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História Royals - Roses


Escrita por: divideshawnx

Notas do Autor


Oioi!!
Mais um capítulo para vocês! Espero que gostem :)

Capítulo 20 - Roses


- Matt? – falei, o vendo sentado na varanda, de costas para mim – Podemos conversar?

Matthew não se moveu. Já era noite, depois do jantar, e ele não havia trocado uma palavra comigo durante o dia inteiro. A cada momento que passava, a preocupação em meu peito aumentava.

Eu não sabia como devia me sentir. Embora estivesse extremamente feliz e anestesiada com os acontecimentos com Cameron, Matthew estava me preocupando demais. Ele me ignorava e era grosso comigo, o que não era normal. Queria o meu melhor amigo de volta, mas falhava todas as vezes que tentava o resgatar.

- Eu sei que te deixei de lado ontem, e não foi legal da minha parte – admiti, respirando fundo – Desculpe. Mesmo.

Ainda assim, o garoto não mexeu um músculo. Continuava parado na mesma posição, como se não me ouvisse. Ou ele estava surdo, ou realmente estava chateado comigo. Sabia que o que tinha feito era errado, e vinha carregado uma culpa enorme em mim desde o dia anterior. Priorizar Cameron não tinha sido uma escolha inteligente, e eu precisava admitir isso.  

- Matt, para de me ignorar – suspirei, indo até sua frente.

Tomei um susto ao vê-lo. Estava paralisado, olhando para frente, com os olhos cheios de lágrimas. Engoli em seco. Parecia já estar me acostumando a vê-lo daquele jeito, mal.

- Matty – sentei ao seu lado – O que está acontecendo com você? Se isso tiver alguma coisa a ver com a Inglaterra, eu juro que...

- Claro que tem, Katherine – falou, baixinho, mas foi o suficiente para ter a minha atenção – Tudo sempre volta para aquele lugar de merda.

- Não fale assim...

- Eu falo do jeito que eu quiser. Se eu pudesse voltar no tempo, nunca teria ido para lá.

- Por que está agindo assim? – perguntei, sentindo meus olhos lacrimejarem.

- Assim como?

- De um jeito que não é o seu.

Matthew me encarou, levantando as sobrancelhas e comprimindo os lábios. Cada segundo que passava olhando para seus olhos vermelhos me causava dor. Matt continuava mal, e eu estava me esforçando muito pouco para ajudá-lo a melhorar. Eu insistia em me dedicar e focar em Cameron e esquecia de tudo que Matt estava passando. Era quase como se eu e Cam fizéssemos parte de um universo alternativo.

- Já falei mil vezes que não gosto de te ver assim, Matty. O que está acontecendo? – questionei mais uma vez, porém não obtive resposta. Ele continuou sério, segurando as lágrimas em seus olhos – Não aguento mais te ver desabar e não fazer nada a respeito. Você é o meu melhor amigo. Eu preciso te ver bem...

Podia sentir meus olhos marejarem junto aos dele. Segurei sua mão, em uma tentativa de ajudar, mas ele a tirou rapidamente da minha. Parecia me desprezar por total. Eu merecia aquilo.

- Matthew – sussurrei, sentindo uma lágrima cair perto do meu nariz – O que está acontecendo?

- Você não enxerga, né? – perguntou, em um tom irônico e sarcástico – É a única explicação, por que fora isso, não tenho ideia do que pode ser.

- Como assim? Só quero te ajudar.

- Eu estou completamente apaixonado por você e você nem nota, Katherine! Como quer me ajudar se nem presta atenção no que eu estou sentindo? – exclamou, se afastando de mim.

Engoli em seco e passei os dedos embaixo dos meus olhos, limpando as lágrimas. Sabia que sentia alguma coisa por mim, ele havia me dito isso no começo das férias, mas não imaginava que fosse usar a palavra ‘apaixonado’. Não pensava que pudesse ser algo tão forte assim.

Naquele momento, decidi nunca dizer nada sobre Cameron para ele. Era óbvio que eu não era o motivo de todos os choros e comportamentos estranhos, mas eu sabia que ele não precisava ouvir aquilo, iria machucá-lo.

- Matt, eu...

- Eu nunca achei que fosse sentir isso, Katherine. Não por você – interrompeu – E não me leve a mal, você é muito bonita, mas você sempre foi meio que... Família. Mas é o que eu sinto, e eu tento te dar todos os sinais possíveis, mas você não vê! Você não se dá o trabalho de notar – a dor na sua voz era mais do que visível – Não estou dizendo que é a sua culpa, nem que estou assim apenas por sua causa, mas... É um fator. É um fator enorme.

- Você sabe como eu me sinto em relação a isso, Matty – suspirei, balançando a cabeça – Não posso mudar os meus sentimentos. Eu sinto muito.

- Tudo bem. Eu entendo. O que me magoa é ver você se distanciando de mim quando eu mais preciso.

- Eu estou me distanciando de você? – perguntei, surpresa – Tudo o que eu mais quero é te ajudar, e você nunca nem tentou me contar o que aconteceu.

- Se estiver falando da...

- Você sabe do que eu estou falando – levantei, irritada – Inglaterra. Tudo sempre volta para a Inglaterra e você nunca nem cogita a possibilidade de me dizer. Matthew, o que quer que seja, não vai mudar absolutamente nada! Você vai continuar sendo o meu melhor amigo, o meu Matty...

Matt se levantou de frente para mim, com uma expressão tão irritada quanto a minha. Não aguentava mais ter aquele segredo escondido de mim, não quando era algo que vinha o machucando tanto.

- Desista! Eu não vou te contar, Katherine – insistiu – Se eu te disser o que aconteceu na Inglaterra, você nunca mais vai conseguir olhar nos meus olhos. Nunca mais vai me enxergar como o mesmo e vai querer ir embora daqui em dois segundos – começou a chorar, desistiu de se segurar – Não quero que você pare de ter essa visão de mim, Katherine, mesmo que eu já esteja destruindo. Não sei se iria aguentar te ver parar de me amar como antes.

- Nada iria mudar o que eu penso sobre você, Matthew – falei, me sentindo mais do que quebrada - Eu tenho certeza disso.

- Se eu fosse você não teria tanta certeza assim.

Matthew se afastou de mim, enxugando os olhos molhados com as mangas da camisa longa. Eu o observei ir em direção a casa devagar e cabisbaixo.

- Boa noite, Katherine – falou, passando direto pela porta – Durma bem.

 

***

 

Deitada de bruços em minha cama, enxuguei as lágrimas embaixo de meus olhos, tentando engolir aquele choro insuportável. A dor dentro de mim estava mais forte do que qualquer outra. A forma como Matthew agia, como mostrava o que estava sentindo, tudo isso me afetava e me deixava extremamente mal. Se olhasse no espelho, com certeza veria um rosto inchado, com olhos e nariz vermelhos.

Enquanto tentava me controlar, e parar de chorar, ouvi três batidas na porta de vidro da sacada. Não precisei nem virar para saber quem era. Mas estranhava a sua presença ali, considerando que não havia passado das dez da noite.

Respirei fundo e me levantei, olhando para ele. Seu sorriso sumiu assim que viu meu rosto choroso, dando lugar a uma expressão de preocupação. Balancei a cabeça, tentando fazer com que ele não se preocupasse tanto e indicar que estava tudo bem. Cameron tentou forçar a porta, mexendo na maçaneta, e eu ri com o seu desespero. Por um lado, vê-lo se preocupar comigo era fofo e engraçado. Me confortava.

Fui até ele e abri a porta, o deixando passar sem nem falar nada.

- Oi – falei, esboçando um sorrisinho. 

- Por que está chorando? – perguntou, segurando meu rosto em suas mãos enquanto eu fechava a porta atrás de mim.

- Por que veio me ver tão cedo? – retruquei.

- Perguntei primeiro – insistiu.

Não queria falar sobre tudo o que estava acontecendo com Matthew. Talvez outro dia eu decidisse contar tudo para Cameron, mas naquele exato momento, sentia que o que quer que aquilo fosse, deveria ficar entre eu e o meu melhor amigo.

- Nada demais – engoli em seco, odiava mentir para ele.

­­- Se você está chorando desse jeito, não é ‘nada demais’, morena – mais uma vez, Cam demonstrava como sabia lidar comigo da melhor maneira.

Segurei suas mãos, ainda recostadas em minhas maçãs do rosto. Só sentir um pouco da sua pele quente me acalmava e me fazia parar de soluçar.

- Matt – contei, a expressão de Cameron logo mudou para algo mais irritado. Precisava esclarecer antes que ele fosse atrás do garoto.

- O que ele fez dessa vez? – perguntou – Juro que vou...

- Por mais que eu ame ver você me protegendo, - interrompi, antes que ele dissesse algo que ia se arrepender depois – não preciso de proteção nenhuma. Está tudo bem, e eu vou me resolver sozinha.

Aquele problema era meu e de Matthew. Não faria sentido envolver Cameron ali. Precisava separar as coisas e cuidar do que me pertencia.

Sem esperar mais nenhum segundo, Cameron puxou meu rosto para perto do seu, me beijando de forma intensa e devagar. Embora tivesse juntado nossos lábios rápido demais, levou o beijo de forma lenta. Nos afastei um pouco, pondo as mãos em seu peito.

- O que foi isso? – perguntei.

- Isso foi um beijo. Não precisa se desesperar, já nos beijamos outras vezes, Katherine – riu.

- Eu sei, eu sei... Mas, por que agora? Assim, do nada.

- Por que você é incrível! E o fato de você não depender de homem nenhum para se defender te faz mais incrível ainda – sorriu, olhando direto em meus olhos encharcados – Quer falar sobre isso?

- Não – suspirei, saindo de seus braços – Mas preciso que saiba que não é culpa de Matthew. Não é culpa de ninguém, na verdade. São só coisas que acontecem na vida e que machucam um pouco. Eu vou ficar bem, só preciso de... tempo.

- Tudo bem – assentiu.

- Então, - sorri, passando o polegar embaixo de meus olhos mais uma vez – vai me dizer por que veio aqui? Ainda está meio cedo, não sei se você deveria ficar.

- Eu sei. Na verdade, só queria falar uma coisa com você, depois ia voltar, mas... – colocou as mãos nos bolsos, tentando segurar o seu sorriso – Ontem eu tive uma das melhores noites da minha vida, morena. E eu preciso disso de novo. Não estou falando da parte em que masturbei você, - apertei os olhos ao ouvir uma palavra tão pouco usada quando se referia a mim. Ainda não tinha assimilado os fatos - quer dizer, também, mas estou falando de tudo. Já te contei tudo o que eu sinto, e, não estou dizendo que vou mudar, ou que vamos namorar, mas, quero fazer isso do jeito certo.

- Vá direto ao ponto, Cameron Dallas – cruzei os braços.

- Tenho uma surpresa.

Franzi as sobrancelhas, sem entender direito. Cameron estendeu a mão, como se me pedisse para esperar. Assenti e fiquei parada enquanto ele saía para a sacada e voltava com algo escondido atrás das costas.

- Eu queria ter feito alguma coisa mais especial e menos clichê, até por que nós não podemos ser clichê, ou então vou começar a vomitar bem agora – eu ri, me tranquilizando com o seu bom humor – Mas foi tudo o que eu consegui. Qual é a sua flor favorita?

- Dálias – respondi, fechando os olhos e lembrando do buquê que Matthew havia me dado quando passei na faculdade. O buquê que havia começado com tudo aquilo.

- Não é o que eu tenho aqui. Fui na floricultura mais próxima hoje de tarde e comprei as flores mais baratas – falou, sendo o mais honesto possível – Queria ter feito mais, principalmente considerando que é você, mas nunca comprei nem uma bala para uma amiga colorida antes, então acho que você ainda está ganhando.

Engoli em seco. O título de amiga colorida ainda me assustava, por que essa não era a ideia que tinha de nós dois. Mesmo que Cameron tivesse me avisado diversas vezes, eu continuava caindo em um poço sem fundo, e não fazia o mínimo esforço para me resgatar.

Devagar, tirou as mãos de trás do seu corpo, me revelando um pequeno buquê de mais ou menos treze rosas-chá. Imediatamente, toda a pequena preocupação que eu tinha sumiu, e eu me foquei nas flores em suas mãos. Eram lindas, as mais bonitas que eu já tinha visto. As peguei de suas mãos, não parando de olhá-las por nem um segundo e sorrindo descontroladamente.

Era lindo. Cameron. Ele era lindo. Por dentro e por fora.

- Eu pensei que você tinha me dito que não era o tipo de cara que comprava flores – ironizei, sem conseguir parar de sorrir.

- E eu não pensei que você fosse o tipo de garota que bebia com um desconhecido no deck – riu.

- Ainda somos os mesmos, Cam – completei – Só despertamos um lado que ainda não conhecíamos sobre nós.

Não conseguia parar de sorrir. Meu coração estava acelerado, e o frio no meu estomago mostrava a minha emoção.

- Eu juro que vou fazer melhor da outra vez! Vou comprar as tais... – fez uma pausa, franzindo as sobrancelhas e parecendo pensativo – Qual é a sua flor preferida, mesmo?

Respirei fundo, ainda encantada com aquele homem em minha frente. As flores em minhas mãos não significariam nada se não fosse por ele. Podia sentir meus olhos se encherem de lágrimas e minha pele inteira se arrepiar. Nem estava mais ouvindo direito o que ele falava, estava hipnotizada por aquele momento maravilhoso.

- Rosas-chá – sorri, olhando em seus olhos brilhantes – Minhas flores favoritas são rosas-chá.


Notas Finais


E aí? O que acharam?
Bom, primeiro queria dar boas-vindas as leitoras novas! Muuuuuita gente favoritou a fic nesses dias, e isso me deixa muito feliz sério! Posto capítulo novo todas as sextas. Espero muito que se apaixonem por essa história assim como eu :)
Mas enfim, vamos falar do capítulo! Primeiro o Matt admitiu que está apaixonado por ela! Acham que ele vai tentar alguma coisa, ou que ela vai dar uma chance a ele?
E segundo, o Cam fez algo completamente fora do mundo dele para Kat. Acho que até eu fiquei surpresa haha!
Espero que tenham gostado, xuuus! Muita obrigada por tudo!
Amo vocês,
nina <3

meu twitter: https://twitter.com/wtfnashx
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