História Rules - MiTw (Hiatus) - Two.

Era só mais um dia normal para todos, menos para Pacanhan. Hoje era seu primeiro dia no trabalho novo, que desde criança desejava ser quando crescer, e agora está realizando seu sonho. Assim que o despertador do celular tocou, ele abriu seus olhos e se levantou da cama, sem nenhuma cerimônia, pois a preguiça não o ajudava no seu dia a dia, e foi assim que perdeu todos os seus empregos, porém nem um pingo de interesse ele tinha nesses tais empregos, ele ia por causa do dinheiro, que era bem pouco, e ele precisava para se manter no apartamento e se alimentar.

Após ficar se atrapalhando pelo caminho do banheiro, Tarik finalmente chega, já se livrando de suas vestimentas, as deixando jogadas no chão do banheiro pequeno. Adentrou no box e ligou o chuveiro, assim deixando as gotículas de água passearem por todo seu corpo. Toda aquela água gelada fez que com seus membros se relaxassem por completo, ficando cada vez mais calma para seu primeiro dia de trabalho.

O banho foi silencioso e relaxante, nenhum barulho se quer, apenas o barulho do ambiente, Tarik já estava pronto para ir ao seu primeiro dia; vestia roupas normais, pois ainda não tinha seu uniforme, ele deduzia que entregariam o uniforme assim que ele chegasse lá, então não se preocupou muito, só se preocupou em sair de casa logo, pois faltava trinta minutos para as seis da manhã. Exagero não? Já que o local é vinte e quatro horas, porém alguns policias chegavam às sete da manhã, e o garoto estava indo ás seis. O motivo disso era medo. Medo por não chegar na hora e ser demitido sem ao menos ter completado dois dias de trabalho. Mas esse medo era em vão, totalmente em vão.

Foi uma longa caminhada, nem deu tempo para que tomasse um pequeno almoço, a ansiedade era tanta que nem comer queria, só queria chegar o mais rápido possível, e começar a trabalhar com a profissão que sempre sonhou desde criança. Talvez algumas crianças sonham em ser um policial, porém acabam mudando de ideia, sempre é assim; um dia você quer ser médico, outro dia você quer ser veterinário, bombeiro, engenheiro. São apenas crianças, elas mal sabem o verdadeiro talento que elas vão consumir, por enquanto são apenas desejos infantis.

Digamos que Pacanhan foi uma criança diferente das outras. Enquanto as outras ficavam na rua brincando, se divertindo, ele preferia ficar dentro de casa brincando sozinho, desenhando, assistindo desenhos e lendo. Os pais de Tarik nunca foram muito presentes em casa, quem ficava com ele era sua irmã, Isabelle, mas preferia que ele o chamasse de Isa, assim como seus pais e seus amigos. A mãe dos dois sempre tentava arrumar um tempo livre para ficar com eles, e sempre ficavam em casa brincando, ajudando a mãe na cozinha enquanto preparava um bolo, viam filmes. O pai também era a mesma coisa, sempre quando tinha tempo os levava para passear no shopping, comprava presentes, tomavam milk-shakes. Tarik sabia que seus pais eram super ocupados com o trabalho e se esforçavam para dar atenção a ele e a sua irmã, e era isso que ele amava nos pais; o esforço e o carinho que eles davam para os dois.

Tantos anos de esforço e Tarik finalmente conseguiu orgulhar seus pais e sua irmã, mesmo que seus pais fossem carinhosos, eles nunca falaram ‘Estamos orgulhosos de você’’, isso era como um objetivo de vida, que finalmente foi conquistado. Esse foi o dia mais feliz além de ter conseguido seu emprego dos sonhos. A irmã de Tarik está trabalhando recentemente em uma clínica veterinária, desde de criança ela gostava de cuidar e proteger os animais, cuidava sempre dos gatinhos da casa, sempre ajudava um cachorro na rua quando via um, ela nunca mudou de ideia, enquanto os outro salvavam vidas de pessoas, ela salvava as vidas animais.

Tarik logo chegou no local, adentrando, sendo o primeiro a chegar, pois estava tudo vazio, só estava o seu chefe, ele sabia que um novato iria chegar, então aproveitou e acordou mais cedo para apresentar onde ele iria trabalhar.

- Vejo que você chegou cedo, Pacanhan. – O mais velho se aproximou e cumprimentou o mais novo com um aperto de mão.

- S-sim, eu não quero chegar muito tarde, então eu coloquei o despertador para despertar bem cedo. – O homem soltou uma pequena risada e fez sinal com a mão para que ele o seguisse, e assim o fez.

- Bem.... Eu irei mostrar para você tudo por aqui, e também conversar com você mais tarde sobre um assunto muito sério. – O mais velho falou com um tom de voz séria enquanto caminhava, Tarik logo atrás, ouvindo tudo o que seu chefe tinha a dizer.

Depois de ter visitado todo o local, o homem mais velho explicou todas as regras para ele, e se ele se esquece, ele era livre para perguntar aos seus amigos de trabalho ou ao seu chefe. Pacanhan recebeu seu uniforme, e foi logo para o banheiro se trocar. Ele entrou em uma cabine e trancou a mesma, e logo foi retirando suas roupas e dobrando as mesmas, para depois levar para casa e guarda-las. Começou pela calça azul marinho, ao colocar notou que a calça era um pouco – muito – justa, e quase não conseguiu vesti, mas depois de muito esforço ele conseguiu colocar, e era bem apertada, mas o uniforme era novo, e talvez demorasse um pouco para ceder. Passou por vestir a camiseta, que era um pouco fina e da mesma cor que a calça, e logo depois vestiu os sapatos pretos, tendo que tirar seu tênis preferido, mas ele não poderia ficar sem as vestimentas necessárias.

Passou mais ou menos um minuto que Tarik estava se trocando, ele só demorou um pouco por perceber que tinha esquecido de colocar a blusa preta por baixo. No momento que ia sair, ouviu um barulho da porta, então o garoto pegou suas roupas que estavam dobradas e saiu da cabine. Ao sair ele se depara com um dos policias, ele tinha olhos azuis e cabelos meio acastanhado, e sua pele era levemente branca, tipo a de Tarik, só que mais clara.

- Ah, Olá! Você deve ser o novato. – Disse e logo se aproximou mais, estendendo a mão em forma de cumprimento. – Meu nome é Rafael Lange, mas o pessoal me chama de Cellbit, e eu prefiro assim. – Rafael sorriu amigável.

- Prazer.... Meu nome é Tarik Pacanhan.... E eu não tenho nenhum apelido. – Tarik logo apertou a mão de Cellbit.

- Prazer, Tarik! Espero que sejamos amigos. – Sorriu sem mostrar os dentes e se direcionou para uma das cabines, provavelmente indo fazer suas necessidades.

Tarik se retirou do banheiro e foi até seu chefe, já que ele havia o chamado para conversar. Andou o grande corredor cinzento, ali só se ouvia o barulho dos passos que era reproduzido pelo sapato preto do Pacagnan, esse clima era assustador, não se ouvia nenhum barulho se quer, só dos passos.

Outro corredor cheio de celas ficou visível, estava um silencio total, os presos estavam dormindo até esse horário, isso era um pouco estranho, mas Tarik ignorou e continuou a andar. Um barulho ecoou pelo ambiente, fazendo um ‘eco’, deixando-o assustado, e isso fez que ele acelerasse seus passos, porém o barulho foi reproduzido novamente, era um pequeno ‘’psiu’’, continuou ignorando e logo chegou na sala do seu chefe. Bateu na porta e abriu ao ouvir um ‘’entre’’.

- Ah, Tarik, eu queria mesmo falar com você. Por favor, sente-se. – Disse o mais velho aportando para a poltrona de couro, que é ocupada pelo mais novo se sentando.

- Eu fiz algo de errado, senhor Feuerschütte? – Questionou já nervoso, com medo de ter feito algo errado, justo no seu primeiro dia de trabalho, que ao menos começou. O mais velho apenas sorriu e soltou uma risada nasal.

- Claro que não! Não se preocupe, eu só falei daquela maneira para ver a sua reação, fofo. – Comentou e Tarik cora um pouco. – Bom, o que eu tenho que dizer a você é que você vai precisar morar "aqui".

- C-como assim?

- Calma, deixa eu terminar de explicar.... – Pigarreou e continuou. – Tem uma área que eu não lhe mostrei, eu queria fazer uma surpresa a você. Bom, você terá o seu próprio quarto, e você poderá trazer suas coisas e decorar o seu quarto como quiser. Já que você é novo por aqui, terá aulas das setes da manhã até ás dez, meio dia é o almoço, e é claro que você vai tomar café da manhã, relaxa. Os dormitórios masculinos são separados dos femininos para deixar mais organizados, e impedir que os policias tenham ‘’certos encontros’’ – Fez aspas com os dedos. – se é que você me entende. Quando você concluir todas as etapas das aulas, você finalmente poderá trabalhar supervisionando os outros presos, colocando ordem em tudo; foi como eu tinha lhe dito hoje mais cedo, lembra? – Tarik balançou a cabeça afirmando. – Bom.... É só isso, amanhã de manhã você vira para cá, espero que seus pais compreendam. MAS, depende de você também, você quer ou não quer ficar por aqui? Seria mais fácil te você trabalhar. E aí? Aceita?