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História Rua 23 - Furacões


Escrita por: I-aint-sorry

Notas do Autor


Olá gente, mil desculpas pela demora. Eu perdi o rumo da história e para encontrar de novo foi muito difícil.
Queria dizer que esse capítulo é uma passada de tempo, quis fazer isso pois tenho muitos planos para os próximos rs, espero que não esteja confuso.

A música que eu ouvi escrevendo a parte da dança foi da florence and the machine- dog days are over
Irei avisar também a hora de parar e de colocar a música.

Espero que gostem!

Capítulo 12 - Furacões


*** Play on***

– Reginaaa! Oh meu Deus, Regina! Está ouvindo essa música?

Uma loira muito agitada gritava no meio da livraria, uma morena que organizava a vitrine só pode ir correndo até onde estava a outra garota.

 Muito mais que eletrizada pelo som da música que tocava nos novos altos falantes colocados na pequena loja para dar um ar mais agradável, um som ambiente talvez, uma loira em formato de furacão invadiu o computador e aumentou o volume até não se poder ouvir uma a voz da outra.

– Eu amo essa música!

Regina só conseguiu entender por ter lido os lábios finos de Emma. Que pulava e batia palmas conforme o ritmo da música. Dançava como louca.

 Sem nenhuma reação a morena só ficou a observar. Os movimentos dos quadris e os cabelos revoltos em movimentos constante;  Emma Swan pulava e seus cabelos não paravam no lugar, estava usando todo o espaço entre o balcão e a estante de livros. Um espaço grande. 
       De olhos fechados jogava as mãos para o alto e rodopiava. Sentia a música entrar por seus ouvidos e comandar seus pés. Sabia que não sabia dançar, mas não ligava. Amava só fazer movimentos atrapalhados e estranhos, se divertia muito com isso.

Regina ainda estava parada intacta no seu lugar, não poderia agir melhor. Observar a loira se acabar com uma música que ela mesma nunca tinha ouvido mas que agora seria sua favorita, era encantador.

Olhos castanhos não desgrudavam da menina que agitava ao som, agitava também os nervos de Regina.

O movimento de passadas dos pés ficava lento assim como uma parte da música, mas logo se agitava como quem ganha vida assim rapidamente. As batidas das mãos e as gargalhadas ficaram mais altas, os rodopios seguidos de balançar de quadris era constante. Emma vibrava e parecia uma louca pela vida. Emma era um furacão.

 Quando a música enfim acabou a loira respirando fundo, abriu os olhos e olhou os castanhos.  Sorriu e baixou a cabeça, acenando negativamente.

– Quando uma pessoa dança a outra deve acompanhar. 
  Falou enquanto sentava na poltrona, tentando controlar sua respiração.

– Ah! Deve ?

– Sim, Regi...na.

Se levantou e foi em direção a morena como quem vai aprontar, puxou pela mão e a deixou no meio da loja. Correu para o computador e colocou a música que tocava anteriormente para repetir. Andou até Regina com as batidas de mão, sugeriu a morena que deveria fazer o mesmo. 
   Minutos depois duas garotas estavam dançando como loucas em uma livraria pequena de uma cidade pequena, onde grandes momentos como esse eram raros. Mas quem iria olhar para dentro de uma livraria e perceber que aquele momento, aquele simples momento, seria de um todo intenso para duas garotas, tão jovens. Quem imaginária que tamanha alegria seria assim tão simples quanto dançar. Certamente as duas garotas de dezessete anos nunca imaginariam.
      Davam as mãos e rodopiavam juntas, olhando uma para a outra com sorrisos iluminados. Balançavam para um lado e para o outro. Corriam por entre as estantes; os livros como testemunha de um momento de alegria tão intensa entre as duas, que se tornaria uma das melhores lembranças. Dançar como se o mundo fosse acabar. Dançar até as duas se tornarem furacão.

     ***Play off ***

– Regina?

– O que?

– você é bonita sabia ?

As bochechas de Regina Mills em tons rosa era o motivo do riso solto de Emma Swan. Enquanto Regina fechava o caixa, a loira a observava do outro lado do balcão. Frente a frente. A morena agora envergonhada sorria de cabeça baixa. Tentou pronunciar qualquer coisa, mas de que adiantaria? Não tinha palavras. 
    Com um sorriso agora bem sapeca, Emma subiu no balcão e sentou sobre o mesmo em posição de "Buda"; subiu o queixo de Regina com os dedos. Sorriu e a morena já tinha se aconchegado nela, abraçou pela cintura uma loira em seu balcão e levantou bem a cabeça para olha-lá.

– Você, Emma Swan, tem os olhos mais lindos que já vi. 
   Emma sorriu e beijou a testa de Regina.

Desceu da bancada, ficando agora com o corpo colado ao da morena, a abraçou pela cintura. Olhando nos olhos castanhos, sorriu e beijou com delicadeza os lábios carnudos,  deixando que sua língua criasse vida na boca quente de Regina Mills, as línguas agora lutavam uma batalha deliciosa e sem vencedores.
       Emma apertava a cintura da morena e sentia ela soltar o ar ofegante em seu rosto. Uma mão em sua nuca e outra em seu ombro, puxando a loira para perto. O toque em peles quentes e de bocas molhadas faziam as colunas sentirem ondas de choque, arremessando o corpo uma contra a outra, em movimentos pequenos. O beijo fora intenso e longo. As respirações antes pesadas agora eram fortes e rápidas, sem controle algum dos pulmões que gritavam por ar.
   A procura de alivio Regina foi acalmando o beijo, fazendo agora ele ser só pequenos puxões de lábios, reduzindo-o a selinhos.

– Nossa...

Os lábios carnudos de Regina, agora trêmulos e molhados. Os beijos de Emma a estava deixando em estado crítico.

– Eu sei... A gente... Nossa

– É...


                     ~

 


   As semanas de provas se aproximavam e Emma tinha que estudar por vários dias; Para o bem de suas notas e de sua saúde mental, pois seus pais não paravam de falar o quanto é importante ser um sucesso no ensino médio. 
      As tardes agora eram dívidas entre livraria e longas horas estudando no quarto. Em algumas dessas longas horas na primeira semana de estudos, Regina ajudava ela nas matérias de exatas. A mãe de Emma adorava, preparava muitos lanches para as duas.
 Na semana seguinte já era um costume, Regina aparecer um pouco depois de fechar a loja e ficar para o jantar. No começo ouve um alvoroço em que Cora Mills deu um de seus típicos sermões, mas depois que viu os lindos olhos castanhos de Regina tão animados sobre relembrar física para ajudar Emma, seu coração entendeu. Não tinha como voltar atrás, sua pequena garota estava amando. 
     E com um pouco de empenho e muitas explicações de Regina, Emma passou com notas muito boas em quase todas as matérias em que era meio fraca. Como uma emotiva incorrigível a senhora Swan fez um bolo para comemorar as boas notas da filha. Regina imaginou como seria no final do ano, era ainda segundo bimestre e já tinha um bolo para comemorar, no último então iriam fazer uma festa.
   

Mesmo depois das semanas de provas, mantiveram a rotina. Emma iria para a livraria e no final da tarde Regina a acompanhava até sua casa, assistiam algum seriado e davam uns amassos no sofá enquanto o sr. e sra. Swan não chegavam, depois todos iam jantar. Dependendo do dia  ficavam conversando até mais tarde e depois o pai de Emma deixava a de olhos castanhos em casa. Na escola de Emma, todos já sabiam de seu romance com a dona da livraria, a loira até ouvia uns cochichos mas não passava disso. Ninguém queria provocar a namorada da filha de Cora, sabendo que poderiam despertar a irá da sra. Mills, ela tinha uma reputação afinal.

             ~

– Já são dois meses e algumas semanas, vocês duas andam pra cima e pra baixo quase que como um único ser humano. E você me diz que não são namoradas ? Me poupe. 
   Zelena estava sentada em sua cama tentando colocar glitter em alguma coisa que Regina não fez questão de saber.

– Não somos... Parecemos, mas... Não teve um pedido oficial. O David me chama de norinha... Mas, Emma nunca falou nada. 
     Regina girava na cadeira em frente ao computador imaginando se a sua loira pensava que não tinha que haver um pedido, que estava tudo cristalino entre elas.

– Quem é David?

– Pai de Emma, óbvio Zelena!

– Aah calma, eu estou concentrada aqui...

– o que diabos está fazendo? 

Regina se aproximou olhando sobre os ombros de sua prima, as mãos da ruiva cheia de glitter e ela muito compenetrada em sua tarefa.

– Uma carta para o amor da minha vida.
    Respondeu ironicamente enquanto despejava mais glitter sobre os dedos.

– Que?

Revirando os olhos Zelena mostrou o que fazia, estava enchendo de glitter dourado um painel branco.

– Vai fazer o que com esse negócio? 

– É para uma amiga.

– Está cobrando quanto para a coitada ? 
    Sorrindo com esse comentário, a ruiva balançou a cabeça em sinal negativo.

– Nadinha.

– E desde de quando você faz alguma coisa para alguém além de você? De graça, ainda por cima.

Revirou os olhos azuis e com o antebraço retirou algumas gotículas de suor da testa. Respondeu cinicamente mudando de assunto:

– Tá, voltemos ao assunto namoro do ano.

  Regina já se distanciava indo de encontro a porta, dando um pequeno tchau com a mão para a prima.

– Eu vou embora isso sim, tenho que me encontrar com Emma. 
  Regina já estava no corredor prestes a descer as escadas quando ouviu o grito agudo de zelena

– O que eu disse? NAMORADAS!

          ~

– Eu tenho um plano. 
    Emma estava andando de costas para a rua e de frente para Regina, segurando a mão da morena e olhando-a com um sorriso travesso.

– Plano sobre o que ?

– Um plano para segunda

– o que tem segunda ? 
   

 O sorriso de Emma se tornou maior e ela parou subitamente seus passos, uma Regina surpresa bateu de frente com a loira, acabou por se segurar nela,  o encontro no corpo magro fez o seu perder o equilíbrio. A loira a segurou pela cintura. Todos na rua as olhavam, estavam atrapalhando os pedestres e não se importavam.

– Segunda vamos sair.

Ergueu as sobrancelhas movimentando-as rapidamente, Regina não poderia fazer nada a não ser sorrir.

– Sair para onde?

– Vamos ao parque. 
 

Voltaram a andar, agora lado a lado. Emma estava com um de seus braços nos ombros da morena e a mesma passava os dois braços na cintura fina da loira.

– Mas já não estamos indo agora? 
 A de olhos azuis esverdeados aproximou seus lábios dos ouvidos de da morena, pegou fôlego para falar. Regina já estava com os pelos em pé.

– Vamos ir a um parque de diversões... em outra cidade. 
   Falava como se fosse o maior segredo de sua vida. Sussurrava com a voz arrastada, Regina agora já estava a derreter.

– Segunda você não tem aula? 
Pergunta aérea. Emma Swan incontrolávelmente a deixava nas alturas. Sem chão. Completamente perdida. Isso por apenas ser quem ela é, olhar como ela olha, tocar em Regina... Como só ela toca.

– Eu vou faltar!

– Seus pais vão ficar bravos...

– Eles que vão levar a gente!

– Oh, Sério ?

– Sim!

–Sim...

Sorriram.

             ~

Segunda às 10:20 da manhã estavam no carro, David dirigia enquanto a sra. Swan pintava as unhas no banco da frente. Emma e Regina atrás. Estranhamente os pais de Emma só iriam as deixar no parque e sairiam para visitar alguém. O parque funcionava o dia todo e Regina estava ansiosa... adorava brinquedos, adorava uma adrenalina segura, adorava saber que Emma estaria com ela. 
   Estava cheio e para conseguirem o ticket que liberava todos os brinquedos quantas vezes quisessem tinham que pegar uma fila grande. A conversa solta entre as duas já era mais que comum, as mãos de Emma tocando Regina sem nem mesmo perceber, os olhares apaixonados e vividos, as duas garotas jovens e intensas em um fila de parque, um cenário tão romântico que se tornava cliché, mas ainda sim era lindo.

 A fila andava com lentidão e as duas não se importavam.

– A gente deixa a montanha russa pro final, OK?

– Ok. - Regina suspirou apoiando sua cabeça no ombro de Emma, facilitando um abraço casual. Em segundos os braços da loira já estavam em sua cintura.  -Então... vamos fazer igual nos filmes ? Você atira e pega um ursinho pra mim?

–Eu vou ser tipo... Hum... Super namorado galã de filme teen? 

– No caso, uma versão feminina.

– Tipo uma heroína? 

– Hum... Tipo uma princesa moderna.

– O que uma princesa moderna faz?

– Atira em alvos para pegar presentes para sua garota.

– E vossa majestade, a rainha, não faz nada ?

– Claro que faço.

– Faz o que?

– Muitas coisas.

– Tipo?

– Você faz tantas perguntas, Emma Swan...


 Pagaram por seus passes livres e foram rumo a diversão.

   Foram em diversos brinquedos. Os sorrisos não saiam de seus rostos. 
    Um algodão doce e um beijo molhado. Uma maçã do amor e um aperto de mão no trenzinho do medo. As pipocas jogadas fora e uma diversão única em correr atrás da outra. Chegaram a ir duas vezes em todos os brinquedos. As pernas pediram pausa quando já era fim do dia e o sol já estava se pondo. Sentaram em um banco e ficaram em silêncio por muitos minutos.
     Era aquela sensação de poder tocar o mundo, a sensação de sentir tanta felicidade que só um sorriso não é suficiente pra expressar. Aquela sensação de gostar tanto de uma pessoa, uma única pessoa, que tudo fica o dobro mais intenso. Um pulo se torna um salto, uma chuva se torna tempestade, um vento se torna furacão.

Uma paixão...

se torna amor.

 

– ficou decepcionada por não ter tiro ao alvo aqui?
   Emma respirava o ar com intensidade, estava tão feliz que tinha medo de não conseguir respirar, um pensamento bobo. O seu sorriso ficou maior.

– Não! Nem notei isso. 
   Uma pequena gargalhada saiu dos lábios carnudos e vermelhos. Ver a loira sorrindo era contagiante.

– Temos que ir na montanha russa.

– Vamos agora! Levante-se.

Sentaram-se e colocaram a trava de segurança. Estavam nos últimos acentos, lá onde a sensação de voar é maior. Quando o brinquedo começou a se jogar de um lado para o outro, as mãos se uniram e os gritos foram acompanhados de tantos. O vento forte balançava os cabelos e aquela sensação na barriga se tornava maior a cada vez que o brinquedo subia mais alto. Regina havia parado de gritar e começou a observar Emma. A garota parecia estar nas nuvens, tinha uma expressão angelical de quem sente a vida com plenitude. A garota loira ao seu lado parecia estar sentindo o mais profundo sentimento do mundo. Os braços para cima, os olhos fechados; sorria sem mostrar os dentes, uma suavidade no rosto. 
        Emma parecia uma pintura, Naquele momento parecia a mais linda preciosidade do mundo. E ninguém ao redor percebia. Regina se indignava por isso, queria que todos a olhassem e percebem que não precisavam da Monalisa, Emma com aquela expressão em um parque de diversões  era a personificação do mistério e da beleza. Monalisa não era nada perto do rosto angelical de Emma Swan. Os mistérios que a pintura de Da Vinci guardava não era nada perto dos olhos fechados de uma garota de dezessete anos, o que ela pensava naquele momento era pra Regina a maior questão da humanidade.
   Os olhos azuis esverdeados se abriram e os últimos raios de sol pairaram sobre eles. 

Encontrou os castanhos e ouve explosão. 

As duas viviam o momento, o agora, em câmera lenta. Os cabelos se balançavam suaves e muito lentos, as mãos se tocavam intensamente e devagar. O mundo rodava no mesmo ritmo e as duas garotas só aproveitaram. Aproveitaram a chance de poder fazer o mundo parar, de poder sentir a intensamente dos pequenos momentos.
   Um grande beijo em uma montanha russa. E no final um grande sorriso, para combinar com o grande dia.


Notas Finais


Gostaram ? Me contem tudo!
Desculpem a demora e os erros! Beijos...


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