecer vivo sozinho. – Uma risada sem humor saiu da garganta de Byun, um som triste, misturado aos soluços que o choro provocava.

- Eu preferia ver você vivo enquanto eu finalmente poderei descansar embaixo de sete palmos de terra. Meu deus, eu simplesmente não consigo acreditar que você está realmente disposto a morrer por algo que nem acredita! Pra você, uma pessoa boa, com um emprego honesto seria ideal, não, não, seria o justo. Se eu não tivesse entrado na sua vida naquela maldita noite, se eu tivesse sido forte você seria poupado e eu poderia pagar por todos os meus pecados com um pouco mais de paz de espirito.

- Talvez. Mas eu sou imensamente feliz que você não fez isso. Amar você me mudou profundamente. – Ele falou tomando uma pausa. Baekhyun parou de chorar por alguns instantes; sua respiração entrecortada incerta se ele deveria estar preocupado ou feliz com a resposta de Chanyeol.

- Como diabos eu lhe mudei? – Baekhyun perguntou com a voz tremula e Chanyeol quase conseguia enxergar seus ombros vacilarem por baixo da grossa capa que vestia.

- Amar você me ensinou a beleza das coisas efêmeras, incertas. A beleza de não saber, não saber se você vai viver, se poderemos ficar juntos, se eu sou apenas uma parte do plano maior de derrubar o Sul ou se o que você sente por mim é realmente verdadeiro. Amar você me mostrou uma paciência infindável – uma capacidade que eu acreditava que eu não pudesse possuir cresceu por sua causa. Amar você foi algo que cresceu em mim gradativamente, me fazendo voltar a ser vivo. A ser humano de novo. – Chanyeol não pode ver o pequeno sorriso que se formou nos cantos dos lábios de Baekhyun, pois este abaixou a cabeça, envergonhado demais para mostrar o rosto.

- Park Chanyeol... Você é impossível. – Ele falou de forma audível o suficiente para o moreno ao seu lado, baixo, mas de certa forma poderoso, como se a coragem houvesse voltado de forma súbita ao interior de seu ser.

- Eu sei Byun Baekhyun. E como sei.

 


Notas Finais


Estão chocados com o Chanyeol e o Baek? Pois é – consegui chocar até minha editora e minhas amigas que vem lendo isso desde que era apenas um rabisco feito a lápis no meu caderninho de ideias.
Eu venho tentado redescobrir o meu amor por Royals dia após dia – e isso não tem sido um trabalho especialmente fácil pra mim, que tenho a mania de deixar de lado quase tudo que faço.
Mas vai dar certo. Terminar Royals já virou uma questão de honra pra mim. E cara, vocês tem sido incríveis, a cada passo dessa jornada. Sério.
Gostei da ideia do capitulo passado de recomendar duas músicas pro capitulo – vou tentar fazer sempre uma nacional e outra não. A gente tem que valorizar os nossos bons.
A nacional de hoje será “Paralelas” do Belchior. Nenhuma razão muito especial – só adoro a música e ela tem me feito pensar muito nesses dias. Fora que essa é minha singela homenagem a esse gênio que me foi apresentado por meu pai e meu avô desde muito jovem. O Belchior sempre foi uma forma de comunicação muda entre essas duas figuras emblemáticas da minha família – e eu agradeço muito a ele. Espero que ele tenha chegado ao local onde as ideias ficam e seja eternizado lá. Você foi massivo e corajoso, e me ajudou muito. Suas músicas estão fazendo sentido na terceira geração da minha família. Queria que você esteja em paz, onde quer que você esteja.
Eis o link: https://www.youtube.com/watch?v=7zn6Q1He4j4
A internacional é “Greek Tragedy” do The Wombats. Por que eu nem sei. Só curti demais o som. O link: https://www.youtube.com/watch?v=9MHmx9nvHqU
Até a próxima !
- C :)


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