Coréia do Sul, ano de 2011
Mali era uma garota diferente, isso era algo notável por seus pais, professores, colegas de escola e inclusive seus diversos psicólogos que já foi. As pessoas a consideravam estranha, e por causa disso, a mesma não possuía mais nenhuma amizade, aliás era mais propensa a ser ridicularizada por seus colegas e as vezes até mesmo seus professores.
Seus pais – donos de uma grande empresa de entretenimento – eram extremamente ocupados com o trabalho, e por isso a mesma vivia maior parte do seu tempo ela passava com babas, que só estavam ali mesmo para seus pais não irem presos e alimentar a garota, ganhar um bom dinheiro também é claro.
A personalidade de Mali era um tanto que exclusiva, a mesma gostava de pensar. Por seus pais serem muito ocupados e com uma conta bancaria relativamente cheia, ela cresceu se acostumando a ter tudo o que quisesse e uma verdadeira garotinha.
Agora, aos treze anos, onde a maioria das suas colegas já começaram a pensar em maquiagem, procurar um namoradinho, e ir em festas, Mali pensava mais em seus bichinhos de pelúcia, seu biscoito com leite e filmes da Disney. Não demorou muito para perder todas as suas amigas, uma vez que seus interesses não eram mais parecidos, mas Mali não se importava muito com isso, ela ainda era contente.
A garota entrou no elevador com sua baba da vez, e se olhando no espelho imitou alguns movimentos de dança e praticou algumas expressões. Naquele momento estavam a caminho de uma audição para uma empresa de entretenimento coreano.
Como seus pais sempre quiseram lhe agradar, não demoraram a permitir a filha a fazer a tal audição, Mali disse a eles o quanto queria muito ser cantora, eles lhe inscreveram e aceitaram naturalmente, apesar de que a garota sabia que os mesmos provavelmente achavam que isso era um sonho bobo de criança, e nem acreditavam muito que ela podia passar.
Mas ela sabia que tinha chances, como pratica piano a um bom tempo, tem uma boa noção de música e é boa no canto. Ela sabia que ser uma artista na Coréia não era apenas isso, mas tinha certeza de que era isso que ela queria, e iria dar o seu máximo. Ele teve muito tempo para pensar sobre isso e decidira que iria tratar o assunto com o máximo de maturidade possível, apesar de que era uma verdadeira criança.
No local, ela se surpreendeu com o enorme número de pessoas. Alguns sentavam sozinhos, outros em pequenos grupos, alguns estavam mais nervosos enquanto outros não. Mali pegou sua senha na recepção e em seguida foi levada para a ala de espera. Sentou-se na sua cadeira, as audições já haviam começado, como eram bastante gente, realizavam a mesma por ordem de chegada, sabe-se la quantas pessoas teriam de ficar horas e horas esperando.
Mali se arrependeu de ter esquecido sua garrafa de agua, quanto mais próxima sua vez chegava, mais sua garganta ficava seca de nervosismo. Cutucou a garota ao seu lado, colocando sua vergonha de lado.
-Oi, desculpa incomodar, mas minha vez está chegando e eu esqueci minha garrafinha, poderia dar um gole?
-É claro, aqui está. – estendeu a garrafa.
-Obrigada, como se chama?
-Jinah, e você?
-Kim Mali, é sua primeira vez aqui?
-Sim! Na verdade, eu não sou coreana mas acho que ainda tenho chances certo?
-Não é coreana? Mas seu coreano é tão bom!
-Já moro aqui há algum tempo, enfim, logo somos nós, espero que você consiga.
-Você também unnie, parece ser uma unnie legal – disse com um sorriso – vamos nos ver mais no futuro.
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