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História Rua 23 - Aquela, a sua garota!


Escrita por: I-aint-sorry

Notas do Autor


Olá gente, não revisei este capítulo então desculpem qualquer erro! Boa leitura!

Capítulo 9 - Aquela, a sua garota!


Estavam os dois no carro, Emma Swan e David Swan. O pai andava ainda lentamente pelas ruas a caminho de casa e a filha sorria sem conseguir se conter. Estava tão feliz que seus olhos irradiavam brilho, seu sorriso era tão lindo que seu pai sorria também. Ver a filha naquele estado de espírito lhe agradava.

– Então você gosta mesmo de garotas ?
    Já haviam tido essa conversa, seu pai era liberal e quando percebeu que Emma mal falava de garotos deu a deixa. Conversaram sobre tudo ser normal e de que os dois, o pai e a mãe,  a aceitariam do jeito que ela é. Que a amariam pois era sua filha. Na época a Swan mais nova havia ficado tão constrangida que se quer tinha respondido, sabia que garotos não a enteresavam, mas ainda não sentia algo por meninas. Era cedo.

– Eu não gosto de garotas pai, gosto de Regina.

– Regina é uma garota...

– Gosto dela.

– Querida você sabe que eu e sua mãe torcemos pela sua felicidade. Sei que por ser adolescente não gosta de falar dessas coisas, mas se lembre que sempre fomos amigos...
    O silêncio reinou no carro. Emma não conseguia pensar sobre isso, só pensava nos beijos trocados com a morena, só pensava em beija-lá de novo! Pensar nisso a deixava com calafrios.
   O pai sentiu que não era hora para aquele papo sentimental. Apesar de sua esposa e ele ser muito abertos e carinhosos,  a sua pequena loirinha era diferente. Desde de pequena, nunca fora igual seus pais. Sempre era menos emotiva, nunca chorava em filmes e nunca chorava nos aniversários. Já seus pais eram manteigas derretidas.

– Leve sua namorada para jantar conosco qualquer dia!

– Ela não é minha namorada.
    Falou assustada, nem sequer havia pensado nessa possibilidade. Talvez fosse uma idéia tão maravilhosa que nem passava por sua cabeça.  Regina Mills, tão linda, nunca seria sua. Mas depois dessa maravilhosa noite sentia que talvez, sim. Ela havia a beijado. Não poderia deixar de pensar em como a morena a tinha beijado, não parava de pensar nela. Talvez evolua para uma namoro. Talvez, com muito sorte.

– Mas acho que daqui a um tempo ela se torne, aliás... Ainda bem que sua mãe não veio. - Pararam com o carro na garagem e os dois desceram. - Ela iria querer tirar uma foto e fazer um álbum de vocês duas com o título de " fofinhas" 
   Os dois entraram gargalhando na casa silenciosa.

– É bem provável!

O pai deu um beijo na testa de sua filha e um abraço de boa noite. 
    Mais que feliz Emma Swan entrou em seu quarto ainda incrédula pela pintura em seu teto, deitou em sua cama e se pôs a admirar. Olhando agora via claramente os detalhes e a forma como a lua se enchia no quarto escuro. Se sentiu mais que especial, Regina Mills tinha planejado tudo aquilo para ela. Era uma garota de sorte. Talvez a sorte seja sua aliada. Tinha beijado Regina Mills, tinham se divertido tanto. Sua mente a deixava paralisada, lembrava de tudo! Lembrava do gosto dos lábios da outra, do modo como segurava sua nuca, do modo como sua mão não conseguia ficar longe da morena. Aquele sorriso... Aquele maravilhoso sorriso de Regina Mills seria seu fim. Ou começo!
  Olhou para as estrelas brilhantes por mais algum tempo, sorriu quando percebeu o quanto a morena era um gênio. Não era só um presente, ela sentiu agora que toda vez que olhasse para o teto iria se lembrar de Regina.

Pegou seu celular, olhou para a foto de perfil da morena no visor, aquela garota tão linda. Tão linda. Não aguentou, enviou uma mensagem.

Regina ainda estava com borboletas no estômago. Seus pais, por sorte, não a esperaram acordados. Estava no seu quarto olhando para o teto, pensando se a outra garota estava fazendo o mesmo. Pensar em Emma fazia seu corpo vibrar, ainda sentia as mãos dela na sua cintura. Ainda sentia tudo, como era possível que a loira tivesse mexido com ela nesse nível. Queria beija- lá até o mundo acabar! 
    Ouviu o seu celular sinalizar mensagem, pediu para ser da loira, pediu e desejou que fosse ela. E era...

Recebida hoje às 4:03 
Emma Swan

Acho que não consigo dormir... Eu olho para meu teto e só penso em você!

Suspirou e sorriu. Era algo tão sublime o que Emma lhe passava, ela poderia lhe falar um oi e Regina já derreteria. 
Respondeu a mensagem e ficou olhando para o teto... Certamente passaria a noite em claro.


      O celular da loira vibrou como sinal de mensagem. Estava tão ansiosa para isso que tinha travado a tela do celular, Regina a deixava nervosa. Sempre.

Recebida hoje às 4:05

Regina Mills

 

Estou olhando para o meu e acho que não vou conseguir dormir também... Foi uma noite intensa.

Emma repensou mil vezes antes de ligar, mas quando o celular apitou avisando que a outra tinha atendido ela travou. Estava pensando tanto nos lábios vermelhos que nem se deu conta do som da chamada. Só ouviu a voz rouca de Regina.

– Alô

– Oi...

O silêncio predominou, por alguns minutos; fora ouvido só as respirações das duas. Emma estava nervosa. Regina estava nervosa. Nem parecia que tinham acabado de se beijar.

– Obrigada, Regina... Eu amei muito a pintura.

– Meu pai que fez o trabalho... Eu só comprei as tintas.

– Você planejou tudinho... Queria retribuir!

Regina estava desconcertada com seus próprios pensamentos. A voz da outra transmitia uma vibração por seu corpo. Parecia eletricidade.

– Não precisa... Você já retribuiu!

– Eu... Regi... 
  A voz da loira falhou e com um suspiro forte ela interrompeu de vez a frase. Estava tão feliz por ter Regina, por conhece-lá. Queria tanto poder lhe dizer tudo que se passava na sua mente, mas faltava coragem.  A conversa com seu pai....
Namorada... Namorada... Suspirou.

A morena ouviu o impasse da outra. Sentiu que ela estava nervosa e não gostava disso, gostava de como as coisas eram naturais entre as duas. Não queria que tudo fosse por água a baixo agora.

– Emma... Tenho que dormir.

– Venha jantar aqui em casa amanhã! Você quer ?

– Jantar? 

– Jantar!

– Com seus pais?

– Sim!

Ela pensou. Que mal faria ? Nenhum! Já conhecia a mãe da loira e ela era um amor. Mas um jantar formal a deixava nervosa. Desejou poder negar, mas quem conseguiria? Gostava de Emma Swan e queria jantar com ela! Se os pais estavam inclusos. Tudo bem.

– eu vou com uma condição. 

– Sabia que teria. - sorriu e delizou pela cama, agora com a cabeça para baixo como nos filmes antigos. Estava extasiada. - Me conte qual é sua exigência ?

– Eu levo a sobremesa!

Riram. Se despediram e desligaram. Seria um resto de madrugada longo e a morena já repassava a receita em sua mente.

 

 
   Acordou tarde, muito tarde! Teria que comprar os ingredientes para a sobremesa, sabia que na sua casa não tinha. Sua mãe odiava massas. Saiu para comprar as coisas que necessitava para preparar uma torta de maçã. Iria para a feira típica de domingo, já era uma tradição, todo domingo eles fechavam uma rua aleatória do centro e faziam uma feia gigante. Regina amava, tinha todos os tipos de frutas e legumes, tipos variados de grãos. Praticamente tinha de tudo e na maioria das vezes tudo era fresquinho ou orgânico.

Passeando pelas muitas barracas a morena escolhia as melhores maçãs, tinha que sair tudo perfeito. A massa já havia comprado e o restante tinha em casa, lhe preocupava as maçãs. Tinham que ser as mais maravilhosas maçãs. Era meio controladora, mas iria trabalhar nisso depois. Em um determinado momento alguém a segurou pela cintura e ela perdeu o compasso, logo pensou em se virar e bater em quem quer que seja, mas assim que o perfume doce invadiu suas narinas e os cabelos dourados balançaram ao seu lado com o vento, ela fechou os olhos. Aproveitou a sensação antes de se virar, era quase uma abraço, as mãos de Emma em sua cintura apertando levemente e quando as pessoas passavam esbarravam 
nas duas faziam se aproximarem, aquele sentimento de estar ardendo subiu pelo corpo. Aquela eletricidade. Regina tinha certeza que era Emma, aquele perfume ela reconheceria em qualquer lugar. Aquelas mãos.

– Devo me assustar por não ter nenhuma reação? - A voz calma atrás de si lhe passou confiança, agora sabia mesmo que era a loira. Sorriu e segurou em suas mãos pálidas ainda na cintura morena, cruzou seus dedos da forma a qual podia dada a posição, deu um pequeno suspiro de propósito para a outra ouvir, logo que ouviu a outra garota suspirou também. - Agora quem persegue quem? 

A outra virou assim que a última palavra saiu da boca fina e rosada e a mesma foi a primeira coisa que a morena olhou, depois os olhos azuis vibrantes. Eram tão mais bonito com o brilho do sol neles, brilhavam tanto que  a garota de cabelos curtos se sentiu em outra dimensão. Dimensão essa de azuis esverdeados e muita luminosidade, de coração acelerado e peles quentes, de mãos pálidas e lábios finos. De sorrisos tão completos que mesmo não abertos faziam o coração arder em chamas. 
  O silêncio não era tão incomodo para duas já que o restante das pessoas falavam muito alto. Os olhares que trocavam chamou a atenção de um ou outro mas ninguem ousou interromper, nem os pais da garota de cabelos loiras que olhavam de longe tudo, mas que logo deixaram de lado, tinham que comprar muitas coisas, aliás a sua pequena filha levaria a sua garota hoje, tinha que ser algo especial.

Não falaram nada por minutos só se olharam,  parecia que esse sentimento de leveza do mundo as atingia quando estavam juntas, um olhar bastava para sentirem tudo, um olhar bastava para transbordar. E uma sensação avassaladora e nova lhes passavam pelos nervos, aquela serenidade misturada com intensidade. Essa loucura que é esta em estado atônito só por uma pessoa. Uma pessoa que tem a capacidade de iluminar um dia inteiro.

– Está me perseguindo Emma Swan?

–Não, na verdade não! Só vim comprar os ingredientes do jantar com meus pais.

– Ah...

Os olhos castanhos intensos olhavam para a loira como fogo ardente. Emma pensava que seria incinerada a qualquer hora e não ligava para isso, os olhos intensos de Mills só a fazia querer vivênciar ainda mais esses pequenos minutos em que se olhavam como se o mundo fosse acabar, e o que restaria seria apenas as lembranças.

– Você está comprando os ingredientes para a sobremesa? 
   A loira a tirou de seu estado paralítico.

– Sim! Torta de maçã... Você gosta ?
 

– Claro! Você sabe fazer? Minha mãe sempre compra pronta.
     Sorriu sem graça olhando para baixo e percebeu que suas mãos ainda estavam na cintura da morena, quando pensou em tira-las a morena se aproximou mais e lhe deu um selinho. 
Sorriu surpresa, olhando agora para o rosto mais lindo que já virá.

– Não faça isso... Não seja tão fofa.

– O que... eu só... nossa...

Recebeu mais outro selinho e dessa vez agarrou Regina pela cintura deixando-a próxima a si. Sorriu para ela e lhe deu outro selinho em troca.

– Não gagueje também...
  Emma deu um riso solto e quando iria responder, recebeu outro selinho.

– Não sorria assim também...

– Não poderei fazer mais nada?

– Não! Só se você virar outra pessoa. Sendo Emma Swan não poderá fazer essas coisas.

– Por quê? 

– Porque eu tenho que me manter comportada em público.

– Por quê? 

– Porque sim, Emma Swan!

– Regina Mills, você...


   Dessa vez recebeu um beijo acolhedor que logo tratou de retribuir, as mãos agora fazendo leves carinhos nas costas morenas. As mãos morenas em seu ombro a fazendo se aproximar. Respirações pesadas e beijos intensos. Línguas se misturando e fogos de artifício em seus corações. 
    Seria um dia perfeito só por esse momento. 
 Assim que o beijo foi interrompido, se abraçaram. Sentiram que estavam onde deveriam estar. Regina de olhos ainda fechado e respiração pesada falou em um tom baixo próximo ao ouvido de Swan:

– Não diga meu nome assim.

– Direi sempre!

Sorriram e conversaram mais um pouco, logo depois Regina se juntou a família Swan e eles passaram umas horas agradáveis conversando. O pai de Emma era um comediante, as faziam rir muito com pouca coisa e a mãe de Swan era tão amável. A morena pensou que a família de Swan parecia ter saído de um comercial. O amor transbordava de um para outro e passava entre os três de uma forma que Regina achou encantadora. Eles conversavam sobre tudo e tinham muita intimidade. Completamente diferentes da família Mills. Não tinham toda essa liberdade, mas também conversavam muito, não aceitaram de início Regina gostar de meninas, disseram que era só uma fase. Mas não era, a morena sempre fora decidida e sabia que não curtia muito os garotos logo cedo. Tinha quatorze quando se conheceu o suficiente para saber e só contou com dezesseis. Foi um ano muito conturbado e até agora era. Mas aceitaram, o pai nem tanto pois a apoiou de início, já a mãe... Ela deu trabalho. 

O pai e a mãe de Emma são opostos a seus pais em níveis assustadores, os dois conversavam abertamente sobre as duas, e até as deixaram envergonhadas ao falaram dos beijos trocados logo mais cedo, fizeram piadas e depois pediram que com eles nunca tivessem vergonha, poderiam se beija quando tivessem vontade. Eles deu a prova de que não ligavam pois os mesmos faziam isso, era muito lindo de observar. O amor deles era muito fantástico. Mas infelizmente a tarde tinha passado rápido, e Regina teria que voltar para casa e preparar a sobremesa se despediu dos pais da loira com alegria, agora sabia que o jantar seria fantástico.

Emma insistiu em leva-lá até o final da feira, e andavam rápido para sair do meio de tantas pessoas. Era engraçado até, a cidade é pequena como um ovo, todos conheciam todos e mesmo assim parecia uma multidão de gente. 
     Quando já estavam do outro lado da avenida que separava a rua da feira e a rua que Regina iria pegar como caminho, pararam e sentaram no meio fio. Ficaram se olhando e trocando selinhos. Mas a hora da despedida tinha chegado e Regina teria que ir, uma loira pegajosa não queria deixar. A morena teve que a calar com um beijo arrebatador, um beijo que tirou o fôlego da outra garota. Que só percebeu depois de muito tempo que o beijo tinha acabado e que a Regina tinha ido embora. 

Com a sobremesa pronta e já toda arrumada Regina esperava impaciente as horas passarem. Marcaram o jantar para às 20:00 e ainda eram 19:35; a ansiedade consumia os seus pensamentos. Olhava o maldito relógio de um em um segundo, odiava ter que esperar e as sensações de que a qualquer momento iria ter um ataque cardíaco, não a ajudava. 
   Olhava-se no espelho e conferia a maquiagem, arrumava o lindo vestido vermelho que usava. Andava pela casa fazendo seus pais reclamarem por sua inquietude, sentia as mãos suarem. Não sabia o porque do nervosismo.

Enfim tinha chegado a hora, sei pai a levaria de carro. No caminho até a casa , Regina só sabia reclamar; reclamava da velocidade de seu pai ou quando ia devagar demais: "se for muito rápido a sobremesa vai ficar feia e ninguem vai querer comer", " vamos pai! Quero chegar lá ainda hoje!" 
Com todas as reclamações seu pai conseguiu deixa-lá sem perder a paciência.

Estava na porta de Emma Swan, para jantar com Emma Swan e seus pais. Estava com um sorriso no rosto e um sentimento de que tudo daria certo. Só teria que ver o sorriso da loira, só isso bastaria. 
   Bateu na porta três vezes com os punhos, esperou e ouviu passos e sussurros e uma Emma de voz alterada pedir silêncio para seus pais que logo gritaram " vai abrir a porta para a sua garota!" O sorriso no rosto moreno ficou maior. Seu coração pulou de seu peito, estava agora na sua garganta. Perdeu o chão assim que viu a porta se abrir e revelar uma loira de calça jeans apertada e uma blusa social de seda. Estava linda! Seus cabelos mais ondulados que o normal e suas bochechas coradas, seus olhos em azuis intensos pela maquiagem preta. A forma que sorria e como se apoiou na porta para olhar a morena de cima a baixo... Aquele pequeno momento. Aquele pequeno momento paradas na porta de uma casa em uma cidade pequena. Aquele pequeno momento que sorriam e se olhavam como se fosse a primeira vez. Aquele pequeno  momento em que as palavras não foram precisas. Estavam Regina Mills e Emma Swan em um pequeno momento que as fazia ter certeza que tudo a sua volta, era delas. Inclusive uma a outra.


Notas Finais


Não me matem por parar agora! Preciso estar viva para postar o próximo! Até mais.


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