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História Royals - The One


Escrita por: divideshawnx

Notas do Autor


Maaaaais um capítulo - meu deus o tempo tá passando muito rápido, a gente já está quase na metade da fic!!
boa leitura :)

Capítulo 24 - The One


Cameron POV

Fechei a porta da geladeira, segurando a minha maçã. Tinha sorte de ter nascido com uma boa genética, por que aquele lugar não me deixaria cuidar do meu corpo nem se eu quisesse. Comia mal para caramba e fazia uns abdominais e umas flexões ocasionalmente.

- Lanche da madrugada? – ouvi a voz de Dylan atrás de mim.

Ele era o mais próximo que eu tinha de um amigo ali. Conversávamos às vezes e cobríamos o turno do outro quando precisávamos. Essa era a nossa “amizade”.

- Sim – respondi, me virando para ele e dando uma mordida na fruta – Comi pouco no jantar.

- Não te culpo – riu – A comida estava bem ruim.

Levantei as sobrancelhas. Já estava acostumado com a comida de lá. Normalmente comíamos o que não era usado no jantar. Então tudo o que não era importado e que não custasse metade do meu salário ia para os funcionários, e na grande maioria das vezes, não era nem temperado direito. Injusto? Talvez. Mas era o que acontecia ali, e a única opção que eu tinha era aceitar. A cada indignação ali, eu pensava no dinheiro, e como minha mãe e minha irmã precisavam dele.

- Vou voltar para o quarto – falei, andando em direção ao corredor.

- Espera – falou Dylan, bloqueando minha passagem – Preciso saber quem é.

- Oi? – perguntei, confuso.

- A garota que você está comendo – riu, me fazendo travar o maxilar.

- Não sei do que está falando – menti.

Não podia revelar para ele sobre Katherine. Eu e ela erámos os únicos que sabiam sobre nós dois, e iria continuar daquela forma. Desviei de Dylan e andei para frente, porém ele me segurou pelo braço, me virando para ele.

- Sabe sim – insistiu – Meu quarto é do lado do seu. Acha mesmo que eu não ouvi aqueles gemidos ontem à noite?

- Você devia estar chapado, cara. Não teve gemido nenhum.

- Eu estava extremamente sóbrio. Fala logo quem é – continuou rindo, sem entender o meu nervosismo – É alguma prima de Matthew?

- Não vou falar – continuei negando.

- Só pode ser! Tem mais quem aqui além delas? Não me diga que está apelando para as tias dele agora...

Dylan conseguiu me fazer rir, mas logo suprimi. Quanto menos corda eu desse àquela conversa, mais rápido eu ia sair dali, e menos ele saberia sobre Katherine.

- Não estou pegando as tias dele, Dylan – ergui as sobrancelhas – Ainda tenho alguma classe.

- Pare de mentir! Se não é ninguém da família dele, só sobra aquela menina que é amiga dele, e você não é louco de pegar ela – suspirou.

- O que tem a amiga dele? – meu punho se cerrou fora do meu controle.

- Ele ia te matar se você ficasse com ela – riu, passando a mão pelos cabelos – E não me leve a mal, mas se alguém de nós fosse atrás dela, não seria você.

- Oi? – larguei a maçã em cima do balcão. Não sabia se Dylan estava fazendo de propósito, se sabia de alguma coisa, mas ele estava me irritando profundamente. E eu não gostava de ser irritado.

- Ela não é o seu tipo. Gata, e tem uma boa bunda, mas não é o seu tipo de garota – continuou, estalando os dedos – Não é “gostosa” o suficiente para você.

Minha mandíbula se travou, meu punho se cerrou ainda mais e a raiva em meu peito apenas subia. As palavras que ele tinha usado, a forma como mordia o lábio comentando sobre o corpo dela. Ele não tinha o mínimo direito de falar assim de Katherine. Não ligava mais se ele sabia de nós ou não, apenas queria mata-lo por falar da minha morena daquela forma.

- Eu acho melhor você voltar para o seu quarto, Dylan – falei, encarando o chão.

- Tudo bem, então. Já sei que não vai contar quem era a garota mesmo – saiu, passando por mim e indo em direção ao corredor. Dylan parou e olhou para mim, rapidamente – Mas quem quer que seja, aquela vadia sabe gemer...

Foi aí que perdi o controle. Todo o pequeno resto de controle que eu tinha. Sem nem notar, pulei para cima de Dylan. Antes que pudesse processar o que ia fazer, o joguei no chão e o prendi lá, dando socos em seu rosto. A raiva em mim era maior do que a minha noção de certo e errado. Meu punho acertava sua cara repetidamente e eu não conseguia me desprender daquilo.

- Cameron! – gritou, me tirando do meu transe – Você ficou louco?

Dylan se arrastou pelo chão, para longe de mim. Eu fiquei parado, encarando o sangue nos meus dedos. Eu o ouvia gritar, mas não processava suas palavras. Não queria nem levantar o olhar e ver o que eu teria feito com seu rosto. Tinha medo de mim mesmo. O que eu havia feito era insano. Estava tão envolvido assim com Katherine que não aguentava ouvir alguém falar dela?

Eu sempre comentava com Dylan sobre as mulheres que eu pegava, e ele sempre falava o que quisesse delas, eu nem ligava. Podia chamar do nome que fosse, meu corpo nunca havia respondido as suas palavras como naquele dia. Não sabia o que Katherine despertava em mim, mas sabia que a queria comigo. E que não estava disposto a ouvir ninguém falando mal dela.

 

***
 

Ouvi as três batidas no vidro da janela. A principio, quis dar um jeito e falar com ela e pedir não fosse me ver naquela noite. Porém a vontade que eu tinha de vê-la, a necessidade constante de tocá-la, era tudo muito maior. Levantei da cama e abri a janela. Ela estava lá, sorrindo como sempre.

- Preciso falar com você – disse, entrando no quarto.

A ajudei a passar pelo quadrado, e a puxei para um abraço. Katherine era a única pessoa com quem eu poderia desabafar e contar o que aconteceu. Mas não queria que ela tivesse medo de mim. Não queria que pensasse que eu saía batendo em todo mundo, e muito menos que eu poderia bater nela algum dia. Eu nunca faria isso. Nunca estenderia um dedo para ela. Pelo contrário! Faria de tudo para que ela não se machucasse.

- Pode falar – falei, nos afastando um pouco.

- Cameron, sua mão! – exclamou, segurando meus pulsos – O que aconteceu?

Olhei para os ferimentos em meus dedos, e logo vi sua expressão. Katherine estava confusa e aproximava minhas mãos de seu rosto, provavelmente na tentativa de achar algo que explicasse o sangue. Não queria contar por dois motivos. Primeiro que não queria assustá-la. E segundo que, de forma egoísta, não queria que ela soubesse quanto ouvir alguém falando vagamente dela havia me irritado.

- Prometa que não vai me deixar depois que eu te contar – falei, tirando minha mão das suas e colocando seu cabelo macio atrás da orelha.

- Meu pai mal fala comigo, minha mãe só liga para a minha imagem e meu melhor amigo matou a ex-namorada dele – riu, mas mesmo atrás da sua risada, eu podia ver a dor em suas palavras – Não acho que você vai conseguir fazer com que eu te deixe.

- Bati em Dylan – falei, rapidamente, como se tirasse um curativo.

- Quem?

- Um “amigo” meu – fiz aspas com os dedos, a imitando.

- Por que fez isso? – franziu as sobrancelhas.

Katherine não parecia irritada ou brava comigo. Parecia preocupada. E isso me aliviava.

- Encontrei com ele na cozinha e ele falou que tinha ouvido você gemendo ontem...

- Ele sabe sobre nós? – me interrompeu, falando mais alto.

- Não... Não, morena – suspirei, a tranquilizando – Ele falou que ouviu gemidos, mas que não sabia quem era. E começou a perguntar se era alguém da família Espinosa, e aí começou a falar de você em especifico, do seu corpo, da sua bunda e... – não queria contar as palavras exatas de Dylan para Katherine. Ela era pura demais para isso – Sem saber que era você, te chamou de nomes nojentos e eu não aguentei, Katherine. Pulei em cima dele e soquei o rosto dele tão forte que não conseguia ouvir mais nada.

- Ele está bem? – perguntou, sentando no pé da cama.

- Sim, acho que fiz o nariz dele sangrar, mas nada muito pior que isso – falei, sentando ao seu lado – Não sei como vai ser amanhã, esse é o problema. Não sei se ele vai falar comigo, se vai contar para o senhor Espinosa ou se vai esquecer que tudo aconteceu. Só preciso dar um jeito de manter o meu emprego.

Katherine suspirou, olhando com carinho para mim.

- Você não vai perder o emprego, Cameron – falou – E se acontecer, eu prometo que vou atrás de você.

Olhei para Katherine, sentada ao meu lado, ainda segurando minhas mãos. Seus cabelos não estavam mais atrás das orelhas, como eu havia colocado, e desciam até um pouco abaixo dos seus seios. Seus olhos azuis me encaravam de um jeito estranho e sua boca descansava, após dizer as palavras mais significativas que alguém já havia me dito. “Eu prometo que vou atrás de você”. No nosso contexto, aquilo significava muito.

Sorri.

- Não quero que perca o controle por minha causa de novo, Cam – suspirou, descansando a cabeça em meu ombro – Nada do que ele disse é verdade. Não ligo se ele repara na minha bunda, ou se me chama de nomes sem nem saber que sou eu realmente. Só ligo para você – beijei o topo de sua cabeça, magnificado com o qual maravilhosa ela era – Eu estou aqui com você, no seu quarto, sozinhos. Ninguém nunca chegou nem perto de pôr as mãos em mim do jeito que você põe – eu ri, sabendo exatamente do que ela estava falando - Nunca senti tanto desejo, carinho e confiança por alguém. E isso é tudo o que importa.

Nunca havia me sentido tão grato por ter alguém na minha vida quanto naquele momento. Katherine era tudo o que eu mais precisava. Ela era perfeita. E por isso que eu vivia em um constante medo de fazer mal a ela. De perde-la.

- Por que veio aqui hoje? – perguntei, fazendo carinho em seu braço.

- Precisava falar uma coisa com você. Obrigada por me lembrar – falou, se afastando um pouco de mim e endireitando sua postura – Precisamos parar de nos resolver com contato físico, Cam. A gente brigou ontem, não acho que eu preciso te lembrar o porquê, e nos resolvemos daquele jeito...

- Mas foi maravilhoso – ri, lembrando dos gemidos, da forma como Katherine havia reagido a mim.

- Isso não significa que foi certo – me repreendeu – A gente precisa aprender a conversar. Eu não gostei do jeito que falou ontem quando brigamos. Você quis me controlar, falou coisas absurdas... Foi grosseiro e me deixou mal – engoliu em seco, sem olhar direito para mim – Não quero que ache que pode fazer aquele tipo de coisa comigo e que assim vamos ter resolvido tudo. Isso faz a gente doente.

- Você já me chamou de doente uma vez... – ri.

Lembrei de como Katherine e eu nos odiávamos no começo. Se eu pudesse voltar no tempo, saberia como aquilo era uma atração enrustida. Não admitíamos o que sentíamos um pelo outro e por isso sentíamos necessidade de expressar aquilo de alguma forma, então, acabávamos xingando e brigando.

- Você sabe que eu não quis dizer isso... – suspirou – Enfim, o que quero dizer, é que preciso que converse comigo, Cam. E eu sei que não é o seu forte, nem o meu na verdade, mas só preciso te pedir isso – Katherine se aproximou novamente, apoiando uma mão em meu braço – Você é importante, e não quero te perder por falta de comunicação.

Dei um sorrisinho, a puxando para mais perto de mim. Aquela mulher era incrível. Eu me via cada vez mais fascinado por ela, e por todas as palavras que ela me dizia. Eu lembrava que no começo das férias, eu sempre achava que Katherine falava demais, sempre queria calá-la de certas formas, porém naquele momento, eu sabia que podia a ouvir falar por horas.

- Prometo que vou tentar, morena – falei, beijando rapidamente sua boca – Só veio aqui para me dizer isso?

- É – riu – Na verdade, eu achei que ia dar a maior briga, mas aparentemente a gente amadureceu e não faz mais isso.

- Somos adultos agora – brinquei.

- Muito adultos – sorriu para mim.

Mordendo meu lábio inferior, vi Katherine levantar da cama e parar na minha frente, virada para a janela.

- Você já está com sono – suspirou – Seus olhos estão vermelhinhos.

- Qual o problema? – franzi a sobrancelha.

- Não quero ir embora – sua expressão se entristeceu. Eu passei meu braço por suas coxas e a puxei para mim – Não estou conseguindo dormir. Fiquei umas duas horas deitada olhando para o teto.

Nem tinha reparado que Katherine estava completamente de pijama. Seus cabelos estavam meio bagunçados, como quem tinha rodado na cama por muito tempo. Seus olhos estavam cansados, mas o azul deles ainda dava um jeito de se destacar. O short de malha preto curto que estava usando deixava suas longas pernas a mostra para mim. E sua blusa branca caía perfeitamente sobre seu corpo, podia ver que estava sem sutiã quando se mexia. Ela nunca tinha estado tão linda.

- Fica comigo – sussurrei, pondo meus lábios contra uma de suas coxas, enquanto minhas mãos seguravam seus quadris. Me estiquei um pouco, e apaguei o abajur, deixando apenas a lua para iluminar o quarto.

Sem nem olhar para ela, sabia exatamente qual era a sua expressão naquele momento. Seus olhos deviam estar fechados, seus lábios cerrados e sua cabeça pendendo para trás. Ela era incrível.

- Posso? – perguntou, baixinho.

- Claro – respondi, sorrindo, ainda contra a sua pele.

Segurei sua mão e deitei na cama, a puxando junto comigo. Estava um pouco apertado, mas perfeito para nós. Seu corpo se encaixava no meu, deitando em meu peito e envolvendo nossas pernas. Naquele momento, não queria fazer nada com ela. Nem mesmo beijá-la. Queria apenas aproveitar sua pele colada na minha, queria passar meus dedos por seus cabelos embaraçados e sentir sua respiração perto do meu rosto.

- Eu durmo melhor quando estou com você – disse, fazendo meu coração parar.

Naquele momento, eu tive total certeza de que era ela. A mulher certa. Era ela. Katherine não fugia de mim. Katherine não se assustava quando meu lado podre aparecia. Ela me confrontava e se defendia. Ela não esperava nada de mim além da minha presença. Ela sabia como melhorar o meu dia em poucos segundos. Seu sorriso me derretia e seu beijo me acalmava. Ela não olhava para mim com pena, mesmo depois de ouvir a minha história. Ela era a mulher certa. E eu tinha total certeza disso.


Notas Finais


AAAAAH EU AMO ESSE CAPÍTULO! Primeiro que eu amo a cena da briga entre Cameron e Dylan, embora tenha sido bem errado da parte dele, é quando ele começa a entender o que realmente sente por Katherine. Segundo que a cena dos dois conversando e dormindo juntos é muito linda. Cameron começa a perceber que realmente está se apaixonando, e pela primeira vez, sente algo muito maior do que físico. Naquele momento, ele só quis ela ao seu lado, sem fazer a mínima questão daquele sexo todo que ele ama.
Mudando rapidinho de assunto, vocês estão comentando menos, poxa :( Ler a opinião de vocês é mais do que importante para mim, me motiva a escrever de um jeito surreal. Vocês não tem ideia do quão importante essa resposta é para mim, por isso que acho importante responder todo mundo. Então, deixem um comentáriozinho dizendo o que acharam, por favooooor
Muito obrigada por tudo, você são incríveis! Até sexta :)

nina <3

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