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História Rubber Soul - A McLennon History - Let me kiss you and leave.


Escrita por: corleonecyn

Capítulo 6 - Let me kiss you and leave.


– John! – Mimi berrou – John, o que está acontecendo aí em cima?!

John e Paul estavam estáticos. Em pé no banheiro, se encarando, a umidade do vapor sendo absorvida por seus cabelos que, aquela altura, já não eram mais um topete. A toalha de John caiu no chão, deixando seu sexo amostra e Paul, assustado com toda aquela situação, não conseguia parar de encarar o pênis do amigo.

– John! Vou subir aí em um instante se não me responder. – Mimi estava no pé da escada.

John despertou rapidamente, subiu sua toalha e gritou para Mimi:

– Estou bem, Mimi. Paul e eu só estávamos conversando.

– Pois diga á ele que já é tarde e que ele precisa ir para casa. O pai dele já ligou aqui duas vezes!

– Já vamos descer. – Gritou John.

Paul estava tremendo, pegou a toalha ensanguentada que John deixou cair de sua mão e a lavou na pia.

– Veja só você. Está tremendo. – Disse John – Vamos, me dê isso aqui. Eu lavo depois.

– V-você precisa vestir uma roupa, John. Está frio. Vai pegar um resfriado.

– Vamos para o meu quarto, então.

Paul acompanhou John até a porta do quarto, mas parou na porta.

– Já está tarde, preciso ir embora. Meu pai está preocupado. Só queria saber como você está.

– Tem certeza que não quer ficar mais um pouco? – Disse John, de dentro do quarto colocando a cueca.

– Preciso ir. – Paul não parava de encarar o sexo de John.

– Bom, tudo bem. – John fechou o guarda roupa. Já estava de calça e sem camisa. – Boa noite, Paul. Obrigado por ter vindo me ver.

Eles se abraçaram. Paul sentiu muita diferença do momento em que chegou à casa do amigo, quando ele nem retribuiu o abraço. Agora ele havia retribuído, um abraço caloroso e confortável.

Em um estante Paul desceu as escadas da casa de Mimi, gritou um tchau para ela e não esperou para ouvir se ela iria dizer tchau. Saiu em disparada pela rua e decidiu não tomar o ônibus de Mendips até sua casa na Forthlin Road. Foi á pé mesmo. Dava mais ou menos vinte minutos de caminhada. Era uma noite quente para Liverpool, não sabia o porquê havia dito á John que estava frio. Talvez fosse o nervoso. Mas Paul não sentia calor, pelo contrário, enterrava-se mais e mais em seu sobretudo preto.

Estava confuso. Não sabia se John havia ou não o beijado. Sim, ele o beijou. Tinha certeza disso. Ou nem tanta? O que ele sabia é que seus lábios formigavam. E seus lábios só formigavam quando algo os haviam tocado. Não era possível que aquilo tudo era só invenção de sua cabeça porque se lembrava de terem ficado se olhando por um bom tempo até a voz de Mimi romper o espaço e o arrancar de sua frente. E o que foi aquele abraço?! John não era de abraçar as pessoas.

Bom, talvez ele só precisasse de um abraço aquele momento. Quero dizer, ele acabou de perder a mãe. Ele precisa de um conforto... não é?

Mas o que mais o incomodava e que o impedia de saber se aquilo tudo era real ou não foi a indiferença com que John o tratou depois do possível beijo. Como se nada houvesse acontecido. John teria ficado puto, na verdade, machão do jeito que era, jamais poderia beijar outro homem.

Certo?

Se não fosse a voz do pai rompendo a barreira de seus pensamentos, Paul teria passado reto pela a casa onde morava.

– Onde vai, garotinho? – Disse Jim, com um sorriso amigável – A porta de entrada para a realidade é aqui!

– Que bom que você sabe me mostrar o caminho, pai.

 

 

– Divórcio?! – Disse John – Mas estamos noivos, Yoko!

Yoko estava sentada na poltrona da sala do apartamento em Londres, fumando um cigarro e trajando apenas um roupão preto. Seus cabelos pretos volumosos estavam presos em um coque bem ao alto da cabeça. Seu olhar era triste ao ver seu marido sentado aos seus pés.

– Pois então me diga onde tem passado as noites, John. Já estou farta de mentiras e segredos.

– Estava com Paul. Estávamos trabalhando em músicas novas.

– Não acredito em você.

– Mas o que você quer que eu faça? Que eu minta para você? – John se levantou  – Porque o que estou lhe contando é verdade!

Yoko fumou todo o cigarro sem dizer uma única palavra enquanto John ficava em pé á sua frente, esperando uma reação.

– Para mim você estava com aquela sua mulherzinha estúpida de novo. – Ela levantou e foi para a varanda.

– Querida, para que tanta desconfiança?! – John a abraçou por trás – Já disse que te amo. Não gosto de ficar reafirmando meu amor pelas pessoas toda hora.

– O amor é feito por gestos, John. Não precisa falar toda hora que me ama. Demonstre.

John a soltou e bufou. Em seguida foi até o quarto e deitou na cama, pensando em maneiras de esconder de Yoko o caso com Paul. Mas, pensando bem, não queria esconder. De certa maneira ela era sua companheira e a mulher que ele amava e não achava certo esconder coisas de sua esposa. Pelo menos não dessa esposa.

Chamou Yoko ao quarto e falou para ela. Contou tudo, desde os tempos de Liverpool até agora.

Yoko o encarou.

– Você tem a consciência de que eu sou sua futura esposa, John?

– Sim.

– E de que sua esposa deve ser sua única parceira?

– Sim.

– Bom, – ela engoliu em seco – então vai ter que escolher apenas um de nós para ser seu parceiro.

John pensou. Pensou em tudo que sua vida mudaria se assumisse para o mundo que gostava de Paul e que tinha um romance com ele há mais de dez anos. A mídia. Os fãs. A imprensa. O preconceito. O declínio dos Beatles. O seu declínio.

– Escolho você.

É claro que ele estava mentindo. John queria muito Yoko, muito. Ele a amava. Mas Paul... Ele continuaria se encontrando com Paul ás escondidas.

Yoko sorriu.

– Claro. Sei que vai ser difícil para você se manter longe de Paul. Imagino. Afinal, não é uma história que começou ontem, não é.

John sorriu. Aquela mulher era muito boa para ser real.

– Pois como sei que será difícil para você, vou ajudar.

– Como?

– Nunca mais vou sair de perto de você.

 



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