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História Rumor - O menino mais puro do colégio


Escrita por: daans e 7decopas

Notas do Autor


Olá, pequenos anjos! ~♡
Vejam só, eu a publicar uma fic do 365 no dia em que é suposto publicar uma fic do 365! Também estou surpresa.
Isto era para ser uma drabble pequenina com menos de mil palavras mas aí o Renjun aconteceu e... eu sei lá, deu nisto e acho que ainda vai dar em mais alguma coisa ahah OTL
Anyway, ninguém sabe se isto faz muito sentido mas espero que sim e espero que leiam e espero que gostem ;;
Obrigada e boa leitura!! ~

whispers o plano é eu terminar uma abo que tenho aqui e publicar também e talvez seja no horário do havai mas de qualquer das formas fiquem atentos à outra conta, se vos interessar, mas mantenham em mente que sou eu aqui e que planos raramente resultam como eu os planeio e /foge

Capítulo 1 - O menino mais puro do colégio


Fanfic / Fanfiction Rumor - O menino mais puro do colégio

 

- Eu ouvi uma coisa. – Chenle declarou ao chegar, jogando a mochila ao chão perto de Jisung e logo se abatendo perto dela, esticando-se ao longo do degrau e pousando a cabeça no colo do mais novo; um sorrisinho de canto ainda a decorar-lhe os lábios finos.

 - O quê? – Donghyuck perguntou, desinteressado e sem parar a sua busca pelos bolsos do uniforme. Conhecendo o mais novo como conhecia, estava certo de que aquilo era apenas mais um cochicho que ele tinha conseguido arrancar das colegas de turma.

 - O motivo para as miúdas andarem todas perdidas de amores pelo miúdo novo. – o outro respondeu, satisfeito. Jisung abafou um riso, sem desviar o olhar do jogo que lhe mantinha a atenção presa ao smartphone.

 - Queres dizer para além do motivo óbvio de ele ser estupidamente bonito? – inquiriu de forma retórica, não dando ao outro mais atenção que isso. Já Donghyuck pausou a sua busca para olhar o chinês com atenção.

 - Lee Jeno? – perguntou, vendo quando o outro revirou os olhos.

 - Claro, que outro miúdo novo tens no colégio? – atirou, ligeiramente mais cínico do que o outro gostava de ouvir.

 - Ele é mais velho que tu. – constatou, com uma sobrancelha arqueada, embora soubesse de antemão que seria infrutífero.

 - Pergunta ao Jisung se eu me importo. – Chenle respondeu, mantendo o tom anterior.

 - Ele não se importa. – o mais novo acrescentou de imediato, ainda sem tirar o olhar do jogo. Donghyuck abafou um riso descrente, tornando a vasculhar os bolsos do uniforme.

 - Mas vocês querem ou não querem saber o motivo? – o chinês retomou a linha de conversa original e o mais velho abafou outro riso, encontrando finalmente o maço dos cigarros e recostando-se no seu lugar.

 - Qual é o motivo? – perguntou então, antes de prender um cigarro entre os lábios.

 - Ele é o menino mais puro do colégio. – Chenle respondeu, com um tom que deixava bastante claro o seu divertimento sobre a ideia. – Dizem que nunca teve uma namorada e nunca beijou na boca, virgem e puro da cabeça até aos pés. – continuou, gesticulando com uma mão no ar, como se fosse um guia a descrever uma peça num museu. – Para além disso, ele é estupidamente bonito e tem um sorrisinho todo doce e inocente, é quase um anjo. Atrai miúdas como o açúcar atrai formigas.

 - A sexualização da inocência. – Jisung acrescentou, ainda sem desviar a sua atenção do jogo.

 - Exato! – o outro disse de imediato, prosseguindo então para um discurso sobre como os meios de comunicação incentivavam a sociedade a olhar para a inocência como algo sexualmente atraente.

Donghyuck não prestou realmente atenção; em parte porque ele já tinha conhecimento da ideia e em parte porque ele não poderia importar-se muito com o que Chenle dizia. Ainda assim, aqueles rumores sobre o seu novo colega de turma ficaram-lhe no pensamento, colando-se a si como se pudessem mudar-lhe a vida inteira e fazendo-o pousar o olhar atento sobre o outro durante as duas aulas seguintes.

Lee Jeno tinha sido transferido para aquele colégio a meio do ano letivo, entrando para a sua turma por ser a com menos alunos no terceiro ano, e realmente não tinha demorado muito tempo a conquistar toda a gente em volta. Apesar de aparentar ser alguém tímido, ele não o era de facto; apenas quieto, não impondo a própria presença a ninguém e recebendo com sorrisos simpáticos todos os que se aproximavam dele. Não era surpreendente que todas as alunas tivessem desenvolvido uma certa paixão por ele, especialmente considerando a sua boa aparência. No entanto, Jeno não parecia realmente interessado em ninguém, o que acaba por tornar os rumores mais credíveis.

Na opinião de Donghyuck, se alguém tão bonito não mostrava interesse por ninguém, ele só podia ser um de dois tipos: o tipo que, mesmo no auge da adolescência, era inocente demais para mostrar interesse ou o tipo que se achava bom demais para demonstrar interesse por qualquer pessoa. Aparentemente, Jeno dava-se bem com o segundo tipo – leia-se Huang Renjun – mas ainda assim ele parecia pertencer ao primeiro. Ele não tinha a postura dominante, o sorrisinho de canto ou o olhar cínico que às vezes faziam Donghyuck querer atirar-se para cima de Renjun e tentar – de novo – esmurrar-lhe a cara. Em vez disso, Jeno tinha um sorriso doce e um olhar carinhoso para todos à sua volta, o que o colocava no primeiro tipo.

Ainda assim, por muito inocente que Jeno fosse, seria possível que nunca tivesse beijado ninguém? Que nunca ninguém o tivesse beijado? Nem sequer um beijo roubado ou coisa assim? Depois de ocupar duas aulas e meia a analisar o caso, Donghyuck estava intrigado demais para o deixar ir sem fazer alguma coisa. Tinha de descobrir a verdade sobre aqueles rumores e que oportunidade poderia ser melhor que a aula de desporto ao final da tarde?

A parte difícil era conseguir ficar a sós com Jeno. Se queria saciar a sua curiosidade sobre aqueles rumores, tinha de ter em conta que o outro provavelmente não o iria fazer com outros estudantes à volta, então era preciso que ficasse sozinho com ele. Mas conseguir isso era relativamente complicado quando todos chegavam e saíam dos balneários ao mesmo tempo. Se fosse Renjun era simples, Donghyuck sabia que bastaria provocá-lo um bocado em campo para os dois tentarem lutar e acabarem de castigo a arrumar os materiais, mas isso não funcionaria com Jeno. O outro não iria ceder a provocações ou cair em armadilhas, por isso Donghyuck foi forçado a parar de pensar naquilo tudo como uma grande investigação secreta e fazer a única coisa que lhe restava.

 - Posso falar contigo depois? – perguntou, ao aproximar-se de Jeno depois da aula, enquanto todos já se preparavam para tomar banho. O outro esboçou um sorriso e olhou-o, surpreso.

 - Sobre o quê? – perguntou de volta, virando-se totalmente para encarar o mais novo. Mesmo com os cabelos húmidos de suor, Jeno ainda tinha um ar inocente e ainda era incrivelmente bonito.

 - Preciso que me ajudes com uma coisa, nada complicado. – respondeu-lhe, vendo o sorriso do outro aumentar enquanto ele assentia em concordância. Ao lado dele, Renjun abafou um riso de desdém e Donghyuck olhou-o de lado com uma expressão séria antes de se afastar.

Continuou a sua rotina habitual, tirando o uniforme de desporto e dirigindo-se aos chuveiros para tomar um banho que naquele dia seria propositadamente mais demorado. Pendurou a toalha num cabide, aproximou-se de um chuveiro livre e ligou-o, molhando o corpo com calma e iniciando o banho. E foi pouco depois que sentiu outro corpo próximo ao seu, quase lhe tocando um ombro.

 - Tu sabes que ele é bom demais para ti, certo? – Renjun perguntou num tom baixo, logo que virou a cabeça para o ver; o olhar escuro preso a si e um leve sorrisinho satisfeito a decorar-lhe a expressão que alguns julgariam inocente. Donghyuck abafou um riso incrédulo.

 - Mete-te na tua vida. – respondeu-lhe, mantendo também ele o tom baixo e calmo. O chinês moveu-se para ocupar o chuveiro ao lado do seu, ligando-o e molhando o corpo.

 - Estou apenas a dizer. – continuou, prendo o olhar do outro com o seu.

 - Eu afogo-te no ralo, Renjun. – Donghyuck resmungou, ao que o outro abafou um riso.

 - Vais magoar-te de novo. – avisou, soando divertido e tão cheio de si quanto o costume. E o mais novo controlou-se para não lhe responder novamente nem começar uma luta ali mesmo só porque não era o local para os dois lutarem, Renjun sabia artes marciais e da última vez ele tinha acabado a escorregar e a magoar-se às mãos do mais velho.

Ignorou-o o melhor que conseguiu, portanto. O que, verdade fosse dita, não era tanto assim quando Renjun parecia ter um talento especial para cutucar os nervos de Donghyuck até quando nem estava a tentar. Daquela vez, os sorrisos e os toques trocados com Jeno durante o banho foram a forma que o mais velho arranjou para conseguir alguns olhares tortos e alguns suspiros descrentes.

Talvez ninguém tivesse ensinado aquilo a Renjun lá não se sabe onde na China de onde ele tinha vindo há dois anos mas existiam regras. Tocar todas as partes do corpo do coleguinha quando estavam os dois totalmente nus nos chuveiros de um balneário escolar era contra as regras, embora existisse uma exceção para o caso de estarem sozinhos e com outros planos, e Renjun poderia perfeitamente comentar sobre os abdominais bonitos de Jeno sem ter de passar a mão neles. Donghyuck tinha a certeza de que aquilo era uma provocação perante o seu recém-admitido interesse em Jeno e que era contra as leis da concorrência, mas o chinês nunca tinha tido vergonha real na cara.

Ao afastar-se dos chuveiros, Renjun ainda teve o desplante de o fazer pular ligeiramente no próprio sítio, quando a sua mão lhe encontrou uma nádega com um som estalado, e o mais novo respirou fundo em resposta, sentindo o sangue mais quente que a água dos chuveiros. Jeno abafou um riso ao seu lado antes de seguir Renjun um momento depois e, no final, Donghyuck ficou mais tempo no banho puramente porque precisava de se acalmar e tão depressa não queria olhar para a cara – bonita porém irritante – do colega chinês.

Felizmente, sendo aquela a última aula do dia, os seus colegas não demoraram muito a sair, cada um deles com pressa para algum outro compromisso diferente, e logo Donghyuck deu por si a sós com Jeno, que em algum momento também se tinha deixado ficar para trás mesmo que estivesse totalmente vestido e com todas as coisas arrumadas. Foi o mais velho quem se aproximou, parando perto de onde Donghyuck ainda arrumava as suas coisas e encostando um ombro à parede, com os braços cruzados ao peito.

 - Sobre o que é que precisas da minha ajuda? – perguntou, calmo e com o habitual sorriso doce nos lábios. E Donghyuck observou-o por um momento, analisando toda a aparência calma e inocente.

 - Como é que te dás com o Renjun? – acabou por perguntar, meio sem querer, intrigado sobre as diferenças entre os dois. Jeno pareceu surpreso.

 - O que há de errado com o Injunie? É sobre ele que precisas da minha ajuda? – perguntou, abrindo um sorriso depois. – Estás interessado nele? – continuou. E a expressão escandalizada de Donghyuck deverá ter sido hilariante porque Jeno encolheu-se em si próprio e rebolou pela parede num riso abafado logo depois.

Foi a vez do mais novo se aproximar, encurralando o outro contra a parede com um braço de cada lado do tronco dele e encarando-o com uma expressão séria. Jeno parou de rir, parando com as costas contra a parede e Donghyuck logo à sua frente, mas a situação não pareceu deixá-lo minimamente nervoso. Por muito que Donghyuck estivesse pronto a prensar o corpo ligeiramente mais alto com o seu e arrancar dele outro tipo de sons, Jeno não parecia afetado, como se fosse demasiado inocente até para compreender a postura alheia.

 - Os rumores são verdade? – baixou o tom, continuando a observar o outro de perto. – Dizem por aí que és o menino mais puro do colégio. – concluiu, não vendo qualquer alteração na postura do outro. Jeno manteve-se encostado à parede, com um sorriso calmo.

 - Também dizem que és o menos puro. – devolveu, soando quase divertido sobre a situação. Se não continuasse a parecer tão genuinamente inocente, Donghyuck poderia jurar que era uma provocação.

 - Talvez eu seja. – respondeu, curvando os lábios num sorrisinho satisfeito e aproximando-se ligeiramente do outro, de modo a quase tocar o corpo dele com o seu. – O que me faz sentir responsável por alterar o teu... estatuto. – continuou então, desviando o olhar para a boca do outro antes de voltar a encontrar-lhe os olhos que lhe sorriram de novo.

 - Estás a dizer que queres roubar a minha pureza? – Jeno chegou mesmo a rir, da mesma forma que o tinha feito momentos antes, encolhendo-se um pouco e conseguindo um olhar fascinado do mais novo.

 - Gosto muito da ideia de ser o primeiro a beijar-te. – provocou um pouco, avançando mais um par de milímetros para aproximar a sua boca da outra, ainda estudando a reação do maior. Então ele avançou primeiro.

Contra toda a linguagem corporal anterior e todas as expectativas de Donghyuck, Jeno desencostou-se da parede e encontrou-lhe a boca com a dele, beijando-o. Não um simples selinho ou um beijo tímido como o mais novo poderia esperar, mas um beijo longo e intenso, capaz de o tirar do eixo e o fazer cambalear ligeiramente com a falta de equilíbrio; uma mão de Jeno pousando contra a sua cintura em resposta. Donghyuck não precisaria que lhe dissessem que estava tudo errado porque, a julgar pela forma como a envolveu, a sua boca não era de todo a primeira que a de Jeno conhecia. Ainda assim, após terminar o beijo longo com dois selinhos lentos, Jeno voltou a olhá-lo com a mesma expressão inocente de antes.

 - Não devias acreditar em tudo o que dizem por aí. – murmurou-lhe perto da boca, selando-lhe os lábios novamente antes de se afastar. – Para a próxima convida-me para sair. – atirou, em meio a outro riso abafado, já caminhando para a saída. E Donghyuck até ouviu, mas não conseguiu realmente responder, demasiado ocupado a encarar cegamente a parede à sua frente.

De todas as coisas, aquela era a última que ele esperava. Mas talvez então ele pudesse aprender de vez a não dar ouvidos a rumores ou às coisas que Chenle dizia. E, para a próxima, ele iria convidar Jeno para sair.

 



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