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História Rua 23 - Swan


Escrita por: I-aint-sorry

Notas do Autor


Olá! Não demorei muito dessa vez certo ? Então lá vai mais um capitulo, espero que gostem!

Capítulo 19 - Swan


 

Regina se lembrava exatamente do dia que havia se passado a dois meses atrás, lembrava de ajudar as crianças e de dias como o de hoje em que ia visitá-las no orfanato para brincar com as mesmas. Enquanto voltava para casa se sentia o mais completa o possível, sempre teve algo ao que buscar em sua vida. Mas nessa noite ela só pensava em como queria acordar pela manhã e como sempre, ler um sms de sua namorada lhe desejando bom dia, passar a manhã toda esperando por sua chegada da escola em sua livraria e as tardes em sua companhia. Dar escapadas de seus pais para se amarem e sorrir como só Emma Swan a fazia. Por isso ao acordar na manhã seguinte estranhou não haver nenhum sms, só ligações perdidas de Ruby. Retornou mas chamava até cansar e logo caia na caixa postal. Como era sábado ela não iria a livraria, resolveu visitar sua prima mas ao olhar as horas em seu celular constatou que a ruiva deveria estar dormindo.

Zelena Mills não era Zelena Mills antes das 11 da manhã e faltavam exatamente 3 horas e 30 minutos para isso. 

Desceu para o café da manhã e olhou atônita para a mesa, reunidas estavam sua mãe, a mãe de Emma, Zelena e Ruby. Todas as olharam com alívio e nem dera tempo para Regina perguntar o porquê dessa reunião incomum, sua mãe já se adiantava com as palavras.

– Que bom que você acordou minha filha, eu já estava subindo para lhe chamar.

Cumprimentando todas as mulheres a mesa Regina sentou-se e suspirou esperando sua mãe prosseguir com as palavras.

– A mãe de Emma acabou de chegar com as garotas, precisam de sua ajuda...

– O que aconteceu com a Emma ?

Fez menção de se levantar mas sua mãe segurou em seus ombros a mantendo-a rente a cadeira. Mary fez iria  abrir a boca mas a voz que se espalhou pela cozinha foi de Ruby que estava mais agitada que o normal.

– É que hoje é um dia muito delicado para Emma e não se preocupe não aconteceu nada com ela... Não hoje... Mas é que a gente tem que ter o máximo de ajuda o possível.

– Agora eu entendi porque Zelena está com essa cara... - Regina falará em um sussurro mas que era audível a todas na mesa.

– Minha querida eu estou acordada ja faz 10 minutos em plena madrugada de um sábado, então não vamos fazer piadinhas.

Revirou os olhos enquanto tomava um café fumegante, dava para ver que estava quente pois suas bochechas não poderiam estar mais vermelhas.

– Que bobagem são 8 da manhã, não exagere.- Cora serviu mais café a todas e trouxe com o líquido quente, biscoitos para acompanhar.

– Tem como vocês me contatem logo o motivo disso tudo ? - A Mills mais nova falou apontando para todas a mesa.

Depois de um silêncio constragedor se instalar na casa, todas esperavam olhando para Mary, dava para ver que o assunto era delicado pois ela parecia escolher as palavras enquanto tomava o café.

– A uns cinco anos atrás Emma estava no parque com meu pai, eles faziam isso todo final de semana... Só que... Desta vez... Eles... - Mary engasgava com as palavras e isso fazia a ansiedade de Regina corroer seu cérebro.

– EleTeveUmAtaqueCardiaco E morreuNaFrenteDaEmma. - Ruby falou em um fôlego só e todos a olharam assustadas. - Que foi ? - ela questionou dando de ombros.- O tempo tá passando e Emma pode acordar a qualquer momento.

– Bom foi isso mesmo que Ruby disse e principalmente hoje ela fica incomunicável, por pensar que poderia fazer alguma coisa sobre isso, impedir ou ajudar ele. É um trauma grande e queremos fazer ela superar... Já tentei levá-la em psicólogos mas ela não aceita de jeito nenhum... e também não fala com ninguém sobre o assunto, por isso a gente tenta fazer o dia ser o mais agradável o possível, por isso precisamos de todas aqui e principalmente de você... E vou logo avisando não é nem um pouco fácil, apesar de ser um amor a maior parte do tempo, hoje ela fica... Terrivelmente... É....

– Insuportável.- Ruby completará as palavras de Mary sem a menor delicadeza causando outra troca de olhares na mesa. - Qual é tia Mary... Eu vivo isso a cinco anos não vamos amenizar nada aqui. - 
achava engraçado como Ruby chamava todas as mães que não era a sua de tia. Sem exceção.

Esse pensamento a fez querer sorrir mas não poderia pois estava preocupada. Por ter estudado em livros a um ano atrás compulsivamente psicologia sabia que trauma era uma área muito delicada e frágil. Sabia também que Ruby não era de aumentar histórias, se a ruiva de mexas vermelhas havia falado insuportável, era isso que ela deveria esperar.

– E o que vocês planejam fazer ? - Cora havia entrando na história surpreendendo sua filha mais uma vez. Sua mãe não era de apoio mútuo, apesar de ser uma ótima mãe, essa demonstração de procuração deixou sua filha meio assustada. Significava que Cora realmente estava se empenhando a entender a sexualidade da filha e isso era maravilhoso.

Mary interrompeu os pensamentos de Regina com sua fala acalorada pela presa:

– Fizemos um café da manhã, logo depois vamos deixar vocês passearem e a tarde quando voltarem faremos um almoço espetacular.

– Por isso me acordaram... Pra ajudar na cozinha.- Zelena falava com seu típico mal humor matinal.- E olha que nem cozinhar eu sei...

Revirou os olhos azuis com a excepcional elegância que todas as mulheres da família Mills tinha. Parecia nascer com elas.

– Você vai ajudar a descascar verduras, amore.- Ruby parecia gostar de ver a cara da outra nervosa.

Uma ruiva, com cara de poucos amigos se virou parar soltar palavras ácidas de sarcasmo. Então logo duas ruivas estavam a discutir na mesa da cozinha de Cora Mills

– haha que engraçado.

– Porque você tá indo então ? Nesse mal humor todo só vai atrapalhar.

– o que eu não faço pela saúde mental da namorada da minha prima...

– Eu tive que implorar para você vir comigo, sua falsa!

– O que eu não faço quando Ruby implora de joelhos no meu tapete rosa choque...

Deu uma piscadela para a Mills mais nova.

Regina estava ocupada demais com sua caça aos brinquedos e sua crise pessoal para ter notado a amizade que crescerá nesse tempo, entre as duas. Estavam tão íntimas que isso acalorou o coração da morena, era uma parte de sua vida e da vida de Emma que estava se entrelaçando. Quem sabe não formariam um quarteto algum dia.

– Bom nós temos que ir ela pode acordar a qualquer momento então...

Mary se levantou dando a deixa para todas as outras mulheres se levantarem também. Suspirou alto... Seria hoje, um longo dia. 
                                     ~

–Ems... Emss.- Regina batia na porta do quarto de sua namorada com delicadeza, sabia que acordar alguém com barulho era a pior coisa, então tentava suavizar com as palavras que também saiam baixas. - Ems... Ems amor... Emma...

– Vai embora!

– Emma sou eu, Regina.

– Regina!!!- ouviu os passos atrás da porta correndo, mas parou subitamente. - Regi... Tem alguém com você ? Porque se tiver eu não irei abrir.

Disse as últimas palavras em tom alto para quem estivesse por perto ouvir. Então essa foi a deixa para Zelena, Ruby e Mary saírem andando pelo corredor e descerem as escadas, deixando Regina e Emma para trás.

– Agora não tem mais ninguém... Abra a porta, por favor.

As palavras da morena saiam com suavidade isso acalmava muito a loira do outro lado. Com a mão na maçaneta da porta, louca para dar um abraço em sua namorada.

– Tem certeza ?

– Eu tenho amor, abra...

E assim que Swan abriu a porta, Regina pode ver seu semblante triste. Parecia que tinha chorado bastante e isso partiu o coração da morena ao meio. Ela logo abriu os braços e foi de encontro com o corpo quente e agora tão pequeno de Emma.

Ficaram se abraçando por incontáveis minutos, podia ouvir os soluços baixinhos, enquanto ela mesma tentava se acalmar para poder fazer o mesmo que sua namorada, abraçando-a forte em seu corpo, fazia carinho em seus cabelos longos. Dando-lhe suporte silêncioso.

Quando viu que o choro parou, agarrou a mão da loira e a guiou para o dentro do quarto, fechando a porta atrás de si.

Sentaram-se na cama.

Tudo estava escuro por Swan não ter aberto as janelas, então Regina teve que tatear pela cama até achar o braço da namorada e puxa-la para si. Deitaram juntas, abraçadas em uma conchinha. Depois se segundos Regina resolveu falar:

– Tá vendo aquela estrela ali no seu teto ?

falou aos sussurros, beijando o topo da cabeça de Emma.

– A maior ?

– Sim, ela mesma... Eu que pedi pro meu pai fazer maior que todas...

– Por que?

– Porque no meu quarto tem uma igualzinha, uma maior que todas as outras... Imaginei que fazendo uma do mesmo tamanho e no mesmo lugar, aqui no seu quarto, faria com que nós duas estejamos sempre juntas. Mesmo nos sonhos...- Regina respirou sobre os cabelos loiros, sentindo o perfume tão único entrando em seu sistema respiratório. Entorpecendo-a. - Eu penso em você toda vez que olho pra ela... Todas as noites.- Entrelaçou sua mão na mão de sua namorada. - Eu penso em você quase que o tempo todo, Emma... 

Ouvindo essas palavras, tão intensas e bonitas, Emma só se sentia a pessoa mais especial do mundo. Mesmo sentindo a dor da perda, sentindo a culpa que atribuía a si, sentindo todo um emaranhado de sentimentos ruins. Ainda sim dentro de si, no dia mais sombrio que passava no ano, sentia todo o amor e compreensão de Regina.

Não desejaria outra pessoa ao seu lado, não desejaria outros braços em torno de si. Regina Mills era sua pessoa...

Abraçou sua morena o mais forte que poderia, enchendo de beijos todo o seu rosto e pescoço, sorria em resposta ao sorriso de sua morena. No final deixou um beijo quente e demorado em seus lábios.

– Você está com fome ? 
Sentiu os lábios carnudos se movimentando sobre os seus.

– Sim, estou.

– Sua mãe fez uma mesa de café enorme para você... Vem vamos! 

Se levantaram de mãos dadas e seguiram todo o caminho até a cozinha com as mãos ainda unidas. Chegando lá todos se sentaram e começaram a comer. Ninguém dissera uma palavra com Emma além de bom dia e isso a deixava pacífica, além de todo o tempo Regina acaricia-lhe para verificar se estava bem. Ao meio da confusa de facas com manteiga e pães e sucos e os mais variados tipos de comida para café da manhã que existia... Emma parou para observar a cena.

Zelena e Ruby se implicando e brincando, Mary tentando apaziguar e Regina que somente ria.

Aquelas pessoas vieram por ela. Estavam ali aquela hora, somente porque sabiam da crise que era esse dia.

Olhou para a sua namorada sorrindo de algo que Zelena havia falado... Aquele sorriso era de longe o que mais afetava Emma Swan, afetava-a de formas absurdas. Formas inexplicáveis. Quando Regina Mills sorria de forma tão aberta, sentia que a qualquer momento algo a puxaria para uma queda de metros e metros pois sentia que flutuava. Quando Regina Mills segurava em sua mão por baixo da mesa e apertava, ainda com o sorriso mais belo do mundo em sua boca, olhando para sua cara seria, tentando a todo custo fazer uma confusão em forma de loira se sentir bem. Aquilo, aquilo fazia com que Emma se lembrasse que era especial aqui e agora... Mesmo seu avô tendo ido. Aqui e agora ela se sentia amada 

Olhando sua namorada, olhando sua mãe, olhando seu mais novo clube de amigas.  Se sentiu amada. 

Seu humor começava a melhorar.

                       ~

– Então nós vamos visitar o nosso castelo ? 

– vamos... 
Regina lhe sorriu, enquanto andavam na rua de mãos dadas. Indo em direção ao parque.

– Sabe Emma... Você está muito linda hoje!

– mentira! Eu estou com olheiras e tudo.

Emma sorriu sutilmente, o primeiro sorriso do dia em luz clara.

– Aah.- Regina suspirou levando seu olhar para o chão. Andavam devagar aproveitando o tempo gélido e aconchegante. Fazia frio mas o sol estava presente. O dia estava lindo. - E você sorrindo fica mais linda ainda...

Ai que o sorriso de Emma se abriu por completo. Regina riscou mentalmente sua primeira tarefa, estava feita. Fazer Emma sorrir.

Subiram para entrar no castelo e se sentaram uma do lado da outra. Conversaram amenidades, entre outras coisas. Estava tudo bem. Até o momento que Swan caiu compulsivamente em um choro entrecortado de soluços.

Regina só pode abraça-la e acaricia-lhe.

– Ele... Se ele não tivesse corrido tanto... Se... Eu...

Emma falava em meio aos soluços, grudada no colo e no abração de Regina. Respirava com uma dificuldade tremenda.

– Shhhhh... Não foi sua culpa amor, não foi...

– É que...- Tomou uma forte onda de ar para dentro de seus pulmões. - Eu me sinto tão amada, tão especial... E ele não tá aqui...

Mills a abraçou mais forte o possível.

– Eu sei que você se sente culpada por seguir em frente... Mas ele, onde estiver. Está feliz por você agora.

– Eu... Eu. - Respirou profundamente mais uma vez parando seu choro finalmente. - Obrigada por estar comigo... Eu amo você.

O abraço se possível se tornou mais apertado. Com a cabeça apoiada no ombro de sua namorada, Emma se sentia segura e estava esquecendo a culpa, caminho esse longo, mas viu que tinha apoio e que todos se preocupavam com ela. Realmente se sentia amada.

Naquela momento ambas as garotas jovens e apaixonadas não sabiam, mas estava se fortalecendo um laço de amor, apoio e compreensão tão forte que não iria se quebrar, nunca iria se quebrar. Aquele laço eterno de conforto nos braços uma da outra duraria para sempre. Regina estaria presente nos momentos mais dificeis da vida de Emma e Emma estaria nos de Regina, e com certeza, os momentos bons seriam uma da outra, os tristes, os de êxtase puro, os mais profundos... Elas não sabiam, mas sentiam. 

Um beijo foi dado na cabeça loira. Um carinho logo em seguida no mesmo local.

– Eu vou cuidar de você Emma... Pra sempre. 
                                    ~

O almoço fora uma bagunça só, juntaram-se a mesa todas que participaram da reunião na cozinha de Cora Mills de manhã e o pai de Emma e Regina. 
Swan já tinha deixado a cara apática para trás, estava feliz que todos estavam ali mesmo tendo um desconforto inicial, porque descobriu logo que Cora, não só a deixava com medo mas que intimidava todo mundo.

Eram risadas e brincadeiras e todos estavam bem, e aquilo pareceu uma grande família, e Emma já estava começando a amar isso. E o dia parecia voltar a fazer sentido, e sentia falta do seu avô mas era preciso, as melhores pessoas fazem falta. E sorriu. 

                        ~

Quatro garotas passaram a tarde toda assistindo filmes, comendo e rindo.

Duas ruivas foram embora no início da noite.

Cora por incrível que pareça deixou Regina dormir com Emma.

Mary as deixaram o mais confortável possível com muita privacidade.

Quando as duas namoradas perceberam que os adultos da casa já estavam dormindo. Se amaram e fizeram juras de amor.

E o quarto naquela noite se resumia em estrelas brilhantes no teto e amor sobre a cama.

Puro e intenso amor.


Notas Finais


Então gostaram ? Nem só Regina tem suas crises rs. Então nossa fic tá chegando a reta final... Já estou com saudades!! Beijinhos e até a próxima!


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