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História Rua 23 - MISTÉRIO. parte 1


Escrita por: I-aint-sorry

Notas do Autor


Está aberta a temporada de caça aos brinquedos de Regina Mills.
Hahahaha
Desculpe qualquer erro e boa leitura.

Capítulo 16 - MISTÉRIO. parte 1


    A festa no sábado, fora mais que inesquecível, o domingo em que passaram juntas também. Foram ao parque como de costume, visitaram o castelo e andaram de mãos dadas sem rumo algum. Apaixonadas como nunca.
    
    Na segunda de manhã logo cedo Regina abria a livraria Mills, Emma estava na escola. Entre clientes e arrumação, a dona da loja nem virá a hora passar. 
       Só se deu conta que a manhã tinha ido embora quando Emma chegou correndo pela porta, a batendo com força para fechar, dando um susto e tanto em Regina. 
   Os pés de Swan estavam andando tão rápidos até a morena que ela pensou que bateriam seus corpos e sofreriam por ser duas massas, não tão pesadas, mas igualmente sólidas.
   

- Emm...
   
   Não se deu o tempo certo para completar a frase, Emma Swan lhe atacou a boca com fervor. Segurou a cintura morena, apertando-a em si. Um beijo intenso e muito divertido, pois a loira parecia estar com pressa ou com algum tipo de ansiedade. Regina estava plena e calma. Enquanto as mãos finas da loira estavam em todo o lugar de suas costas, as da morena estavam somente acariciando os cabelos soltos, lentamente. Adentrando a nuca de sua namorada.  
      Quando o beijo foi cessado, Emma encostou suas testas, ainda de olhos fechados.

- Como você pode está tão normal assim? - Suspirou. Se distanciando do rosto de Regina, ainda abraçada a sua cintura, olhou nos olhos castanhos e depositou um pequeno selinho em seus lábios. - Passei a manhã toda pensando em você... Estava louca para estar logo aqui e te levar pra almoçar...

   Um sorriso largo tomou os lábios vermelhos de Regina. A loira os adorava. Sempre pintados de vermelho, em tons diferentes. Mas sempre vermelhos. 
       Os dedos da dona da loja foram parar nos lábios finos da garota de uniforme, tirando-lhe o borrão vermelho nos cantos.

- Sabe por que não estou tão agitada quanto você?-  A cabeça loira se balançou em negação. O sorriso nos rostos jovens. Encantados. - Eu já sabia que você iria vir correndo pra mim. Logo que saísse da aula. 
    

 O sorriso prepotente de Regina Mills era um belo motivo por Emma ser completamente louca por ela, mas era só um, de tantos outros.
      
    Regina se virará para pegar as chaves no balcão. Swan nem a soltará e com o movimento o abraço se tornou bem mais apertado. Swan a abraçava por trás agora. Com as mãos na barriga coberta por uma blusa branca. Estava lindíssima, com uma calça jeans justa e a blusa com um decote discreto.   

      Emma odiava mesmo ter que usar o uniforme, seria muito mais feliz se  escolher as roupas de ir pra escola fosse uma opção. 
        "Regina tem sorte" pensou. "Não precisava ir mais pra aquele hospício e vestir essa saia ridícula."

- Nós vamos almoçar na sua casa?

- Não nem pensar, meus pais estão lá agora.- As duas deram pequenos sorrisos - Vamos comer no restaurante da esquina, só nos duas...

    Pequenos beijos eram deixados no pescoço de Mills, causando-lhe arrepios. Enquanto suas mãos acariciavam as macias e calorosas mãos de Swan, em sua barriga.

- Então vamos! Estou morrendo de fome. 
    Desmanchou-se do abraço de Emma e foi rumo a porta, pegando seu casado em cima de uma mesa. A loira estava a seguindo quando perguntou:

- Literalmente ou figurativamente?
         Regina riu com ironia, com a porta já aberta esperando a boa vontade de sua namorada de passar pela mesma.     Quando percebeu que a loira não seguia em frente pegou em sua mão e a puxou para porta a fora com força, fazendo-a parar na calçada da loja.

- Deixa de graça!
   

Ouviu a gargalhada da loira e a acompanhando com um riso solto. Trancando a loja.

                  ~

 

Caminhavam de mãos dadas pela rua 23, todos olhavam. Claro que todos olhariam, o boato já tinha se espalhado sobre o namoro. As duas eram oficialmente um casal. Algumas pessoas nas variadas lojas daquela estreita avenida até sorriam para elas, acenando. Uma velinha as parou perto do bistro e falou que nunca tinha visto um casal tão fofo, perguntou como andava Cora também, eram conhecidas.

Mas como nem tudo é tão perfeito ainda tinha pessoas que torciam o nariz. 
        Emma e Regina não ligaram e nem ligariam, estavam felizes consigo, não precisavam de mais ninguém.

 Sentaram-se na mesa do restaurante, na varanda mesmo. Observando as pessoas que passavam e conversando enquanto o pedido ainda não chegava. Dois hambúrgueres. 
   

- Hoje tive aula de matemática... Odeio.

- Não acho tão horrível assim.

- Regi...- Seu tom era baixo e delicado, segurou nas mãos de Regina por cima da mesa, olhando nos olhos castanhos como se fosse lhe fazer juras de amor. - Você não conta!

- Por quê?  
      Mills sorriu, retirando sua mão com rapidez da de Swan, como uma sinal que se sentiu ofendida. Cruzou seus braços, com um olhar semi cerrado na loira.

- Você é inteligente e bonita. Não conta!

- Não tem nada haver! 
   

Regina fez um bico. A gargalhada fora ouvida por todo o restaurante.

- Tá vendo? Você não conta! Consegue tudo com esse cérebro e com esse rostinho.

- Cale a boca!

                 ~

   Comiam distraidamente. Pessoas chegavam e saíam do restaurante, sem chamar muita atenção do casal, que eram só sorrisos. 
        Entre respostas rápidas e risadas, Regina virá uma pequena menina entrar no recinto acompanhada de sua mãe. 
      Seria natural e completamente normal. Uma criança com sua mãe indo almoçar em um restaurante. Normal. 
 
         Seria... Se a pequena boneca que a menina carregava nas mãos não fosse tão familiar para Regina.

Mãe e filha, sentaram em uma mesa de distância da que Mills compartilhava com Swan. Atentamente Regina observava a boneca.
       Emma tentará chamar sua atenção, mas fora um esforço sem resultado. Os olhos castanhos não saiam de cima do brinquedo. 
    

Se desse pra vê o rosto da boneca... Se desse pra vê sua bochecha...

 A pequena garota colocou a boneca sobre a mesa para comer. E finalmente Regina viu. 
     
    Rapidamente em sua cabeça começaram a rodar flashbacks. Cenas da morena ainda muito pequena esquentando as agulhas de costura da sua mãe, escondida, no fogão de sua casa. 
       Quando as agulhas estavam fervendo ela perfurava a bochecha da boneca, formando um coração. Para consolo de seu brinquedo dizia  que era uma tatuagem. 
       Como tinham a mesma inicial de nome. Pois dera a boneca o nome de Rebecca. Tatuou também em um de seus pés, um "R" pequeno. 
  
     Voltou a si e olhou para Emma com os olhos arregalados. O seu rosto era a expressão do susto.

- Você está bem, Regi? 

    Olhou se certificando mais uma vez. Sim, era ela. Sua boneca.

- Aquela menina está segurando minha boneca...
      Dizia olhando para Emma ainda com os olhos assustados.

- Que ? Como assim? 

- Eu enterrei aquela boneca... Junto com os outros brinquedos.

- Aquela ? Tem certeza?  
    Emma observava a boneca da garota. Parecia tão comum. Não achará nada para Regina a identificar como sua.

- Eu vou lá!

 - Regi... Espe...

  Já era tarde. Ela já havia se levantado e já estava quase na outra mesa. 
     A escolha que Swan fez?  Se aproximar com Regina e ficar ao seu lado.

- Que boneca linda! Eu tinha uma igual quando criança... 
    A menina a olhou imediatamente, parecia ter uns 6 ou 7 anos. Olhos redondos e grandes. Pretos e atentos.

- O coração dela é na bochecha... 
        Soltou pequenos risinhos. 
   A mãe observava tudo com um sorriso.  Regina pediu desculpas pelo incomodo. A mulher mais velha reparou que os olhos castanhos não saiam das bochechas, não  resistiu e tentou explicar:

- Tem um homem que vende brinquedos semi novos na minha rua, para ajuda-lo mandei Sophia escolher um e ela cismou com essa.... Sabe como são crianças, né?
     As duas garotas em pé balançaram a cabeça confirmando. Agora que a garota brincava de dar comida para o brinquedo dava de observar visivelmente o "R" em seu pé. Emma também o via agora.

-   Que história bonita... Onde fica sua rua? Também queria ajudar esse moço!
   

- Ah, logo depois da principal, rua virando a direita com a praça. Ele fica logo na esquina, vocês encontram rápido.

 Regina sorriu e beijou a pequena garotinha na testa.

- Você é muito linda.-  A menina tímida deu um obrigada sussurrado, arrancando sorriso das três mulheres. - Desculpe o incomodo e obrigada!

- Não há de que... Fico feliz que ainda há jovens enteressados em crianças e em ajudar o próximo! Foi um prazer... 
    
     Logo já estavam na mesa. Regina voltará calada, sentará calada e continuará por muitos minutos assim.

- Que loucura, Regi...

Emma dizia enquanto sua namorada parecia hipnotizada. Olhando fixamente para a mesa. 
 

- Sim...

- O que vai fazer ? 
    Continuo o silêncio, muitos minutos até Mills acordar. Olhar Emma e se levantar deixando umas notas em cima da mesa.

- Vamos procurar essa homem agora!

                      ~

 

  Andavam rápido pelas ruas, Regina ainda mais rápida que Emma, puxando a loira pela mão. Pedindo de vez em quanto que andassem mais rápido.       Chegaram a praça e logo viraram a direita. 

 Não havia ninguém na esquina.

 Mills bufou e se sentou na calçada. Emma ainda andará até o meio da pista para vê se não havia mesmo ninguém naquela rua vendendo alguma coisa. Voltou e sentou ao lado da morena.

- Talvez se voltamos aqui amanhã... 
   Tentou puxar assunto ou dar solução. Mas o rosto triste de sua namorada estava muito fixo. Suspirou também. - Não fica assim...

- Será que ele achou e começou a vender só pra ganhar dinheiro?
   Regina olhava para a pista enquanto mantinha a cabeça baixa. Cansada. 

- Não sei... 
  

Emma a abraçou pelos ombros com um só braço. A cabeça morena fora de encontro ao seu ombro, se apoiou ali e ficou por uns minutos. Em silêncio, mas sua boca abrirá para falar:

- Eu queria saber...

  Swan a embalou mais forte em seu abraço. Ficaram ali no sol esperando talvez que o cara com os brinquedos caísse do céu. Muitas pessoas passavam e muitas as olhavam em curiosidade. Duas garotas sentadas em um meio fio, em pleno sol quente, uma delas de uniforme. Nada comum. 
    

   Swan olhou para a esquina mais um vez e viu que ali tinha uma pequena loja de conveniência. Uma idéia brilhou em seu cérebro. Desatou o abraço e se levantou.

- Fique aqui Regi, eu já volto! Não saia daí!
       E fora correndo até a loja. 
                       

                   ~
   
   Mills pensou que a demora de sua namorada se dava por três motivos:

Primeiro: Ela deveria estar comprando muitas coisas e precisaria de ajuda para trazer tais mercadorias, mas como ninguém é gentil, devem ter se recusado e ela teria que se virar embalando tudo em sacolas.

Segundo: Talvez ela tivesse procurando algo que não tenha naquela loja, e como não pediu ajuda, esteja perdida entre molhos e ketchups

Terceiro: Enquanto comprava seja lá o que, um cara a abordou e a sequestrou. Estaria agora dentro de um porão sendo obrigada a assistir filmes horríveis e a aprender alemão, para passar trote para famílias alemãs ricas que não prestam atenção em suas filhas para saberem que estavam sã e salvas em algum lugar seguro. Ganhando, então fortunas. 
   
     Talvez a terceira opção fosse a menos viável a acontecer, mas em horas que não tinha o controle de sua vida, Regina era pessimista. E esses pensamentos absurdos aconteciam.

    Já estava indo atrás da loira, quando a mesma sai da loja sorridente e sem nada nas mãos. Regina se levanta e a observa chegar perto.

- Céus, que demora!

- Me desculpe... Eu fui perguntar sobre o cara que vende brinquedos para o dono da loja, mas ele engatou em uma conversa um tanto estranha. Parecia que tinha problemas em coordenar seus pensamentos. Demorou para responder a minha pergunta.

    Emma olhava para algum ponto na rua, enquanto divagava sobre o homem idoso que acabara de conversar.

- E o que ele disse? 
   Olhos curiosos e atentos de Regina chamaram a atenção da loira para seu rosto.

- Uma coisa louca sobre os milhos do primo dele do Sul, sobre como nessa época as plan...

 Revirando os olhos Regina a interrompe:

- Sobre o cara, Emma!

- Ah, disse que ele costuma vir de manhã, de segunda a sexta.

- Isso é bom, Voltarei aqui amanhã!

- Voltaremos... Você quis dizer. 
   

Sorriu por acabar de ser corrigida e por Emma ser tão... Emma. Engraçada e maravilhosa. Sua Ems.

-Você tem aula!

- Para de jogar na minha cara que você terminou os estudos antes!

   Regina deu um riso baixo e se aproximou de Emma. Bem perto, quase a beijando.

- Você é louca... - disse em tom sedutor, detendo a atenção da loira para a sua boca vermelha. Hipnotizada.  - Eu amo isso! 
    A língua batendo em seus dentes para formar as palavras, os lábios se movimentando lentamente para formar um sorriso antes de se aproximar o suficiente, para sua boca se fechar. 
       Quando o beijo estava quase se concretizando, os narizes se tocavam e os lábios chegaram a roçar. Swan sentiu aquele frio que sentia na espinha toda vez que sua namorada chegava tão perto. Era quase como se tudo estivesse congelado e Regina com sua intensidade e brilho, derretesse. 
        Os lábios vermelhos e carnudos sorriram mais uma vez antes de dar uma piscadela para os olhos azuis. 
       Regina sairá correndo segundos depois, gargalhando como louca pela rua. Swan entenderá o recado.

Logo duas garotas corriam pelas ruas da cidade. 
                   

                   ~

 A inquietude de Regina durou a tarde e quase a noite toda. Além do cara dos brinquedos em sua cabeça, ela também pensava muito na noite da festa que passará com Emma. 
       Principalmente na madrugada, já que estava longe da loira. Ela queria repetir, queria se sentir tão plena daquela maneira novamente. Mas para isso teriam que ter um lugar só delas.     
       Na sua casa não daria, sua mãe ficaria em seu pé o tempo todo. Precisam de um lugar. Urgentemente.

  Além disso teriam que acordar cedo no dia seguinte, para procurar o cara que vendia seus brinquedos por aí como se não tivesse importância. "Talvez ele nem lerá a carta.", " talvez seja só mais um hipócrita." 
     
    A noite fora longa, tensa e com muitas poucas horas de sono.

 Acordou com o toque de seu celular, era Emma. Atendeu assim que viu o nome.

- Bom dia, gostaria de descer?

- Você tá aqui em casa?

- Sim!... Não, Droga. Eu tô aqui na rua te esperando.- baixou o tom de voz. - Eu acho que tenho medo da sua mãe. Ela está me olhando da janela...
 
     Regina gargalhou alto. Emma a fazia querer sorrir o tempo todo. A alegria que ela irradiava era incrível.
   

- Eu já vou descer! Medrosa! 
   Se levantará ainda com o celular no ouvido, indo imediatamente para o banheiro. Fazia sua higiene pessoal quando ouviu a voz de Emma novamente, muito mais nervosa dessa vez:

- Sua mãe... Ela tá vindo... Céus... Vou desligar.

- Eu já estou descendo!! 
    Agora tinha que sair correndo mesmo. Mas ainda vestia o pijama

                         ~

- Bom dia. 
     Cora parou em sua frente, braços cruzados.

- Tudo bom senhora Mills?  
      Emma lhe sorriu. " fique calma" repetia para si mesma. " é só a mãe de Regina".

- Emma... Eu vou ser direta... 
   A calma foi embora no mesmo minuto que ouvirá a frase, a loira já planejada uma possível fuga nesse ponto. - Eu amo muito Regina, ela é minha única filha, eu cuidei dela a vida toda. Me dediquei como nunca tinha me dedicado a alguém, Você consegue entender ?

    Apenas um balançar de cabeça foi feito. Swan não conseguirá falar.

- Ela sempre me deu trabalho.- Sorriu como quem lembra do passado. - Muito teimosa... Enfim, Eu não sou moderna, eu sempre a imaginei com um homem, mesmo que tenha botado todos para correr. Mas eu a amo Emma e vejo que ela ama você também, é visivelmente feliz quando você está ou quando é mencionada, então eu quero lhe pedir desculpas por não agir da maneira certa, por antes nunca ter me  dado uma chance de entender. Agora dou, Saiba que é bem vinda em minha casa e que se Regina é feliz com você, fico feliz pelas duas.


        Regina descia pela calçada de sua casa correndo quando avistou a cara petrificada de Emma, achou que era tarde demais. O estrago já estava feito. Já imaginou tudo dando errado, Swan desistindo, indo embora, nunca mais iria a sua livraria ou iria vê-lá. Já estava quase ficando triste.

Mas as duas mulheres a sua frente se abraçaram e agora quem ficará petrificada fora a Mills mais nova. Se aproximou em passos lentos tentando entender aquela cena tão peculiar. Sua mãe não era de abraços, não com pessoas que não compartilhavam do mesmo sangue. 
 

Tossiu de propósito para chamar a atenção das duas que imediatamente saíram do abraço.

- Isso é muito estranho... 
   Falou enquanto olhava os olhos calmos de sua mãe.

- Eu apoio vocês! 
  Cora abraçou as duas agora. Apertando-as pelos ombros.

- Isso é muito estranho mãe! O que você bebeu? 
    Cora desatou o abraço triplo, olhou para Regina enquanto se afastava, andando de costas.

- Doses de realidade, Querida. Se divirtam!
    O porta da casa dos Mills fora fechada quando a matriarca da família passará por ela. No entanto, os olhos castanhos estavam assustados e fixados nos azuis.

- Isso foi tão estranho...

- Eu sei! Sua mãe é doida, Regi!

- Concordo!

                             ~

   Andavam rumo ao cara dos brinquedos, passavam pelas ruas e quanto mais estavam perto, mais o coração de Regina Mills acelerava. Suas mãos suavam, o que chamou a atenção de sua namorada já que estavam de mãos dadas.
         A praça fora atravessada e quando avistaram na esquina um ambulante com muitos brinquedos, Swan imediatamente virou Regina para si.

- Não fique tão assustada, sei que está nervosa e que é muito importante pra você... Mas também não se decepcione, okay? Eu vou ficar aqui, do seu lado o tempo todo.- Parou para respirar, pois sempre que falava isso ou pensava isso seus pulmões entravam em colapso, era muito forte e verdadeiro. Precisa de oxigênio, afinal. -Eu amo você!

   Os ombros da morena relaxaram e um sorriso brilhou em seu rosto. Abaixou as mãos que estavam na altura do estômago cruzadas para segurar nas de Emma.

- Eu também amo você, Ems...

- Vamos lá?  
   Emma segurava em sua mão, lhe dando confiança. A morena se achava idiota por se importar tanto com essa coisa, mas Emma parecia não pensar isso. Parecia que Emma a entendia profundamente, isso só a deixava muito mais segura sobre os seus sentimentos.

- Vamos.

   Só pararam de andar quando chegaram em frente a pequena barraca do ambulante. Um homem de meia idade com barba e roupas gastas. 
      Regina o analisava enquanto ele atendia outra pessoa, parecia ser um homem normal. Mas tinha rugas de malícia no olhar.

- Bom dia! Vão querer algum ?

- Oi, esses são novos? 
  Emma que falará, Regina estava ocupada demais relembrando de sua infância com tantos de seus brinquedos expostos ali. Metade deles. " Que tola que fui, como brinquedos poderiam mudar vidas ?" Estavam todos ali a venda. Mudando a vida de quem?

 Quando enterrara aqueles brinquedos sempre imaginava alguma criança os achando. Crianças que trataria isso como um tesouro de piratas. Enterrado e depois achados, como descobridores de algo mágico. Não achados e vendidos como meros objetos.

 Ouvirá muito pouco da conversa que Emma estava tendo com ele, a loira tentava lhe tirar informações mas era muito pouco provável já que a conversa fora parar em outras circunstâncias.  Olhos chocolates avistaram um chaveiro de flores laranjas, seu preferido. O carregava para todos os lugares quando menina.

- Esse aqui me parece antigo... 

A atenção do vendedor foi para o chaveiro e logo depois para o rosto de Mills 
- Esses são semi novos...

- Como assim ?  Você os achou ? 
      Mesmo estranhando a curiosidade das duas garotas, o homem respondeu:

- Não, Não. Um garoto estava vendendo uma sacola cheia de alguns desses brinquedos por cinquentinha, achei muito barato pois estavam conservados, então comprei.

- Garoto ?

- Sim, estava com o uniforme da escola, aquela que fica depois do centro.

- Você sabe o nome dele?
- Não, nem perguntei, ele parecia desesperado. Quando o vi na praça ele conversava com o amigo sobre ter quebrado alguma coisa da mãe e tinha que substituir antes dela perceber.- O vendedor coçou a cabeça enquanto olhava para as garotas, intercalando os olhares. - Me disse a mesma coisa quando perguntei o porque de estar vendendo brinquedos tão baratos.

- O senhor nem ao menos o reconheceria?

- Claro que o reconheceria, ele tinha uma cicatriz enorme na orelha. Parecia ser de cirurgia. 
     
     Regina largará os chaveiros e olhará diretamente para Emma. Teriam que ir atrás desse menino, Mills mais do que nunca queria resposta. 
       A morna saiu andando sem dizer uma palavra, só restou para a loira ir atrás dela. Dando um obrigada sutil ao vendedor que as olhava sem entender nada.

- Regi? 
   Mills andava na frente, compenetrada  em algum pensamento. Parecia distante naquele momento.

- Regina?

- A gente tem que ir lá, é na sua escola certo ?

- Sim, sim mas deve tem milhares de garotos lá. Em turnos diferentes.

- Você vai me ajudar a acha-lo? 

- Claro que vou! - Parou de caminhar fazendo a morena para também, olhou nos olhos intensos e vividos de Regina Mills e suspirou. Nunca pararia se suspirar ao lado dela. Nunca. - Mas primeiro você tem que se distrair, não focar tanto nisso...

- O que você pretende? 

- Hoje o dia tá tão estranho... Sua mãe nos aceitou, estamos seguindo pistas para encontrar o possível descobridor dos brinquedos... Você anda meio aeria. Vamos nos divertir um pouco.

    Emma insinuou para que Regina olhasse o letreiro de uma loja que tinham parado em frente. Lia-se : Casa de Games. 
       O sorriso no rosto da loira deixava suas bochechas mais altas e deslumbrantes. As sobrancelhas se mexiam para cima e para baixo, como se quisesse seduzir. 
      Olhando para aquela pessoa que tanto a entendia, apoiava e a deixava feliz, não teve outra reação a não ser sorrir.

   Entraram de mãos dadas na loja para ter um dia de diversão.


Notas Finais


Me falem tudo! Até o próximo!

Beijinhos.


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