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História Royals - Yoonmin - O Apogeu de Apolo


Escrita por: parkcyr

Notas do Autor


Gente do Céu, só Deus mesmo pra saber o quanto que eu sofri pra postar esse capítulo, cruzes.
Começa que a abestada aqui começou faz um tempão e deu bloqueio de nervoso, porque eu queria que fosse especial e tudo mais. Aí reescrevi e deu o maior trabalho pra chegar perto do que eu imaginava.
Mas esse não foi o problema maior. Eu escrevi mt nesse capitulo. Quando dei por mim, tinha 2 mil palavras de absolutamente NADA, apenas o famoso lenga lenga Yoonmin. Ai pensei “Sem or, como que vou editar isso e ainda escrever a coisa td?” ai deus me disse: Tu não editarás nada.
Então, segue o capítulo resumido do resumo que resumi do resumão e sem edição! (Mentira, editei um pouco.) Ainda rimei pra vcs verem como sou bacana. Talvez, algum dia, no futuro, faço um cap c tds as coisas de Royals q já escrevi mas n chegaram no social (são mtas hein). Mas até lá, queria pedir desculpas se tiver um erro bem louco no meio. Juro que não fiz por mal.
Ah! Nas notas finais, tem link de td que foi usado nesse cap. Roupa, coroa e o balauê todo. Incluindo a música, que dessa vez é bem tristinha.
Boa leitura!
(Leiam as notas finais, por favor.)

Capítulo 8 - O Apogeu de Apolo


Fanfic / Fanfiction Royals - Yoonmin - O Apogeu de Apolo

Passou?
Minúsculas eternidades
deglutidas por mínimos relógios
ressoam na mente cavernosa.
Não, ninguém morreu, ninguém foi infeliz.
A mão- a tua mão, nossas mãos-
rugosas, têm o antigo calor
de quando éramos vivos. Éramos?
Hoje somos mais vivos do que nunca.
Mentira, estarmos sós.
Nada, que eu sinta, passa realmente.
É tudo ilusão de ter passado.

- “Não passou”, Carlos Drummond de Andrade.

Talvez quando Deus criou o jardim do Éden, Adão e, seguidamente, Eva, ele não conseguiu imaginar o poder que a humanidade colocaria no amor. Talvez Deus tenha jogado uma semente ao léu, e pela força de vontade que rege nossa raça, ela achou solo seguro e floresceu. Ou talvez fosse somente isso que Yoongi achava. Existia uma pequena parte dele; uma parte que havia conseguido sobreviver a tudo que lhe fora posto, que teimava em acreditar no poder que o amor tinha em superar os obstáculos. Havia algo extremamente triste e poético no amor e alguns poucos escritores tinham conseguido capturar sua efêmera tristeza em palavras escritas ao léu.

Jimin costumava ler peças para ele, tentando, inutilmente, fazer o garoto mais velho se apaixonar pelas histórias que ele tanto amava. Yoongi conseguia lembrar perfeitamente dos dias de verão, nas férias, quando Jimin vinha o visitar e ele ficava sentado ao Sol, embaixo da macieira que sua mãe cultivava com tanto amor. Yoongi deitava-se no colo do menor, inalando profundamente o ar puro de dias sem preocupações. Ele fecharia os olhos e ouviria a voz doce de Jimin lhe contar sobre as tragédias de Shakespeare, onde os jovens amantes morreriam - envenenados, afogados ou por meio de uma faca prata e afiada.

Yoongi, no começo, reclamava do fim de cada história, revoltado com a melancolia que adornava cada palavra. Yoongi nunca entendeu porque Jimin gostava tanto de coisas tão absurdas e, quase sempre, as sessões de leitura findavam com um Jimin triste e cansado de tentar explicar a moral literária por trás de cada final.

Hoje, sentado em sua cama, com o Sol se pondo em suas costas, a luz branca decompondo-se em prismas coloridos em sua janela, e observando a suntuosa coroa dourada que repousava em uma caixa de vidro, Yoongi arriscar-se-ia em dizer que finalmente entendia o final das histórias de Shakespeare.

Hoje, ele achava que existiam pessoas que só poderiam ficar juntas embaixo de seis palmos de terra - e não havia força suficiente que pudesse mudar isso. Yoongi começava a aceitar, austero, o destino que ele sempre escutara falar. Hoje ele estava lúcido, tão triste que quase estava tendo um momento de claridade. Afinal, por mais que ele quisesse se preocupar com Jimin e como eles ficariam depois disso, dali a poucas horas ele estaria com um reino nas mãos e milhares de pessoas ajoelhando-se sob sua cabeça.

Isso dava a Yoongi uma responsabilidade imensa - isso o obrigava a virar as costas para Jimin, por mais que cada célula de seu ser se recusasse a fazer isso. Muitas vezes, devemos escolher entre dois caminhos difíceis: o que queremos e o que devemos fazer. Durante essas semanas que Yoongi passou comandando o Conselho de seu pai e assistindo diversas aulas sobre audiências e inteirando-se sobre os problemas da população, ele havia descoberto que o que diferenciava os reis das pessoas comuns era a capacidade que estes deveriam ter de abdicar tudo que possuíam em favor da monarquia.

E se para governar Yoongi tivesse que virar as costas para Jimin e ignorar todos os sentimentos conflituosos que borbulhavam no interior de seu peito, era exatamente isso que ele deveria fazer. Yoongi nascera para sofrer calado, carregando nos olhos e nos ombros o peso do mundo.

Durante esse tempo, ele esteve pensando no garoto de olhos escuros, sobretudo no que ele escrevera. Yoongi havia decidido deixar Jimin sem resposta, tentando romper os laços calmamente, sem tanta dor.

Mas no fundo, no fundo, ele sabia.

Ele sabia que quando visse os olhos tristes de Jimin tudo cairia por terra. Por que no fundo - no fundo mesmo, nos cantos escuros de seu coração, onde a luz quase não conseguia entrar - ele só havia sido tocado por uma pessoa no mundo. Jimin havia visto as partes feias, as que ele odiava, e as havia amado. Jimin havia tratado Yoongi como ninguém, ele havia curado as feridas abertas no coração do loiro.

O vazio, a sensação permanente de solidão, a melancolia constante, tudo parecia passar quando Jimin sorria pra ele. Yoongi ouvira dizer, há muitos anos, que não se pode criar um monstro e depois condená-lo; odiar as coisas malignas que ele fazia. Porque o monstro era seu, você era o responsável por suas ações.

Mas assim era a raça humana e ele já deveria estar acostumado com seus altos e baixos. O problema é que Yoongi não estava e ele não conseguiria lhe dizer quantas aulas teria que assistir para aprender a ser passivo em meio a tantas decisões.

Min Yoongi era a pessoa mais egoísta que você pudesse conhecer. E Min Yoongi seria coroado, ele seria rei e teria que aprender à por as necessidades de outros por cima das suas.  Isso eram apenas os fatos, a verdade pura e única. Ele não podia mudar, não conseguiria iniciar sozinho as revoluções que Jimin tanto bradava.

Parando para pensar melhor a respeito, ele agradecia por seu pai ter decretado que ninguém poderia ficar ao seu lado no período que antecedesse a coroação, porque se ele tivesse sido capaz de ver o rosto, sorriso e olhos de Jimin, ele teria jogado tudo para trás e fugido com ele. E não existiria senso de dever forte o suficiente que mudasse isso.

Min Yoongi amava Park Jimin. E isso, assim como ele seria rei, essa era uma verdade, e Yoongi tentava acreditar que era a única que importava para ele. Importava para ele e não para o povo. A partir daquele dia – e em todos os outros que se seguiriam, até o fim de sua vida – ele deveria se preocupar com o futuro do povo, não com o seu, jamais com o seu.

Yoongi resolveu andar pelo seu amplo quarto, para tentar espairecer a cabeça, nem que fosse um pouco. Parou em frente ao enorme espelho que cobria metade da parede e passou a encarar a imagem que o olhava apreensivo de volta.

De alguma forma, não era ele que se encontrava no reflexo. Sim, a figura possuía seu rosto, seus olhos tristes, seus cabelos loiros, sua pele extremamente pálida e estava com as mesmas vestes vermelhas que foram cuidadosamente preparadas para aquele dia especial. Mas de alguma forma, não era ele. Min Yoongi não se reconhecia no espelho. O estranho o olhou aflito, a procura de alguma sensação familiar. Mas nada mais existia. Nada. Somente a casca vazia do que um dia ele fora.

A sensação veio para Yoongi como um choque. A dor foi tão forte que o obrigou a se afastar, com as mãos trêmulas tampando a boca que tentava gritar de horror.

Não havia sobrado nada.

Nenhum mísero traço dele.

Nada.

As lágrimas insistiam em sair de seus olhos. Ele queria gritar, sair correndo dali, ir em direção a Jimin, mas ele não podia. O Yoongi que Jimin amara já não mais existia; ele fora substituído pelo Rei perfeito, o filho exemplar. Jimin jamais seria capaz de amar um ser que não era real, que era meramente o resultado de promessas infrutíferas de outras pessoas. Jimin não seria capaz de amar aquela versão de Yoongi, não com aquela coroa dourada na cabeça, não com o peso de tantas vidas dobrando seus ombros.

E naquele momento, essa foi a pior realização que Min Yoongi teve antes da cerimônia que mudaria sua vida para sempre.

X

Park Jimin se olhou no espelho do quarto que – agora, depois de muita insistência por parte do mais novo – dividia com Taeyong enquanto esfregava as mãos suadas e tentava não ter um enfarte antes de ver Yoongi com a coroa que nascera pra usar.

O moreno estava mais nervoso do que nunca e nem ele mesmo saberia dizer o por que. Não é como se algo pudesse ser mudado hoje, seria infantil e idiota da parte de Jimin acreditar em tal possibilidade absurda.

Jimin se pudesse, talvez escolhesse perder a cerimônia de coroação e voltar diretamente para o Norte, onde ele poderia se isolar e viver sua tristeza até o dia da sua própria coroação, onde veria Yoongi de novo – provavelmente já casado e com promessas de herdeiros.

Mas claro que Park Jimin não abandonaria Min Yoongi no momento mais importante da vida dele. Ele estaria lá, mesmo sabendo que Yoongi não ousaria nem mesmo trocar olhares com o moreno. A verdade era que Jimin amava demais Yoongi para se importar se seria correspondido ou não – seu amor passara da fase abobalhada que espera respostas. Depois do completo silêncio que recebera após a carta enviada, até uma pessoa lerda como Jimin conseguiria entender o recado: Yoongi queria se afastar dele. E ele faria isso do jeito mais cruel possível, com silêncios sem respostas. E Jimin não poderia fazer nada, ele não faria nada.

Sorriu tristemente para seu reflexo no espelho, treinando para mais tarde.

O Príncipe Jimin não poderia se dar ao luxo de ficar triste na cerimônia de coroação do melhor amigo e futuro governante de uma das maiores províncias que existiam. O príncipe Jimin deveria sorrir a noite inteira, deleitando-se no futuro que logo seria seu.

A realeza olhou para o garoto do outro lado do espelho e a sensação que atingiu o peito de Jimin foi deplorável. O príncipe riu do estado de Jimin, e ele não podia tirar sua razão. Ele estava mesmo em pedaços.

Passou as mãos novamente no terno azul petróleo com estampa floral que usava, tentando livrar-se de alguma imperfeição que pudesse ter passado despercebida a moça que organizara tudo para ele hoje. Olhou desgostoso para as duas coroas que repousavam juntas na pequena mesa feita especialmente para comportá-las. A de Taeyong, totalmente diferente da sua, brilhava com uma sutileza quase mística por causa das escuras esmeraldas que adornavam a joia feita de aço puro, incrustada com pequenas pedras que Jimin deduziu serem diamantes.

Apesar de toda situação, teve de sorrir ao ver sua coroa e a de Tae lado a lado. A coroa de Jimin contrastava com a luz, e suas pedras coloridas pareciam ter vida própria. A coroa de Jimin tinha personalidade, assim como ele. Era uma peça dourada, pequena e mais leve, se comparada a de Taeyong, mas era dourada e possuía pedras preciosas de diferentes cores e formatos.

Ele estivera presente em cada parte da construção do ornamento que usaria pelo resto da vida, na verdade, Jimin até mesmo conseguiu convencer o ferreiro real a o deixar ajudar a moldar o ouro que enlaçaria as pedras e daria vivacidade a coroa.

Resolveu coloca-la logo na cabeça. Sabia que Taeyong não iria custar em suas arrumações e ele deveria estar pronto logo; a única pessoa que poderia se atrasar hoje era Yoongi e Jimin não tinha a menor noção do estado do mais velho.

- Você está realmente muito bonito hoje, vossa Alteza. – Taeyong falou, em um tom polido e cordial, fazendo Jimin sorrir e observar o garoto pelo reflexo. Taeyong, assim como Jimin, fizera a opção de vestir um traje não tão convencional, o terno do mais novo era num belo tom creme, com algumas pétalas azuis e brancas estampadas e um botão de rosa vermelha substituindo o lugar onde, supostamente, deveria estar uma gravata. Jimin riu, aquele seria o único ato de rebeldia que os dois poderiam fazer hoje. E de certa forma, bastava.

- Você também está, príncipe Taeyong. Amei o seu traje.  – Tae sorriu, caminhando a passos lentos em direção a Jimin e o enorme espelho.

- O seu também está incrível. Realça a cor da sua pele e de seus cabelos. E por alguma razão muito esquisita, combina perfeitamente com essa coroa que você tem. – Ele disse, pegando a sua própria coroa e pondo na cabeça, tomando cuidado para não bagunçar o cabelo perfeitamente penteado.  – Seja totalmente honesto comigo agora, Jimin. Como você está se sentindo? – Taeyong perguntou, encarando profundamente o moreno. Jimin suspirou nervoso, enquanto colocava as mãos nos bolsos de seu paletó.

- Sinceramente? Um lixo, a pior pessoa do planeta. Essa cerimônia acaba com tudo, você sabe. E Yoongi nem mesmo teve a decência de me dizer uma palavra sequer. Mas, ao mesmo tempo, me encontro calmo, quase lúcido. Não sei explicar muito bem, mas um conjunto de sentimentos opostos luta dentro de mim e nenhum lado parece ser capaz de vencer. Então, digamos que não estou sentindo nada ao mesmo tempo em que sinto tudo.

X

As luzes do salão principal quase cegavam Yoongi enquanto ele tentava fazer seu caminho até seu trono. Para ser totalmente honesto, ele não fazia a menor ideia do que o padre havia falado na missa extremamente longa e tediosa que precedera a sua coroação.

A distância só parecia aumentar quando tudo que Yoongi queria era descansar as costas em algum lugar. Por alguma razão obscura, a nova coroa era ainda mais pesada que a antiga e, daquela vez, ele ainda tinha um cetro e uma capa junto consigo. Aquilo tudo deixavam o recém-coroado rei mais miserável do que ele estava, se é que isso fosse possível.

Yoongi deveria seguir sozinho, continuando o ritual que seu pai fizera e seu avô antes dele. Fazia parte de toda a tradição e ele havia ensaiado aquilo milhares de vezes, mas agora que tudo estava acontecendo de verdade, parecia totalmente diferente do que ele pensava que seria. O ar não era mais o mesmo e ele tinha dificuldade em reconhecer os rostos na multidão que o olhava com respeito e admiração.

Ele procurava Jimin por todos os lados, mas o garoto não parecia estar em lugar nenhum. Nem ele, nem Jaehyun, Taeyong e nenhum dos outros príncipes que seu pai dissera que iriam comparecer.

Yoongi sentia uma vontade imensa de baixar a cabeça, mas sua atual posição não permitia tal demonstração de fraqueza, especialmente no dia de sua coroação, onde todos o estavam observando. Min Yoongi não poderia se acovardar agora.

Apesar de parecer infinito, o curto caminho em direção ao trono finalmente acabou e Yoongi pode se erguer na frente de todos, alto e imponente, como seu pai desejava que ele fosse. De onde estava, conseguia ver quase todos os nobres convidados, a família de Jimin sorrindo para ele, seus próprios pais com olhos marejados de orgulho. Todos estavam lá, mas a pessoa que ele mais gostaria de ver não poderia ser localizada.

Um surto de cor lhe chamou a atenção em meio à multidão vestida de cores sóbrias. Desviou seus olhos na direção do terno vermelho fogo, do príncipe que ele só pode concluir ser Mark, que sorria alegremente. Ao seu lado, estavam Jaehyun, em elegantes vestes cinza e dourada, segurando discretamente nas mãos de Ten e seu terno vinho. Um pouco mais atrás, Yoongi viu Taeyong vestido com uma roupa tão extravagante como ele próprio e Jimin, mais bonito do que ele conseguia se lembrar de que algum dia ele estivera.

Jimin estava com um terno azul cheio de flores, de tons sóbrios mesclados com alguma cor mais vibrante aqui e ali. A coroa dourada de pedras coloridas, marca registrada de Jimin, contrastava belamente aos cabelos escuríssimos do mais novo, o dando quase uma visão angelical, devido as luzes pálidas dos aposentos. Yoongi sentiu vontade de correr para Jimin e beijá-lo ali mesmo, mas sabia que não deveria fazer isso nem em seus sonhos mais ousados. Jimin agora aparecia para Yoongi como sempre deveria ter sido: uma pessoa distante, um anjo etéreo feito apenas para ser admirado e jamais maculado com meros toques humanos.

Yoongi estava prestes a desviar o olhar, antes de antigas feridas pudessem ser abertas, quando Jimin finalmente o encarou. Os olhos escuros do mais novo estavam fatigados, quase parecia que Jimin estivera chorando a cerimônia inteiro. O moreno acenou timidamente para Yoongi, sorrindo enquanto cutucava Taeyong para mostrar que Yoongi os encarava.

Finalmente resolveu sentar-se na cadeira, estava se sentindo muito cansado e exaurido para permanecer em pé. Parecia que a ideia de ver Jimin não fora tão boa como ele pensou que seria.

De alguma maneira estranha, sempre que a imagem de Jimin lhe surgia na cabeça, a sensação de casa vinha logo em seguida. Ele havia encontrado paz na última pessoa que deveria no universo inteiro e, agora, ele achava que nenhuma coroa em sua cabeça capaz de mudar isso. Jimin já estava impregnado dentro de Yoongi; quase como se seu DNA estivesse fundido ao dele e nada no mundo seria capaz de quebrar tal conexão.

X

Os pés de Yoongi iam vacilantes em direção ao jardim que tanto gostava.

Taeyong andava logo atrás de si, com um sorriso vitorioso nos lábios rosados, e não era para menos, afinal, ele acabara de convencer o pai de Yoongi a deixa-lo sair no meio de sua coroação.

Tecnicamente, como Tae mesmo havia falado, a coroação já tinha terminado há algum tempo e Yoongi só estava ali para cumprimentar os aliados que seu pai, que agora eram seus. Taeyong fizera um drama enorme sobre como Yoongi precisava comemorar com os amigos, nem que fosse um pouco.

E era exatamente por isso e graças ao incrível dom de insistência de Lee Taeyong que Min Yoongi tinha tirado a coroa e caminhava a passos lentos para o jardim, onde ele supunha que encontraria Jimin e todos os outros.

- Bem, agora chega minha vez de dizer adeus. – Taeyong falou animado, já pronto para virar as costas para Yoongi. – Ah! Antes que eu esqueça. Parabéns, Yoongi. Tenho certeza de que você fará um rei mais que excelente, só precisa ser capaz de confiar em si mesmo e em seus instintos.

- Obrigado, eu acho. – Suga respondeu meio envergonhado. Tinha recebido elogios à noite inteira, mas agora que os ouvia da boca de Taeyong, as coisas pareciam mais surreais. – Onde você está indo? Pensei que íamos nos encontrar com Jimin. – Ele questionou confuso.

- Não, acho que você se enganou aí. Nós não vamos nos encontrar com Park Jimin. Pelo menos eu não. Isso tudo foi preparado apenas para você.

- Jimin está... – Yoongi começou aflito. – Sozinho esperando por mim?

- Sim. Mas não se preocupe, Yoongi. Ele não tentará nada com você. – Taeyong falou em tom de brincadeira.

- Não é disso que tenho medo.

- E do que tens então? Jimin é muito inocente para assustar um Rei recém-coroado.

- Tenho medo de ver o rosto dele e perceber que é com ele que quero ficar, Taeyong.  – Yoongi respondeu sem rodeios, afinal, sabia que Tae conhecia toda a história. – Tenho medo de ver Jimin e desistir de tudo que meu pai sonhou pra mim.

 - Isso não deveria te afligir, Yoongi. É apenas Jimin, o garoto que você praticamente viu nascer.

- Você não entenderia, Tae.

- Tem razão. E nem quero entender. Yoonmin é complexo demais, até para mim.

- Yoonmin? – Yoongi perguntou rindo do apelido infantil.

- Sim, Yoonmin. Yoongi e Jimin, o maior casal de idiotas que o Sol teve o prazer de presenciar. Agora vá, Apolo. Seu Ícaro espera por você.  – Taeyong falou, virando as costas e seguindo na direção oposta pela qual apontara para Yoongi.

Ele resolveu seguir, afinal, não teria nada a perder.

O jardim abria-se místico e selvagem a sua frente, mas Yoongi podia observar pequenos focos de luz um pouco distantes de onde ele próprio estava. Deduziu que ali estava Jimin e resolveu caminhar mais um pouco, apreensivo sobre o que encontraria ali.

Poucos passos depois, Yoongi deparou-se com uma cena que fez lágrimas surgirem em seus olhos, de tão linda.

Jimin estava sentado em uma espécie de pano vermelho e grosso, com uma pequena cesta de piquenique ao seu lado, taças e uma garrafa de vinho branco e sob seu colo, estava o violão que Yoongi lhe dera em um de seus aniversários.

- O que você fez, Park Jimin? – Yoongi perguntou com a voz falhada, fazendo o garoto rir um de seus risos lindos, que quase faziam o coração de Yoongi parar de bater.

- Calma, hyung. Esse é meu presente pra você. Espero que goste.  – Jimin disse, enquanto fazia sinal para Yoongi sentar-se a sua frente. Quando o mais velho finalmente o fez, o garoto moreno começou a dedilhar o violão, formando uma melodia totalmente desconhecia aos ouvidos leigos de Yoongi.

Nuneul gamgo naega haneun iyagiljal deuleobwa

Naeui yaegiga ggeutnagi jeone neoneun ggumeul ggul geoya

Little star

 Tonight

 

Bamsae naega jikyeojul geoya

Cheoeum neoreul mannasseul ddaen jeongmal nuni busyeosseo

Neoeui misoreul cheoeum bwasseul ddaen sesangeul dagajyesseo

Little star

Tonight

Bamsae naega jikyeojul geoya

 

Nae peume angin chae gonhi jamdeun neol bomyeon

Naneun jamshido nuneul ddeol su eobseo

Ireohge yeppeunde

Sumi meojeul geot gata

Naega eotteohge jamdeul su ittgettni

 

Naeui sarang naeui jeonbu haneuli naerin cheonsa

Naeui du nuneul naeui sesangeul modu humchyeobeoryeosseo

Little star

Tonight

Bamsae naega jikyeojul geoya

 

Min Yoongi chorava como uma criança quando Jimin finalmente terminou de cantar a música com sua voz doce e delicada. Deuses, ele não havia entendido uma só palavra, mas mesmo assim, aquilo fora a coisa mais linda que ele tivera o prazer de presenciar durante sua vida inteira.

- Hyung, eu estou totalmente apaixonado por você. Eu sei que um dia vamos morrer e que não poderemos compartilhar esse sentimento por causa da coroa que pesa sob nossos ombros, mas Deus, eu estou totalmente apaixonado por você. Eu sei que não sou bom em muitas coisas, eu não conseguiria colocar as estrelas do Céu em um quadro e te dar, como o Van Gogh. Eu não poderia passar minha vida fazendo serenatas para você porque, eventualmente, minha voz acabaria e meus dedos começariam a sangrar. Mas eu posso ser bom pra você, hyung. – Jimin terminou, já não conseguindo segurar as próprias lágrimas. Yoongi sorriu triste e puxou o menor para um abraço que se ele pudesse, duraria até o fim de suas vidas.

- Eu também estou apaixonado por você, Park Jimin. Saranghae, wo ai ni, o diabo com tantas línguas que você fala. Eu amo você, seu garoto insolente. Eu amo você, seus olhos, seu rosto, tudo. Você me faz inteiro de tudo aquilo que me destrói, Jimin. Não vou deixa-lo, Jimin. Não posso deixa-lo. Creio que nunca tive tanta certeza disso quanto agora. – Yoongi disse puxando Jimin para um beijo apaixonado logo em seguida. Com aquele gesto, ele acabara de se render a todos os sentimentos que esteve tentando suprimir durante aqueles dias infernais. Naquele momento, Yoongi se deixou fraquejar, se deixou amar Jimin e sentir aquele amor quebrar seus ossos. 


Notas Finais


Então, povo lindo, antes de começar com a chuva de links que terão nesse capítulo, gostaria de esclarecer apenas umas coisinhas sobre Royals.
1- Talvez existam pessoas que estejam achando o romance do Yoongi e do Jimin "sem sal", "fraco" ou lento demais para os gostos de vocês. Se você é uma dessas pessoas e está lendo isso agora, queria que soubesse que foi feito pra ser assim e se esse não é seu tipo de estória, tudo que tenho pra te dizer é desculpa. Yoongi e Jimin precisam se achar muito antes de descobrirem o amor deles dois. E eu curto isso, descrever os dramas pessoais dos personagens. O processo não vai mudar. Mianhae, galera.
2- Royals terá mais alguns capítulos, porque eu tenho mta ideia na cabeça ainda. Só vou acabar quando perceber que não rola mais escrever.
Dito isso, vamos pra parte boa, que são os ternos que os minimoys usaram no cap de hoje. E as coroas também! Vocês acham que eu brinco em serviço?
* Yoongi e Jimin: http://image.prntscr.com/image/bb829238c812409fb101a876b3e71dc2.png
* Taeyong, Jaehyun, Mark e Ten:http://image.prntscr.com/image/be8e264719534fc1baaba11b89f87da0.png
A música que o Jimin canta pro Yoongi é Little Star, do Standing Egg e eis o link: https://www.youtube.com/watch?v=4ZkcUeUIxVY
Até semana que vem! <3


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