História Rua 23 - Mistério parte Final

Foram a sucessão de cinco ações.

Regina refletia enquanto via aquele garoto mal educado fazendo uma boa ação, forçadamente. Sorria com medo nos olhos enquanto se virava a cada segundo para olhar atrás das latas de lixo, Olhar para Emma e Regina.

Cinco ações que agora a morena repassava em sua cabeça em câmera lenta. 

A primeira: Achar tal garoto petulante. Fora fácil fazer ele ter boas atitudes. Apesar do rosto delicadamente angelical, Swan sabia muito bem meter medo.

A segunda: Ir a casa de Ruby, ela já juntará umas doações para crianças do orfanato. Pegaram somente um saco.

A terceira: identificar a menina tão pequena e brava, nas ruas sozinhas com outros garotos. Tinham todos o mesmo olhar. O olhar de quem já perderá tudo.

A quarta: Ameaçar o garoto petulante mais algumas vezes. Ele estava com medo. Da última vez levará uma surra, mas Emma lhe avisou que levaria uma bem pior se não fissese o que pediam.

E lá estava ele entregando uma sacola cheia de brinquedos para uma menina pequena e brava. Ela não sorria e mesmo com a cara desconfiava, dava para se ver o brilho nos olhos...

Ainda havia uma quinta ação a se fazer, e Regina estava com pesar nessa, mesmo sabendo que seria o certo, ela poderia ver a sede de liberdade daquela garotinha linda e brava. Perder a liberdade era uma coisa que Regina abominava com todas as forças, mas crianças precisam de lar, lar as vezes pode ser libertador. Então tinha que fazer o certo, e às vezes, é difícil.

Quinta ação : Ligou para um número: Sarah diretora de um orfanato. Havia crianças ali que precisavam de um teto.

 O garoto petulante que Regina nunca mais queria ver em sua vida já tinha ido e as crianças brincavam com todos os brinquedos que Ruby doará. Mills se emocionou ao ver a garotinha dividindo com todos aquilo que lhe fora dado, entregando a cada um, cada brinquedo com um sorriso, havia comida também, então já estavam todos lambuzados de hambúrguer. 

Cerca de meia hora mais tarde um carro cinza parou perto das crianças, Sarah desceu com outra mulher, uma assistente social. As duas se aproximaram e começaram a conversar com as crianças.
   E mesmo com Emma Swan insistindo que estava tudo bem, que agora Mills poderia voltar para sua vida sem se preocupar com brinquedos, Regina ficou ali sentada. Até ver o primeiro sorriso da garota, até ver que depois de muita conversa e insistência ela finalmente fora com Sarah. Todas as crianças foram para um lar.

Foram cinco ações que fizera com Emma ao seu lado que tirou de si um peso ao qual não sabia que estava lhe pesando tanto. 

Agora mais que nunca entendia o motivo de tal preocupação com os brinquedos... Não era seu materialismo, nem sua loucura, nem nada de sua personalidade forte, nem sua futilidade. Era só que deveria ter se preocupado, deveria ter andado a cidade como louca, deveria estar aqui nesse lugar, agora. Para ajudar essas crianças. Sem mais.

Lentamente segurou a mão de Emma que estava ao seu lado e a puxou para mais junto de si, seus ombros se escovando. Sentiu suas bochechas doerem.

As de Swan também deveriam estar doendo pois seu sorriso era gigante. Olhou para os olhos azuis e se apaixonou mais uma vez. Beijou sua namorada como quem respira a vida toda de uma só vez.

                                    ~

Em meio a sorrisos e tropeções... Um beijo ardente. Regina puxava Emma para os fundos de sua livraria.

Swan sentia os dedos de Regina em sua cintura lhe apertando enquanto tentavam não parar o beijo, mas tiveram pois tinham uma escada a subir.

- Pensei que iria abrir a livraria... 

Subiam as escadas rápido e logo já estavam onde queriam estar. No seu cantinho.

- Ah, eu iria. - atacou mais uma vez a boca de Swan, agora puxando sua blusa para fora do caminho. - Mas... - plantou um selinho sinuoso nos lábios finos sessando o beijo. - Estou feliz e realizada. Quero comemorar com você.- Parou o beijo com um sorriso torto, malícia estavam em seus olhos e Emma adorou.

Emma fora puxada pelo gancho da calça onde se passa o sinto, estavam próximas e isso deixava as coisas quentes. Swan teve vontade de aperta-la todinha em si e assim o fez. A respiração de Regina pesada em seu rosto assim como o olhar castanho, aquele olhar a tirava de órbita.            Por sua proximidade a cabeça de Mills estava mais altiva isso fazia com que para olhar para Emma tinha que deixar somente seu olhos baixos e isso era a coisa mais sexy que Swan vira na vida. 

Na descida para se deitarem no colchão Regina que estava em baixo beijava o pescoço alvo de sua namorada, parando apenas para aperta-la em si com mais ânsia que antes e assim fazendo o corpo de Swan se chocar com o seu em movimentos ondulantes. Foi aí que a loira não viu necessidade mais em suas roupas, começou a tirar primeiro as da morena depois as suas tudo rapidamente pois deseja a boca da morena grudada na sua de imediato.
     Por um momento pensou que nada poderia ficar mais quente até Regina morder sua mandíbula soltando um gemido enquanto a loira acariciava seus seios com a mão escorregadia, descendo com seus dedos longos por curvas que começava a decorar, chegou ao sexo de Mills e o acariciou com fome. Seu próprio interior sendo destroçado por um sentimento de possessão quando Mills morderá seu ombro, não soube de onde veio tal vontade mas segurou-a pela cintura e a trouxe para si com ânsia profunda fazendo a mesma sentar-se com força em seus dois dedos que foram fundos dentro da morena. 

Talvez bem soubesse de onde viera essa vontade, Regina Mills a deixava assim, elétrica e impulsiva. A boca principalmente, de onde saía tais sons que fazia Emma pressionar a cintura para baixo, causando choque entre seus dedos e a vagina quente e apertada. 
        Todo o esforço de Emma estava refletido em seu rosto suado, a morena via como ela estava a olhando, os olhos azuis pareciam querer engoli-la. Enquanto rebolava descontroladamente em cima dos dedos precisos e deliciosos de sua namorada, via como ela a desejava na mesma intensidade... 

Enquanto fechava os olhos, pois os dedos longos acertavam em lugares propícios, não conseguia se imaginar sem estes olhos azuis esverdeados de sua princesa não tão convencional longe de si.       Os dedos entravam e saíam fazendo barulho pelo atrito, se misturando com os que saia da boca carnuda e os suspiros de uma loira. Emma estava a fazendo sua de uma maneira que Regina chegou a duvidar que alguém poderia fazer, aqueles dedos lhe entrando e rasgando tudo do jeito mais gostoso que sentira na vida. Entrando e a fazendo sua, saindo. Entrando e a fazendo sua, saindo. Entrando... Entrando... Entrando.

A medida que os sons que tentava controlar ficaram impossíveis de manter baixos sentia a força e a rapidez que o braço alvo se movimentava e teve que morder os lábios para não gritar. Estava gostoso demais, quente demais, intenso demais.

Sentiu dentro de si algo quente vindo e sabia que estaria prestes do orgasmo. Acelerou mais ainda seu rebolado com Emma a acompanhando em perfeita sintonia. Os dedos longos entrando e saindo, a fazendo sua. Entrando e saindo... Entrando e saindo... Cada vez mais rápido, cada vez mais forte. O algo quente estourou e ela viu estrelas enquanto gritou impulsivamente o nome de Emma. Mantendo o rebolado mais acelerado de sua vida, sentindo seu corpo todo tremer em êxtase, procurando como louca a boca de Swan, não exatamente a beijando pois sua respiração não deixava, só tentava se equilibrar enquanto perdia total controle de tudo em si. 

O rebolado foi diminuindo até parar completamente, os dedos de Emma ainda dentro si. Apoiava sua cabeça nos ombros vermelhos de marcas de suas unhas, enquanto respirava profundamente com Emma a acompanhando. O ritmo pesado dos suspiros fizeram as duas soltarem pequenos risos enquanto ainda estavam conectadas.

- Emma... Nossa!... - Regina Mills mal conseguia formular palavras. Estava com dificuldades respiratórias.

- Eu sei, eu sei...

Mills suspirou pesadamente e olhou para Emma sorrindo, Emma conhecia aquele olhar, Regina iria aprontar....

- Agora é a sua vez!

                        ~

Emma acordou com vozes meio distorcidas pela distância, parecia estarem vindo do primeiro andar mas como sentia o sol quente em seu rosto a proibindo de abrir os olhos sabia que estava a tarde e seus pais só chegam a noite em casa. Foi aí que imaginou que não estaria em casa e a nuvem de desorientação por ter acabado de acordar sumiu. 

Sentiu suas pernas fracas e lembrou-se muito bem do maior e melhor orgasmo que tivera na vida. Sorriu e sabia onde estava e que provavelmente havia pessoas comprando livros abaixo dela sem nem imaginar que havia uma garota nua em cima de sua cabeça que fora o almoço de uma bibliotecária e que a mesma teria sido sua refeição também. Procurou seu celular e ligou para o número que já ocupava os seus favoritos.

- Oi amor - ouviu a voz risonha de Regina não só pelo celular mas abafada pela distância que estavam. 

- A senhorita abriu a livraria enquanto estou nua aqui em cima ? 

- Ninguém além de nós duas sabe desse fato...- ouviu o suspiro longo e continuar a falar susurrando.- Estava muito linda dormindo, não quis acordar você... E eu... pensei que abrindo a loja não ficaria pensando em atacar você a qualquer momento.

- Você queria me atacar ou me deixar dormindo ? 

- Exatamente, Emma... Exatamente. 

Uma longa pausa se passou e Regina falou alguma coisa com um cliente mas logo voltou a linha.

- Vista a roupa e desça aqui depois que eu fechar a gente vai tomar sorvete. 

- Eu amo sorvete. - Emma falou eufórica já procurando as roupas pelo chão.

- Eu amo você.

Nunca deixaria de se derreter quando essas palavras saiam da boca de Regina, mesmo que separadas por um andar aquilo ainda a fazia parar tudo para apreciar as borboletas violentas em seu estômago. 

- Eu também te amo.