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História Rua 23 - 4. Um nome a um rosto


Escrita por: I-aint-sorry

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 4 - 4. Um nome a um rosto


Depois de uma loira muito apressada sair de sua loja, a morena passou o dia inteiro se perguntando se ela voltaria, se perguntou também o motivo para ela sair tão imediatamente, e não saber as respostas a deixava irritada. Essa questão de querer saber tudo a sua volta era irritante para Regina tanto quanto para as pessoas que conviviam com ela. Era titulada louca por controle desde de pequena, e nada mudará sobre isso.
       Então era domingo e a morena estava no parque como era de costume para vê se os seus brinquedos foram achados, mas como sempre a madeira que demarcava o local estava intacta, ela então sentou em baixo da árvore a meio metro da pequena madeira quase invisível e resolveu ler sua coleção limitada de "Os Caminhos Sobre Os Campos". Lendo o livro pensou que a garota de uniforme tinha razão em querer pagar a mais naquele exemplar, era uma obra prima quase não acessível, Regina só conseguiu o mesmo pois tinha comprado no dia de seu lançamento não anunciado na mídia, mas para os fãs daquele autor era uma data sagrada.
     Gênio, era como a morena o definia, ele sempre lançava algo de profunda significância para ele e para seus fãs no aniversário de lançamento do seu primeiro livro pulando exatamente três anos para lançar a surpresa da vez. Ninguém esperava um livro, todos imaginavam mais um catálogo com vinte páginas sobre os assuntos que ele mais amava. Regina fora esperta de comprar o livro sem ao menos pensar, adorava ser esperta assim, por isso era quase o tempo todo. 
       Tão esperta que percebeu uma loira a olhando de longe parecendo querer não ser notada pois estava sentada de costas para a morena em um banco, só que para olha-lá ela tinha que virar a cabeça e fazendo isso estava quase como a menina do filme "Exorcista"  Regina achou graça, pois aparentemente ela não queria ser vista e para quem queria ser sutil, já tinha chamado a atenção de metade do parque. Então a dona da livraria fechou o livro sobre o colo e fingiu que ainda não tinha visto a menina, se levantou e seguiu rumo a saída do parque, pensou que a loira iria segui- lá. Triste engano.

 

*


       No caminho longo para casa, ela pensou em como foi ridícula em ter ido embora. É claro que a menina de olhos claros não iria segui-lá, foi uma idéia terrível, afinal ninguém pensava de um jeito tão esquisito como ela. Deveria ter ido falar com a loira, mas isso seria esquisito também; deveria ter continuado lá, fingindo ler seu livro sobre olhos azuis atentos; então simplesmente resolveu deixar pra lá. Talvez ela fosse a livraria amanhã; esperava realmente que sim.

        Regina sabia o que estava acontecendo, não era tola afinal. Estava interessada demais naqueles olhos para deixar escapar por seu cérebro esse tipo de informação, mas até dado momento só não queria fazer papel de idiota. Mal sabia o nome da menina; claro ela é atraente e altiva, só que tem algo a mais, Regina sabia disso, já havia se interessado por outras pessoas e nenhuma delas foi tão instantaneamente, na maioria das vezes eram por meninos, mas três ou quatro garotas já haviam tomado sua atenção. A morena havia beijado duas delas. 
       Mas essa idéia de não saber o nome daquela estudante estava incomodando demais, teria que descobrir o nome dela sutilmente e sem parecer uma idiota, simplesmente perguntar está fora de cogitação, perguntar seu nome seria como se demonstrasse interesse na loira. Mas que confusão sua cabeça faz por um simples nome "será se seu nome é digno de sua beleza?" Deveria contar a sua prima sobre isso, sua prima e melhor amiga, ela sim teria alguma coisa de coerente para falar, Zelena Mills por mais peculiar que seja é uma boa ouvinte e uma boa conselheira, bom... As vezes.

Chegando em casa foi logo tratando de guardar seu livro e ir imediatamente a casa da frente. Eram vizinhas, que sorte!
chegou entrando sem bater além de ser de "casa" era literalmente da família, cumprimentou sua tia e perguntou se sua prima estava, por sorte a resposta de sua tia foi um sonoro "sim" para que a ruiva que estava no andar de cima logo identificasse que era Regina, um tipo de sistema de segurança.
Subiu as escadas e entrou na última porta do corredor, fez uma varredura com os olhos sobre o quarto de sua amiga, sempre tinha algo novo nele. A morena as vezes invejava a criatividade de Zelena para a decoração, tudo no quarto dela parecia ser mágico. Além de muito organizado era tão descolado e colorido, tinha uma parede só com fotografias polaroid, e uma poltrona lindíssima cor de vinho a frente da mesma, tinha um espelho enorme atrás de sua porta e sua cama era espaçosa. E Regina... Essa não leva o menor jeito pra decoração. Tinha mal criatividade para decorar sua loja.

- Entrando sem bater, não sei como te deixaram terminar o colégio mais cedo com toda essa sua falta de educação. - Ao ouvir a voz da ruiva, tentou achar de onde vinha acabou que a encontrou no chão ao lado da cama em cima de um tapete rosa choque horrendo de no máximo um metro e meio, felpudo, totalmente brega. - gostou do meu novo amor ?

- Você gastou dinheiro com isso!?

- O que ? 

- Zelena me poupe, você tem um ótimo gosto, mas isso foi a pior compra da sua vida! - a ruiva rolou para o outro lado dando as costas para Regina.


              - Você acabou de insultar o Roger! Sai do meu quarto! - Apontou com o dedo indicador a porta.

- Aí meu deus! Você deu um nome a isso ? - a gargalhada da morena fez a outra revirar os olhos. - Zelena, quanto foi isso ?

- Regi... cadê seu respeito com as coisas? Sua filosofia não é " ter respeito  à tudo e a todos" ? -  Ao pronunciar a tal filosofia, fez uma voz grossa e horrenda. A de cabelos castanhos fez uma careta digna de despresso real a plebe. - duzentos e quarenta e três.
        A ruiva falou tão baixo que Regina nem sequer deu conta de ouvir, não passou de um sussurro muito baixo mesmo, nem considerado um sussurro o som que ela proferiu poderia ser . No máximo era um resmungo. 

- O que Zel? 

- Duzentos e quarenta e três.

- Zelena, por favor, para se falar corretamente, as ondas sonoras das palavras tem que sair da sua boquinha. 

- Duzentos e quarenta e três. - dessa vez saiu em bom tom, bom tom o suficiente para Regina sentar sobre a cama e colocar a mão no peito fingindo dor profunda, seguido de um infarto. - qual é, eu sei que o Roger não é do seu gosto, mas é o meu dinheiro eu faço o que quiser dele! - a ruiva deu de ombros e sentou na cadeira em frente ao computador e começou a mexer na maquina, ignorando a presença de sua prima.

- tudo bem zel, vou deixar pra lá essa sua falta de bom senso, onde já se viu duzentos em um tapete deste tamanho? Os fios são de ouro por algum acaso?-  Depois da cara de completo nojo que recebeu da ruiva, resolveu deixar esse assunto pra lá. - tenho algo para te contar! - No mesmo instante que ouviu a última frase Zelena virou para Regina a olhando profundamente, como uma curiosa nata.
- continue, meu amor.

 
Depois de quase uma hora falando nos mínimos detalhes para sua prima sobre os ocorridos com a garota loira bonita, achando muito estranho de não ser interrompida nem uma vez por piadas ou por qualquer tipo de comentário, seja ele maldoso ou engraçado. Regina calou- se e esperou o veredito de sua melhor amiga. 
 
- Fale algo. 
  
Mas o silêncio predominava no local, e Zelena só a olhava. A olhava como quem planejava uma estratégia genial, com a mente maligna que a morena sabia que sua prima tinha, não teve certeza sobre o que sentiu enquanto ela a olhava assim, mas um medo lhe passou pela espinha. Tinha certeza!

- Fale algo imediatamente, Zelena Cordelia Mills! 

- Se você me chamar de Cordelia de novo corto os dedos da sua mão! - A morena riu, nunca entendeu essa implicância com seu próprio nome, mas agora sim, a ruiva estava de volta ao plano terrestre. 

- Que bom que voltou a vida... 

- Estava pensando, mas isso não é motivo para você me insultar! 

- Mas é seu nome... 
      A de olhos azuis fez sinal para a morena calar a boca e depois de alguns segundos ela se levantou da cadeira em que estava e sentou ao lado de Regina na cama.

- Regi, nos temos que descobrir o nome dela imediatamente. - animada com isso a de cabelos curtos sorriu, mas quando foi pensar um pouco o sorriso logo sumiu de seu rosto. Como fariam isso? São tantas loiras naquela cidade...

- Mas como...

- Ela estava com o uniforme da sua antiga escola, certo? - a outra que tinha sido interrompida balançou a cabeça afirmando. - Eu sei que não estudo lá, mas conheço pessoas de lá, certo ? - novamente Regina só balançou a cabeça, confirmando. - Já que conheço pessoas, sei de coisas, certo ? - agora a morena só deu uma gargalhada alta.

-  Você se acha poderosa, só porque tem esse cabelo de fogo, bruxa de Salém!

- Mais respeito com a soberana de todo o mal. 


    Regina revirou os olhos e passou a olhar um quadro na parede oposta a das fotos fixamente,  não queria fazer papel de idiota, só queria saber ser normal, não sabia o porque de toda essa insistência com um nome; com certeza a garota loira bonita nem ligava para a de olhos castanhos, isso era só mais umas das excêntricidades de sua personalidade que tinha que conviver, ter controle sobre tudo em sua volta. Ficava exausta com isso.

- Ou poderíamos desistir, vou descobrir depois de qualquer maneira.- assim que viu o olhar de sua querida prima mais nova, a ruiva se aproximou tomando agora o foco de seus olhos para seu rosto, olhando para Regina agora profundamente viu que algo estava acontecendo. Sentiu que essa tal de loira bonita tinha alguma coisa a mais. Agora que se sentiu mais empenhada a ajudar.

- Vou descobrir o nome dela até as 10:30 de hoje, pode esperar! 

  Depois de jantar assistindo TV acompanhada de seus pais, Regina foi direto pra cama, pensava na loira bonita. Isso a estava enlouquecendo, não sabia por qual motivo aquela garota mexia tanto com ela. Ao se dominar por pensamentos ouviu o som da notificação de seu celular, pegou o aparelho e deu um de seus melhores sorrisos ao ler mensagem: 
 
  
Recebida hoje às 21:36
  Zel Zel: 
      
Sei que essa garota é diferente do resto da população mundial pra você, por isso eis o nome.... Emma Swan. Agradeça-me com um Milk shake. Bjos!


Regina deu uma gargalhada, não levou a sério quando sua prima disse que iria descobrir o nome. 


- Emma Swan... Emma... Swan. - Adorou a pronúncia. Era um nome lindo, afinal.


Notas Finais


Gostaram?
O livro que citei acima não existe, foi só um nome que me veio a cabeça rs achei que seria legal colocar. Quem também assisti grey's? Sentiram a referência que Zelena fez ?
Comentem...
Até a próxima


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