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História Royals - My Boy


Escrita por: divideshawnx

Notas do Autor


ATRASEI MESMO ME DESCULPEM VÃO LER

Capítulo 28 - My Boy


- Matthew já está começando a investir em algumas coisas – disse Lauren, a mãe dele – Bom, com o auxílio do pai, claro. Mas o importante é que está se iniciando no mundo dos negócios.

Olhei para ele, sentado ao meu lado na mesa de almoço. Estava encarando o chão, aparentemente envergonhado. Desde que tinha me contado sobre o tal segredo da Inglaterra, as coisas entre nós dois tinham melhorado muito.

- Mundo dos negócios, hein? – ri, o cutucando.

- Pare com isso, Katherine – segurou o riso, comprimindo os lábios e aparentemente irritado.

- Não estou fazendo nada – continuei a brincar com ele, erguendo as sobrancelhas – Só falando com o homem de negócios que está sentado ao meu lado.

- Espero mesmo que esteja falando do meu tio Robert, que está sentado a sua esquerda – falou, baixinho para ninguém na mesa nos ouvisse zombar da vida da elite – Ele é o único homem de negócios que você tem ao seu lado.

Sorri, mais do que feliz por poder voltar a ter essas conversas simples com ele.

- Agora falando sério, está realmente indo pelo caminho do seu pai? – perguntei, dessa vez realmente interessada.

- Sim, infelizmente – respondeu, com um semblante não muito agradável.

- Pensei que quisesse ser jornalista ou algo assim – franzi as sobrancelhas, lembrando das poucas vezes que Matthew e eu havíamos conversado sobre o futuro.

- Queria, quer dizer, ainda quero. Você sabe que a área da escrita e dos livros sempre foi a minha paixão, mas minha família acha que não daria muito dinheiro e que eu preciso continuar com o “legado” do meu pai.

- Matt! Não pode deixar de fazer o que ama por dinheiro. Eu sei que é importante para sua família, mas, é a sua vida, não a deles.

- Não vamos falar sobre isso, Kat – interrompeu – Não aqui.

- Então onde?

- O que vai fazer no jantar?

- Bom... – apontei para a mesa, indicando que aquela sala de jantar era a única coisa que me aguardava.

- Me encontre mais tarde então, às onze, no deck – meu corpo gelou – Sabe onde é, não sabe?

Sabia muito bem onde era o deck, havia passado ótimas madrugadas lá. Apenas assenti com a cabeça, tentando esconder a única coisa que me assustava: era uma sexta-feira.

 

***

 

Me concentrei para fazer a manobra no carrinho de golfe, dando ré e tentando o estacionar de modo que não atrapalhasse ninguém. Chequei o relógio em meu pulso. Sabia exatamente quem estaria chegando ali em alguns minutos, e meu corpo se cobria de medo daquele encontro. Se tivesse seu número, poderia avisá-lo, pedir que não fosse para o deck naquela sexta-feira. Mas a teimosia dele em “não estragar o clima” não deixava.

Assim que saí do carro, vi Matthew apoiado contra o parapeito, sorrindo para mim. Caminhei até ele, sorrindo de volta, escondendo perfeitamente meu nervosismo.

- Adoro esse lugar – falei, respirando fundo e cruzando meus braços ao sentir a brisa fria.

- Sério? – perguntou Matthew, meio confuso – Mas você nem vem tanto aqui...

Travei por dentro. Esconder aquele segredo de Matt estava sendo mais difícil a cada dia que passava. Bem no fundo, sabia que era pegar o caminho mais fácil e não enfrentar a parte mais difícil, porém não tinha cabeça para brigar com os meus pais e decepcionar Matthew.

- Exatamente! – tentei seguir com o assunto – Deveria vir mais. É relaxante.

Matt desfranziu as sobrancelhas e veio até mim, sentando na cadeira ao meu lado.

- Enfim, vai me contar por que desistiu da vida de jornalista? – perguntei, sentando ao seu lado.

- Já falei. Meus pais não concordam. Tem medo que eu estrague com a fortuna deles. Certeza que você passa por isso também – comprimiu os lábios.

- Mais ou menos. Meus pais não falam muito sobre isso comigo. Na verdade, mal estou conversando com eles aqui, o que é um alívio – ri.

- Então a senhorita está evitando os pais? Nunca imaginei isso acontecendo.

- Não estou evitando ninguém. Mas é um alívio não precisar encarar minha mãe o tempo inteiro. Ela se diverte muito com os seus pais e esquece que eu existo. E já meu pai só vem nos fins de semana mesmo, e desde aquela briga ele não fala direito comigo. Estou virando uma órfã.

Era verdade. Eu estava gastando todo o meu tempo ali com três pessoas: Matthew, Cameron e eu mesma. Meus pais vinham em segundo plano pela primeira vez na minha vida. Até Tori e Sam, que eu amava com todo o meu coração, estavam falando pouco comigo, nada mais do que mensagens de texto e algumas ligações.

- Pare com isso! Daqui a pouco você vai para Princeton e vai morrer de saudades.

- Não vou, não! Isso eu te garanto. Posso fazer uma lista com as cinco pessoas que eu mais vou sentir saudade, e meus pais não estão nela.

- E quem seriam as cinco pessoas? – perguntou.

- Não posso te falar – me segurei, não iria mentir para ele, mas também não iria citar o nome que eu não podia – Pessoal demais.

- Tudo bem – engoliu em seco, um pouco chateado e confuso – Eu estou nela?

- Claro que está!

Sorri e me aproximei dele, deitando a cabeça em seu ombro. Senti Matthew respirar fundo, e encostar sua cabeça na minha de volta.

- Você está mais feliz.

- Como assim? – perguntei.

- Do dia que você chegou aqui até hoje. Você está bem mais feliz – disse, devagar – Por quê?

- Só estou feliz, Matty. Nada específico.

- Fala logo, Katherine – riu – Você não me enrola.

Não havia parado e feito um balanço geral dos meus picos de felicidade nas últimas semanas. Porém, aparentemente, Matthew vinha prestando bastante atenção em como eu estava me sentindo. Se parasse para pensar, realmente, os primeiros dias lá haviam sido conturbados, e eu sabia exatamente o que me fazia tão bem.

- Não sei, não reparei nisso. A gente se resolveu, então isso com certeza é um ponto.

- Se não quer falar sobre isso, deixa pra lá então – se ajeitou na cadeira, me fazendo tirar a cabeça de seu ombro.

- Matt? – eu estava confusa – O que eu fiz?

- Você está... Não sei qual é a palavra – lambeu os lábios, olhando para o lago – Mudada.

- Estou igual. A única diferença é que estamos nos reaproximando, e isso é bom, certo?

Sua atitude estava me deixando confusa e perdida. Não entendia o que eu podia estar fazendo de errado. Quer dizer, sabia que estava escondendo muita coisa dele, mas era pelo melhor.

- Sei lá, Katherine – encarou o chão, me evitando o tempo inteiro – Sempre tenho a sensação que você não confia em mim. Eu sou completamente aberto com você, você sabe de tudo o que eu sinto, e parece que eu fico fazendo papel de bobo.

Se Matthew estivesse chateado comigo por não corresponder aos seus sentimentos, ele estaria sendo incrivelmente imaturo. Passou as mãos pela minha nuca, encarando firmemente meus lábios. Engoli em seco, vendo seu rosto se aproximar de novo. Fiz a única coisa que me parecia racional naquele momento, virei o rosto e afastei minha cadeira.

- Katherine! – exclamou.

- Já falei que não quero isso, Matthew.

- Inacreditável... – suspirou, sussurrando.

- Está assim porque eu não sinto o mesmo? – perguntei, na lata.

- Katherine...

- Não controlo o que sinto, Matty. Já falei mil vezes que te vejo como... – fui interrompida por um barulho forte de passos.

Olhamos para trás ao mesmo tempo, rapidamente, e lá estava ele, como eu temia. Parado, com os olhos arregalados de me ver ali com Matthew. Suas mãos estavam atrás das costas, bem provavelmente escondendo um pequeno engradado de cervejas. Engoli em seco e olhei para Matthew, que franzia as sobrancelhas.

- Dallas – falou, com a voz ríspida – Posso ajudar?

Meu coração acelerou, e eu tinha certeza que o de Cameron também. Quando estávamos sozinhos, não nos importávamos com mais nada, mas naquele exato momento, precisávamos fingir não nos conhecer daquela forma tão íntima.

- Hum... – balbuciou, olhando ao redor em busca da desculpa perfeita – Na verdade, fui chamado pela senhorita...

Olhou para mim, apertando os olhos, fingindo não saber meu nome. Boa jogada, Dallas.

- Hawking – respondi, me levantando.

- Claro! Desculpe... – assentiu, sério - A senhorita Hawking comentou alguma coisa com Dylan, o outro funcionário, sobre um problema no carrinho de golfe, enquanto estava dirigindo para cá. Ele me avisou e pediu para que eu consertasse por ele.

Eu me sentia aliviada por apenas ter que seguir com a sua mentira.

- Você não mencionou nada para mim, Kat – disse Matt, se levantando ao meu lado.

- Não achei importante – falei – Ele estava fazendo uns barulhos estranhos no caminho para cá, então dei uma parada para checar, mas não entendo nada dessas coisas. Esse funcionário se ofereceu para me ajudar, mas eu já estava atrasada, então pedi para ele consertar aqui no deck – esperava estar sendo convincente – Aparentemente ele ficou com preguiça – ri forçadamente, tentando ao máximo aliviar o ambiente.

- Ah, claro – Matt assentiu, não parecendo muito convencido por minha mentira – Vá explicar para ele, ficarei aqui esperando.

- Posso vir em outra hora se preferir, senhorita Hawking – sugeriu.

Ouvi-lo ter que me chamar daquela forma formal doía meu coração. As diferenças e a grande barreira entre nós apareciam em momentos como aquele, onde ele tinha que ser apenas um funcionário, receber minhas ordens. Não gostava de olhar para ele daquele jeito, como um subordinado. Erámos iguais, erámos dois pedaços do mesmo, e apenas o resto do mundo não aceitaria isso.

- Não tem problema – suspirei – Já está tarde de qualquer forma, é melhor acabar com isso logo. Com licença, Matty.

Afastei-me dele e fui em direção a Cameron. Minhas mãos suavam e meu corpo inteiro tremia em reação àquele encontro. O medo de dizer ou agir de alguma forma suspeita me consumia.

- Não me toque em momento algum – sussurrei, ao chegar mais próxima de Cameron – Vire devagar e esconda as cervejas na sua frente, a gente coloca elas embaixo do banco.

Olhei discretamente para trás, Matt não estava olhando para nós dois, o que aliviava minha situação. Ainda assim, precisava tomar cuidado, qualquer movimento suspeito poderia acabar com tudo. Eu sabia que conseguiria me controlar, o problema ali tinha nome, sobrenome, cabelos castanhos e a pele bronzeada mais bonita de Nova York.

- Que porra está fazendo aqui com ele, Katherine? – falou baixo, se agachando, escondendo as bebidas e fingindo olhar o carrinho.

- Acho melhor guardar esse seu lado possessivo. Você ter uma crise de ciúme na frente dele não vai nos ajudar em nada – sussurrei, tentando não mexer muito os lábios.

Cameron revirou os olhos, claramente impaciente com aquela situação. Sabia como estávamos em um momento delicado. Estávamos sendo observados, tudo o que sentíamos e fazíamos na nossa solidão, tinha que ser guardado.

- Não gosto disso – disse, indo na frente do carro e levantando o pequeno capô.

- De quê? – perguntei, indo mais perto dele, mas em uma distância recomendável.

- Não gosto de estar do seu lado e não poder te tocar – olhou para mim, com o maxilar travado e colocando o peso do seu corpo em suas mãos, encostadas no carrinho.

- Não vamos demorar muito, Cam – suspirei, fingindo olhar os mecanismos, como se ele me explicasse algo – Acredite, é uma tortura para mim também.

- Quero te beijar, porra. Quero muito – sua respiração pesava, enquanto ele fingia mexer em algumas peças – Quero te puxar para perto de mim e te beijar todinha. E não posso! Tudo culpa daquele...

- Cameron! – o interrompi ao ouvir seu tom aumentar – Fale baixo!

Ele precisava se controlar, ou teríamos um problema sério ali. Mesmo de costas, podia sentir os olhos de Matt em mim. Cada palavra dele sobre o que sentia por mim só mostrava sobre como ainda tínhamos muito o que trabalhar, e me expor com Cameron daquele jeito não ajudaria em nada.

- Odeio isso, Katherine! Sério, odeio sentir tanta coisa e não poder demonstrar quando eu quiser! Eu tive a melhor noite da minha vida inteira com você, e... – cabisbaixo, ele desviou o olhar, mais uma vez concentrado no carinho. Não sabia o que dizer, não tinha ideia do que ele precisava ouvir – É ridículo! Não posso beijar minha namorada quando eu quiser porque a família dela não me aceitaria, isso é...

Cameron parou e olhou para mim, sem conseguir formar palavras. Meu coração queria sair do meu peito, batendo o mais forte possível. Seus olhos grudados aos meus, eu e ele sabíamos muito bem o que aquilo significava. Cam havia me dado um título que ele mesmo tinha medo de receber. Tínhamos total noção do que sentíamos um pelo outro, sabíamos que éramos mais sérios do que queríamos admitir, mas aquela palavra nunca tinha sido usada antes.

- Desculpe – engoliu em seco.

- Não se desculpe, por favor! Eu gostei... E-eu – gaguejei – Eu te...

- Resolveram? – gritou Matthew, lá do outro lado do deck. O melhor timing que eu havia visto.

Fechei os olhos, sem saber se devia me sentir aliviada ou chateada por ter sido cortada.

- Sim – gritei de volta – Você deveria voltar, Cam. Eu invento umas coisas para ele.

Cameron assentiu com a cabeça, colocando as mãos nos bolsos e suspirando. Estava usando cada misero pedacinho de força que eu tinha para não me jogar em seus braços e abraça-lo bem ali.

- Boa noite, morena – sussurrou, se virando e saindo dali.

Respirei fundo, me voltando para Matthew, que estava sentado me esperando. Cada parte de mim se concentrava apenas no que havia ouvido, em Cameron, no meu namorado. 


Notas Finais


Mil desculpas pelo atraso! Fiquei até mais tarde no colégio hoje e só parei de estudar agora (tenho prova amanhã)!
Matt continua insistindo em um romance com a Kat, e isso está assustando ela um pouco, visto que já disse algumas vezes que não queria. Cameron a categorizou como namorada, e isso ficou meio estranho entre eles. Acho que era algo que ele queria há um tempo, mas não admitia para ela nem para si mesmo, por isso, acabou saindo!
Espero que tenham gostado! Tô falando pouco hoje porque estou cansada.
Comentem muitoooo!
nina <3

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