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História Royals - In Love


Escrita por: divideshawnx

Notas do Autor


oiii! tudo bem?
queria agradecer pelos comentários no último capítulo!
espero que gostem!!
beijoos

Capítulo 5 - In Love


Queria chorar. Matt parecia devastado tão de repente. Ele nunca ficava daquela forma. Na festa ele estava normal e feliz como sempre. Eu tinha medo do que segredo que ele estava escondendo de mim e queria muito descobrir o que era. Mas ele era meu melhor amigo, não podia tentar descobrir coisas sobre seu passado ás suas costas. Precisava respeitá-lo, era o melhor que eu podia fazer naquele momento.

- Não sei, Matt... Você sabe que isso não cabe só a mim e...

- Você já foi lá antes! – interrompeu – Sei que ama aquela casa tanto quanto eu.

Abri a boca para dizer que não sabia, que devia consultar meus pais primeiro, mas ele leu meus pensamentos e disse:

- Você vai fazer dezoito anos em algumas semanas. Não precisa pedir a permissão para cada passo que dá. Além de que, seus pais me adoram – riu, arrancando um sorriso meu – Por favor, você sabe que vai ser incrível.

- Tudo bem – cedi, pretensiosa – Você vai quando?

- Irei na terça-feira. Mas você pode ir quando quiser. Só me avise um dia antes para arrumar um quarto para você. – explicou – Meu pai vai na sexta. Chame sua família, sua mãe pode ir com você e seu pai pode ir todo o fim de semana com o meu – seus olhos, ainda um tanto quanto marejados, brilhavam novamente. Era como se a ideia de passarmos tempo juntos, o animasse automaticamente - Vai ser um tempo para a gente se reaproximar, Kat. A gente precisa disso. Você sabe.

Eu sabia. Precisávamos muito mesmo. Queria muito ter com ele a relação que tínhamos tido até ele ir para a Inglaterra. Lembrava de como as nossas seções de Skype foram se espaçando, até serem praticamente inexistentes. Lembrava da dor de sentir falta dele, e como havia me acostumado a não ouvir sua voz.

Assenti com a cabeça, desejando pular logo para os dias naquela casa. Eu já havia ido lá diversas vezes quando menor. Era quase um resort. Uma mansão enorme, com uma piscina quase do tamanho da minha sala. Lembrava de andar de cavalo, dirigir os carrinhos de golfe escondido e brincar no arco-flecha. A família de Matt estava lá, sempre mais gente do que eu conseguia contar.

- Eu vou, Matt. Prometo – falei, o vendo abrir o maior sorriso para mim.

- Você é demais, Katherine Hawking.

- Eu sei – sorri.

- Não, estou falando sério. Não sei como fiquei tanto tempo sem te ver.

Eu não sabia se ele sentia o mesmo que eu, aquele clima no ar. Era inocente demais para ser algo sexual ou até mesmo romântico, mas não era como antes, quando eu o via como um irmão mais velho. Ele segurou minha mão esquerda novamente, olhando em meus olhos, e segurou um risinho no canto da boca.   

- Amo você.

- Também – respondi.

 

***

 

- Vocês vão dizer que é uma má ideia, mas precisam me ouvir antes de responder, ok? – olhei para meus pais, sentados no sofá da sala de estar – Sei que é meio em cima da hora, mas Matthew conversou comigo sobre isso ontem no jantar, e precisei absorver a proposta para depois explicar para vocês.

- Pode dizer, filha – disse papai, com um olhar sereno no rosto.

- Bom, Matthew me chamou, nos chamou na verdade, para passar o verão com ele na casa de férias deles. Ele disse que a família dele inteira vai estar lá, e vocês podem ir. Mãe, você vai comigo, e pai, você pode ir nos fins de semana, junto com o senhor Espinosa – estava apreensiva. Queria muito ouvir a resposta deles, ainda mais se resolvessem deixar – Vocês já foram lá, e eu também. Vocês sabem como aquela casa é maravilhosa! Por favor, eu juro que...

- Filha, - interrompeu-me mamãe – é uma ideia incrível!

Eu sorri. Sabia que ela devia estar pensando no lado social da coisa, no status da família deles e em como isso nos beneficiaria. Ainda assim, ela estava me deixando sair da minha zona de conforto, passar minhas últimas férias antes da faculdade da melhor forma possível. Sabia como eu teria muito mais autonomia e liberdade lá, não precisaria dizer a cada segundo onde eu ia e poderia passar o dia longe deles.

- Claro que precisamos confirmar tudo com os pais dele primeiro, mas acho que seria uma ótima forma de passar as férias – sorriu papai – Fico feliz que queira se aproximar dele novamente, meu bem. Gosto muito daquela família.

- Obrigada! Mesmo! – corri para abraçá-los, sentindo uma felicidade extrema percorrer meu corpo. Queria ir logo, o quanto antes possível. Precisava daquele tempo fora de Nova York e de tudo o que me preocupava no momento.

 

***

 

Encarei meu celular, vendo que faltavam apenas quinze minutos para meia noite e as minhas amigas ainda estavam sentadas em minha cama, tentando me ajudar a arrumar a mala. O resto da semana havia passado bem rápido, eu estava tão ansiosa e mal podia esperar pela sexta-feira. 

- Quero te matar, Katherine, quero muito te matar – disse Tori, abraçando um travesseiro.

- Por quê? – perguntei.

- Por que você vai para a faculdade esse ano e vai passar suas férias inteiras com Matt e não comigo!

- Ah é? E como acha que eu fiquei quando você foi para Brown? – rebati.

Ela e Sam riram juntas. Samantha Fitzpatrick era amiga de Victoria bem antes de me conhecer, e acabamos nos aproximando por conta dela. Ao contrário de mim e de Tori, ela não ligava nem um pouco para estudos e só pensava em ficar com o máximo de garotos possível. Porém as duas eram mais velhas, e frequentavam a mesma faculdade, por isso, no último ano haviam se aproximado mais, o que fazia com que eu me sentisse um pouco deixada para trás.

- Como se ela fizesse alguma coisa lá a não ser falar com Alex... – suspirou Sam.

- Ei! Você fala como se não fosse a festeira do campus... – Tori revirou os olhos – Aposto que se eu aparecesse em alguma festa, você estaria lá.

- Meninas! Voltando ao que realmente importa, – falei, segurando um cabide com um vestido longo branco – acham que devo levar?

Elas se entreolharam e sorriram. Era extremamente grata por minhas amigas, elas me entendiam sem que eu falasse absolutamente nada.

- Kat, se algum dia você morrer, quero todas as roupas! – gargalhou Tori.

- Nunca te vi usando esse vestido, mas leva, por favor! Acho que qualquer garoto ficaria nos seus pés se te visse usando isso, sério – explicou Sam.

- Você só pensa nisso, não é? – ri.

- Claro! Alguém precisa pensar nisso! Tori namora praticamente desde que nasceu, e você está ocupada demais estudando para pelo menos olhar para alguém do sexo oposto...

- Se fosse você, não teria tanta certeza disso. Katherine está cada dia menos inocente... – interrompeu Tori.

 Arregalei os olhos, repreendendo Victoria. Ela devia estar falando de Matt, não havia mais ninguém para ela comentar dessa forma. Eu não tinha dito nada sobre o que aconteceu na festa para Sam, e ela ficaria bem chateada se soubesse que eu só havia contado para Tori.

- Tem alguma coisa que eu não estou sabendo? – disse.

- Não é nada demais, Sam... – falei.

- É sim! – gritou Tori. Revirei os olhos e joguei uma almofada dela.

- Conta, Kat!

- É idiota, já disse!

- Pela sua cara de vergonha não é nem perto de idiota...

Eu abri a boca, querendo me explicar, mas sabia que não tinha para onde fugir. Ela faria um grande exagero do que realmente havia acontecido. Samantha olhou para mim, pedindo que eu contasse.

- Não foi nada... Eu tive um momento com Matthew sábado. Só isso!

- Como assim um momento? – perguntou.

- Eu estava agoniada, fui para a sacada e ele foi junto e aí... – eu não sabia por que estava tão hesitante em falar – Ah, não teve nada!

- Eles quase se beijaram, Sam – contou Tori – Esse foi o ‘nada’.

Sam cobriu a boca aberta com a mão, como se não pudesse acreditar naquilo. Ela se aproximou de mim e segurou meu rosto, dizendo:

- Você é louca, Katherine Hawking!

- Por quê? – perguntei, rindo.

- Por que, teve a oportunidade de beijar Matthew Espinosa e não usou!

Eu ri. Samantha não era nem um pouco próxima dele, comparando-a a Victoria. Ela o achava bonito e adorava comentar isso, mas sempre dizia que formaríamos um belo casal. Eu, obviamente, dizia que isso nunca aconteceria e que Matthew era alguém que eu nunca ficaria na vida. Aparentemente, todo mundo concordava com a suposição que eu e ele deveríamos nos envolver. Mal sabia eu que estaria duvidando dos meus próprios sentimentos anos depois.

- Não faz sentido, Sam – falei – Somos amigos desde os três anos de idade, tem noção disso? Seria como beijar um irmão!

- Claro que não! – gritou Tori.

- Não seria como beijar um irmão, Kat, seria como beijar Matt. Uma coisa que você sempre quis fazer e nunca teve coragem!

Revirei os olhos, me jogando de volta na cama. Aquelas duas eram garotas que não mudavam de ideia com facilidade. Não importava o que fosse, se colocassem algo na cabeça, não tiravam mais.

- Só não começo a listar os motivos pelos quais eu não devia ficar com ele por que seria perda de tempo. Sei como vocês não mudam de ideia por nada! – exclamei – Ele é meu melhor amigo, não importa o que eu estou sentindo ou deixando de sentir.

- Não queria dizer nada, mas – disse Tori, segurando meu celular que vibrava em sua mão. Era Matthew, me ligando no horário mais inconveniente e estranho possível.

- Não ouse...

- Relaxa, Kat! Não vou atender por você. Não sou sacana a esse ponto – disse, me estendendo o aparelho – Agora tem que me prometer que vai colocar no viva voz, e que ele não vai saber disso.

- Está bom – falei, impaciente – Agora me dá isso!

Puxei o celular de sua mão com força, irritada com as duas. Respirei fundo e atendi, colocando no viva voz antes de dizer qualquer coisa.

- Oi Matt – falei, desanimada.

- Tá tudo bem? – perguntou – Sua voz está estranha.

- Cansaço, só isso!

- Hum... Só queria dizer que estou muito ansioso para amanhã, mesmo! – disse. Sam e Tori trocavam olhares animados, o que me deixava ainda mais nervosa. Fechei os olhos para não ver a reação delas e ser o mais natural possível na ligação – Já tem um quarto te esperando e outro para seus pais! Te coloquei na melhor suíte que pude, tem uma cama enorme e um closet para você colocar suas coisas, ok?

- Está ótimo, Matty! Você é demais...

- Que horas você acha que deve chegar amanhã? – interrompeu.

- Não sei, depende da hora que meus pais resolverem sair... – expliquei, rindo – Mas vou tentar chegar o mais cedo possível, te mando uma mensagem quando estiver saindo de Nova York, tudo bem?

- Vai dormir, Kat... Quero te ver logo! – disse.

- Sim, senhor – ele deu risada, a mesma de sempre.

- Boa noite, Kat – falou, interrompendo por uns segundos – Te amo.

- Boa noite, Matty – me despedi, dando risada.

Abri os olhos para desligar, evitando o rosto das meninas.

- Se puderem ficar quietas por um segundo antes de me encherem de perguntas, agradeço.

Elas obedeceram, e eu subi o rosto lentamente para olhá-las. Sentia minha face corar de vergonha e não queria falar sobre aquela ligação. Ele significava tanto para mim e tinha medo de estragar tudo o que estávamos tentando recuperar.

- Podem falar.

- Katherine Hawking, ele está caidinho por você. Muito mesmo! – disse Sam.

- Se isso não é estar apaixonado, não sei o que é... – comentou Tori.

- Só dá uma chance a ele, Kat, por favor.

- Vocês não entendem! – reclamei, deitando no colo de Tori, que começou a fazer carinho em minha cabeça – Não quero acabar com o que eu e ele estamos tentando reconstruir. A gente se afastou tanto nos últimos anos, e agora que estamos tentando voltar a ser como antes... – suspirei, começando a ficar nervosa – Por que é tão difícil?

Elas começaram a rir em uníssono quando eu abafei meu rosto com uma almofada.

- Kat, sinto te dizer, mas já passou de meia noite, você tem uma mala para arrumar e a gente ainda tem que ir para casa – explicou Sam – Vamos, Tori?

Suspirei, sem querer que elas saíssem. Nos despedimos e eu as prometi que nos veríamos pelo menos uma vez por semana quando eu voltasse. Sentiria muita falta de obrigá-las a ir para meu apartamento quando eu precisasse.

Quando sairiam, fiquei deitada pensando mais um pouco. Precisava terminar minha mala, mas tudo o que fazia era repetir a voz de Matthew dizendo que me amava em minha mente. Aquilo estava realmente me agoniando desde o dia em que recebi o buquê de flores dele, era a única coisa que eu pensava o dia inteiro e ainda assim, eu não tinha um pingo de certeza do que sentia. Sabia que eu não estava nem perto de estar apaixonada, mas ele estava, e eu era a única que insistia em negar isso. 


Notas Finais


E aí? O que acharam?
Como acham que vão ser essas férias? E os sentimentos de Katherine? Acham que vai rolar algo entre ela e Matt?
Obrigada pelos comentarios no capítulo passado! Continuem comentando, por que me estimula a postar e me deixa bem feliz, hahaha!
Beijooos!


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